sábado, 28 de março de 2015

Biorritmo e o sétimo dia

A ciência está ampliando o conhecimento sobre biorritmos. Sabe-se que para várias funções orgânicas existe o que cientistas chamam de “Ritmo do Sétimo Dia”. Algo ocorre em nosso corpo em certas circunstâncias no sétimo dia do evento, seja uma cirurgia, transplante ou liberação de hormônios.
Dr. Halberg do Laboratório de Cronobiologia da Universidade de Minesota, nos Estados Unidos, é um líder na pesquisa de biorritmo naquele país. Em colaboração com outros cientistas de várias nações ele documentou o Ritmo do Sétimo-Dia no ser humano (Halberg F., and E. Halberg. Conceptualization and Validation of a Circaseptenary Clinospectral System. Abstracts, Second International Conference on Immunopharmacology, Sheraton Park, Washington, D.C., July 5-10, 1982, 340-341).
Monitoraram os batimentos cardíacos de um homem durantes vários meses enquanto ele permanecia em um ambiente totalmente isolado com todas as condições controladas e nada do mundo exterior poderia interferir com seus ritmos internos corporais. Quando os dados foram analisados, seu coração mostrou claramente um Ritmo do Sétimo Dia (McCluskey, E.S. Light-Dark Cycle Entrainment of Circadian Rhythms in Man. The Biologist 65:17-23, 1983).
Usando-se poderosos métodos de computadores, um grupo de cientistas analisou cuidadosamente modelos de produção de hormônios esteróides coletados da urina de um homem saudável durante um período de 15 anos. Os resultados das análises hormonais mostraram que a excreção desses hormônios também ocorria num Ritmo do Sétimo Dia (Halberg, F., M. Engeli, C. Hamburger, et al. Spectral Resolution of Low-Frequency, Small-Amplitude Rhythms in Excreted 17-Ketosteroids; Probably Androgen-inducced Circaseptan Desynchronization. Acta Endocrinológica. Suppl. 103:5-53, 1965).
Outro grupo de pesquisadores estudou mais do que 70 homens jovens que tiveram um ou mais dentes molares extraídos. Cada dia após a cirurgia, suas faces e maxilares foram medidos cuidadosamente. É de se supor que o edema (inchação) na face diminuiria nos próximos dias após a cirurgia para a extração dos dentes. Mas isso não ocorreu. Verificou-se a presença de um Ritmo do Sétimo Dia quanto à inchação local (Pollman, L. and G. Hildebrandt. Long-Term Control of Swelling After Maxillo-Facial Surgery: A Study of Circaseptan Reactive Periodicity. Inter. J. Chronobiology, 8:105-114, 1982).
Observou-se também que em várias cirurgias de transplante de rim ocorre este ritmo de sete dias, já que se verificou que a rejeição ocorria após sete dias da operação (De Vecchi, A., F.Halberg, R.B. Sothern, et al. Circaseptan Rhythmic Aspects of Rejection in Treated Patients with Kidney Transplants. Inter. J. Chronobiology, 5:432, 1978).
Esse tipo de biorritmo é chamado de “circaseptano”, também encontrado em macacos, cachorros, ratos e outros organismos. Isso parece revelar que o Ritmo do Sétimo Dia é um mecanismo normal existente na fisiologia de organismos vivos.
Alguns cronobiologistas crêem que esse tipo de biorritmo – o do sétimo dia – pode revelar que os organismos precisam de uma certa pausa como um estímulo para seguirem vivendo.
Durante a Revolução Francesa (1789-1799), cientistas seculares tentaram revolucionar a semana de sete dias, instituindo uma semana de dez dias. Foi um caos. O matemático e senador La Place teve um papel importante em restaurar o modelo anterior dos sete dias na semana. Simplesmente não funcionou!
Na Bíblia, em Gênesis capítulo 2, versículos 1 a 3, está escrito: “Assim os céus, a
terra e todo o seu exército foram acabados. E havendo Deus acabado no dia sétimo a obra que fizera, descansou no sétimo dia de toda a sua obra, que tinha feito. E abençoou Deus o dia sétimo, e o santificou; porque nele descansou de toda a sua obra que Deus criara e fizera.”
E Moisés, pioneiro em medicina preventiva e melhoras sociais, escreveu: “Lembra-te do dia do sábado, para o santificar. Seis dias trabalharás, e farás toda a tua obra. Mas o sétimo dia é o sábado do Senhor teu Deus; não farás nenhuma obra, nem tu, nem teu filho, nem tua filha, nem o teu servo, nem a tua serva, nem o teu animal, nem o teu estrangeiro, que está dentro das tuas portas. Porque em seis dias fez o Senhor os céus e a terra, o mar e tudo que neles há, e ao sétimo dia descansou; portanto abençoou o Senhor o dia do sábado, e o santificou” (Êxodo 20:8-11). Aliás, este é o quarto mandamento da Lei de Deus. O único que descreve quem é o Deus dos outros nove mandamentos.
Que paralelo fantástico entre as Escrituras Sagradas e a moderna ciência! Sabemos hoje que um dos componentes para redução do estresse é o descanso semanal, a ênfase na importância da dimensão espiritual do ser humano e as práticas naturais de saúde. Jesus foi totalmente científico quando disse: “O sábado foi feito por causa do homem, e não o homem por causa do sábado” (Marcos 2:27). Ele falava desse biorritmo há 2 mil anos, e do amor de Deus em preparar um dia de descanso, de reflexão, de serviço espiritual especial e de culto ao Criador dos céus e da Terra.
(Bernell Baldwin, Ph.D., professor de neuro-fisiologia e fisiologia aplicada no Wildwood Lifestyle Center and Hospital, pesquisador e articulista do The Journal of Health and Healing.www.wildwoodlsc.org)

