domingo, 24 de fevereiro de 2013

O Preparo


Há entre nós, adventistas, certa tendência de nos preocuparmos de forma incorreta com respeito ao preparo para a volta de Jesus. Muitos se alarmam frequentemente com um ou outro acontecimento que tem lugar no mundo, ou com alguma propalada ameaça de leis dominicais, ou se o atual papa é o último, se a perseguição está iminente, etc. E quando aparece, então, algum novo pregador, ou pregadora, afirmando ter nova luz sobre profecias, ou novas interpretações sobre os sinais do fim do mundo, há sempre um grupo numeroso de irmãos que acorrem pressurosos para ouvir esses arautos de coisas sensacionais.
Não que necessariamente esses pregadores sejam desleais aos ensinos da igreja. Tanto eles, como os que se apressam a ouvi-los são, em geral, cristãos sinceros, mas que se tornam vítimas de interpretações equivocadas a respeito da vida cristã, das profecias, e do que consiste o preparo para a volta de Jesus. Geralmente reúnem textos isolados do Espírito de Profecia e da Bíblia, dando-lhes interpretações particulares, e acabam crendo firmemente em suas pretensas descobertas. E, como resultado, a religião de muitos vai se tornando fonte de incertezas e ansiedade. E então começam a se perguntar: E se Jesus vier hoje, estarei eu salvo? Terei alcançado pleno perdão de minhas faltas? Outros passam a fazer planos de ir morar em alguma localidade distante, escondida, pretensamente fora do alcance da perseguição; e outros, ainda, fazem do perfeccionismo, do ativismo, do naturismo, e de outros ismos mais, práticas meritórias ligadas à salvação.
Tempos especiais de provas virão, um dia, em cumprimento profético, mas em nada nos ajudará o anteciparmos esses tempos por desnecessárias preocupações, conforme adverte a própria Srª White no livro Mensagens Escolhidas, volume 2, p.13.
Sem dúvida, o anseio por estar preparado para a volta de Jesus é um sentimento natural do cristão fiel, mas, em que consistiria esse preparo? Seria em uma religião cheia de inquietações e temores? Eis uma declaração preciosa de Ellen White sobre essa questão: “A vida em Cristo é uma vida de descanso. Pode não haver êxtase de sentimento, mas deve existir uma constante, serena confiança. Vossa esperança não está em vós mesmos; está em Cristo.” – Caminho a Cristo, p. 60.
E no mesmo capítulo ela escreve: “Não devemos fazer de nós o centro, nutrindo ansiedade e temor quanto à nossa salvação. Tudo isto desvia a alma da Fonte de nosso poder … Ponde de parte a dúvida; despedi vossos temores.” – Ibidem, p. 61.
A promessa de Jesus é: “Vinde a Mim … e achareis descanso para a vossa alma.” – Mateus 11:28 e 29
Mas alguém poderá perguntar: E a obediência aos mandamentos, as boas obras, a participação na igreja, a vitória sobre o pecado e o mundanismo, não são fatores importantes na vida cristã? Claro que sim. Mas esses são frutos naturais de uma vida de comunhão com Deus, e não degraus para a salvação. Se já aceitamos verdadeiramente a Jesus como nosso Salvador e vivemos em comunhão com Ele, não haverá mais o que temer, nem quanto ao presente, nem quanto ao futuro. NEle, e com Ele, estaremos seguros. Portanto, se Jesus vier hoje, ou daqui a um ano, ou após a nossa morte, não importa. Nossa esperança está firmada nEle, e podemos dizer como o fez Paulo: “Já agora a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, reto juiz, me dará naquele Dia; e não somente a mim, mas também a todos quantos amam a Sua vinda.” – 2 Timóteo 4:8.
          E, finalmente, se você deseja saber qual é o ponto mais importante da vida cristã, e que produz
firmeza espiritual, crescimento na graça e plena certeza da salvação, eu responderia com toda segurança, alicerçado nos ensinos sagrados: É o tempo diário dedicado à comunhão com Deus, pela leitura devocional da Bíblia e pela oração particular, a qual, no dizer de Ellen White, “é a alma da religião”. Se você ainda não tem essa prática devocional diária, experimente instituí-la em sua vida. Quinze minutos, meia hora, o tempo que você puder, e no horário que lhe for mais favorável. Você ficará surpreso com os resultados.
Na parábola da videira, Jesus nos ensina o segredo da vida cristã vitoriosa: “Permanecei em Mim, e Eu permanecerei em vós. … Eu sou a videira, vós, os ramos. Quem permanece em Mim, e Eu, nele, esse dá muito fruto; porque sem Mim nada podeis fazer.” – João 15: 4 e 5.
Com efeito, o ramo que estiver ligado à Videira nunca secará, nunca será lançado fora, nunca se perderá. Crê você nisso? É Jesus quem nos dá essa certeza!
Com razão escreveu Kent A. Hansen, consagrado autor evangélico: “No mais alto sentido a vida eterna é, essencialmente, questão de relacionamento com Deus, e não de atividades. Jesus declarou: ‘A vida eterna é esta: que Te conheçam a Ti, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste’ (João 17:3).” – RA, maio/2000.
Eis, pois, o que é a vida cristã genuína. É permanência em Cristo. É estar ligado à Cristo pela comunhão contínua. Esse é o verdadeiro preparo para a volta de Jesus. Sem temores vãos. Sem extremismos. Sem sensacionalismos. Em “constante e serena confiança”. E, então, poderemos cantar de todo o coração o belo hino: “Que segurança! Sou de Jesus!”

