sexta-feira, 31 de outubro de 2014

Depressão é falta de Fé?

Como o cristão pode enfrentar os transtornos mentais sem culpas nem julgamentos

Não é novidade para ninguém que em algum momento de nossas vidas teremos de enfrentar conflitos. Medos, perdas, tristezas, frustrações, angústias, que infelizmente fazem parte da rotina humana após a entrada do pecado na humanidade. Não que isso seja propriamente uma alteração patológica, uma doença.
O transtorno depressivo maior é uma das principais causas de incapacidade para o trabalho, comprometimento na vida social, acadêmica e, com certeza, familiar. Com alta morbidade e mortalidade.
O humor deprimido e a perda de prazer são os sintomas principais da depressão. Associados a eles estão a diminuição do interesse e motivação, baixa autoestima, choro fácil, culpa, irritabilidade, ansiedade, insônia ou sono em excesso, aumento ou perda do apetite. Alguns pacientes dizem que não conseguem nem se “levantar da cama”. Além disso, vem uma fadiga inexplicável, sentimentos de vergonha ou autodepreciação, negativismo, isolamento, ideias de morte, e, por fim, a tentativa de suicídio.
Você pode estar se perguntando o porquê de todos esses sintomas. Encontramos diversas causas que atualmente vem sendo estudadas, como fatores biológicos, genéticos e neuroquímicos. Outros atuam como fatores desencadeantes como a perda de pessoas queridas, moradia, trabalho, separação precoce da mãe, assim como negligência e maus tratos durante os primeiros anos de vida, sendo relacionados a uma maior vulnerabilidade a doenças mentais como depressão e esquizofrenia ao longo da infância e vida adulta.
Cada vez mais tenho me deparado com pacientes nesta situação. Percebo um sofrimento imenso devido a maioria destes serem cristãos. Isso porque eles concluem que seu problema acontece talvez por falta de fé, e têm sentimentos de que Deus não se importa com eles, e de que não são agradecidos pelas bênçãos do Senhor. Tudo isso atua como um rolo compressor e essas pessoas acabam se sentindo excluídas, desafortunadas e se afastam do convívio de seus queridos, da igreja e do trabalho, chegando até o desfecho mais temido… o suicídio.
O que dizer de uma família aparentemente perfeita? Imagine a cena: pais que se amam e se respeitam, com estabilidade financeira, filhos obedientes, guardadores da lei de Deus, membros ativos na igreja. No entanto, mesmo assim a mãe dessa família sofre com uma tristeza profunda, desanimada, incapaz de manter a alegria e equilíbrio na vida. É neste momento que os julgamentos se iniciam, possivelmente dentro da família, amigos e inclusive na igreja. Esta pessoa passa a ser vista como preguiçosa, mal agradecida, sem fé, mãe negligente e, como já ouvi muitas vezes “ela tem de tudo, mas não desfruta de nada”…
Se essa é a sua situação, tenha a certeza de que Deus não te condena por sentir tudo isto e está disposto a prover tratamento adequado para suas angústias, aliviar suas tensões e te conceder uma vida produtiva. Ele conhece, entende profundamente este transtorno e, o melhor, está disposto a te ajudar.
Primeiramente, não tenha medo nem preconceito de buscar ajuda profissional. Alguns consideram isso uma demonstração de fraqueza ou falta de fé, afinal, muito desequilibrio e fanatismo permeiam esta questão. O que precisamos entender é que muitos pacientes necessitarão de acompanhamento profissional e, principalmente, medicamentoso nesse caso. Buscando sempre nosso ideal, pricípios imutáveis de uma vida saudável, alimentação adequada, exercicio fisico e uma vida religiosa pura e positiva.
Como eu gosto de dizer, descanse nos braços do Senhor, busque tratamento imediato com um profissional de saúde mental e inicie uma nova caminhada com esperança.
Venham a mim, todos os que estão cansados e sobrecarregados, e eu lhes darei descanso”… Mateus 11:28

