sábado, 28 de abril de 2012

Tempo de solidariedade



solidariedadeAinda ecoa entre a humanidade o episódio de um sábado. Não me arrisco a chamá-lo de um sábado qualquer, porque foi um sábado especial. Pelo menos para o homem que, em algumas versões da Bíblia Sagrada, é denominado simplesmente de o homem da mão ressequida ou seca, ou ainda mirrada. A história não deixou menções do nome desse indivíduo e tampouco detalhes de sua doença, mas ali é dito que ele foi curado, dentro da sinagoga, por Jesus Cristo. Sua mão direita voltou ao normal. Gosto da narrativa do evangelista Marcos, que a faz no capítulo 3, a partir do primeiro versículo, embora a mesma esteja presente, também, nos escritos de Mateus e Lucas.
Há dois pontos que me chamam a atenção neste relato de milagre praticado por Jesus Cristo. O primeiro ponto é que Jesus se importa com as pessoas, especialmente com o sofrimento humano. Ele demonstrava empatia verdadeira pelas pessoas que o rodeavam não importava qual fosse a condição delas. Atendia de maneira amorosa e misericordiosa tanto centuriões e líderes da sinagoga judaica, quanto pobres, desvalidos e marginalizados pela sociedade da época. Não sabemos profundamente qual era a situação deste homem da mão ressequida, mas podemos deduzir, a partir da história, que era um cidadão visto com inferioridade por muitos. Ter uma deficiência nos tempos de Jesus, como infelizmente hoje ainda é em muitas situações, significava ter menos acessos, menos oportunidades e menos apreciação por parte dos que se consideram “perfeitos”.
Jesus contraria a tradição humana e cura o homem. Não era do agrado da liderança religiosa vigente que uma pessoa nesta situação recebesse qualquer atenção. Estava proscrita e renegada ao segundo plano. Jesus tinha e tem a capacidade de dar a devida importância que as pessoas têm aos olhos divinos.
O segundo ponto que consigo perceber neste relato é que Jesus realizou o milagre em um sábado. O dia que Deus reservou, conforme os mandamentos divinos relembrados no Monte Sinai, para descanso e adoração especial ao Criador. Para os fariseus, grupo de judeus tradicionalistas apegados mais a regras próprias do que aos ensinos presentes no Antigo Testamento (a Bíblia da época), era absurda essa cura. Representava uma afronta ao modo de pensar deles. A sua autoridade. Mas Jesus expressou respeito pelos mandamentos divinos e esclareceu que o sábado é um dia de solidariedade. Não é um dia em que as pessoas se enclausuram e fogem do mundo exterior. Pelo contrário, é um dia de esperança física, mental e emocional também.
Há gente que sofre calada em casa, nos hospitais, nos asilos, nos orfanatos, nas ruas, nos cantos das lojas e até das igrejas. Jesus continua me ensinando e nos ensinando que o sábado é tempo de solidariedade, de amor prático a quem precisa, a quem clama ou silencia com dores. Solidariedade é uma das palavras-chave do sábado, um dia muito especial para quem ajuda e para quem é ajudado.
Felipe Lemos
Jornalista e especialista em Marketing Estratégico. Trabalha como assessor de comunicação.

sexta-feira, 27 de abril de 2012

O Que Significa “Estar Ausente do Corpo”


“[...] temos bom ânimo, mas desejamos antes estar ausentes deste corpo, para estarmos presentes com o Senhor” (II Coríntios 5:8).  
Em II Coríntios 5:8 Paulo fala de estar ausente do corpo e presente com o Senhor. Significará isto que, quando uma pessoa morre, deixa o seu corpo e vai estar com o Senhor? Vamos ler todo o contexto para perceber o que o apóstolo está dizendo.
No capítulo 4 ele discute os problemas e aflição que nos sobrevêm nesta vida. No entanto, diz ele, isso não é nada quando comparado com o superior e eterno peso de glória da vida futura (4:17). Não temos que nos preocupar com o que acontece com este corpo. Somos agora meros vasos terrenos (4:7). O Senhor um dia irá dar-nos novos corpos que nunca irão deteriorar-se.
2 Coríntios 4:17
17  “Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós cada vez mais abundantemente um eterno peso de glória;”
2 Coríntios 4:7
“Temos, porém, este tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus, e não da nossa parte.”
No capítulo 5 Paulo discute os dois corpos, da terra, e o eterno. Ele metaforicamente se refere a eles como casas. Sabemos que se a nossa casa terrestre deste tabernáculo for dissolvida, temos um edifício de Deus, uma casa não feita com mãos, eterna, nos céus (5:1).

Em seguida, o apóstolo fala de seu anseio de ser vestido com o corpo imortal. Enquanto neste nós gememos, ansiosamente desejando ser vestidos com a nossa casa que é do céu (vs. 2). Estar vestido aqui significa viver num corpo. Nesta vida somos revestidos num corpo mortal. Na próxima vida seremos revestidos num corpo imortal.
2 Coríntios 5:1
1 “Porque sabemos que, se a nossa casa terrestre deste tabernáculo se desfizer, temos de Deus um edifício, uma casa não feita por mãos, eterna, nos céus.”
2 Coríntios 5:2
2 “Pois neste tabernáculo nós gememos, desejando muito ser revestidos da nossa habitação que é do céu,”
Agora notem a ênfase de Paulo no versículo 3. Se assim é, ao estarmos vestido não seremos encontrados nus. Se vestido significa estar num corpo, estar nu é ficar sem um corpo. Observe que Paulo deixa muito claro que a vida futura é uma condição de vestido e não de nu! Ele dá não dá absolutamente qualquer apoio ao ensino de vida sem um corpo. Falando da vida futura, diz ele, vestidos não iremos ser achados nus.
2 Coríntios 5:3
3 “e é que, estando vestidos, não formos achados nus..”
No versículo 4 ele reforça o mesmo pensamento: Os que estamos neste tabernáculo, gememos oprimidos, porque não queremos ser despidos, mas sim revestidos, para que o mortal seja absorvido pela vida. Paulo não está antecipando uma condição de um corpo desvestido, e sim um corpo revestido.
2 Coríntios 5:4
4 “Porque, na verdade, nós, os que estamos neste tabernáculo, gememos oprimidos, porque não queremos ser despidos, mas sim revestidos, para que o mortal seja absorvido pela vida.”
A próxima pergunta é: Quando iremos receber o corpo imortal? Quando a mortalidade vai ser tragada pela vida (vs. 4)? Para os coríntios esta questão não era a pergunta. Paulo já lhes dissera na sua primeira carta. Ele havia dedicado toda a 1 Coríntios 15 ao tema da ressurreição. Ali Paulo havia claramente lhes dito quando a mortalidade seria tragada na imortalidade:
(1 Coríntios 15:52-54).
52"num momento, num abrir e fechar de olhos, ao som da última trombeta; porque a trombeta soará, e os mortos serão ressuscitados incorruptíveis, e nós seremos transformados.
53 Porque é necessário que isto que é corruptível se revista da incorruptibilidade e que isto que é mortal se revista da imortalidade. Mas, quando isto que é corruptível se revestir da incorruptibilidade,
54 e isto que é mortal se revestir da imortalidade, então se cumprirá a palavra que está escrito: Tragada foi a morte na vitória"
Quando é que isso acontece? Ao toque da última trombeta, na ressurreição, na vinda de Jesus. Em seguida, será dito,
55 “Onde está, ó morte, a tua vitória? Onde está, ó morte, o teu aguilhão? (1 Coríntios 15:55).
22"Pois como em Adão todos morrem, do mesmo modo em Cristo todos serão vivificados.
23 Cada um, porém, na sua ordem: Cristo as primícias, depois os que são de Cristo, na sua vinda" (1 Coríntios 15:22, 23).