sábado, 23 de fevereiro de 2013

As Três Mensagens Angélicas



L. James Gibson
O ano de 1844 foi um ano importante. Os mileritas experimentaram o Grande Desapontamento, levando a um completo re-estudo das profecias relacionadas ao segundo advento. A crescente compreensão da Bíblia que resultou daquele estudo levou ao estabelecimento da Igreja Adventista do Sétimo Dia. Naquele mesmo ano, Charles Darwin completou um resumo de suas referências sobre a evolução através da seleção natural. Ele o chamou de um abstrato, mas era muito mais do que um livreto. Contudo, Darwin não publicou seu “abstrato” naquele ano. Em 1844 também, Robert Chambers publicou anonimamente o livro Vestiges of the Natural History of Creation. Esse livro especula abertamente sobre a possibilidade de uma mudança evolucionária em longos períodos de tempo. Foi dito que este livro causou maior impacto no público do que o livro de Darwin uns 15 anos depois. A reação do público foi tão intensa à obra de Chambers que Darwin segurou seu livro por mais 15 anos.
A ironia aqui é obvia: o nascimento da Igreja Adventista do Sétimo Dia, com sua ênfase na criação bíblica em seis dias, coincidiu como a apresentação pública do pensamento evolucionário. Isto foi uma coincidência? Creio que não.
Os adventistas do sétimo dia se consideram comissionados a apresentar uma mensagem especial ao mundo, chamada “As Três Mensagens Angélicas” de Apocalipse 14:6-12. Nosso propósito aqui é explorar o significado dessas mensagens e sua relação com a doutrina da criação.
O Primeiro Anjo
O contexto de Apocalipse 14 indica um cenário escatológico, prensado entre a perseguição apresentada nos capítulos 12 e 13 e a “colheita” do final do capítulo 14. Os adventistas compreendem que as três mensagens angélicas de Apocalipse 14 representam o movimento final preparando o mundo para a segunda vinda de Cristo. Os Adventistas do Sétimo Dia esperam desempenhar uma função importante na proclamação dessas mensagens. Consequentemente, precisamos compreender o que elas dizem.
Essas três mensagens estão em sequência, pois entre elas, existem elos subjacentes. Um elo é a doutrina da criação conforme foi registrada por Moisés; outro elo é a justificação pela fé. A igreja não pode alcançar êxito na pregação das três mensagens angélicas sem fé no relato bíblico da criação, que é fundamental para essas mensagens e indispensável para a nossa missão.
O primeiro anjo, (Ap 14:6) é descrito como tendo o “evangelho eterno”. O evangelho é as boas novas da salvação, que é necessário devido à queda do homem. A história da criação forma a base para compreender essa queda: “Assim, pois, todos os que pecaram sem lei também sem lei perecerão; e todos os que com lei pecaram mediante lei serão julgados” (Rm 2:12, cf 1 Tm 2:13-14).
A mensagem do primeiro anjo consiste em duas partes. A primeira parte é (parafraseada): “Temei a Deus e dai-lhe glória, por causa do julgamento.” Essa mensagem foi enfatizada no início da história do adventismo, nas doutrinas do juízo investigativo e executivo. A segunda parte é (novamente parafraseada): “Adorai Aquele que criou.” Na escrita hebraica, a mesma idéia era frequentemente expressa duas vezes, usando diferentes palavras. Este é um modo de enfatizar um ponto. A primeira mensagem angélica pode ser tratada com tal paralelismo:
Temei a Deus e dai-lhe glória, por causa do julgamento,
 Adorai a Deus por causa da criação.
Temer a Deus é reverenciá-Lo, e implica a adoração:
“Quem não temerá e não glorificará o teu nome, ó Senhor?
Pois só tu és santo;
por isso, todas as nações virão e adorarão diante de ti,
porque os teus atos de justiça se fizeram manifestos.”
Apocalipse 15:4
O julgamento é um dos atos de justiça de Deus. Para muitos, a ênfase no julgamento não parece ser boas-novas. Porque deveríamos considerar a vinda do julgamento como “boas novas” (evangelho)? E qual é o relacionamento da criação e das boas novas? Vamos considerar estas perguntas ao examinarmos o paralelismo no texto.
“Temer” a Deus significa dar-Lhe reverência, ou adorá-Lo. Esta é a primeira parte do paralelismo. Deus é digno de adoração porque Ele é tanto Criador como Juiz. “Tu és digno, Senhor e Deus nosso,… porque todas as coisas tu criaste….” (Ap 4:11). Ser o Criador demonstra a autoridade de Deus e dá a Ele o direito (responsabilidade?) de julgar.
Qual é o paralelismo entre julgamento e criação? Quem é o Criador? Quem é nosso Juiz? Foi Jesus quem nos criou, e quem estará conosco também no julgamento. As boas novas (evangelho) é que a criação e a redenção estão unidas em Jesus Cristo. Jesus é o nosso Criador (João 1:3) bem como nosso advogado no julgamento (1 João 2:1). Deus tanto nos criou como nos salvou através de Jesus (Cl 1:13-17). Devido a este relacionamento, o julgamento é boas novas para o Cristão.
Apesar de ser muito defendido pela igreja, o aspecto referente à criação nas três mensagens passou a receber a mesma atenção dada ao conceito do julgamento, apenas no início da história da nossa igreja. Havia menos necessidade de enfatizar Deus como Criador porque virtualmente todos os cristãos aceitavam o relato bíblico da criação, o que agora já não é uma realidade.
A história bíblica da criação é que o ser humano foi criado perfeito, à imagem de Deus. Devido à sua própria escolha errônea, caiu em pecado. Deus não poderia simplesmente desculpar seu pecado e permanecer justo, então, o próprio Deus, na pessoa de Jesus Cristo, veio a terra morrer em nosso lugar. Assim, Deus poderia ser justo e justificador de todo aquele que crê (Rm. 3:26). Isto significa que a salvação vem pela graça. (Ef 2:8).
O julgamento da humanidade está intimamente relacionado com a história da criação. Nossa responsabilidade é baseada no fato de que na criação os ser humano era perfeito. Sem a queda da perfeição, não há responsabilidade para com Deus pelo pecado, e necessidade de um Salvador. O julgamento incluirá responsabilidade final pela condição do mundo (Ap 11:18), uma responsabilidade dada na criação (Gn 1:28). Os criacionistas devem ser bons mordomos dos recursos da terra.
O Segundo Anjo
O segundo anjo declara (Ap 14:8) que “Babilônia caiu“. Por que a segunda mensagem vem somente depois da primeira? Poderia ser que a rejeição da primeira mensagem fosse o passo final na queda de Babilônia? Babilônia representa religiões mundiais caídas, inclusive igrejas na Cristandade que caíram para longe de Cristo. A igreja é impura. A fornicação implica que algo está tomando o lugar de Cristo. A Bíblia frequentemente retrata o relacionamento de Cristo e da igreja como um casamento (cf Ap 19:6-8, as bodas do Cordeiro). O esposo (Cristo) é identificado como o Criador em Isaías 54:5. Este texto sugere que a substituição com outro “criador” seria fornicação. Qualquer igreja que fez tal escolha caiu. A mensagem do segundo anjo pode ser considerada como uma resposta à reação do mundo cristão à mensagem do primeiro anjo em relação à criação e ao julgamento.
Na história bíblica da criação, Adão e Eva foram criados perfeitos. Sua queda introduziu pecado e morte ao mundo. Jesus, como Criador e Juiz, ofereceu a Si mesmo como sacrifício substituto por nossa salvação. A salvação, portanto, é puramente uma questão de graça; deste modo, podemos apenas aceitá-la como um dom, ou rejeitá-la.
E quanto às outras histórias da criação? Alguns propuseram que como raça, nós estamos melhorando através da evolução. Não existiu Adão e Eva, nem queda, nem morte substituta. Jesus veio para a terra apenas para nos mostrar como viver. Se formos impressionados por Sua vida, se pudermos imitá-Lo, e se nos esforçarmos o suficiente, poderemos nos qualificar para a salvação. Jesus não tomou nosso lugar com Sua morte, mas nos deu um exemplo de como alcançarmos salvação.
A Bíblia tem más notícias quanto a este tipo de evangelho: não importa quanto você tem se esforçado, não importa quanto a sua vida se assemelha à de Jesus, isto não é importante. O tipo de perfeição, não é bom o suficiente! Não há como ganhar a nossa própria salvação. Não fazemos boas obras para sermos salvos, mas porque já estamos salvos. A Babilônia é baseada na justificação pela fé. O Céu é somente um dom da graça.
O Terceiro Anjo
A mensagem do terceiro anjo (Ap 14:9-12) é uma advertência: “Não adore a besta e ou receba sua imagem.” Aqueles que desconsiderarem essa advertência enfrentarão julgamento e punição. Note a palavra “adoração”, novamente ligada ao julgamento. Adorar a besta em lugar de Deus é fornicação espiritual. A marca da besta é um sinal de fornicação e queda espiritual. Essa queda vem como resultado da rejeição da mensagem do terceiro anjo: adorar a Deus o Criador, e aceitar Sua oferta de lhe declarar “não culpado” no julgamento. Aparentemente, os que rejeitam a mensagem do primeiro anjo se unirão para “marcar” os que discordam deles. Eles vão até mesmo valer-se de força para prevenir qualquer pessoa de aceitar a mensagem dos três anjos.
Compreendemos que a adoração da besta e a recepção de sua marca envolverão controvérsia com o sábado. A observância do sábado está baseada no relato bíblico da criação em seis dias (Ex 20:11). Guardando o sábado, testemunhamos e evidenciamos nossa aceitação da primeira mensagem angélica: adorar o Criador. Adorando no sábado testemunhamos que aceitamos a Bíblia como autoridade máxima. Adorando no sábado testificamos que aceitamos a salvação somente pela graça, baseada apenas nos méritos do sacrifício substituto de Jesus.
Desacreditando a história da criação seria remover a base para a observância do sábado, e muito mais. Que melhor modo de destruir o sábado, o sétimo dia, do que desacreditando da criação em seis dias, a base de sua observância? E qual é o propósito do julgamento se não existiu a queda no pecado? Sem a doutrina da criação em seis dias, as três mensagens angélicas perdem seu significado.
A Três Mensagens Angélicas: Justificação pela Fé
A mensagem unificada dos três anjos é a justificação pela fé. Justificação vem pela fé na morte substituta de Jesus Cristo. Essa morte é necessária porque Deus, em Sua justiça, não poderia desculpar a queda de nossos primeiros pais, Adão e Eva. A queda de Adão e Eva foi o resultado de sua própria escolha de crer na evidência de seus sentidos em vez de crer na palavra de Deus. O termo “queda” implica um estado previamente melhor. Adão e Eva não foram criados através de algum processo de melhora gradual, mas foram criados em um estado de perfeição impecável. A história da criação é encontrada em Gênesis 1.
Alguns nos incentivam a aceitar outra história da criação, uma que esteja mais de acordo com as idéias de importantes cientistas e teólogos. É impopular aceitar as palavras de um livro antigo, em vez das últimas idéias da ciência. Devemos dizer o seguinte aos que nos incentivam a abandonar a nossa fé na criação de Gênesis, em seis dias: Conta-me a história de Cristo e Sua salvação. Tem a ciência uma história que inclui Jesus e a salvação? Apenas a Bíblia mostra o caminho para a salvação e a base para este caminho.
As três mensagens angélicas revelam Jesus como Criador, Advogado no julgamento, e Redentor. É por isso que o relato da criação de Gênesis é tão importante. Gênesis apresenta o mais detalhado relato da criação do mundo encontrado na Bíblia. A história da criação é a base para a adoração a Deus, a razão de Sua autoridade no julgamento, e a questão controversa por trás da marca da besta. O registro da criação em Gênesis é um tema unificador das três mensagens angélicas.
Em virtude do significado da criação e do dilúvio para as três mensagens angélicas no final dos tempos, é sensato considerar a advertência de Pedro quanto aos escarnecedores nos últimos dias: “Tendo em conta, antes de tudo, que, nos últimos dias, virão escarnecedores com os seus escárnios, andando segundo as próprias paixões e dizendo: Onde está a promessa da sua vinda? Porque, desde que os pais dormiram, todas as coisas permanecem como desde o princípio da criação. Porque, deliberadamente, esquecem que, de longo tempo, houve céus bem como terra, a qual surgiu da água e através da água pela palavra de Deus, pela qual veio a perecer o mundo daquele tempo, afogado em água. Ora, os céus que agora existem e a terra, pela mesma palavra, têm sido entesourados para fogo, estando reservados para o Dia do Juízo e destruição dos homens ímpios” (2 Pe 3:3-7).
De acordo com Pedro, os escarnecedores negarão tanto a criação como o dilúvio. Isto está acontecendo agora, não apenas no mundo, mas até mesmo dentro da igreja. As três mensagens angélicas devem ser proclamadas, até mesmo em tal atmosfera de cepticismo. Quando o mundo inteiro for alcançado, virá o fim. E então o Criador novamente exercerá Seu poder na criação, desta vez para restaurar o que foi perdido por causa do pecado. “Nós, porém, segundo a sua promessa, esperamos novos céus e nova terra, nos quais habita justiça” (2 Pe 3:13).