sexta-feira, 27 de março de 2015

Conheça o versículo bíblico mais “popular” entre os brasileiros

Youversion publica lista com campeões de acesso em 2014
por Jarbas Aragão
Conheça o versículo bíblico mais "popular" entre os brasileiros
Milhões de pessoas já trocaram a Bíblia de papel pela versão eletrônica. O aplicativo YouVersion é o mais baixado do mundo na categoria Bíblias tanto em versão Android quanto no iOS.
Uma pesquisa reuniu informações dos usuários do aplicativo no mundo todo dá uma ideia de quais são os versículos mais compartilhados nas “redes sociais” (Twitter, Facebook, Youtube, etc.).
Usando–se o YouVersion,  em 2014 foram quase 10 bilhões de  capítulos lidos, pelos seus 184 milhões de usuários. O aplicativo comemorou este ano a marca de 1.000 traduções oferecidas, ou seja, 7 em cada 10 habitantes do mundo podem ler a Bíblia em sua própria língua no celular ou tablet.
Brasil, EUA e Nigéria compartilham o mesmo versículo ‘favorito’: Filipenses 4:8. O apóstolo Paulo escreveu “Finalmente, irmãos, tudo o que for verdadeiro, tudo o que for nobre, tudo o que for correto, tudo o que for puro, tudo o que for amável, tudo o que for de boa fama, se houver algo de excelente ou digno de louvor, pensem nessas coisas”.
Filipenses obteve um grande destaque este ano. A carta do Novo Testamento possui 3 dos 10 versículos mais marcados, destacados e compartilhados, segundo os dados dos desenvolvedores do YouVersion.
Jeremias 29:11 foi o verso mais popular no Canadá, Reino Unido e Austrália. Jeremias 33:2-3 foi o mais verso popular na Coréia do Sul. Isaías 41:10 foi o verso mais popular no México e na Colômbia.
A lista dos mais acessados em todos os países é a seguinte:
1 – Romanos 12: 2
2 – Filipenses 4: 8
3 – Filipenses 4: 6
4 – Jeremias 29:11
5 – Mateus 6:33
6 – Filipenses 4: 7
7 – Provérbios 3: 5
8 -Isaías 41:10
9 – Mateus 6:34
10 – Provérbios 3: 6
No levantamento do ano passado feito pelo YouVersion, Filipenses 4:6 foi a única passagem a continuar entre os cinco “prediletos”.

sábado, 21 de março de 2015

QUASE MEIA-NOITE!