Até aqui temos visto que:
(1) Não há vida na condição de despido e incorpóreo; e
(2) É no momento da vinda de Cristo que nos seremos tornados vivos.
Voltemos a 2 Coríntios 5. Neste ponto da nossa passagem Paulo inicia uma avaliação dos dois corpos, o mortal que agora temos, e o corpo imortal que iremos receber na ressurreição. Tenha em mente que o pano de fundo de toda esta discussão é o incentivo de Paulo a seus leitores a não se desencorajarem com as aflições do presente. Não só o corpo ressuscitado será incorruptível e eterno, como há outro fator que irá torná-lo muito mais desejável do que a vida terrena. Esse fator é a presença do Senhor.
Este tema de estar com o Senhor é encontrado também na primeira carta aos Tessalonicenses:
(1 Tessalonicenses 4:16-18).
16 "Porque o Senhor mesmo descerá do céu com grande brado, à voz do arcanjo, ao som da trombeta de Deus, e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro.
17 Depois nós, os que ficarmos vivos seremos arrebatados juntamente com eles, nas nuvens, ao encontro do Senhor nos ares, e assim estaremos para sempre com o Senhor.
18 Portanto, consolai-vos uns aos outros com estas palavras"
Ao Paulo considerar os dois corpos, o da vida presente e o da futura, ele ansiava pelo privilégio disponível apenas na vida futura, de estar corporalmente com o Senhor. Por isso ele prossegue em 2 Coríntios 5:6-8:
 2 Coríntios 5:6-8:
6"Temos, portanto, sempre bom ânimo, sabendo que, enquanto estamos presentes no corpo, estamos ausentes do Senhor
7 (porque andamos por fé, e não por vista);
8 temos bom ânimo, mas desejamos antes estar ausentes deste corpo, para estarmos presentes com o Senhor".
Tenha em mente que Paulo não está descrevendo uma condição de algo imaterial ou o "despido".Ele se refere ao momento em que vai receber o corpo imortal. O corpo do qual, então, estará ausente é o seu atual corpo terreno, mas ele não ficará desmaterializado (nu), nesse momento. Ele deixou isso muito claro nos versos precedentes.
Observem novamente que em 1 Tessalonicenses 4:16, 17, Paulo espera estar presente com o Senhor. Ele descreve a vinda gloriosa de Cristo, a ressurreição dos mortos, e a trasladação dos santos vivos . Então diz, que "assim estaremos sempre com o Senhor". Essa palavra "assim"significa, portanto, desta forma, ou por esse meio. Ele está dizendo: Isto é como vamos chegar a estar com o Senhor.
 
Se, portanto, é através da vinda de Cristo e da ressurreição que chegaremos a estar com o Senhor, então é óbvio que não vamos estar com o Senhor antes desse tempo.
É evidente dos fatos acima referidos que quando Paulo fala de estar ausente do corpo e presente com o Senhor, ele não estava pensando no momento em que estivesse morto. Ele não estava desejando fervorosamente a morte e sim contemplando o além-túmulo, para além da ressurreição, àquele glorioso momento em que iria saudar a Jesus face a face e viver com Ele para sempre.

Prof. Azenilto G Brito 

Cuidado com os Achismos...


Infelizmente, tem sido cada vez mais comum encontrarmos pessoas defendendo dogmas e interpretações equivocadas da Bíblia, com base unicamente em sua própria "elucidação" do texto Sagrado (cf. 2Ped. 1:20).


No meio Adventista, especialmente devido ao constante e importantíssimo incentivo que se dá para que todos estudem a Bíblia com dedicação, e procurem conhecer a fundo os temas que envolvem nossa fé, parece que esta tendência do "achismo" é ainda mais forte que em outras denominações, menos interessadas em um estudo mais acurado das Escrituras.

Lembro-me que há alguns anos surgiu aqui no Brasil um desses "achólogos", dizendo que havia "descoberto", através dos seus cálculos escatológicos, o dia da saída do decreto dominical, bem como a data exata do fechamento da porta da graça (clique aqui). Segundo ele, nós estamos vivendo no período em que a "porta" está fechada! E agora?!

Creio que nem sempre este tipo de "descoberta" parte de uma intenção espúria (ganhar dinheiro fácil vendendo livros tendenciosos, por exemplo). Talvez alguns sejam sinceros em sua maneira de estudar a Bíblia, e acabam fazendo suas próprias interpretações, sem levarem em conta todo o contexto no qual as passagens estão inseridas.

Vejamos alguns destes "achismos" bem comuns...
1. "A igreja de hoje segue o modelo do templo de Israel. Portanto, o local onde fica o púlpito deve ser considerado como o Santíssimo, simbolicamente".

Esta afirmação não tem nenhum respaldo bíblico, nem no Espírito de Profecia. Apesar de sabermos do grande zelo que devemos ter para com o local de onde a Palavra de Deus é pregada nos cultos, não podemos ensinar algo que a própria Palavra não confirma.

Já soube de anciãos e diáconos bastante "zelosos", que chegam ao cúmulo do absurdo de perguntarem se alguma irmã que irá subir à plataforma está no seu período menstrual, pois, para estes de mente frágil, elas estariam impuras durante este período. Parece grotesco, mas acontece!

Depois que Jesus entregou-Se na Cruz, o simbolismo que havia no Santuário perdeu seu sentido (cf.Mat. 27:51). As igrejas atuais estão mais para "sinagogas" do que para o Templo, pois elas servem para ensinar a Palavra de Deus e fazer adoração a Ele, sem, contudo, envolver qualquer tipo de "sacrifício expiatório", nos moldes que eram feitos no Antigo Testamento.

Portanto, dizer que o local da mesa da Escola Sabatina é o Lugar Santo, e que o púlpito representa o Santíssimo, pode até parecer bonito e interessante para ilustrar um sermão sobre reverência... mas não tem base bíblica.

2. "Os remanescentes mencionados em Apoc. 12:17 não representam a IASD como um todo, mas apenas os "fiéis" que existem dentro dela e que são, por isso, perseguidos".

Ouvi esta declaração, pela primeira vez, dos lábios de um irmão que estava enveredando pelo caminho da dissidência e do separatismo. Como sempre, para esconder seus reais motivos (administrativos e puramente pessoais, na esmagadora maioria das vezes), estas pessoas procuram se amparar em alguma interpretação particular e equivocada do texto bíblico. Esta é uma maneira, talvez até inconsciente, de afirmarem que estão deixando a Igreja Adventista porque não crêem mais em sua doutrina. O irmão que mencionei dizia que o dragão está "irado" contra a Igreja Adventista, mas só está "fazendo guerra" contra os fiéis que estão dentro dela (em cujo grupo ele se enquadrava, é claro!).