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Consumo de carne prejudica vida na Terra


Os habitantes do mundo rico deveriam tornar-se “semitarianos” – ou seja, comerem a metade da quantidade de carne à qual estão acostumados, sem precisarem abrir mão totalmente dela –, para evitar causar danos graves ao meio ambiente. A recomendação é de cientistas que apresentaram o quadro mais claro até agora de como as práticas agropecuaristas estão destruindo o mundo natural. Os cientistas disseram que o escândalo da carne de cavalotrouxe à tona o lado sombrio de nosso desejo por carne, que alimentou um comércio de animais de corte não documentados e refeições prontas de preço baixo e rótulos enganosos. “Existe risco para a cadeia alimentar”, comentou o professor Mark Sutton, que cunhou o termo “semitariano” e é o autor principal de um estudo da Pnuma (Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente) publicado na segunda-feira (18). “Agora é um bom momento para conversar com as pessoas sobre esse assunto.”

A busca por carne cada vez mais barata nas últimas décadas - a maioria das pessoas, mesmo nos países ricos, consumia significativamente menos carne uma ou duas gerações atrás - gerou uma expansão maciça da pecuária intensiva. Com isso, quantidades imensas de grãos foram desviadas do consumo humano para o consumo animal, exigindo o uso intensivo de fertilizantes, pesticidas e herbicidas e, de acordo com o relatório da Unep, “provocando uma teia de poluição do ar e da água que está prejudicando a saúde humana”.

Os resíduos que escoam desses produtos químicos estão criando zonas mortas nos mares, levando ao crescimento de algas tóxicas e à mortandade de peixes, enquanto outros ameaçam a sobrevivência de abelhas, anfíbios e ecossistemas sensíveis. “A atenção atraída por esse escândalo da carne destacou a questão da carne de baixa qualidade. Isso tudo mostra que a sociedade precisa refletir muito mais sobre os animais de corte e as escolhas alimentares, pelo bem do meio ambiente e da saúde”, disse Sutton.

A resposta, segundo o cientista, está no consumo de mais vegetais e menos proteína animal. “Coma carne, mas com menos frequência. Faça dela algo especial”, ele aconselhou. “O tamanho das porções é crucial. Muitas porções são grandes demais - são maiores do que as pessoas querem consumir. É preciso pensar em mudar hábitos, em dizer ‘gosto do sabor, mas não preciso comer tanto’”.

Ao encherem seus pratos com legumes e verduras, além de carne, as pessoas ficarão mais bem nutridas. “A maioria das pessoas não percebe a diferença”, disse Sutton, citando um evento recente da ONU em que o chef usou um terço da quantidade habitual de carne, incluindo mais vegetais para compensar, e mais de 90% dos convidados ficaram igualmente satisfeitos. [...]

De acordo com o relatório da Unep, intitulado “Nosso mundo nutricional: o desafio de produzir mais alimentos e energia com menos poluição”, a produção de carne é responsável por 80% do nitrogênio e fósforo usados na agropecuária. Esses nutrientes são produzidos a um custo global muito alto, mas a maior parte acaba desperdiçada no estrume dos animais. Em algumas regiões do mundo, os nutrientes são escassos, resultando em plantações menos produtivas.

A Unep avisou: “A não ser que sejam tomadas medidas, a elevação da poluição e o aumento do consumo per capita de energia e produtos animais vão exacerbar as perdas de nutrientes, os níveis de poluição e a degradação dos solos, ameaçando mais ainda a qualidade de nossa água, nosso ar e nossos solos, afetando o clima e a biodiversidade.”

O estudo também propôs uma série de medidas com as quais seria possível tornar a pecuária menos nociva ambientalmente, desde medidas simples como o armazenamento mais seguro e o uso mais econômico dos fertilizantes até a captura das emissões de gases estufa resultantes de sua produção. O consumo de nitrogênio poderia ser reduzido em 20 milhões de toneladas até 2020, poupando 10 bilhões de libras por ano. A reutilização de resíduos, como estrume, e o tratamento de esgotos com métodos modernos também poupariam centenas de bilhões de dólares.