quinta-feira, 30 de outubro de 2014

O mundo em depressão

Você tem percebido que uma onda de casos de depressão tem invadido nosso círculo social? Segundo projeções da Associação Mundial de Psiquiatria, em 2020 a depressão será a segunda doença mais comum no mundo, perdendo apenas para as doenças cardiovasculares. Estima-se que o Brasil possua 13 milhões de pessoas sofrendo de depressão. No mundo, são 340 milhões e cerca de 850 mil suicídios/ano provocados por ela, de acordo com dados da OMS.
Depressão é diferente de tristeza e infelicidade. Também não é preguiça, falta de fé ou força de vontade. A depressão é uma desordem afetiva, em que a pessoa sente uma persistente tristeza ou vazio, perda de interesse pela vida, sentimentos de culpa ou desvalor, dificuldade de concentração e memória, diminuição da energia, podendo apresentar inclusive ideias suicidas quando parece não mais haver saída ou esperança de melhora. Essas pessoas apresentam um desequilíbrio na química cerebral, e seus neurônios não respondem bem aos estímulos e têm sua comunicação prejudicada. Essas alterações podem ser vistas em sofisticados exames de imagem, como o PET scan, que evidencia uma diminuição da função do lobo frontal de cérebro.
Existem muitos fatores que podem contribuir para o surgimento da depressão, por exemplo: fatores genéticos, deficiência de vitaminas, alterações hormonais, estilo de vida inadequado, divórcio e outros problemas conjugais, sentimento de abandono, morte de um ente querido, traumas e maus tratos na infância, etc. A primeira opção de tratamento que as pessoas buscam são os medicamentos antidepressivos, como a conhecida fluoxetina e a moderna venlafaxina. Em geral, esses medicamentos apresentam efeitos adversos e não resolvem o problema em todos os casos. Não importa quais forem as causas, a depressão tem solução. Porém, muitas vezes o segredo não está na farmácia ou no médico, mas numa maneira diferente de enxergar o sentido da vida e na resolução das causas e conflitos.
Sim, você pode ser feliz! A primeira coisa a ser feita é eliminar da mente os pensamentos negativos. Procure se concentrar nas coisas boas da sua vida. As pessoas com depressão tendem a concentrar toda a sua atenção e energia em pequenos pontos negativos, e torná-los muito maiores do que verdadeiramente são. Sim, a sua vida tem sentido, existem pessoas que gostam de você, vale a pena viver e há esperança! Lembre-se de que, para Deus, você é muito importante. Ele tem um plano especial e maravilhoso para a sua vida. Você precisa buscá-Lo para descobri-lo.
A sua dieta também influencia a saúde mental. No fim de dezembro, pesquisadores de Londres provaram que comida processada e rica em gordura aumenta o risco de depressão em 58%. Já aqueles com uma dieta rica em vegetais e frutas apresentam chances menores de apresentar os sintomas. Inclua os seguintes alimentos na sua dieta: arroz integral, repolho, couve, castanha do Pará, abóbora, feijão, frutas, cereais integrais e verduras cruas.
Exponha-se ao sol 15 minutos por dia. Faça caminhadas ao ar livre. Se você não sente vontade para dar os primeiros passos, peça para alguém acompanhÁ-lo(a). A erva de São João  (Hypericum perforatum) é uma ótima alternativa aos antidepressivos, com eficácia comprovada e menos efeitos adversos. Entretanto, não é recomendado usá-la em combinação com outros antidepressivos e sem recomendação médica.
E o mais importante: aprenda a lidar com os sentimentos. Sinta os sentimentos, mas sem deixar que eles o(a) dominem. “No dia da prosperidade, goza do bem; mas, no dia da adversidade, considera em que Deus fez tanto este como aquele…” (Ec 7:14). Busque a paz com Deus e com as pessoas. Perdoe-se a si mesmo(a) e aos outros. Tenha paciência… dias melhores virão!
Luiz Fernando Sella, Médico

quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Papa defende a Evolução e despreza o criacionismo

O papa Francisco afirmou, na última segunda-feira (27), durante discurso na Pontifícia Academia de Ciências, que a teoria da evolução e o big bang são reais e criticou a interpretação das pessoas que leem o Gênesis, livro da Bíblia, achando que Deus “tenha agido como um mago, com uma varinha mágica capaz de criar todas as coisas”. Segundo ele, a criação do mundo “não é obra do caos, mas deriva de um princípio supremo que cria por amor”. “O big bang não contradiz a intervenção criadora, mas a exige”, disse o pontífice na inauguração de um busto de bronze em homenagem ao papa Emérito Bento XVI. O big bang é, segundo aceita a maior parte da comunidade científica, a explosão ocorrida há cerca de 13,8 bilhões de anos que deu origem à expansão do Universo. Já a teoria da evolução, iniciada pelo britânico Charles Darwin (1809-1882), que prega que os seres vivos não são imutáveis e se transformam de acordo com sua melhor adaptação ao meio ambiente, pela seleção natural. O papa acrescentou dizendo que a “evolução da natureza não é incompatível com a noção de criação, pois exige a criação de seres que evoluem”.