Os que "incorporam" este espírito de dissidência e revolta, como os antitrinitarianos dos dias atuais, procuram sempre algum "gancho" em que firmem suas "novas concepções teológico-doutrinárias". Porém, no fundo, todos sabemos que tudo não passa de mágoa, ressentimento, ódio, etc., por algum pastor ou administrador. Estas pessoas não percebem que, fazendo desta forma, começam uma "corrente herética" que vai cada vez se alargando mais. Começam questionando a interpretação conservadora do verso bíblico (como Apoc. 12:17, por exemplo), depois já iniciam um questionamento do Espírito de Profecia (pois este sempre é usado por Deus para confirmar Sua Palavra), em seguida já não acreditam mais na devolução dos dízimos e ofertas, e por ai vai...

Quando menos se dão conta, estão fora da Igreja, longe de Deus e, consequentemente, da salvação. E o pior, ainda levam suas esposas, filhos e "irmãos" com eles! Conheço congregações inteiras que já sofreram por isso (clique)! É tudo que o inimigo quer...

3. "Assim como os incircuncisos não podiam participar da Páscoa israelita no AT (cf. Êxo. 12:43-48), também os não-batizados devem ser orientados a não participarem da Santa Ceia de nossos dias".

Eu já havia ouvido algo assim antes, e certa vez recebi um e-mail de um dedicado e sincero irmão que cria da mesma forma.

Qual o problema com esta interpretação? Exatamente o que eu venho dizendo deste o início desta postagem: se a Bíblia não faz uma relação entre fatos e símbolos, nós não temos autoridade para fazê-lo por nós mesmos.

Dizer que o "incircunciso" do passado é o mesmo que o "não-batizado" do presente, é ir além do que a Palavra de Deus ensina. Aliás, ela é bem clara em dizer que na Nova Aliança não existe esta separação entre "judeu" e "gentio", ou seja, na nova dispensação, Deus vê a todos com as "lentes" da Sua infinita e abarcante graça (cf. Rom. 10:12). Aleluia!

Com relação a este tema, ainda temos o "agravante" de que o Espírito de Profecia orienta claramente que, na cerimônia, "podem entrar pessoas que não são, no íntimo, servos da verdade e da santidade, mas que desejem tomar parte no serviço [da Ceia]. Não devem ser proibidas" (Desejado de Todas as Nações, pág. 656).

4. "Ellen White diz que igrejas adventistas inteiras se perderão juntamente com seus pastores".

Esta é mais uma daquelas declarações que ouvimos com muita frequência, até do púlpito (pasmem!), mas que não possuem nenhuma base de verdade, ou seja, em nenhum livro de Ellen White encontramos esta afirmação tão "fatídica".

No site do Centro White no Brasil podemos encontrar outras declarações falsamente atribuídas a Ellen White (clique aqui).

5. "Jesus voltará através da Constelação do Órion".

Quem é Desbravador já deve ter ouvido muito esta declaração, atribuída aos escritos de Ellen White. Em quase toda aula sobre "estrelas", alguém sempre aparece com esta "pérola".

Porém, se nos determos APENAS no que está escrito, não podemos afirmar que Jesus voltará pela 2ª vez através deste "espaço" celeste. Segundo o livro Primeiros Escritos, na pág. 41, o que podemos ter certeza é que "a cidade santa descerá" pelo espaço aberto em Órion.

De acordo com o que cremos sobre a volta de Jesus, a cidade santa (a Nova Jerusalém de Apoc.) só descerá APÓS o milênio (cf. Apoc. 21:1-5). O que passar disso, é mero "achismo" ou especulação, sem respaldo sólido na Palavra. Interessante para motivar os Desbravadores a estudarem sobre estrelas, e olharem para o Órion com admiração... mas sem um claro "Assim diz o Senhor".

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Existem dezenas de outras afirmações que, ao meu ver, estão mais amparadas no "eu acho" do que no "está escrito". O que quero levar à reflexão aqui é o fato de que só devemos fazer afirmações categóricas, em especial nos estudos bíblicos, sermões, seminários, etc., se tivermos PLENA CERTEZA do que estamos afirmando, ou seja, se temos como mostrar a origem, a fonte, o versículo, a página, na Bíblia e/ou no Espírito de Profecia.
"Ora, estes de Beréia eram mais nobres que os de Tessalônica; pois receberam a palavra com toda a avidez, examinando as Escrituras todos os dias para ver se as coisas eram, de fato, assim" (Atos 17:11).

Sejamos como nossos primeiros irmãos!


Autor: Gilson Medeiros, Mestre em Teologia Sistemática

domingo, 22 de abril de 2012

As Sete Trombetas do Apocalipse: Uma Análise Comparativa com as Sete pragas



Com uma leitura atenta do Apocalipse sobre as sete trombetas, tendo em mente as sete pragas, é impossível não perceber um paralelo entre as duas descrições[i].
Todavia, por algumas dificuldades na harmonização temporal entre os dois relatos, muitos estudiosos têm aplicado as sete trombetas como relacionadas somente à queda do império romano, primeiro o ocidental, depois o oriental até a consumação final dos reinos da terra[ii]. Outros já aplicam a primeira trombeta como relacionada à Jerusalém, e não Roma[iii]. Assim, há muitas interpretações, algumas divergentes, mostrando que não há uma teoria definitiva sobre este assunto e que pode dar margens para uma interpretação apotelesmática.