Nota: Deixe a carne de lado e (1) tenha mais saúde, (2) contribua para a preservação do meio ambiente e (3) poupe os animais de tanto sofrimento. A dieta vegetariana é comprovadamente a melhor opção para a humanidade. Fazia parte do projeto original de Deus (Gênesis 1:29) e continua fazendo parte das recomendações inspiradas dEle para nós.


quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

ESFORÇOS EXTRAORDINÁRIOS PARA UMA ÉPOCA EXTRAORDINÁRIA


Esforços Extraordinários Para Uma Época Extraordinária

“As forças do mal estão se arregimentando e consolidando-se. Elas se estão robustecendo para a última grande crise. Grandes mudanças estão prestes a operar-se no mundo, e os acontecimentos finais serão rápidos”. – Testemunhos Seletos, vol. 3, pág. 280.
O que poderia mudar em duas décadas está mudando agora em dois anos. A velocidade dramatiza ainda mais a profundidade da mudança”. – Paulo Butori, presidente do Sindipeças.
Amados, paz e graça! Inicio com uma pergunta: Face aos acontecimentos desta semana, quem, em sã consciência, negaria a validade e confirmação destas palavras proféticas: “Grandes mudanças estão prestes a operar-se no mundo, e os acontecimentos finais serão rápidos”
É interessante que, antes de afirmar isso, ela já sentenciara: “As forças do mal estão se arregimentando e consolidando-se. Elas se estão robustecendo para a última grande crise”. Ela usa dois verbos esclarecedores: A) O primeiro é “Arregimentar”, que significa: “Reunir, agrupar, ajuntar, aliar,  arrebanhar, aliciar, juntar,   recolher, recrutar, associar , agregar, coadunar, conjugar, consorciar, cooperar, emparceirar, unir, convocar”, etc. (Ver: Apocalipse 16:13-16). B) O segundo verbo é “Consolidar”, que, por sua vez, possui os seguintes significados: “alicerçar, assentar, cimentar, estabilizar, firmar, fixar, fundar, solidar e solidificar” (Ver: Apocalipse 13:1-3).
Nesse sentido, concordo plenamente com a seguinte análise do renomado teólogo e escritor adventista Marvin Moore comentando a morte e cerimônias do funeral do papa João Paulo II: “É a partir desse pano de fundo que precisamos avaliar o funeral de João Paulo II e sua relevância profética. Por que estiveram presentes a esse evento quatro reis, cinco rainhas e mais de setenta primeiros ministros? Por que estiveram presentes a ele 23 delegações da Igreja Ortodoxa e oito delegações protestantes, que se uniram aos representantes do judaísmo, do islamismo e de outras religiões não cristãs? Por que três presidentes norte-americanos, inclusive o da época, ajoelharam-se por cinco minutos em frente ao ataúde do papa? [...] E por que cerca de dois bilhões de pessoas ao redor do mundo o viram pela TV, sendo quatro milhões delas da cidade de Roma? A resposta simples: por causa do modo com que as pessoas o viam como pessoa e da influência que exerceu no mundo. João Paulo II modificou a visão que o mundo tinha de seu cargo e sua igreja. [...] Concordo com aqueles que interpretam esse evento como parte do cumprimento da profecia de que ‘toda a Terra se maravilhou, seguindo a besta’ (Ap 13:3).De fato, o funeral de João Paulo remeteu diretamente ao contexto bíblico estudado neste livro!”  - Marvin Moore, Apocalipse 13: Isso Poderia Realmente Acontecer?, pp. 76-77.
Por falar em “consolidação” (plena cura da ferida mortal, a volta do papado ao respeito e admiração mundiais nos moldes da Idade Média e à formação da “imagem à besta”: Apocalipse 13:14-15), quer maior patamar de influência política, poder, respeito e admiração mundial granjeados pelo papado do que aquele alcançado durante o pontificado de João Paulo II?
Vejam esta afirmação da revista Época, na passagem do milênio: “Às vésperas do vigésimo aniversário de seu pontificado – o mais longo deste século –, João Paulo II se afirma como única grande figura internacional do fim do milênio”. – Época, 12 de outubro de 1998.   
Fora dos livros proféticos de Daniel e Apocalipse, o texto que melhor retrata o papado como poder religioso que usurpa a prerrogativa Divina quanto à adoração é este: “O qual se levanta contra tudo que se chama Deus, ou objeto de culto, a ponto de assentar-se no santuário de Deusostentando-se como se fosse o próprio Deus” (II Tessalonicenses. 2:4).
Pois bem, desde os papas da Idade Média nenhum outro ostentou e arrogou este título e posição como João Paulo II: “Portanto, desde o início do diálogo seria necessário dar o devido destaque ao enigma ‘escandaloso’ que o Papa, como tal, representa; não, em primeiro lugar, um Grande entre os Grandes da Terra, mas o único homem no qual os outros vêem um vínculo direto com Deuspercebem o próprio ‘vice’ de Jesus Cristo, a Segunda Pessoa da SS. Trindade”. – Cruzando o Limiar da Esperança, 1994, pág. 15.
“Estou diante de um homem vestido de branco, com uma cruz no peito. Não posso deixar de ver que este homemque chamam depapa (pai em grego), é em si um mistérioum sinal de contradiçãoAté mesmo uma provocaçãoum ‘escândalo’,segundo aquilo que para muitos é o bom senso. Com efeito, diante de um Papa é preciso escolher. O chefe da Igreja Católica é definido pela fé como: ‘Vigário de Jesus Cristo’Ou sejaé considerado o homem que na Terra representa o Filho de Deus,que ‘faz as vezes’ da Segunda Pessoa da Santíssima Trindade.Isto é o que afirma cada papa de si mesmo. E os católicos acreditam nisto e, por isso, o chamam Santidade”. – João Paulo II, Cruzando o Limiar da Esperança, pág. 27.
Quanto à “consolidação” do poder papal nos campos político e econômico – nos moldes da Idade Média – com vistas à formação de sua imagem (Apocalipse 13:11-15), são sintomáticas as revelações, por ocasião das primeiras notícias da renúncia de Benedito XVI, das parcerias dos Estados Unidos com o Vaticano (vocês sabiam que os Estados Unidos fornecem 60% das entradas financeiras do Vaticano?) e da influência política dos EUA no Colégio de Cardeais que irá escolher o novo papa (a equipe dos EUA só perde em número para a italiana).  
Amigos, tudo isso reafirma a certeza de que estamos vivendo no fim do “tempo do fim” – nos derradeiros momentos da História deste mundo. É um tempo extraordinário que requer (exige) de cada um de nós uma postura extraordinária; com certeza, para tal momento como este já não basta trabalhar na base do “feijão com arroz” – do comum, do trivial. Nosso Senhor Jesus deixou isso bastante claro: “É necessário que façamos as obras daquele que me enviou, enquanto é dia; a noite vem, quando ninguém pode trabalhar” (João 9:4).
A Sra. Ellen White corrobora esse texto nas seguintes palavras: “Espera-se que todo membro da igreja que tem conhecimento da verdade trabalhe enquanto é dia; pois a noite vem quando ninguém pode trabalhar. Não vai demorar muito para compreendermos o que significa a noite. ... Todo crente, culto ou inculto, pode levar a mensagem (PH120 18.1).
O tempo de graça logo vai terminar. Temos apenas pouco tempo para tornar conhecida a verdade para esta época. O que fazemos, precisamos fazer rapidamente, ou será para sempre tarde demais. Almas estão perecendo em toda parte ao nosso redor sem o conhecimento de Deus e de Sua última mensagem de misericórdia aos homens. Agora é o momento de não desperdiçarmos nenhuma oportunidade de buscar e salvar os perdidos, de não deixar de falar nenhuma palavra que derrame luz e conhecimento sobre nosso próximo. Irmãos, continuem a trabalhar enquanto é dia. A noite vem quando ninguém pode trabalhar. Se nos recusarmos a fazer a obra requerida por nosso conhecimento da verdade presente, quem vai fazê-la?” (RH, April 16, 1908 par. 11).
Tendo isso em vista, estamos aqui, com muita oração e jejuns (vamos fazer dentro de duas semanas 10 dias de jejum e orações pelo batismo do Espírito Santo, tal qual a Igreja Primitiva fez), trabalhando firme na elaboração do mais revolucionário Projeto Evangelístico dos nossos quase 30 anos de Ministério. Pela graça de Deus, almejamos batizar 200 almas em 2013 e fincar a “bandeira” da Mensagem maravilhosa de graça e salvação em quatro novas cidades do nosso território; isso, de forma inapelável, exige mais recursos humanos e financeiros.
Para tanto, já dobramos o número de obreiros assalariados (estamos com seis, no momento; precisaríamos de mais um...) e, para mantê-los no campo missionário, e, ao mesmo tempo, cobrir os outros múltiplos gastos do Evangelismo Público já pleiteamos recursos ao Pastor José Marcos N. de Oliveira (nosso novo presidente da AMC) e, também, pedimos encarecidamente aos amados que, por favor, continuem nos apoiando com as suas orações e generosas doações mensais dos recursos vitais à manutenção e avanço deste trabalho! Por favor, se possível, ampliem esta ajuda!