Em 1945, um jornalista chamado Guilherme Ripley visitou a cidade de Hiroshima. Enquanto pisava o chão desta cidade que havia sido destruída pela bomba atômica, disse: ”Estou no lugar onde o fim do mundo começou.”
Este foi o ano em que o poder nuclear foi descoberto. Os cientistas colocaram o quadro de um grande relógio na capa de uma revista científica e um relógio com os ponteiros indicando a hora. Neste relógio faltavam 5 minutos para a meia-noite! A meia-noite se referia ao fim do dia da história deste mundo, a hora zero, em que virá a destruição completa.
Um pouco mais tarde, quando descobriram que os russos também estavam com a bomba atômica, saiu uma outra revista com um outro relógio – desta vez, marcando 2 minutos para a meia-noite.
Hoje o átomo é o gigante de nossa época! Um gigante bem pequeno, tão pequeno que cabem milhões deles na ponta de um alfinete. Tão pequeno que se pudéssemos aumentar uma gota d’água no tamanho do mundo – cada átomo teria o tamanho de uma laranja.
O homem abriu este pequeno átomo, e tirou dele uma força que revolucionou o mundo.
Foi calculado que os EUA têm um estoque de armas suficientemente grande para destruir a Rússia 25 vezes. A Rússia também estava aumentando as suas armas de destruição.
Os entendidos no assunto conhecem o perigo, e estão anunciando ao povo do mundo que é quase meia-noite.
Tudo aconteceu em tão pouco tempo! Há 200 anos atrás tudo era diferente. Por 6.000 anos o homem viajava sobre burros, camelos, cavalos, elefantes e bois. Quando no mar, viajavam com barcos a vela ou com remos.
Há 200 anos atrás não havia aviões, nem carros ou bicicletas; não havia também televisão, nem rádio, computadores, telefone. Não existia prego, não existia fósforos. Era um mundo silente.
Somente há 200 anos atrás!
Conta um pregador que sua própria mãe, quando menina, apanhou por ter dito a uma colega que existia uma carroça que andava sem cavalos para a puxar. A sua mãe, a avó do pregador, a castigou por ter inventado uma história tão absurda e impossível.
Pouco tempo depois, a família ouviu um barulho estranho – todos correram para a janela e viram uma carroça. estranha e muito barulhenta e sem cavalos para puxá-la.
No estado de Ohio foi negado o uso de uma sala escolar para estudar “projetos para a construção de estradas de ferro.”
A Comissão Escolar rejeitou o pedido com os seguintes termos:
“Sois bem-vindos a esta escola para debater qualquer assunto razoável. Mas coisas como trens e telégrafos são impossibilidades e assemelham-se a incredulidade… Se tivesse sido da vontade de Deus que Suas criaturas inteligentes viessem mediante o vapor à espantosa velocidade de 24 Km/h, Ele o teria anunciado claramente por intermédio de Seus profetas.”
Um pouco depois apareceu o primeiro trem numa vila, correndo à velocidade espantosa de 8 km/h. O trem parou na estação e quase todos os moradores da vila vieram correndo para ver esta estranha máquina.
Um velho chegou, quando o trem parou, e perguntou o que era aquela coisa estranha que causava tanta curiosidade. Quando foi informado que era um trem começou a rir. “Impossível”, disse ele, “esta coisa nunca vai andar. É muito pesado. Não tem o lugar para atar os cavalos. Nunca vai andar! Vocês podem voltar para as suas casas. Por que ficam olhando? Estou dizendo que nunca vai andar.”
Neste momento o maquinista puxou uma corda e o trem apitou e depois começou a andar. Foi aumentando a velocidade e o velho com olhos grandes, começou a repetir: “Esta máquina nunca vai parar!”
Hoje nosso mundo é um mundo diferente. Coisas que nós considerávamos modernas ontem, hoje são obsoletas.
No dia 6 de outubro de 1945 a Segunda Guerra Mundial terminou repentinamente. Terminou com a explosão de duas bombas atômicas, destruindo duas cidades e deixando 70.000 mortos.
12 anos mais tarde os homens em todas as partes do mundo pararam para ouvir uma notícia – Um satélite artificial chamado “Sputnik” estava em órbita. O “Sputnik” lançou o mundo numa nova era – a era do espaço. Agora o homem começava a falar em ir para a Lua. Esta Lua que alguns anos antes era simplesmente um objeto bonito no Céu para iluminar a noite.
Sim, a Lua era algo mais para os namorados. Tinha importância especial para alguns fazendeiros que plantavam na época da lua cheia.
Alguns pescadores olhavam para a Lua para saber quando seria o melhor tempo para pescar. A criança olhava a Lua e estendia as mãos para pegá-la.
Mas ninguém falava em ir para a Lua. Em seguida, houve fila enorme de pessoas que queriam ser as primeiras a ir para a Lua. E depois já havia pessoas vendendo terrenos na Lua.
Com todas as invenções, o mundo está melhor? Estamos com menos problemas? Estamos com mais tempo?
O grande Einstein, falando em nossa época, disse: “Somente a intervenção divina poderá salvar o mundo do aniquilamento total.”
Em todo o mundo há problemas. Antigamente a guerra matava soldados. Era uma coisa terrível. Mas hoje a guerra mata mais mulheres e crianças inocentes. Aviões sobrevoando cidades causaram terror na Segunda Guerra Mundial. Na 3ª guerra, se houver, um avião causará maior dano do que 1.000 aviões na 1ª guerra. Uma bomba fará a mesma destruição que 10.000 bombas de T.N.T.
A conhecida revista Colliers realizou uma pesquisa entre cientistas. Eles calcularam que, se na próxima guerra se usasse o poder nuclear, de cada 6 habitantes da Terra, somente 1 sobreviveria.
Por isto, o menino que depois da ouvir do perigo de guerras e bombas ficou espantado. E quando foi-lhe perguntado: “O que você quer ser quando crescer?”, respondeu: “Quero ser vivo.”
Um homem estava completamente desanimado com a condição do mundo. Estava sobre uma ponte, resolvido a se atirar para não mais viver. Outro cidadão, vendo aquela terrível situação, foi falar com ele. “Não faça isto! Vamos dar uma volta para conversarmos um pouco. Os dois deram uma volta no quarteirão, enquanto o desanimado contava os seus motivos de desânimo. Logo depois os dois voltaram para a ponte e da lá se jogaram.
Nosso mundo está cheio de problemas e o homem está querendo dominar o espaço. Ainda não aprendeu a dominar este mundo e agora quer dominar a lua também.
Perguntamos: Ainda há esperança para o mundo? Ou será que realmente é quase meia-noite para o mundo? O mundo está procurando uma resposta.
Depois da 1ª guerra originou-se a Liga das Nações – as nações se reuniram para entrar em acordo. Fizeram uma lei proibindo a guerra. A guerra terminou com festas e celebrações – os sinos tocavam. Era o fim da guerra para todo o sempre, disseram eles. Mas o trabalho da Liga das Nações não foi fácil.
Conta-se que certa vez, enquanto discutiam um determinado assunto, a discussão se acalorou e os membros levantaram as cadeiras e começaram a dar um no outro. Isto em plena liga das nações.
A 2ª guerra terminou de uma maneira diferente. Não houve tanta alegria; mas ainda havia esperança. Os representantes lutaram para achar uma solução. Um deles disse: “Falamos, falamos e não nos entendemos. Parece estarmos em um manicômio.”
As Nações Unidas também não conseguiram garantir a paz mundial. Disse o profeta Isaías 700 anos antes de Cristo: “Os ímpios não têm paz.” (Isaías 57:21).
O mundo está enfermo. Recorreu à religião como último recurso para manter a paz. Mas parece que quanto mais religiões, mais confusões também. Com centenas de religiões, com igrejas magníficas em todas as cidades ainda há maldade, tristeza e aflição.
E mais uma vez perguntamos: Quanto falta para a meia-noite?
Então qual é a solução? É desarmamento? Tira-se do homem a bomba atômica, e ele fará guerra com dinamite. Se lhe tirarem a dinamite, ele usará a metralhadora. Tira-se a metralhadora e usará revólveres; se lhe tirarem os revólveres ele fará guerra com porretes e brigará com os punhos. Se ainda lhe tirarem os punhos, ele brigará com os dentes. Arrancam-se os dentes, e ele recorrerá aos pontapés. A única solução é uma mudança no coração do homem.
Pouco depois da 1ª guerra mundial, uma importante publicação ofereceu 100 mil dólares a quem apresentasse um plano que assegurasse a paz mundial. Em resposta chegaram 22.000 planos. Entre eles, os juízes aprovaram o mais curto e razoável. Consistia unicamente de 2 palavras: “Experimente Jesus.”
Jesus nos fala claramente que todas estas coisas aconteceriam.
S. Mateus 24:6 – “E ouvireis de guerras e rumores da guerra; olhai, não vos assustais, porque é mister que tudo isto aconteça, mas ainda não é o fim.”
Já no Velho Testamento, Daniel havia dito:
Daniel 12:4 – “E tu, Daniel, fecha estas palavras a sala este livro, até o fim do tempo; muitos correrão de uma parte para outra, e a ciência se multiplicará.”
Jesus disse:
Lucas 21:25 e 26 – “E haverá sinais no Sol, e na Lua e nas estrelas; e na Terra angústia das nações, em perplexidade pelo bramido do mar e das ondas. Homens desmaiando de terror, na expectação das coisas que sobrevirão ao mundo. Porquanto as virtudes do céu serão abaladas.”
Mas numa hora em que o mundo está enfrentando a meia-noite da destruição, e os entendidos estão dizendo que já é quase meia-noite. Sim, é quase meia-noite; mas à meia-noite vem livramento, salvação para quem confia em Deus. Ele nos diz:
Lucas 21:28 – “Ora, quando estas coisas começarem a acontecer, olhai para cima e levantai as vossas cabeças; porque a vossa redenção está próxima.”
Aconteceu nos EUA no dia 21 de maio de 1946, em Los Álamos. O jovem cientista estava experimentando com a força nuclear em preparação para uma explosão no Pacífico. Ele havia feito esta experiência muitas vezes – e com sucesso. Ele estava fazendo experiência com urânio 235 querendo determinar o que os cientistas chamam a Massa Crítica que causa uma reação nuclear. Ele foi ajuntando os 2 elementos até a posição que a reação começou, e então ele as separou com uma chave de fenda.
Um dia justamente quando queria separar os elementos, a chave escapou de suas mãos. Num instante a sala foi iluminada com uma bruma azul. Não havia tempo para pegar a ferramenta. Em vez de fugir, o jovem Luiz Slotin pegou as massas radioativas com a sua mão e as separou. Compreendeu muito bem o perigo que significava aquilo para ele – mas não se importou. Salvou assim, a vida de 7 pessoas na sala. Minutos depois, esperando ambulância junto com o seu colega Al Graves, que também foi queimado, ele disse calmamente: “Você vai se recuperar, mas eu não tenho esperança.” Ele falou a verdade, pois 9 dias depois – dias de sofrimento sem descrição – ele faleceu.
Há 20 séculos o Filho de Deus entrou num mundo cheio de irradiação – não irradiação nuclear, mas sim a irradiação do pecado! Ele veio salvar a vida do povo deste mundo. Os seus inimigos gritaram: “Salvou os outros, e a si mesmo não pode salvar-se.”
Falaram a verdade: Não podia salvar os outros, e ao mesmo tempo salvar a si mesmo. Mas deu a Sua vida para salvar aos outros.
S. João 14:27 – “Deixo-vos a paz, a Minha paz vos dou. Não vo-la dou como a dá o mundo. Não se turbe o vosso coração e não se atemorize.”
S. João 14:1-3 – “Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em Mim. Na casa de Meu Pai há muitas moradas. Se assim não fora, Eu vo-lo teria dito. Pois vou preparar-vos lugar. E, quando Eu for e vos preparar lugar, voltarei e vos receberei para Mim mesmo, para que, onde Eu estou, estejais vós também.”
Falta pouco até a meia-noite. Somente a pessoa que confia em Jesus Cristo pode ter a paz.
Como está sua situação hoje, meu amigo?
Sermão do Pr. Henry Feyerabend