O propósito deste artigo é ampliar a compreensão das sete trombetas relacionada às sete pragas do Apocalipse, sem desprezar a histórica, que tem bases como o texto que segue:
 “No ano de 1840 outro notável cumprimento de profecia despertou geral interesse. Dois anos antes, Josias Litch, um dos principais pastores que pregavam o segundo advento, publicou uma explicação de Apocalipse 9, predizendo a queda do Império Otomano. Segundo seus cálculos esta potência deveria ser subvertida "no ano de 1840, no mês de agosto"; e poucos dias apenas antes de seu cumprimento escreveu: "Admitindo que o primeiro período, 150 anos, se cumpriu exatamente antes que Deacozes subisse ao trono com permissão dos turcos, e que os 391 anos, quinze dias, começaram no final do primeiro período, terminará no dia 11 de agosto de 1840, quando se pode esperar seja abatido o poderio otomano em Constantinopla. E isto, creio eu, verificar-se-á ser o caso." - Josias Litch, artigo no Signs of the Times, and Expositor of Prophecy, de 1º de agosto de 1840.
 “No mesmo tempo especificado, a Turquia, por intermédio de seus embaixadores, aceitou a proteção das potências aliadas da Europa, e assim se pôs sob a direção de nações cristãs. O acontecimento cumpriu exatamente a predição. Quando isto se tornou conhecido, multidões se convenceram da exatidão dos princípios de interpretação profética adotados por Miller e seus companheiros, e maravilhoso impulso foi dado ao movimento do advento. Homens de saber e posição uniram-se a Miller, tanto para pregar como para publicar suas opiniões, e de 1840 a 1844 a obra estendeu-se rapidamente”. E. G. White, Grande Conflito, 334 e 335.
Quando têm início as Sete Trombetas?
1- Depois do Selamento - Em Apocalipse 7:3 lemos: “Não danifiqueis nem a terra, nem o mar, nem as árvores, até selarmos na fronte os servos do nosso Deus”. Podemos, mediante este texto, aceitar que os elementos da terra só seriam danificados, de forma intensificada, após o selamento do povo de Deus.
No contexto da quinta trombeta temos a confirmação desta afirmação: “...e foi-lhes dito que não causassem dano à erva da terra, nem a qualquer coisa verde, nem a árvore alguma e tão somente aos homens que não têm o selo de Deus sobre a fronte” (Apocalipse 9:4).
Quando estudamos as primeiras trombetas notamos que por elas a terra começou a ser danificada, e como isso só poderia acontecer depois do selamento, podemos afirmar que as Trombetas têm lugar após o selamento do povo de Deus. A quinta trombeta é clara em punir aqueles que não foram selados.
Sabemos, pelo próprio livro do Apocalipse, que o selamento, escatologicamente falando, começou após a pregação das Três Mensagens Angelicais (Apocalipse 14:6-12). O selamento só será concluído pouco antes da volta de Jesus.
“Pouco antes de entrarmos... [no tempo de angústia], todos nós recebemos o selo do Deus vivo. Então eu vi os quatro anjos deixarem de segurar os quatro ventos. E vi fomes, epidemias e espada, nação se levantando contra nação e o mundo inteiro em confusão”[iv].
Você consegue ver neste texto uma descrição das tragédias conseqüentes das sete trombetas?
Concluímos então que as trombetas anunciam os juízos que serão imputados à terra depois do selamento do povo de Deus, ou seja, pouco antes da volta de Cristo.
  2 – No contexto do Sétimo Selo – João apresenta as trombetas no contexto do sétimo selo, e não do primeiro. Assim não podermos fazer um paralelo entre os sete selos e as sete trombetas.
 “Quando o Cordeiro abriu o sétimo selo, houve silêncio no céu cerca de meia hora. Então, vi os sete anjos que acham em pé diante de Deus, e lhes foram dadas sete trombetas” (Apocalipse 8:1 e 2).
O sétimo selo está no contexto de pouco tempo antes da volta de Cristo, marcado pelo encerramento do serviço sumo-sacerdotal no santíssimo lugar do Santuário Celestial. A descrição do incensário e fogo do altar está em paralelo ao dia da expiação tipificado pelo santuário terrestre ( Levítico 15:12 e 13).
 O sétimo selo marca o silêncio no céu, um clima de expectativa para os acontecimentos finais do retorno de Jesus à Terra.
  3 – Paralelo Explícito com as sete pragas – Este paralelo é aceito, todavia a grande maioria dos estudiosos aplicam as sete trombetas como tipo histórico das sete pragas.
 Como já analisamos, o selamento só será concretizado pouco tempo antes de Jesus voltar, num período que se estende desde a pregação das mensagens angélicas até o fechamento da porta da graça.
 Sendo assim, as sete trombetas estariam no futuro, e não no passado, fazendo um paralelo temporal com as sete pragas, do mesmo modo que as sete igrejas do Apocalipse estão em paralelo com os sete selos.
 Há uma declaração de Ellen White que coloca as trombetas no futuro e no contexto das Sete Pragas:
 “Solenes acontecimentos ainda ocorrerão diante de nós. Soará uma trombeta após a outrauma taça após a outra será derramada sucessivamente sobre os habitantes da Terra”[v].
 Note que não é mencionado trombetas nas sete pragas no livro do Apocalipse, ou seja, Ellen White esta se referindo às sete trombetas, e não somente às sete pragas.
 Uma outra declaração do Espírito de Profecia parece ser uma referência direta às sete trombetas: “Serão inventados mortíferos artefatos de guerra. Navios com seu carregamento de seres humanos serão sepultados no grande abismo”[vi]. Observe o relato de Apocalipse 8:9: “e morreu a terça parte da criação que tinha vida, existente no mar, e foi destruída a terça parte das embarcações”. Note o paralelo entre “navios sepultados” e “destruída as embarcações”.
 Apocalipse 9:1: “O quinto anjo tocou a trombeta, e vi uma estrela caída do céu na terra”. Neste contexto esta estrela assume o poder para destruir e causar dano à terra. Sabemos que na profecia, estrela representa anjo, e o anjo caído é Satanás. Perceba a ligação com seguinte texto do Espírito de Profecia: “Satanás mergulhará então os habitantes da Terra em uma grande angústia final. Ao cessarem os anjos de conter os ventos impetuosos das paixões humanas, ficarão às soltas todos os elementos de contenda.[vii]” Mais uma vez notamos que os juízos mencionados nas trombetas só terão lugar após os anjos soltarem os quatro ventos, ou seja, depois do selamento.
 Tanto no contexto das trombetas como nas sete pragas Deus está punindo os assinalados com a marca da Besta.
Paralelo:
7 Trombetas
7 Pragas
1- Sobre a terra – Apoc. 8:7
1 - Sobre a terra – Apoc. 16:2
2 - Sobre o Mar – 8:8
2 - Sobre o Mar – 16:3
3 - Rios e Fontes das águas – 8:10
3 - Rios e Fontes das águas – 16:4
4 - Sobre o Sol – 8:12
4 - Sobre o Sol – 16:8
5 – Trevas – 9:2
5 - Trevas – 16:10
6 – Eufrates – 9:14
6 - Eufrates – 16:12
7 – Relâmpagos, vozes, trovões, terremoto e saraiva – 11:19
7 - Relâmpagos, vozes, trovões, terremoto e saraiva – 16:18,21
Perceba o tormento imposto aos que têm o sinal da Besta pela quinta trombeta relacionando com a quinta praga:
Quinta trombeta: “e foi-lhes dito que não causassem dano à erva da terra, nem a qualquer coisa verde, nem a árvore alguma e tão-somente aos homens que não têm o selo de Deus sobre a fronte. Foi-lhes também dado, não que os matassem, e sim que os atormentassem durante cinco meses. E o seu tormento era como tormento de escorpião quando fere alguém. Naqueles dias, os homens buscarão a morte e não a acharão; também terão ardente desejo de morrer, mas a morte fugirá deles” (Apocalipse 9:4 a 6).
Quinta Praga: “Derramou o quinto a sua taça sobre o trono da besta, cujo reino se tornou em trevas, e os homens remordiam a língua por causa da dor que sentiam e blasfemaram o Deus do céu por causa das angústias e das úlceras que sofriam; e não se arrependeram de suas obras. “ (Apocalipse 16:10 e 11).
Sétima Trombeta:
Paulo afirmou sobre a volta de Jesus, ressurreição e transformação dos santos que “num momento, num abrir e fechar de olhos, ao ressoar da última trombeta” (I Cor. 15:52). Ele cita “última trombeta”, e seria lógico pensar que esta seria a sétima descrita em Apocalipse 11:15-19, que no verso 15 garante estar se referindo sobre a volta de Jesus: “Os reinos do mundo vieram a ser de nosso Senhor e do Seu Cristo, e Ele reinará para sempre”.
Esta trombeta está amplamente conectada com juízo de Deus aos habitantes da terra, ou seja, cumprindo o propósito das Sete Trombetas e Sete Pragas do Apocalipse.
Elemento lingüístico
Em Apocalipse 9:18 e 20, no contexto da sexta trombeta, referindo-se aos danos por ela causado, o termo usado para “praga” ou “flagelo” (“plegon/plegais”) é o mesmo termo usado em Apocalipse 15:1; 16:9 e 21 (“plegais/pleges”) no contexto das últimas pragas.
É verdade que em Apocalipse 9 o termo traduzido por “praga” não se refere à sexta trombeta propriamente dita, todavia, nos mostra um paralelo interessante entre a terminologia usada para descrever as obras das trombetas e das pragas.
Conclusão
Depois de sugeridos alguns argumentos para o contexto das trombetas, este estudo propõem um enfoque das sete trombetas em paralelo temporal com as sete pragas, ou seja, as sete trombetas se cumprirão no futuro, após o selamento, e seguirão o mesmo curso cronológico. Ainda há muitas dificuldades para serem resolvidas, mas uma proposta de interpretação mais ampla seria interessante para discussão, sem desprezar ou ignorar o cumprimento histórico.
PR. YURI RAVEM
Mestre em teologia e pastor da Igreja Adventista em Sumaré - SP. Casado com Andressa, mestre em educação.
Editor Associado do Blog Nisto Cremos