Preparo para o tempo de angústia
Conversando ontem ainda com um querido amigo e amado irmão – responsável com a esposa por cerca de um terço dos recursos mensais para a manutenção da obra da “Missão Global Frutal” – e expondo-lhe toda a minha ansiedade e desejo mesclado com o imperativo de fazer muito mais aqui do que estamos fazendo, ele me fez lembrar o momento profético – creio que mais próximo do que estamos imaginando – em que membros das nossas igrejas procurarão os pastores e líderes para entregar-lhes os recursos, até então sonegados e retidos egoisticamente, para o avanço da obra de pregação do Evangelho e salvação de almas. Infelizmente, será tarde demais!
É o que afirma o próprio Deus, através dos Seus mensageiros: “É agora que nossos irmãos deveriam estar reduzindo suas posses, em vez de aumentá-las. Estamos prestes a mudar-nos para uma terra melhor, a celestial. [...] Tempo virá em que de modo algum poderemos vender. Logo sairá o decreto proibindo os homens de comprar ou vender a qualquer pessoa senão aos que tenham o sinal da besta”. – Ellen White, Testemunhos Seletos, vol. 2, pág. 44.
As vossas riquezas estão corruptas, e as vossas roupagens, comidas de traça; o vosso ouro e a vossa prata foram gastos de ferrugens, e a sua ferrugem há de ser por testemunho contra vós mesmos e há de devorar como fogo, as vossas carnes. Tesouros acumulastes nos últimos dias... Tendes vivido regaladamente sobre a terra; tendes vivido nos prazeres; tendes engordado o vosso coração, em dia de matança; tendes condenado e matado o justo, sem que ele vos faça resistência” (Tiago 5:3,5-6).
Casas e terras serão de nenhuma utilidade para os santos no tempo de angústia, pois terão de fugir diante de turbas enfurecidas, e nesse tempo suas posses não podem ser liberadas para o avançamento da causa da verdade presente”. – Ellen White, Primeiros Escritos, pp. 56-57.
“[...] Se eles puserem sua propriedade no altar do sacrifício e fervorosamente inquirirem de Deus quanto ao seu dever, Ele lhes ensinará sobre quando ao seu dever, Ele lhes ensinará sobre quando dispor dessas coisas. Então estarão livres no tempo de angústia, sem nenhum estorvo para sobrecarregá-los. Vi que se alguém se apegar à sua propriedade e não inquirir do Senhor quanto ao seu dever, sendo-lhes permitido conservar sua propriedade, e no tempo da angústia isto virá sobre eles como uma montanha para esmagá-los, e eles procurarão dispor dela, mas não será possível. Ouvi alguém lamentar assim: ‘A causa estava definhando, o povo de Deus estava perecendo de fome pela verdade, e nenhum esforço fizemos para suprir a falta; agora nossa propriedade de nada vale. Oh! Se tivéssemos permitido que ela se fosse, e acumulado tesouro no Céu!” – Ibidem.   
Oh, se todos os que conhecem a verdade tão-somente obedecessem aos ensinos dessa verdade! Porque é que os homens, estando no próprio limiar do mundo eterno, são tão cegos? Não há, por assim dizer, escassez de recursos entre os adventistas do sétimo dia. Mas muitos adventistas do sétimo dia deixam de reconhecer a responsabilidade que sobre eles repousa de cooperar com Deus e com Cristo na salvação de almas. Não revelam ao mundo o grande interesse de Deus pelos pecadores. Não procuram aproveitar ao máximo as oportunidades que lhes são concedidas”. – Ellen White, Administração Eficaz, pág. 85.   
Muitas vezes, como acontece agora, confesso, eu me vejo na posição incômoda daquele suplicante da parábola descrito por Jesus: “Disse-lhes ainda Jesus: Qual dentre vós, tendo um amigo, e este for procurá-lo à meia-noite e lhe disser: “Amigo, empresta-me três pães, pois um meu amigo, chegando de viagem, procurou-me, e eu nada tenho que lhe oferecer. E o outro lhe responda lá de dentro, dizendo: Não me importunes; a porta já está fechada, e os meus filhos comigo também já estão deitados. Não posso levantar-me para tos dar; digo-vos que, se não levantar para dar-lhos por ser seu amigo, todavia, o fará por causa da importunação e lhe dará tudo o de que tiver necessidade” (Lucas 11:5-8).
rsrs [Risos...] Isso é o que se chama ganhar pelo cansaço... Ou pelo incômodo e importunação, mais do pela persuasão! É lógico que tão certo como Jesus está ensinando aqui pelo contraste – ressaltando a disposição Divina de atender aos nossos pedidos legítimos, através da oração – o que enfatizo é a necessidade de pedir e não a aprovação de uma ação de qualquer um dos leitores destas palavras, como sendo justa e razoável, caso seja movida pelo medo do “fogo eterno” ou pelo constrangimento. Afinal, a Bíblia é clara a este respeito: “Cada um contribua segundo propôs no seu coração; não com tristeza, ou por necessidade; porque Deus ama ao que dá com alegria” (II Coríntios 9:7).
“Nenhum indivíduo que tenha diante de si um alvo tão elevado como seja a salvação de almas, terá prejuízo ao idear meios e maneiras de negar a si mesmo. Será essa uma obra individual. [...] Todo aquele que verdadeiramente está unido a Cristo sentirá o mesmo amor pelas almas que levou o Filho de Deus a deixar Seu trono real, Seu alto comando, e, por amor de nós, Se tornar pobre, para que pela Sua pobreza, enriquecêssemos”. – Ellen White, Administração Eficaz, pág. 55.  
Estamos avançando pela fé, confiantes em Deus – acima de tudo – e na abnegação, amor às almas e senso de missão de homens e mulheres tais quais vocês a quem o Senhor têm tocado o coração e convocado (“arregimentado”: Afinal, temos que nos contrapor à ação orquestrada das hostes do Mal, nestes dias finais da História!). Vejam o que Ele diz, através da Sua Mensageira: “O povo de Deus é chamado para uma obra que requer dinheiro e consagração”. – Conselhos Sobre Mordomia, pág. 36.
É lógico que, neste caso, a ordem dos fatores altera o produto! Havendo verdadeira consagração da parte daqueles que se dizem fiéis, salvos por Jesus, que estão aguardando o Seu iminente retorno a este mundo, os recursos para o Evangelismo virão naturalmente, em profusão, tal qual aconteceu no passado:   
O texto afirma: “O povo de Deus é chamado para uma obra que requer dinheiro e consagração”. Você faz parte do verdadeiro Povo de Deus aqui na Terra (não estou me referindo unicamente aos adventistas do sétimo dia, mas, sim, a todos que fazem parte da “Igreja Invisível” do Senhor Jesus – que, com certeza, é infinitamente maior do que qualquer denominação religiosa)? Atenderá você a esta Santa Convocação? Atenderá você ao Chamado Solene de Deus? Lembre-se: Para uma época extraordinária, tem que haver esforços e sacrifícios extraordinários. Maranata!!!
O conservo, em Cristo Jesus
Elizeu C. Lira