Ele criticou que quando as pessoas leem o livro do Gênesis, sobre como foi a origem do mundo, pensam que Deus tenha agido como um mago. “Mas não é assim”, explica.

Segundo Francisco, o homem foi criado com uma característica especial – a liberdade – e recebe a incumbência de proteger a criação, mas quando a liberdade se torna autonomia, destrói a criação e o homem assume o lugar do criador.

“Ao cientista, portanto, sobretudo ao cientista cristão, corresponde a atitude de interrogar-se sobre o futuro da humanidade e da Terra; de construir um mundo humano para todas as pessoas e não para um grupo ou uma classe de privilegiados”, concluiu o pontífice.


Nota: O papa, que já condenou o “fundamentalismo” daqueles que leem os primeiros capítulos da Bíblia de forma literal (confira aqui), volta e meia vem “alfinetando” os que creem na criação segundo a Bíblia. Esta é a primeira vez que, assim como fizeram Bento XVI e João Paulo II, Francisco defende abertamente a teoria da evolução. Com todo o respeito, ou ele não leu direito a Bíblia, ou não entende o evolucionismo. Dizer que ambos não se contradizem é promover um grande erro. Se a teoria da evolução estivesse correta, a morte seria elemento constitutivo da criação de Deus, uma vez que, até o surgimento do primeiro ser humano, outros milhões de organismos teriam morrido. Além disso, se a história dos primeiros capítulos do Gênesis não são literais, que sentido teria a morte de Cristo por um pecado que não ocorreu? Por que cargas d’água Jesus teria Se referido a Adão e Eva como personagens históricos (assim como fez também com Noé), comparando, inclusive, Sua vinda com os dias anteriores ao dilúvio? Que árvore da vida seria aquela prometida pelo Apocalipse aos salvos, se a correspondente árvore da vida do Gênesis fosse apenas um mito? Se o papa realmente crê no Deus todo-poderoso, por que não crer que Ele poderia ter criado a vida na Terra em seis dias? Faria diferença se Ele houvesse criado em seis horas ou seis segundos? Por que Ele dependeria do processo evolutivo? Por que depender de um processo que envolve sobrevivência dos mais fortes/aptos e morte de incontáveis indivíduos desfavorecidos pela seleção natural? Que Deus seria esse? Segundo a Bíblia, a morte é um inimigo que será finalmente destruído por Jesus, não um elemento constitutivo natural da criação. Quanto ao big bang, essa teoria não é unanimidade absoluta. Há quem discorde dela em bases científicas. E se houver no futuro uma reviravolta cosmológica, como ficará a igreja? Será que a igreja católica não aprendeu nada com o erro de defender o aristotelismo geocentrista? O fato é que cada vez mais aumenta a polarização entre o criacionismo bíblico e o evolucionismo teísta defendido pelo papa e outros religiosos. 
[MB]

terça-feira, 28 de outubro de 2014

Nos passos dos pioneiros: Ellen White

Foi impressionante a passagem pela famosa ponte Golden Gate, em San Francisco, e pelas vinhas de Nampa Valley, mas nada se compara à emoção de entrar na casa em que Ellen White viveu os últimos anos de sua vida incrivelmente produtiva e inspiradora. A bela e bem conservada casa de madeira foi construída em 1885 por um homem muito rico que a usava nas férias. Na época, foram gastos 15 mil dólares na construção, mas Ellen pagou por ela apenas cinco mil. Ellen havia passado nove anos na Austrália e desejava encontrar um bom e barato lugar para morar. Ela orou a Deus e pediu que Ele mostrasse o melhor negócio. Foi então que encontrou a grande oportunidade em Santa Helena, na Califórnia. Detalhe: a casa estava toda mobiliada e tinha vários móveis com tampa de mármore branco, o preferido de Ellen. Deus havia lhe dado um presente, depois de uma vida inteira de tantas privações e lutas, como educadora, escritora, pregadora, líder e mensageira de Deus. 