sexta-feira, 20 de abril de 2012

Quer salvar o planeta? Pare de comer carne



Quer ajudar o clima? Que tal reduzir seu consumo de carne? [Melhor ainda: parar de comer carne.] Pelo menos no mundo desenvolvido, esse passo pode ser necessário a fim de estabilizar os níveis atmosféricos de um gás do efeito estufa, o óxido nitroso. O óxido nitroso é o maior contribuinte do homem à destruição do ozônio estratosférico (o “buraco de ozônio”), e o terceiro gás que mais contribui para o efeito estufa, depois do dióxido de carbono e do metano. Cerca de 80% das emissões humanas de óxido nitroso são provenientes da agricultura. Bactérias convertem o nitrogênio encontrado no esterco bovino ou o excesso deixado no solo em gás óxido nitroso. Cada quilo de carne que comemos requer múltiplos quilos de grãos, e cada grão, por sua vez, requer a utilização de fertilizantes contendo azoto, de modo que a quantidade de óxido nitroso liberado por caloria da carne (e laticínios) é muito maior do que simplesmente comer as culturas (verduras, frutas) diretamente.

Pesquisadores analisaram várias trajetórias possíveis para as futuras emissões de óxido nitroso, inclusive estabilizar os níveis atmosféricos de óxido nitroso deste século. Eles consideraram que alterações às emissões seriam necessárias para atingir essa meta.

Uma abordagem para reduzir a quantidade de óxido nitroso emitida é a utilização de azoto de maneira mais eficiente para cada quilo de grãos ou carne produzido. Mas reduzir a demanda por carne também é eficaz.

“Se quisermos chegar à redução mais agressiva – o que realmente estabiliza o óxido nitroso – temos que usar todos os itens acima, incluindo mudanças na dieta”, disse o pesquisador Eric Davidson. Ele mostrou que seria necessário reduzir o consumo de carne no mundo desenvolvido em 50% para gerir o azoto duas vezes mais eficientemente.

Essa análise é consistente com outros estudos, como um relatório de 2006 da ONU, que afirmou que a pecuária contribui mais para a mudança climática do que o transporte. Se incluirmos o metano – liberado em grandes quantidades por ruminantes como o gado – e as emissões de dióxido de carbono da produção de fertilizantes, as emissões de gases de efeito estufa provenientes da agricultura e pecuária são ainda maiores.

O óxido nitroso é liberado em quantidades muito menores do que o dióxido de carbono e o metano, mas é cerca de 300 vezes melhor em capturar calor, e dura na atmosfera por cerca de 100 anos, de modo que cada uma de suas moléculas contribui muito para o aquecimento climático.

Então, a solução é a redução do consumo de carne. Mas isso tem chances de acontecer? Davidson ressalta que, 30 anos atrás, ninguém acharia possível que o tabagismo fosse proibido em bares, ou que o consumo de cigarro diminuísse. Tudo pode acontecer.

De acordo com o estudo de Davidson, o consumo anual médio per capita de carne no mundo desenvolvido foi de 78 quilos em 2002 e está projetado para crescer para 89 quilos em 2030. Enquanto isso, no mundo em desenvolvimento foi de 28 quilos em 2002, projetado para crescer para 37 em 2030.

“Temos vivido de uma forma muito luxuosa. Ir de 82 kg de carne por ano a 40 não deveria ser pedir muito”, disse a cientista Christine Costello.


Nota: O fato é que existem muitas boas razões defendidas pelos adventistas do sétimo dia há mais de cem anos no sentido de que se reduza e mesmo se abandone a dieta cárnea: (1) saúde – está provado que a dieta vegetariana é a que mais promove a saúde e a longevidade; (2) crueldade com os animais– todo consumidor de carne deveria, alguma vez, visitar um matadouro para ter noção do sofrimento que é infligido aos animais criados para abate; além disso, os adventistas anseiam a volta de Jesus e o estabelecimento do Reino de Deus; lá não mais haverá morte, portanto, adeus churrasco!; (3) cuidado com o meio ambiente – as vastas pastagens destinadas à criação de gado poderiam ser mais bem aproveitadas com o cultivo de sementes e hortaliças que seriam mais do que suficientes para alimentar a população mundial, com um custo muito menor e um impacto ambiental bem mais reduzido. Qualquer um dos motivos acima (e muitos outros) é justificativa mais do que suficiente para uma equilibrada e sábia reforma em nosso estilo de vida e em nossa dieta. O planeta, nosso corpo e nossa mente agradecem.[MB]

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Posição da Igreja Adventista quanto ao aborto




Os adventistas desejam lidar com a questão do aborto de formas que revelem fé em Deus como Criador e Mantenedor de toda a vida e de maneiras que reflitam a responsabilidade e a liberdade cristãs. Embora haja diferença de pensamento sobre o aborto entre os adventistas, o texto abaixo representa uma tentativa de prover orientações quanto a uma série de princípios e temas. As orientações estão fundamentadas nos amplos princípios bíblicos, apresentados para estudo no fim deste documento.

1. O ideal de Deus para os seres humanos atesta a santidade da vida humana, criada à imagem de Deus, e exige o respeito pela vida pré-natal. Contudo, as decisões sobre a vida devem ser feitas no contexto de um mundo caído. O aborto nunca é um ato de pequenas consequências morais. Assim, a vida pré-natal nunca deve ser irrefletidamente destruída. O aborto somente deveria ser praticado por motivos muito sérios.

2. O aborto é um dos trágicos dilemas da degradação humana. As atitudes condenatórias são impróprias para os que aceitaram o evangelho. Os cristãos são comissionados a se tornar uma comunidade de fé amorosa e carinhosa, auxiliando as pessoas em crise ao considerarem as alternativas.

3. De forma prática e tangível, a igreja, como uma comunidade de apoio, deve expressar seu compromisso de valorizar a vida humana. Isso deve incluir:

a. O fortalecimento do relacionamento familiar.
b. Instrução de ambos os sexos quanto aos princípios cristãos da sexualidade humana.
c. Ênfase na responsabilidade do homem e da mulher no planejamento familiar.
d. Apelo a ambos para que sejam responsáveis pelas consequências dos comportamentos incoerentes com os princípios cristãos.
e. Criação de um clima seguro para o desenvolvimento de discussões sobre as questões morais associadas ao aborto.
f. Apoio e assistência a mulheres que decidiram prosseguir com uma gravidez problemática.
g. Incentivo e ajuda para que o pai participe com responsabilidade na tarefa de cuidar de seus filhos.