Nota
Texto preparado e destinado, inicialmente, aos “patrocinadores” da Missão Global Frutal.  Acompanhe as notícias semanais sobre o nosso trabalho, também, em nosso site da Missão Global Frutal:http://www.iasdmg.com.br/

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

DAS CRISES MUNDIAIS AO GIGANTE MUNDIAL



Três tipos de crises mundiais forçam a unidade das nações: a crise ambiental, o terrorismo internacional e as crises econômicas. Nesse sentido, alguém declarou: “Estamos sendo arrastados em direção à nova ordem mundial, empurrados pela histeria climática, esmagados pelas finanças”. A crise mais recente que nos atingiu foi a crise financeira mundial...
Antes de tratarmos de um tema polêmico, seguindo a orientação de Tiago 5.1-9, quero enfatizar que, em princípio, a riqueza não é proibida pela Bíblia. Conhecemos homens da Bíblia que eram ricos, como o bem-sucedido Filemom, os ricos patriarcas e o bilionário Davi. Se meus cálculos estiverem corretos, o rei Davi, por exemplo, possuía cerca de 3.400 toneladas de ouro e 34.000 toneladas de prata, que colocou à disposição para a construção do templo (1 Cr 22.14). E ele não ficou mais pobre por isso. A Bíblia não proíbe a riqueza, mas adverte acerca dos perigos que ela representa e lamenta seu uso fora da vontade de Deus (Mc 4.19; Lc 12.15; At 5.4; Cl 3.5-6; 1 Tm 6.9-10,17; 2 Pe 2.14-15).
1. Um sinal dos últimos dias
“Tesouros acumulastes nos últimos dias” (Tg 5.3).
A palavra profética de Deus conecta os tempos finais com o mundo financeiro. Este é um sinal dos últimos tempos. O setor financeiro terá um papel significativo nestes dias e será um tema dominante. Não creio que Tiago 5 trate apenas de indivíduos ricos, que sempre existiram, mas de um mundo enriquecido e de nações economicamente ricas, como as de hoje. O cenário predito na Bíblia condiz com o mundo financeiro dos últimos dias.
Alguns exemplos:
A última hora
“Não ameis o mundo nem as coisas que há no mundo. Se alguém amar o mundo, o amor do Pai não está nele; porque tudo que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não procede do Pai, mas procede do mundo. Ora, o mundo passa, bem como a sua concupiscência; aquele, porém, que faz a vontade de Deus permanece eternamente. Filhinhos, já é a última hora; e, como ouvistes que vem o anticristo, também, agora, muitos anticristos têm surgido; pelo que conhecemos que é a última hora” (1 Jo 2.15-18).
Os grandes bancos, que obtiveram lucros bilionários, ainda assim demitiram e estão demitindo milhares de empregados.
Nossa época, como nenhuma outra, é determinada por emoções, imagens e pela ostentação de riqueza e poder. Heinz Schumacher, na sua tradução da Bíblia [para o alemão], traz a seguinte explicação sobre “soberba da vida” (v.16): “Vangloriar-se daquilo que a pessoa é, do que tem e do que pode em sua vida terrena”.[1] O comentário bíblico de Menge diz que a “soberba da vida” é “orgulho como postura de vida (ou: gabar-se da fortuna, exibir-se com dinheiro, a pompa terrena)”.
Com certeza, é muito significativo o fato de João ligar o mundo financeiro e sua derrota futura com a “última hora” e o “Anticristo” que virá. Ele o faz de modo semelhante a Tiago, que fala dos “últimos dias” nesse contexto. João também é o escritor do Apocalipse, e justamente quando trata da união mundial anticristã e da derrocada da Babilônia financeira, ele repetidamente menciona esta hora (Ap 18.10,17,19).
Jeroboão
A história de Jeroboão é relatada a partir de 1 Reis 11. Ele levou o povo a descaminhos como nenhum outro antes dele. Por isso ele é um tipo de Anticristo. E o Israel do seu tempo exemplifica um povo que, nos últimos dias, deixar-se-á seduzir novamente. Jeroboão provocou uma revolta, dividiu o reino e tomou dez tribos para si. Conseguiu ser declarado rei sobre Israel (dez tribos). Erigiu um bezerro de ouro em Betel e outro em Dã, uma contraposição ao serviço a Deus no templo em Jerusalém. Jeroboão instituiu um sacerdócio falso e mudou até mesmo as datas da festa dos Tabernáculos. “Pois, quando ele rasgou a Israel da casa de Davi, e eles fizeram rei a Jeroboão, filho de Nebate, Jeroboão apartou a Israel de seguir o Senhor e o fez cometer grande pecado” (2 Rs 17.21).
Os atos de Jeroboão foram tão terríveis que a Bíblia repetidamente fala do “pecado de Jeroboão”. Porém, é interessante ler o seguinte a respeito desse homem: “Ora, vendo Salomão que Jeroboão era homem valente e capaz, moço laborioso, ele o pôs sobre todo o trabalho forçado da casa de José” (1 Rs 11.28).
Um “último Jeroboão” se levantará sobre Israel e sobre o mundo, e ele também fará com que tudo gire em torno de finanças.
A ira de Deus por causa do dinheiro
“Fazei, pois, morrer a vossa natureza terrena: prostituição, impureza, paixão lasciva, desejo maligno e a avareza, que é idolatria; por estas coisas é que vem a ira de Deus sobre os filhos da desobediência” (Cl 3.5-6).
Essa ira de Deus não se refere ao Dia do Juízo, mas à Tribulação futura mencionada no Apocalipse, algo que Isaías também liga com a Babilônia dos últimos tempos (Is 13.1,9-13; cf Sf 2.2-3; Rm 1.18; Ap 6.16-17).
O que será essa “idolatria” da qual o Apocalipse tanto fala, e da qual as pessoas não se arrependerão (Ap 9.20-21)? Haverá novamente ídolos de pedra ou madeira para serem adorados, ou o objeto de culto será algo mais moderno? Basta lembrar que a carta aos Colossenses chama a avareza de idolatria e enfatiza que, por sua causa, a ira de Deus virá sobre o mundo desobediente (Cl 3.5-6) e que o Apocalipse descreve essa ira de Deus – então saberemos que idolatria é essa: a dança ao redor do bezerro de ouro (o mundo financeiro) nos tempos finais. “Assim, façam morrer tudo o que pertence à natureza terrena de vocês: imoralidade sexual, impureza, paixão, desejos maus e a ganância, que é idolatria” (Cl 3.5; NVI).
Pelo visto, acumular dinheiro, esbanjá-lo e exibi-lo será um fenômeno característico dos tempos finais.
2. A atualidade das afirmações proféticas
Em princípio, a riqueza não é proibida pela Bíblia. O rei Davi era bilionário; entre outros bens, ele possuía cerca de 3.400 toneladas de ouro.
“Tesouros acumulastes nos últimos dias... Tendes vivido regaladamente sobre a terra; tendes vivido nos prazeres; tendes engordado o vosso coração, em dia de matança; tendes condenado e matado o justo, sem que ele vos faça resistência” (Tg 5.3,5-6).
O cumprimento total do versículo 6 está reservado para a Grande Tribulação futura, mas o que está descrito nos versículos 3 e 5 já é perfeitamente visível nos dias de hoje. A região da antiga Babilônia está se transformando numa nova Babilônia – basta ver o desenvolvimento de Dubai. Essa região mostra ao mundo inteiro o quanto a Bíblia é atual.[2]