segunda-feira, 16 de março de 2015

Momento de orar pelo Brasil e pelos brasileiros

Em 1992, eu havia recém-ingressado no curso de jornalismo da Universidade Federal de Santa Catarina. O assunto que dominou a imprensa naquele ano foi o primeiro impeachment de um presidente brasileiro, Fernando Collor de Mello, o “caçador de marajás” que prometia limpar o Brasil da corrupção. Um dos líderes das manifestações contra o presidente da República que era, ele mesmo, um “marajá” lá das Alagoas, foi o então presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE), Lindberg Farias. Com 23 anos na época, Farias se uniu a milhares de outros jovens e foi para as ruas protestar de cara pintada. Recém-convertido, confesso que tive vontade de também pintar a cara de verde e amarelo, ir para as ruas e gritar contra o Collor, os corruptos, os políticos indignos do nosso voto. Mas pensei melhor e não fui. Na verdade, o que vi depois foi um monte de jovens fazendo festa, como se aquilo fosse um grande carnaval de rua. E vi políticos oportunistas instrumentalizando a situação.

Vinte e três anos depois, ao ver a foto abaixo, me sinto ainda mais aliviado de não ter participado daquela palhaçada que não colocou o Brasil nos eixos. Farias e Collor estão novamente sob os holofotes, no palco da política nacional; mas, desta vez, do mesmo lado, citados na lista de Janot. Os dois nobres senadores serão investigados pelo Supremo Tribunal Federal na Operação Lava Jato. É mole? Como confiar nessa “raça”? É como diz a Bíblia: “Maldito é o homem que confia nos homens” (Jr 17:5). Nada mais certo. Muitos amigos meus, com seu pensamento esquerdista alimentado ou adquirido nas salas de aula, confiaram no PT, no Lula, e veja só o que deu. Políticos roubaram antes do PT? Desviaram desavergonhadamente verba que seria usada para prover merenda para crianças pobres em escolas precárias? Puseram a mão em verba oriunda dos impostos abusivos cobrados do povo? Sim, é claro que sim. Infelizmente. Mas um partido que pregava a moralização da política e que esbravejava contra os corruptos de colarinho branco não poderia ter seguido o mesmo caminho.

O poder concedido a pessoas não convertidas e amorais as destrói – e destrói os sonhos daqueles que confiam nelas, esquecendo-se de que elas são apenas seres humanos falhos, pecadores e corruptíveis. Farias e Collor e Lula e Dilma e Aécio e FHC e muitos outros são farinha do mesmo saco. Pensam mais em si, em seu futuro, em sua conta bancária, nos interesses de seu partido, em seu projeto de poder do que na situação de milhões de brasileiros que trabalham horas a fio em busca de esperança e de alguma dignidade – a mesma dignidade que não veem em seus representantes políticos.
  

O dia 15 de março passou(parafraseado). Mais uma vez foi possível ver milhões de brasileiros indo para as ruas protestar contra os desmandos dos governantes. A popularidade de Dilma chegou a uma casa decimal. O dólar e o preço dos combustíveis subiram. A decepção e a apreensão podem ser vistas no rosto de muitas pessoas. O caos pode se instalar, com baderneiros oportunistas soltos por aí. A instabilidade política pode se acentuar. Um eventual novoimpeachment poderia ser até mais desastroso do que a permanência da presidente no poder, mas com um claro recado das ruas no sentido de que coloque ordem na casa. A volta do militarismo é ideia de gente que não conhece a história e que gosta de flertar com o perigo. Quanto aos cristãos que levam a sério a Palavra de Deus, deveriam reler com atenção Romanos capítulo 13.

A melhor maneira de melhorar este país é sendo honestos e cumpridores do dever em nossa esfera. Votar com consciência e cobrar dos nossos representantes um comportamento digno (quando nós mesmos nos comportamos assim) é nosso direito e nosso dever. Mas que tudo seja feito de maneira ordeira e por vias democráticas.

É hora de os cristãos e os brasileiros de fé se unirem para orar pelos rumos deste país. Precisamos reconhecer que Deus e Seu plano de redenção são a única solução para este mundo que agoniza. O resto são apenas paliativos.