A igreja deve também se comprometer a mitigar os lamentáveis fatores sociais, econômicos e psicológicos que possam levar ao aborto e a cuidar de forma redentiva dos que sofrem as consequências de decisões individuais nessa área.

4. A igreja não deve servir como consciência para os indivíduos; contudo, ela deve oferecer orientação moral. O aborto por motivo de controle natalício, escolha do sexo ou conveniência não é aprovado pela igreja. Contudo, as mulheres, às vezes, podem se deparar com circunstâncias excepcionais que apresentam graves dilemas morais ou médicos, como: ameaça significativa à vida da mulher gestante, sérios riscos à sua saúde, defeitos congênitos graves cuidadosamente diagnosticados no feto e gravidez resultante de estupro ou incesto. A decisão final quanto a interromper ou não a gravidez deve ser feita pela mulher grávida após e devido aconselhamento. Ela deve ser auxiliada em sua decisão por meio de informação precisa, princípios bíblicos e a orientação do Espírito Santo. Por outro lado, essa decisão é mais bem tomada dentro de um contexto saudável de relacionamento familiar.

5. Os cristãos reconhecem que sua primeira e principal responsabilidade é para com Deus. Buscam o equilíbrio entre o exercício da liberdade individual e sua responsabilidade para com a comunidade da fé, a sociedade como um todo e suas leis. Eles fazem sua escolha em conformidade com a Escritura e as leis de Deus em vez de com as normas da sociedade. Assim, qualquer tentativa de obrigar as mulheres, quer a manter ou a interromper a gravidez, deve ser rejeitada como violação à liberdade pessoal.

6. As instituições da igreja devem receber orientações para desenvolver suas próprias normas institucionais em harmonia com este documento. Pessoas que tenham objeções éticas ou religiosas ao aborto não deveriam ser solicitadas a participar na realização do mesmo.

7. Os membros da igreja devem ser incentivados a participar no desenvolvimento das considerações de suas responsabilidades morais com respeito ao aborto à luz do ensino das Escrituras.

Princípios para uma visão cristã da vida

Introdução

“E a vida eterna é esta: que Te conheçam a Ti, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste” (João 17:3). Em Cristo há a promessa da vida eterna, mas, uma vez que a vida humana é mortal, os seres humanos são confrontados com temas difíceis com relação à vida e à morte. Os seguintes princípios referem-se à pessoa como um todo (corpo, alma e espírito), um todo indivisível (Gn 1:7; 1Ts 5:23).

Vida: nossa dádiva valiosa de Deus

1. Deus é a Fonte, o Doador e o Mantenedor de toda a vida (At 17:25 e 28; Jó 33:4; Gn 1:30; 2:7; Sl 36:9; Jo 1:3, 4).

2. A vida humana tem valor único, pois os seres humanos, embora caídos, são criados à imagem de Deus (Gn 1:27; Rm 3:23; 1Jo 2:2; 3:2; Jo 1:29; 1Pe 1:18, 19).

3. Deus valoriza a vida humana não por causa das realizações ou contribuições humanas, mas porque somos criaturas de Deus e objeto de Seu amor redentor (Rm 5:6, 8; Ef 2:2-6; 1Tm 1:15; Tt 3:4, 5; Mt 5:43-48; Ef 2:4-9; Jo 1:3; 10:10).

Vida: nossa resposta ao dom de Deus

4. Valiosa como é, a vida humana não é a única e última preocupação. O sacrifício próprio em devoção a Deus e aos Seus princípios pode tomar a precedência sobre a vida (Ap 12:11; 1Co 13).

5. Deus nos chama para a proteção da vida humana, e responsabiliza a humanidade por sua destruição (Êx 20:13; Ap 21:8; Êx 23:7; Dt 24:16; Pv 6:16, 17; Jr 7:3-34; Mq 6:7; Gn 9:5, 6).

6. Deus está especialmente preocupado com a proteção do fraco, indefeso e oprimido (Sl 82:3,4; Tg 1:27; Mq 6:8; At 20:35; Pv 24:11,12; Lc 1:52-54).

7. O amor cristão (agape) é a valiosa dedicação de nossa vida para elevar a vida de outros. O amor também respeita a dignidade pessoal e não tolera a opressão de uma pessoa para apoiar o comportamento abusivo de outra (Mc 16:21; Fp 2:1-11; 1Jo 3:16; 4:8-11; Mt 22:39; Jo 18: 22, 23; 13:34).

8. A comunidade crente é chamada a demonstrar o amor cristão de maneira tangível, prática e substancial. Deus nos chama a restaurar gentilmente os quebrantados (Gl 6:1, 2; 1Jo 3:17, 18; Mt 1:23; Fp 2:1-11; Jo 8:2-11; Rm 8:1-14; Mt 7:1, 2; 12:20; Is 40:42; 62:2-4).

Vida: nosso direito e responsabilidade de decidir

9. Deus dá à humanidade a liberdade de escolha, mesmo que isso conduza ao abuso e a consequências trágicas. Sua relutância em forçar a obediência humana requereu o sacrifício de Seu Filho. Ele nos manda usar Seus dons de acordo com Sua vontade e finalmente julgará seu mau uso (Dt 30:19, 20; Gn 3; 1Pd 2:24; Rm 3:5, 6; 6:1, 2; Gl 5:13).

10. Deus convida cada um de nós individualmente a fazer decisões morais e a buscar nas Escrituras os princípios bíblicos que fundamentam tais escolhas (Jo 5:39; At 17:11; 1Pd 2:9; Rm 7:13-25).

11. Decisões sobre a vida humana, do início ao fim, devem ser tomadas no contexto de relacionamentos familiares saudáveis, com o apoio da comunidade de fé (Êx 20:12; Ef 5:6, 12). As decisões humanas devem ser sempre centralizadas na busca da vontade de Deus (Rm 12:2; Ef 6:6; Lc 22:42).

1. Aborto, conforme compreendido neste documento, é definido como qualquer ação que vise a pôr fim a uma gravidez já estabelecida. É diferente do controle de natalidade, que é a intenção de impedir a gravidez.

2. A perspectiva fundamental dessas orientações foi extraída de um extenso estudo da Escritura, conforme demonstrado nos “Princípios para uma Visão Cristã da Vida Humana”, incluídos neste documento.

(Essas orientações foram aprovadas e votadas pela Comissão Executiva da Associação Geral em 12 de outubro de 1992, durante o Concílio Anual realizado em Silver Spring, Maryland, EUA.)

sexta-feira, 13 de abril de 2012

quarta-feira, 11 de abril de 2012

Nova Jerusalém: Uma Colossal Cidade no Espaço


Falaremos de uma grande cidade. Nova York, Tóquio e Londres são nada em comparação! Você conhecerá fatos surpreendentes sobre uma gigantesca cidade que pode viajar através do espaço. É tudo verdade, não é ficção científica! As informações contidas neste Guia de Estudo vão empolgar a sua alma e lhe dar esperança para o futuro.