As chamadas “oligarquias” também voltaram a ter destaque desde a década de 90. O termo oligarquia deriva do grego do tempo de Platão (427-347 a.C.), e descreve o “governo sem lei dos ricos que só pensam em seu próprio benefício. Assim como a aristocracia, é o governo de poucos, com a diferença de que a aristocracia, ao contrário da oligarquia, é considerada como um governo legal, voltado ao bem comum”. É interessante considerar que, desde a década de 90, essa palavra voltou a ser significativa na Rússia. Ela refere-se a empresários “que em geral são suspeitos de terem obtido grande riqueza e influência política por meios escusos durante o período caótico que se seguiu ao fim da União Soviética”.[3]
A respeito, li:
...em apenas 10 anos, alguns russos entraram, da noite para o dia, para o clube mundial dos hiper-ricos. Sem escrúpulos, tiraram proveito da transição do sistema comunista para um novo sistema capitalista, garantindo para si, a preço de banana, o filé da economia russa. Estes assim chamados “oligarcas” são os vencedores de um enorme “Banco Imobiliário” (...) Os antigos administradores soviéticos mostraram-se extremamente adaptáveis, descartando rapidamente a sua ideologia e privatizando as estatais para dentro de seus próprios bolsos. (...) Os banqueiros da primeira hora ganharam milhões em dinheiro público com especulação e câmbio, sem correr grandes riscos. Apenas, não concediam muitos empréstimos. Na primeira metade da década de 90, os banqueiros eram a elite da oligarquia. (...) Na fase inicial, a propriedade das estatais foi distribuída amplamente entre a população, por meio de certificados de participação. Essa distribuição foi teórica, pois logo os antigos administradores e os novos ricos tinham garantido essas empresas para si. Isso foi possível graças à hiperinflação e à crise”.[4]
“Tesouros acumulastes nos últimos dias!”.
O manuseio injusto de dinheiro e poder
“Eis que o salário dos trabalhadores que ceifaram os vossos campos e que por vós foi retido com fraude está clamando; e os clamores dos ceifeiros penetraram até aos ouvidos do Senhor dos Exércitos” (Tg 5.4).
• A renda mensal média dos cidadãos de Dubai é de 2.400 euros; já o salário dos trabalhadores estrangeiros, que cumprem jornadas de 15 horas por dia, sob uma temperatura de 40 graus à sombra, é de apenas 100 euros. Esses são os escravos de hoje.[5]
• A oligarquia, nome para um governo sem lei exercido pelos ricos, só tem seu próprio benefício em vista, e não se importa com o bem comum.
• Os grandes bancos, que obtiveram lucros bilionários, ainda assim demitiram e estão demitindo milhares de empregados.
• No final de novembro de 2008, a União Européia (UE) decidiu reduzir drasticamente as subvenções para os agricultores europeus, privando-os de uma receita importante para a manutenção de seus empreendimentos.
O colapso econômico foi predito
No Portão de Brandenburgo (em Berlim) 200.000 pessoas aclamaram Barack Obama, mesmo sem conhecer seu programa de governo.
“Atendei, agora, ricos, chorai lamentando, por causa das vossas desventuras, que vos sobrevirão. As vossas riquezas estão corruptas, e as vossas roupagens, comidas de traça; o vosso ouro e a vossa prata foram gastos de ferrugens, e a sua ferrugem há de ser por testemunho contra vós mesmos e há de devorar, como fogo, as vossas carnes. Tesouros acumulastes nos últimos dias” (Tg 5.1-3).
O repentino colapso financeiro é um exemplo para o Dia do Senhor, que sobrevirá ao mundo como um ladrão à noite. Justamente no meio de um pico econômico, quando todos estavam otimistas, veio ocrash, a crise financeira atual. A miséria e a aflição literalmente desabaram sobre o mundo das finanças. Grandes setores industriais (indústria automobilística) ruíram, e os bancos se tornaram devedores. De uma hora para outra, a recessão e a depressão se tornaram os assuntos do dia nos países mais ricos. Bilionários e suas famílias perderam grandes fortunas em poucos dias. A economia mundial e todo o sistema financeiro estão abalados. Mas tudo isso é apenas o começo, pois o juízo da própria Tribulação ainda está por vir.
3. A volta do Senhor está próxima
O retorno iminente do Senhor é mencionado três vezes em relação direta com as crises econômicas mundiais:
“Sede, pois, irmãos, pacientes, até à vinda do Senhor” (Tg 5.7).
“Sede vós também pacientes e fortalecei o vosso coração, pois a vinda do Senhor está próxima” (Tg 5.8).
“Irmãos, não vos queixeis uns dos outros, para não serdes julgados. Eis que o juiz está às portas” (Tg 5.9).
Primeiro é dito duas vezes que o retorno do Senhor está próximo, e em seguida lemos que o juiz está às portas. Jesus virá para arrebatar os Seus e depois virá como Juiz. Os acontecimentos da Tribulação já serão os juízos iniciais desse Juiz.
A rebelião do mundo contra Deus e o seu Ungido é cada vez maior (Sl 2). As pessoas não querem saber de Cristo nem do cristianismo. Os cristãos são rejeitados com freqüência cada vez maior. E, você quer saber de uma coisa? O próprio Deus vai tirá-los do meio das pessoas! O Arrebatamento extrairá o verdadeiro cristianismo do mundo, para que o anticristianismo tenha seu espaço (2 Ts 2.5-12). Deus dará ao mundo o que ele deseja; Saul em vez de Davi, Barrabás em vez de Jesus, o Anticristo em vez de Cristo. O retorno do Senhor está próximo, e o Juiz está às portas.
As crises ambientais, o terrorismo internacional e a crise financeira mundial empurram o mundo para a unidade e na direção de um último “gigante mundial” profetizado na Bíblia. A revista factum publicou um artigo que dizia: “...Os sinais dos tempos chamam a atenção e lembram que estamos na última etapa da história da humanidade. Os seis primeiros juízos dos selos do Apocalipse prevêem rupturas políticas, sociais, econômicas e militares que remetem ao que já vivemos hoje”.[6]
A Bíblia é clara quando fala de uma reunificação mundial, liderada por um “gigante” anticristão, a quem o dragão dará sua força, seu trono e seu poder absoluto (Ap 13.2). “Os dez chifres que viste são dez reis, os quais ainda não receberam reino, mas recebem autoridade como reis, com a besta, durante uma hora. Têm estes um só pensamento e oferecem à besta o poder e a autoridade que possuem” (Ap 17.12-13).
Diante de tudo isso, não é surpreendente que o presidente alemão, Horst Köhler, afirmou que desejaria que os governos escolhessem “alguns sábios” para regulamentar o mundo globalizado.[7] Ou que Kofi Annan (ex-Secretário-Geral da ONU) tenha enfatizado o fato de que a crise só poderá ser resolvida de forma global.[8]
Já nos acostumamos a expressões como “cúpula econômica mundial”, “sistema financeiro mundial”, “ordem financeira mundial”, “controle financeiro mundial”, “fórum econômico mundial”. Ultimamente, também ouve-se falar cada vez mais de uma “entidade ou banco central mundial”.