Michelson Borges  

sábado, 14 de março de 2015

O Verdadeiro Poder da Mente para a Cura de Doenças

A relação existente entre a mente e o corpo é muito íntima. Quando um é afetado, o outro se ressente. O estado da mente atua muito mais na saúde do que muitos julgam. Muitas das doenças sofridas pelos homens são resultado de depressão mental. Desgosto, ansiedade, descontentamento, remorso, culpa, desconfiança, todos tendem a consumir as forças vitais, e a convidar a decadência e a morte.
A doença é muitas vezes produzida, e com freqüência grandemente agravada pela imaginação. Muitos que atravessam a vida como inválidos poderiam ser sãos, se tão-somente assim o pensassem. Muitos julgam que a mais leve exposição lhes ocasionará doença, e produzem-se os maus efeitos exatamente porque são esperados. Muitos morrem de doença de origem inteiramente imaginária.
O ânimo, a esperança, a fé, a simpatia e o amor promovem a saúde e prolongam a vida. Um espírito contente, animoso, é saúde para o corpo e força para a alma. “O coração alegre serve de bom remédio.” Prov. 17:22.
No tratamento do enfermo não se deveria esquecer o efeito da influência mental. Devidamente usada, essa influência proporciona um dos mais eficazes meios de combater a doença.
 O perigo da Hipnose para a  cura
Uma forma de cura mental existe, entretanto, que é um dos mais eficazes meios para o mal. Mediante essa chamada ciência, a mente de uns é submetida ao domínio de uma outra, de modo que a individualidade do mais fraco imerge na do espírito mais forte. Uma pessoa executa a vontade de outra. Pretende-se assim poder mudar o curso dos pensamentos, comunicar impulsos que promovem a saúde, e habilitar o doente a resistir e vencer a doença.
Esse método de cura tem sido empregado por pessoas que ignoravam sua natureza e tendências reais, e que acreditavam ser ele um modo de beneficiar os doentes. Mas a assim chamada ciência baseia-se em falsos princípios. É estranha à natureza e princípios de Cristo. Ela não conduz Àquele que é vida e salvação. Aquele que atrai as mentes para si leva-as a separar-se da verdadeira Fonte de sua força.
Não é desígnio de Deus que nenhuma criatura humana submeta a mente e a vontade ao domínio de outra, tornando-se um instrumento passivo em suas mãos. Ninguém deve fundir sua individualidade na de outrem. Não deve considerar nenhum ser humano como fonte de cura. Sua confiança deve estar em Deus. Na dignidade da varonilidade que lhe foi dada pelo Senhor, deve ser por Ele próprio dirigido, e não por nenhuma inteligência humana.
Deus deseja pôr os homens em direta relação com Ele. Em todo o Seu trato com as criaturas, reconhece o princípio da responsabilidade individual. Busca estimular o senso da dependência pessoal, e impressioná-los com a necessidade de direção própria, isto é, individual. Deseja pôr o humano em ligação com o divino, a fim de que os homens sejam transformados à divina semelhança. Satanás trabalha para impedir este desígnio. Procura fomentar a confiança nos homens. Quando a mente é desviada de Deus, o tentador pode colocá-la sob seu domínio. Pode governar a humanidade.
A teoria de uma mente reger outra teve origem em Satanás, a fim de se introduzir como o obreiro principal, para pôr a filosofia humana onde se devia encontrar a divina. De todos os erros que estão encontrando aceitação entre cristãos professos, não há engano mais perigoso, nenhum mais propício a separar infalivelmente o homem de Deus do que esse. Por inocente que pareça, ao ser exercido sobre os pacientes, tende para sua destruição, e não para seu restabelecimento. Abre uma porta através da qual Satanás entrará para tomar posse tanto da mente que se entrega ao domínio de outra como da que a domina.
Terrível é o poder assim entregue a homens e mulheres maldosos. Que oportunidade proporciona isso aos que vivem de se aproveitar das fraquezas e tolices dos outros! Quantos, por meio do poder exercido sobre mentes fracas ou enfermas, encontrarão meio de satisfazer cobiçosas paixões ou ganâncias de lucro!
Existe alguma coisa melhor a fazermos do que dominar a humanidade pela humanidade. O médico deve educar o povo a volver o olhar do humano para o divino. Em lugar de ensinar o enfermo a confiar em criaturas humanas quanto à cura da alma e do corpo, deve dirigi-lo Àquele que é capaz de salvar perfeitamente a todos quantos a Ele se chegam. Aquele que fez a mente do homem sabe o que ela necessita. Unicamente Deus é quem pode curar. Aqueles que se acham
“O Senhor é a minha força e o meu escudo; nEle confiou o meu coração, e fui socorrido; pelo que o meu coração salta de prazer, e com o meu canto O louvarei.” Sal. 28:7.  Os doentes da mente e do corpo têm de ver em Cristo o restaurador. “Porque Eu vivo”, diz Ele, “vós vivereis.” João 14:19. Esta é a vida que nos cumpre apresentar aos doentes, dizendo-lhes que, se tiverem fé em Cristo como restaurador, se com Ele cooperarem, obedecendo às leis da saúde, e se esforçando por aperfeiçoar a santidade em Seu temor, Ele lhes comunicará Sua vida. Quando por essa maneira lhes apresentamos a Cristo, estamos transmitindo um poder e uma força de valor, porquanto vêm de cima. Esta é a verdadeira ciência da cura do corpo e da alma.