Quem é o arquiteto e construtor desta cidade?
“Deus não se envergonha deles, de se chamar seu Deus, porque já lhes preparou uma cidade” (Hebreus 11:16).
A Bíblia declara que Deus está construindo uma grande cidade para Seu povo. E esta cidade é tão real e literal como qualquer outra que você já conheceu.
Onde está essa cidade maravilhosa que Deus está preparando?
“Vi também a cidade santa, a nova Jerusalém, que descia do céu…”(Apoc 21:2). “ó Senhor meu Deus…ouve tu do lugar da tua habitação no céu” (1 Reis 8:28-30).
Esta grande cidade que está sendo construída está, neste momento, no espaço exterior, na morada de Deus, que é chamada de Céu.
Como é que as Escrituras descrevem esta incrível cidade?
a) Tamanho
“A cidade era quadrada, pois o seu comprimento era igual à sua largura. O anjo mediu a cidade com a vara de ouro e viu que media dois mil e duzentos quilômetros” (Apoc 21:16).
b) Nome
A cidade é chamada de “Nova Jerusalém”, em Apocalipse 21:2.
c) Muros
“Ele mediu o seu muro, e era de cento e quarenta e quatro côvados. …o muro era construído de jaspe” (Apoc 21:17-18). Um muro de 144 côvados, ou 216 pés de altura (um côvado são 18 polegadas), rodeia a cidade. É feito de jaspe sólido, com brilho e beleza indescritível. Pense nisso! Cerca de 20 andares de altura de jaspe sólido !
d) Portas
“Tinha doze portas…do lado do oriente tinha três portas, do lado do norte três portas, do lado do sul três portas”. “As doze portas eram doze pérolas: cada uma das portas era uma só pérola” (Apocalipse 21:12, 13, 21). A cidade têm 12 portas, 3 em cada lado, cada uma feita de uma única pérola.
e) Fundações
O muro da cidade tinha 12 fundamentos…adornados de toda espécie de pedras preciosas. O primeiro fundamento é de jaspe; o segundo, de safira; o terceiro, de calcedônia; o quarto, de esmeralda; o quinto, de sardônio; o sexto, de sárdio; o sétimo, de crisólito; o oitavo, de berilo; o nono, de topázio; o décimo, de crisópraso; o undécimo, de jacinto; e o duodécimo, de ametista. (Apocalipse 21:14-20). A cidade tem 12 completas fundações, cada uma feita de uma pedra preciosa. Todas as cores do arco-íris estão ali representadas. Vista de longe a cidade parece estar descansando em cima de um arco-íris.
f) Ruas
“A rua principal era de ouro puro, claro como vidro” (Apoc 21:21- NVI).
g) Aparência
“a Cidade Santa…ataviada como noiva adornada para o seu esposo”. “tem a glória de Deus. O seu fulgor era semelhante a uma pedra preciosíssima, como pedra de jaspe cristalina”. “A cidade é quadrangular, de comprimento e largura iguais”. (Apocalipse 21:2, 11,16). A cidade, com todas as suas pedras preciosas, ouro e beleza cintilante, será iluminada com a glória de Deus. Na sua grande majestade e pureza é comparada a uma “noiva adornada para o seu marido”.
Que recurso fenomenal desta majestosa cidade garante a cada cidadão vigor e juventude eterna?
“no meio da rua principal da cidade. De cada lado do rio estava a árvore da vida, que frutifica doze vezes por ano, uma por mês. As folhas da árvore servem para a cura das nações” (Apoc 22:2). “tome também da árvore da vida, e coma, e viva eternamente ” (Gênesis 3:22). A árvore da vida, que está no meio da cidade – Apocalipse 2:7, traz a vida eterna e juventude a todos que comem dela. Essa árvore vai render uma nova safra de frutas a cada mês.
É verdade que esta cidade descerá a esta terra?
“Via cidade santa, a nova Jerusalém, que descia do céu, da parte de Deus, ataviada como noiva adornada para o seu esposo”(Apoc 21:2). “Bem-aventurados os mansos, porque herdarão a terra” (Mateus 5:5). “Os justos herdarão a terra” (Provérbios 11:31).
Sim, a majestosa cidade santa descerá à Terra para se tornar a capital da Nova Terra. Todos os justos terão uma casa nesta cidade.
O que acontecerá com o pecado e com os pecadores?
“Pois eis que aquele dia vem ardendo como fornalha; todos os soberbos, e todos os que cometem impiedade, serão como restolho; e o dia que está para vir os abrasará” (Malaquias 4:1). “desceu fogo do céu, e os devorou” (Apoc 20:9). “os céus passarão com estrepitoso estrondo, e os elementos se desfarão abrasados; também a terra e as obras que nela existem serão atingidas” (2 pedro 3:10). “Pisareis os perversos, porque se farão cinzas debaixo das plantas de vossos pés” (Malaquias 4:3). “Nós, porém, segundo a sua promessa, esperamos novos céus e nova terra, nos quais habita justiça” (2 Pedro 3:13).
Deus vai destruir todos os pecados e os pecadores com fogo. Este fogo vai derreter a terra e transformar tudo em cinzas. Então, Deus fará uma nova terra perfeita, e a cidade santa será a sua capital. Aqui o justo viverá em alegria, paz e santidade por toda a eternidade. Deus promete que o pecado não se levantará novamente. (Veja Naum 1:9)
Que emocionantes promessas Deus faz às pessoas que entram em seu novo reino?
a) O Senhor, em pessoa, vai viver com elas (Apocalipse 21:3).
b) Elas nunca se entediarão. Haverá delícias perpetuamente (Salmo 16:11).
c) Não haverá mais morte, dor, lágrimas, tristeza, doença, hospitais, operações, tragédia, desapontamento, problemas, fome, ou sede (Apoc. 21:4, Isaías 33:24, Apoc. 22:3, Isaías 65:23, Apoc. 7:16).
d) Elas não se cansarão (Isaías 40:31).
e) Toda pessoa salva será fisicamente inteira em todos os sentidos. Os surdos ouvirão, os cegos enxergarão, os mudos cantarão, e os coxos serão capazes de correr (Isaías 35:5, 6; Filipenses 3:21).
f) Ciúme, medo, ódio, falsidade, inveja, impureza, cinismo, trapaça, preocupação, e todo o mal estarão para sempre excluídos do reino de Deus (Apocalipse 21:8, 27; 22:15). As pessoas não mais serão sobrecarregadas com  preocupações e cuidados que as consomem. Não haverá mais colapsos nervosos. O tempo vai se tornar eternidade, e as pressões e prazos da terra terão desaparecido para sempre.
Como será a nova terra, diferente da nossa terra hoje?
a) Vastos mares como os conhecemos hoje desaparecerão (Apocalipse 21:1). Os mares e oceanos cobrem três quartos da superfície da Terra hoje. Este não será o caso no novo reino de Deus. O mundo inteiro vai ser um enorme jardim, de beleza inigualável, intercalado com lagos, rios e montanhas (Apocalipse 22:1, Atos 3:20, 21).
b) Os desertos se tornarão jardins (Isaías 35:1, 2).
c) Os animais serão todos domados. Um não vai ser mais presa do outro. E uma criança os guiará. (Isaías 11:6-9; 65:25).
d) Não haverá mais maldição (Apocalipse 22:3).
e) Não haverá mais qualquer tipo de violência (Isaías 60:18). Crime, tempestades, inundações, terremotos, tornados, ferimentos, etc.