Fica claro que os eventos descritos no último livro da Bíblia terão de se cumprir e que isso acontecerá de forma repentina e rápida. Os rumos estão sendo estabelecidos hoje. É preciso formar uma plataforma para o futuro reino mundial anticristão e seu líder. Para isso é preciso que haja unidade e, através de manobras de engano em massa, também deverá ser produzida uma nova prosperidade.
A depressão na década de 1930 na Alemanha selou o fim da democracia parlamentarista. Hitler subiu ao poder.
A depressão na década de 1930 na Alemanha selou o fim da democracia parlamentarista. Hitler subiu ao poder. Com mentiras, enganos, sedução e uma nova prosperidade econômica o país galopou em direção à catástrofe da ditadura, da Segunda Guerra Mundial, da perseguição aos judeus e, finalmente, da derrocada total do “Terceiro Reich”. As crises atuais parecem servir para preparar os acontecimentos do Apocalipse. Elas clamam por segurança confiável, por uma nova ordem mundial, impelem a globalização e exigem um homem forte, um gigante mundial.
Exemplos da mídia
• Romano Prodi (ex-primeiro-ministro da Itália) disse: “Não temos alternativa senão formar os Estados Unidos da Europa”.[9]
• Em um artigo, a revista Die Zeit lamentou que não haja um “líder global” adequado em vista e considerou Barack Obama como “o presidente mundial certo para o século 21”.[10] O noticiário suíço 10 vor 10 tratou do tema “Barack, o salvador”. Em todo o mundo, os meios de comunicação competiram para publicar relatos eufóricos a respeito dele. Ele foi chamado de “Messias” com freqüência cada vez maior. No Portão de Brandenburgo (em Berlim) 200.000 pessoas o aclamaram, mesmo sem conhecer seu programa de governo. O então presidente George W. Bush, que se declarava cristão, era demonizado e odiado, mas as mesmas massas aclamaram um homem que mal conheciam. Isso tudo é um bom exemplo para o futuro. Individualmente, as pessoas podem ser inteligentes, mas as massas sempre estão sujeitas à sedução. A história prova isso, e as conseqüências são assustadoras.
• O ex-secretário da Economia dos EUA, Prof. N. Cooper, já dizia em 1984: “Para o próximo século sugiro uma alternativa radical: a criação de uma moeda comum para todas as democracias industriais, com uma política cambial comum e um banco comum para a fixação de uma estratégia monetária (...) Como países independentes podem conseguir isso? Precisarão entregar o controle da política cambial a uma corporação supranacional”.[11]
• Neste contexto uma declaração do presidente francês Nicolas Sarkozy não causa qualquer espanto: “Durante anos tentamos alcançar algo. A crise deve ser aproveitada como a oportunidade para que ela não se repita. Precisamos de uma economia de mercado humana que funcione. Isso só é possível com regras. Essas regras precisam ser definidas em âmbito global (...) precisamos de uma resposta global para uma crise global...”[12]
• A revista Veja lamentou a falta de um líder político adequado para o mundo, que precisa do estadista certo.[13]
As crises econômicas preparam o mundo para o gigante mundial que virá.
4. O Juiz está diante da porta, e um dia o homem estará diante do Juiz
“Irmãos, não vos queixeis uns dos outros, para não serdes julgados. Eis que o juiz está às portas” (Tg 5.9).
Cada homem será julgado, e nada será esquecido diante de Deus: “Porque importa que todos nós compareçamos perante o tribunal de Cristo, para que cada um receba segundo o bem ou o mal que tiver feito por meio do corpo” (2 Co 5.10). “Os pecados de alguns homens são notórios e levam a juízo, ao passo que os de outros só mais tarde se manifestam” (1 Tm 5.24).
Diante do prédio da nossa missão na Suíça há um hotel muito bonito, chamado Sonnental (= Vale do Sol). Ele foi reformado e parcialmente reconstruído por dentro e por fora, com novas dependências e bela decoração. As cores são lindas e o atendimento é excelente. Há nele um grande spa e um restaurante de primeira linha. O Sonnental desfruta de uma boa reputação. Há algum tempo aconteceu algo estranho: uma parte do piso do estacionamento afundou. O buraco era tão grande que um caminhão poderia ter caído nele. O motivo era a existência de uma fossa negra naquele local, da qual ninguém tinha conhecimento e que não aparecia em nenhum documento ou planta.
Uma camada de terra de 2 metros de espessura cobria a fossa. O nível inferior da fossa estava 4,5 m abaixo do piso do estacionamento. Ela tinha sido desativada há muito tempo sem ter sido limpa. Como o conteúdo é muito ácido, com o tempo ele corroeu a cobertura de concreto e causou o desabamento. Cerca de 70m3 de esgoto que ainda estavam na fossa tiveram de ser aspirados por uma firma especializada e levados embora em dois caminhões-tanque. No lugar do esgoto o buraco foi preenchido com 70m3 de bom material e assim o problema foi resolvido.
Um engenheiro comentou: “O fato de a fossa não ter sido esvaziada na época foi um grave crime ambiental, e as conseqüências estão se mostrando hoje. Ninguém sabe quanto esgoto penetrou no lençol freático, já que o seu nível neste local é mais alto que o nível inferior da fossa”.
Esse não é um bom exemplo para os seres humanos? Por fora muitos são um “Vale do Sol”, mas por dentro está escondida uma fossa negra. Por fora as aparências são ótimas, mas interiormente a profunda fossa dos pecados ainda não foi limpa. Os pecados corroem nossa vida e podem causar grandes danos. Porém, quem permite que Jesus a limpe e depois a preencha  com seus dons, experimentará a verdade bíblica: “Se, porém, andarmos na luz, como ele está na luz, mantemos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus, seu Filho, nos purifica de todo pecado. Se dissermos que não temos pecado nenhum, a nós mesmos nos enganamos, e a verdade não está em nós. Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça” (1 Jo 1.7-9). (Norbert Lieth - http://www.chamada.com.br)
Notas:
  1. NT, Heinz Schumacher, Hänssler, pg 916, comentário 28.
  2. “Blickfeld”: “Das Seiende, das vergeht, und das Bleibende, das kommt”.
  3. israel heute, abril de 2008, PF. 28.
  4. factum 4/2008, p. 44.
  5. Reuters.com, 11 de outubro de 2008, 12h40.
  6. NZZ, 20 de novembro de 2008, International, pg. 7.
  7. factum 8/2008, p. 6.
  8. TOPIC, outubro de 2008, p. 5.
  9. www.bundesregierung.de “Mitschrift Pressekonferenz: Pressekonferenz Bundeskanzlerin Merkel und Präsident Sarkozy”, 12 de outubro de 2008.
  10. Veja, 1 de outubro de 2008.
Norbert Lieth É Diretor da Chamada da Meia-Noite Internacional. Suas mensagens têm como tema central a Palavra Profética. Logo após sua conversão, estudou em nossa Escola Bíblica e ficou no Uruguai até concluí-la. Por alguns anos trabalhou como missionário em nossa Obra na Bolívia e depois iniciou a divulgação da nossa literatura na Venezuela, onde permaneceu até 1985. Nesse ano, voltou à Suíça e é o principal preletor em nossas conferências na Europa. É autor de vários livros publicados em alemão, português e espanhol.