Simpatia como Terapia
Grande sabedoria é necessária no trato das doenças produzidas pela mente. Um coração dolorido, enfermo, um espírito desalentado, requerem um brando tratamento. Muitas vezes um problema doméstico está, como um câncer, corroendo até à própria alma, e enfraquecendo as forças vitais. Outras ocasiões é o caso do remorso pelo pecado minando o organismo e desequilibrando a mente. É mediante uma terna simpatia que esta classe de doentes pode ser beneficiada. O médico deve conquistar-lhes primeiro a confiança, encaminhando-os depois ao grande Restaurador. Se sua fé pode ser dirigida para o verdadeiro médico, e são capazes de confiar em que lhes tomou o caso nas mãos, isso trará alívio ao espírito, dando muitas vezes saúde ao corpo.
A simpatia e o tato se demonstrarão freqüentemente um maior benefício ao enfermo do que o mais hábil tratamento executado de modo frio, indiferente. Quando um médico se aproxima do leito de um doente com uma maneira desatenta e negligente, olha para o aflito com pouco interesse, dando por palavras ou atos a impressão de que o caso não requer muito cuidado, para deixar em seguida o paciente entregue a suas reflexões, esse médico causou ao doente positivo dano.
A dúvida e o desânimo produzidos por sua indiferença neutralizarão muitas vezes o bom efeito dos remédios por ele prescritos.
Se os médicos se colocassem no lugar daquele cujo espírito se acha humilhado e cuja vontade está enfraquecida pelo sofrimento, que anela palavras de simpatia e segurança, estariam mais preparados para apreciar seus sentimentos. Quando o amor e a compaixão manifestados por Cristo para com o enfermo se misturam aos conhecimentos do médico, a própria presença deste será uma bênção.
Franqueza no tratamento
A franqueza no trato com o doente lhe inspira confiança, demonstrando-se assim importante auxílio no restabelecimento. Médicos há que consideram sábia a medida de ocultar ao doente a natureza e causa da doença de que ele está sofrendo. Muitos, temendo chocar ou desanimar um paciente com a declaração da verdade, dão-lhe falsas esperanças de cura, permitindo mesmo que desça ao túmulo sem o advertir do perigo. Tudo isso é falta de sabedoria. Talvez nem sempre seja seguro, nem o melhor a fazer, explicar ao doente toda a extensão de seu perigo. Isso poderia alarmá-lo e viria a retardar ou mesmo impedir o restabelecimento. Nem pode toda a verdade ser dita àqueles cujos males são em grande parte imaginários. Muitas dessas pessoas são irrazoáveis, e não se habituaram a exercer o domínio de si mesmas. Têm fantasias peculiares, e imaginam muitas coisas irreais quanto a si mesmas e a outros. Para elas, essas coisas são verdadeiras, e os que delas cuidam devem manifestar constante bondade, paciência e tato incansáveis. Se fosse dita a esses doentes a verdade quanto a si mesmos, alguns se ofenderiam, e outros ficariam desanimados. Cristo disse a Seus discípulos: “Ainda tenho muito que vos dizer, mas vós não o podeis suportar agora.” João 16:12. Mas, embora a verdade não possa ser dita inteiramente em todas as ocasiões, nunca é necessário nem justificável enganar. Nunca o médico ou a enfermeira devem descer à mentira. Aquele que assim faz coloca-se em posição em que Deus não pode com ele cooperar; e, perdendo a confiança de seus clientes, está desperdiçando um dos mais eficazes auxílios para a restauração.
O poder da vontade não é estimado como devia ser. Permaneça a vontade desperta e devidamente dirigida, e ela comunicará energia a todo o ser, sendo maravilhoso auxiliar na manutenção da saúde. Também é uma potência no tratar a doença. Exercida na devida direção, dominaria a imaginação, e seria poderoso meio de resistir e vencer tanto a doença da mente como a do corpo. Pelo exercício da força de vontade no se colocar na justa relação para com a existência, o enfermo muito pode fazer para cooperar com os esforços médicos em favor de seu restabelecimento. Há milhares que, se quiserem, poderão recuperar a saúde. O Senhor não quer que estejam doentes. Deseja que sejam sadios e felizes, e devem dirigir a mente no sentido de ficar bons. Muitas vezes, os inválidos podem resistir à doença, simplesmente recusando entregar-se às doenças e deixar-se ficar num estado de inatividade. Erguendo-se acima de suas dores e incômodos, empenhem-se em útil ocupação, adequada a suas forças. Por tal ocupação e o livre uso do ar e da luz do sol, muito inválido enfraquecido haveria de recuperar a saúde e as forças.
Fonte: esperanca.com

sábado, 7 de março de 2015

Edito de Constantino - Exatamente no dia 7 de março


NINGUÉM nega que no dia 7 de março de 321, o imperador Constantino promulgou uma lei que assim reza:

"Que todos os  juízes, e todos os habitantes da Cidade, e todos os mercadores e artífices descansem no venerável dia do Sol. Não obstante, atendam os lavradores com plena liberdade ao cultivo dos campos; visto acontecer a miúdo que nenhum outro dia é tão adequa4o à semeadura do grão ou ao plantio da vinha; daí o não se dever deixar passar o tempo favorável concedido pelo céu." – Codex Justinianus, lib. 13, it. 12, par. 2 (3).

Este acontecimento influiu decisivamente para transformar o "festival da ressurreição" num autêntico "dia de guarda" no império romano.

Os nossos oponentes, visando fazer confusão, procuram dar sentido tendencioso ao histórico decreto, ao mesmo tempo que propalam ser ensino nosso que a instituição dominical fora criara pelo imperador. Nada mais falso. Equivocam-se grandemente os que afirmam ser ensino adventista que o domingo foi instituído por Constantino e por um determinado papa. Jamais ensinamos que Constantino fosse o autor do domingo, mas sim que, na esfera civil, deu o passo para que se tornasse dia de guarda, promulgando a primeira lei neste sentido, coroando assim a gradual implantação do domingo na igreja e no mundo.

Contudo, dizer que muito antes de Constantino nascer já os cristãos GUARDAVAM o domingo é afirmação temerária, destituída de veracidade histórica. Os testemunhos que o oponente alinhou nada provam em favor da OBSERVÂNCIA já estabelecida do primeiro dia da semana como dia de culto cristão. Não merecem inteira fé, por serem duvidosos, falíveis e incongruentes. Não invoca SEQUER UM testemunho bíblico ou histórico exato, incontraditável, irrecorrível. Não pode fazê-lo. O máximo que se poderia afirmar é que, antes de Constantino, boa parte dos cristãos, já em plena fermentação da apostasia gradual, reuniam-se de manhã no primeira dia da semana, para o "festival da ressurreição," e depois voltavam aos misteres costumeiros. Nada de guarda, observância ou santificação do dia. Isso ninguém jamais provará.