f) Nada contaminando será encontrado na nova terra (Apocalipse 21:27). Não haverá pontas de cigarro, sumo de tabaco, bêbados, bares, bebidas alcoólicas, prostituição, fotos obscenas, ou qualquer outro tipo de maldade ou impureza.
Haverá crianças no reino de Deus? Se assim for, elas vão crescer?
“As ruas da cidade ficarão cheias de meninos e meninas brincando” (Zacarias 8:5 – NVI). “e saireis, e crescereis como os bezerros do cevadouro” (Malaquias 4:2).
Sim, vai haver muitos meninos e meninas na cidade santa (Isaías 11:6-9), e esses jovens vão crescer (Malaquias 4:2). Temos nos degenerado muito em estatura, inteligência e vitalidade desde Adão, mas tudo isso vai ser restaurado (Atos 3:20, 21).
Quando reunidos com os entes queridos no céu, os salvos reconhecerão uns aos outros?
“mas então conhecerei como também sou conhecido” (1 Cor 13:12).
A Bíblia ensina claramente que os justos queridos que morreram serão ressuscitados e se juntarão aos justos vivos no reino de Deus (Isaías 26:19; Jeremias 31:15-17, 1 Coríntios 15:51-55, 1 Tessalonicenses 4:13-18). E as Escrituras também ensinam que as pessoas no novo reino de Deus se reconhecerão umas às outras, assim como as pessoas reconhecem-se mutuamente sobre a Terra hoje.
Será que as pessoas no céu serão reais, de carne e osso?
“O próprio Jesus estava no meio deles e disse-lhes: Paz seja convosco. Mas eles, espantados e atemorizados, pensavam que viam algum espírito. E disse-lhes: Por que estais perturbados e por que surgem pensamentos nos vossos corações Vede as minhas mãos e meus pés, que sou eu mesmo. apalpai-me e vede, pois um espírito não tem carne nem ossos, como vedes que eu tenho”. “E, não o crendo eles ainda por causa da alegria, e {estando} maravilhados, disse-lhes: Tendes aqui alguma coisa que comer? Então eles apresentaram-lhes parte de um peixe assado, e um favo de mel. O que ele tomou e comeu diante deles”. “E levou-os fora, até Betânia …E aconteceu que, abençoando-os ele, se apartou deles e foi elevado ao céu” (Lucas 24:36-39, 41-43, 50, 51). “Esse Jesus, que dentre vós foi recebido em cima no céu, há de vir assim como para o céu o vistes ir” (Atos 1:11). “o Senhor Jesus Cristo…transformará o nosso corpo abatido, para ser conforme o seu corpo glorioso” (Filipenses 3:20, 21).
Depois da Sua ressurreição, Jesus revelou aos Seus discípulos que Ele era de carne e ossos. Este mesmo Jesus de carne e ossos que subiu ao Pai virá novamente à terra. Os justos receberão corpos assim como o corpo de Cristo e serão pessoas reais, de carne e ossos por toda a eternidade. A diferença será que o corpo celeste não estará sujeito a decadência, morte ou deterioração. O ensinamento de que os salvos no céu serão fantasmas que flutuam em nuvens, neblina e tocando harpas e nada mais, não tem fundamento nas Escrituras. Jesus não morreu na cruz para proporcionar um futuro tão banal e tolo para aqueles que aceitam o Seu amor e nobremente seguem o seu caminho de vida. A maioria das pessoas não têm interesse em tal existência etérea e, portanto, têm pouco ou nenhum desejo de entrar no reino celestial de Deus, preferindo-o muitas vezes só porque temem o inferno. Se todas as pessoas no mundo todo pudessem aprender a verdade sobre a cidade santa de Deus e a nova terra, milhões de pessoas começariam a entender o Seu amor e se voltariam para Ele de todo o coração.
Como o justo gastará seu tempo no reino celestial?
“E edificarão casas, e {as} habitarão; plantarão vinhas e comerão o seu fruto. Não edificarão para que outros habitem; não plantarão para que outros comam; os meus eleitos gozarão das obras das suas mãos” (Isaías 65:21, 22).
Os justos irão construir suas próprias casas na nova terra. (Cada um terá também uma mansão na cidade edificada por Cristo. – João 14:1-3) e plantarão vinhas, e comerão os frutos delas. A Bíblia é clara. Pessoas reais farão coisas reais no céu e desfrutarão de todas elas.
Em que outras atividades emocionantes irão os remidos participar?
a) Cantar e tocar música celestial (Isaías 35:10, 51:11; Salmos 87:7, Apocalipse 14:2, 3).
b) Adorar diante do trono de Deus, todos os sábados (Isaías 66:22, 23).
c) Desfrutar das árvores e flores que nunca murcharão (Ezequiel 47:12, Isaías 35:1, 2).
d) Visitar com os entes queridos, os patriarcas, profetas, etc (Mateus 8:11, Apocalipse 7:9-17).
e) Estudar os animais do céu (Isaías 11:6-9; 65:25).
f) Viajar e explorar sem nunca se cansar (Isaías 40:31).
g) Ouvir a Deus cantar (Sofonias 3:17).
h) Realizar as ambições mais caras (Salmos 37:3, 4; Isaías 65:24).
i) A grande alegria de todas – o privilégio de ser como Jesus, viajando com ele, e vê-Lo face a face (Apocalipse 14:4; 22:4, 21:3, 1 João 3:2).
Pode a débil linguagem humana realmente descrever as glórias do lar celestial?
“Nem olhos viram, nem ouvidos ouviram, nem jamais penetrou em coração humano o que Deus tem preparado para aqueles que o amam” (1 Coríntios 2:9).
Nem mesmo em seus sonhos pode o coração do homem começar a compreender as maravilhas do reino eterno de Deus. Tudo o que Adão perdeu irá ser restaurado (Atos 3:20, 21).
Este reino está sendo preparado para mim pessoalmente?
“quem quiser, tome de graça da água da vida” (Apoc 22:17). “Para uma herança incorruptível, incontaminável…guardada nos céus para vós” (1 pEDRO 1:4). “vou preparar-vos lugar” (jOÃO 14:2).
É preparado para você pessoalmente. O convite do Senhor é feito para você pessoalmente. Se rejeita-lo, amigo, você não terá a quem culpar senão a si mesmo.
Como posso ter a garantia de um lugar neste grande e glorioso reino?
“Eis que estou à porta, e bato: se alguém ouvir a minha voz, e abrir a porta, entrarei em sua casa…” (Apoc 3:20). “Bem-aventurados aqueles que guardam os seus mandamentos, para que tenham direito à árvore da vida, e possam entrar na cidade pelas portas” (Apoc 22:14). “Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor, Senhor, entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos céus” (Mateus 7:21). “A todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de se tornarem filhos de Deus” (João 1:12). “O sangue de Jesus Cristo, seu Filho, nos purifica de todo pecado” (1 João 1:7).
A Bíblia deixa claro. É muito simples. Dê a sua vida a Cristo para a purificação do pecado. Quando você fizer isso, Ele também lhe dará poder para fazer a Sua vontade e guardar Seus mandamentos. Isso significa, é claro, que você vai começar a viver como Cristo viveu e vai superar todos os pecados. “Aquele que vencer herdará todas as coisas.” Apocalipse 21:7. Em suma, uma pessoa está preparada para o céu, quando ela tem o céu dentro dela.
Você deseja aceitar a proposta de Jesus para viver eternamente com Ele no Seu reino celestial?