O nosso acusador cita o edito dominical de Constantino. Cita-o para dar-lhe uma interpretação distorcida, às avessas. Segundo ele o edito destinava-se a favorecer os cristãos. Não se dirigia aos pagãos. concordamos que o imperador tinha em mira agradar aos cristãos de seus dias, porém para conciliá-los com a observância do dia do Sol, que os pagãos observavam. Mero jogo político.

 Confusões e Contradições

Afirma o acusador: "Era um edito para favorecer particularmente os cristãos..."

Vamos analisar esta afirmativa. Notemos o seguinte: se a observância dominical, pelos cristãos, já era fato líqüido e certo, não careciam eles de leis seculares para os favorecer. E prossegue: "[o edito] não foi feito para agradar os pagãos." Não foi mesmo porquanto os pagãos vão precisavam de leis que lhes ordenassem guardar o "dia do Sol", considerando que o mitraísmo era religião dominante no Império, sendo o próprio Constantino mitraísta. Diz a História que ele era adorador do Sol que se "converteu" ao cristianismo. Isso lança luz nas verdadeiras intenções do edito.

Mas agora surge a confissão interessante: Diz o autor do O Sabatismo à Luz da Palavra de Deus: "O edito era dirigido aos pagãos e por isso empregou-se a expressão dia do Sol em vez de dia do Senhor..." (Digamos, entre parênteses, que há aqui um equívoco, pois o edito era dirigido a todos, moradores das cidades e dos campos indiscriminadamente. Os pagãos, sem dúvida, constituíam a imensa maioria.)

Voltaríamos a insistir: Por que empregou Constantino a expressão "dia do Sol"? A resposta será dada pela acusador. Diz ele: "Está provado, por homens abalizados, que esses [os pagãos] jamais guardaram esse dia [o primeiro dia da semana]." Isto até provoca riso. O oponente diz candidamente que os pagãos jamais em tempo algum observaram o primeiro dia da semana.

Prestaram os leitores atenção? Pois bem. Leiam agora estoutra declaração na mesma página e no mesmo parágrafo, a respeito do edito de Constantino: Era dirigido aos pagãos" por isso Constantino "usou a expressão DIA DO SOL para que pudessem [eles, os pagãos] compreendê-lo bem." Ai está a confissão. E insistimos com o autor: Por que os pagãos compreenderiam bem a expressão "dia do Sol" em vez de "dia do Senhor"? Por quê? Insistimos, por quê? A resposta é uma só: PORQUE GUARDAVAM O DIA DO SOL. Era o dia de guarda do mitraísmo, religião professada pelo próprio Constantino. Por essa contradição se pode ver a insegurança do acusador.

Mais adiante cita e endossa outra famoso apóstata adventista, o briguento A. T. Jones, quando este assevera que a primeira lei feita sobre o domingo, foi feita a pedido da igreja." E cremos que o foi realmente, mas a pedido... de qual igreja? A pedido da igreja semiapostatada, igreja que já levava no bojo inovações do paganismo, igreja conluiada com o Estado, igreja já desfigurada, que então usava velas, altares, praticava o monasticismo, borrifava água benta, impunha penitência, o sinal da cruz, e até ordens sacerdotais. Esta a igreja que solicitou o edito de Constantino. Esta a igreja que algumas décadas a seguir, num concílio, decretou a abstenção do trabalho no domingo e quis impedir a observância do sábado, no concílio de Laodicéia. Se o oponente aceita essa igreja como expressão do verdadeiro cristianismo, contente-se. É um direito seu. Nós não aceitamos. Não nos conformamos com ele, e continuamos a insistir na tese da origem pagã da observância dominical. Temos a História a nosso favor. Temos os fatos que depõem em abono de nossa mensagem. A verdade não precisa de notas forçadas para sobreviver. Impõe-se por si.

E agora, a nuvem de testemunhas. O nosso ponto de vista vai ser confirmado exuberantemente, por depoimentos da mais alta idoneidade. Vejamos o que dizem os eruditos, os enciclopedistas, os historiadores: Ei-las:

"O mais antigo reconhecimento da observância do domingo, como um dever legal, é uma constituição de Constantino em 321 A.D., decretando que todos os tribunais de justiça, habitantes das cidades e oficinas deviam repousar no domingo (venerabili die Solis), com uma exceção em favor dos que se ocupavam do trabalho agrícola." –Enciclopédia Britânica, art. "Sunday".

Note-se a expressão "mais antigo reconhecimento", que prova não ser então liqüida e certa a observância dominical. Antes disso não o era certamente.

"Constantino, o Grande, baixou uma lei para todo o império (321 A. D.) para que o domingo fosse guardado como dia de repouso em todas as cidades e vilas; mas permitia que o povo do campo seguisse seu trabalho." – Enciclopédia Americana, art. "Sabbath".

Esse primeiro dia era o "dia solar" dos pagãos, que já o guardavam. Pelo decreto, o dia devia ser por todos (inclusive os cristãos) "guardado como dia de repouso" em todas as cidades e vilas. Muito claro.

"Inquestionavelmente, a primeira lei, tanto eclesiástica como civil, pela qual a observância sabática daquele dia se sabe ter sido ordenada, é o edite de Constantino em 321 A.D." – Chamber, Enciclopédia, art. "Sabbath".

Notemos que Chamber diz ser a lei também eclesiástica. Por quê? Devido à fusão com o cristianismo, à influência religiosa, e à habilidade de estadista que quer agradar a gregos e troianos. Dessa forma o incipiente "festival da ressurreição" das manhãs do primeiro dia da semana se fundiria com o dia solar pagão do mitraísmo, e não haveria descontentes. Constantino atingia seus objetivos.

A influência da igreja semiapostatada na elaboração do decreto é evidente. Eusébio, contemporâneo, amigo e apologista de Constantino escreveu: "Todas as coisas que era dever fazer no sábado, estas NÓS as transferimos para o dia da Senhor." – Eusébio, Commentary on the Psalms.

Essa expressão "nós transferimos..." é sintomática, e prova que esse dia de guarda é invenção humana, puramente humana, de procedência pagã, de um paganismo já amalgamado com o cristianismo desfigurado da época.

"Os cristãos trocaram o sábado pelo domingo. Constantino, em 321, determinou a observância rigorosa do descanso dominical, exceto para os trabalhos agrícolas... Em 425 proibiram-se as representações teatrais [nesse dia] e no século VIII aplicaram-se ao domingo todas as proibições do sábado judaico." – Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira, art. "Domingo".

O grande e abalizado historiador cardeal Gibbon, com sua incontestada autoridade assevera o seguinte: "O Sol era festejado universalmente como o invencível guia e protetor de Constantino....

"Constantino averbou de Dies Solis (dia do Sol) o 'dia do Senhor' – um nome que não podia ofender os ouvidos de seus súditos pagãos." – The History of the Decline and Fall of the Roman Empire, cap. 20 §§ 2°., 3°. (Vol. II, págs. 429 e 430).

Ainda sobre o significado do célebre edito diz-nos o insuspeito pastor Ellicott:

"Para se entender plenamente as provisões deste edito, deve-se tomar em consideração a atitude peculiar de Constantino. Ele não se achava livre de todo o vestígio da superstição pagã. É fora de dúvida que, antes de sua conversão, se havia devotado especialmente ao culto de Apolo, o deus-Sol. ... O problema que surgiu diante dele era legislar em favor da nova fé, de tal modo a não parecer totalmente incoerente com suas práticas antigas, e não entrar em conflito com o preconceito de seus súditos pagãos. Estes fatos explicam as particularidades deste decreto. Ele denomina o dia santo, não de dia do Senhor, mas de "dia do Sol' – a designação pagã, e assim já o identifica com seu antigo culto a Apolo." – Pastor George Ellicott, The Abiding Sabbath, pág. 1884.

Se isto não bastar, temos ainda o insuspeito Dr. Talbot. Só citamos autores não adventistas. Ei-lo:

"O imperador Constantino, antes de sua conversão, reverenciava todos os deuses (pagãos) como tendo poderes misteriosos, especialmente Apolo, o deus do Sol, ao qual, no ano 308, ele [Constantino] conferiu dádivas riquíssimas; e quando se tornou monoteísta o deus ao qual adorava era – segundo nos informa UHLHORN – antes o "Sol INCONQUISTÁVEL" e não o Pai de nosso Senhor Jesus Cristo. E na verdade quando ele impôs a observância do dia do Senhor (domingo) não o fez sob o nome de sabbatum  ou Dies Domini, mas sob o título antigo, astrológico e pagão de Dies Solis, DE MODO QUE A LEI ERA APLICÁVEL TANTO AOS ADORADORES DE APOLO E MITRA COMO AOS CRISTÃOS." (Versais nossos.) – Dr. Talbot W. Chamber, Old Testament Student, janeiro de 1886.

Isto é confirmado por Stanley, que diz:

"A conservação do antigo nome pagão de "Dies Solis" ou "Sunday" (dia do Sol) para a festa semanal cristã é, em grande parte, devido à união dos sentimentos pagão e cristão, pelo qual foi o primeiro dia da semana imposto por Constantino aos seus súditos – tanto pagãos como cristãos – como o "venerável dia do Sol"... Foi com esta maneira habilidosa que conseguia harmonizar as religiões discordantes do império, unindo-as sob uma instituição comum." Deão Stanley, Lectures on the History on thc Eastern Church, conferência n°. 6, pág. 184.

Comentando a chamada "conversão" de Constantino, escreve o erudito bispo Arthur Cleveland Coxe:

"Foi uma conversão política, e como tal foi aceita, e Constantino foi um pagão até quase ao morrer. E quanto ao seu arrependimento final, abstenho-me de julgar." – Elucidation 2, of "Tertullian Against Marcion", book 4.

Comentando as cerimônias pagãs relacionadas com a dedicação de Constantinopla (cidade de Constantino) diz a autorizado MILMAN:

"Numa parte da cidade se colocou a estátua de PITIAN, noutra a divindade SMINTIA. Em outra parte, na trípode de Delfos, as três serpentes representando PITON. E sobre um alto triângulo, o famoso pilar de pórfiro, uma imagem na qual Constantino teve o a atrevimento de misturar os atributos do Sol, com os de Cristo e de Si mesmo ... Seria o paganismo aproximando-se do cristianismo, ou o cristianismo degenerando-se em paganismo?" – History of Christianity, book 3, chap. 3.

Outro testemunha interessante é o de Eusébio:

"Ele [Constantino] impôs a todos os súditos do império romano a observância do dia do Senhor COMO UM DIA DE REPOUSO, e também para que fosse honrado o dia que se segue ao sábado." – Life of Constantine, Book 4, chap. 18. (Versais nossos.)

Uma fonte evangélica:

"Quando os antigos pais da igreja falam do dia do Senhor, às vezes, talvez por comparação, eles o ligam ao sábado; porém jamais encontramos, anterior à conversão de Constantino, uma citação proibitória de qualquer trabalho ou ocupação no mencionado dia, e se houve alguma, em grande medida se tratava de coisas sem importância... Depois de Constantino as coisas modificaram-se repentinamente. Entre os cristãos, o "dia do Senhor" – o primeiro da semana – gradualmente tomou o lugar do sábado judaico." – Smith's Dictionary of the Bible, pág. 593.

Lemos na North British Review, Vol. 18, pág. 409, a seguinte declaração:

"O dia era o mesmo de seus vizinhos pagãos e compatriotas; e o patriotismo de boa vontade uniu-se à conveniência de fazer desse dia, de uma vez, o dia do Senhor deles e seu dia de repouso... Se a autoridade da igreja deve ser passada por alto pelos protestantes, não vem ao caso; parque a oportunidade e a conveniência de ambos os lados constituem seguramente um argumento bastante forte para uma mudança cerimonial, como do simples dia da semana para observância do repouso e santa convocação do sábado judaico."

Um livro idôneo é Mysteries of Mithra, de Cumont. Nas páginas 167, 168 e 191 há valiosas informações corroboradas pelas História e pela Arqueologia a respeito do mitraísmo. Poderíamos acrescentar dezenas de outros depoimentos, porém o espaço não o permite. Os citados, no entanto, provam à saciedade a tremenda influência do edito de Constantino em implantar definitivamente a guarda do primeiro dia da semana.

Extraído do Livro Sutilezas do Erro.