Aliás, é bom lembrar que Ellen escreveu mais de cem mil páginas manuscritas, foi traduzida para mais de 140 idiomas e tem seu legado reconhecido até mesmo pelo governo dos Estados Unidos, tanto é que há uma placa na varanda inferior da casa em que se reconhece a residência como monumento histórico nacional.

No interior da casa que Ellen passou a chamar de Elmshaven (“refúgio dos olmeiros”), pode-se ter uma ideia da rotina de Ellen White e dos que moravam com ela. Na sala, eram realizados dois breves cultos por dia, um de manhã e outro à tarde. Eles cantavam, liam um texto bíblico e cada um dos presentes tomava parte nos momentos de oração. Na sexta-feira ao pôr do sol, o culto era mais longo, e Ellen lia partes do relato dos missionários além-mar. No sábado à noite, havia “pipocada”. 

Ellen utilizava o cômodo de cima para escrever, e sua secretária Sarah procurava evitar que visitas a atrapalhassem em sua missão. Mas os netinhos sabiam como “furar o bloqueio”: eles subiam sorrateiramente pela escada que chamavam de “passagem secreta”. Ellen e eles ficavam felizes por ter alguns momentos juntos.

Ellen costumava levantar às 3h ou às 4h para escrever. Em 1915, com 88 anos de idade, ela caiu, quebrou o quadril e seu estado de saúde foi piorando. Até que, em 16 de julho, ela faleceu, antes tendo feito seus amigos garantirem que venderiam a propriedade para ajudar a pagar a compra de duas instituições da igreja. O horário da morte de Ellen (3h40) foi registrado no momento exato por Sarah no relógio que havia sido de Uriah Smith e doado pela viúva dele. O relógio está lá até hoje marcando o mesmo horário. Ao filho ela disse as últimas palavras: “Eu sei em quem eu creio.” 

Em 1927, dois adventistas compraram a casa e a doaram para a igreja. Hoje ela recebe mais de sete mil visitas por ano e continua sendo um monumento mais do que histórico; é a marca de uma vida que causou profundo impacto no coração e na mente de tantas pessoas, efeito que continua se multiplicando por meio da dezena de livros que ela escreveu. 

No quarto em que Ellen costumava receber a visita de anjos (o que foi confirmado por pessoas que viviam no sanatório não muito longe dali e que viram uma luz intensa saindo pelas janelas do cômodo), fizemos uma oração dedicando nossa vida mais uma vez ao Deus a quem Ellen White serviu com tanta dedicação por mais de sete décadas. 


Michelson Borges

Conheça mais sobre a vida dessa mulher extraordinária lendo a minibiografia escrita pelo neto dela (clique aqui).





Ao lado da lareira está a pipoqueira

Bíblia utilizada nos dois cultos diários

Mesa de jantar com as cadeiras originais

Escritório de Ellen White, com sua cadeira original

O relógio de Urias Smith marca o momento da morte de Ellen

Durante uma visão, Ellen segurou uma Bíblia como essa por vários minutos

domingo, 26 de outubro de 2014

O Bom Perfume de Cristo

Quem não gosta de ser logo notado pelo bom perfume que usa? Muitas pessoas têm sua presença percebida, em qualquer lugar que chegam, apenas pela boa colônia que utilizam. Mas, poucos sabem que compor uma fragrância é o mesmo que compor uma música ou pintar uma tela. Assim como a música e a pintura, a fragrância tem como ingredientes principais a harmonia, o sonho, a poesia, a inspiração e o mistério.
Artigos de perfumaria podem ser classificados como extratos finos, tríplices e duplos, extratos comuns, loções, águas-de-colônias, águas aromáticas, etc., e podem ser de qualidade inferior ou superior. Criar a fragrância perfeita é uma arte delicada. Além de combinar dezenas de matérias-primas, o perfumista acrescenta uma dose de paixão, transformando o aroma num estado de espírito. Perfumes estrangeiros lançados recentemente misturam romantismo, sofisticação, sensualidade e jovialidade.
O perfume é uma das criações mais antigas da história e certamente a mais carregada de mistérios e mitologia. A palavra perfume é derivada do latim “per fum”, que significa por meio da fumaça. A paixão pelos perfumes alcançou seu auge nas cortes francesas do século XVIII, quando Luís XV decretou que para cada dia da semana deveria haver uma fragrância diferente na corte.
Essência ou Absoluto é a denominação para a concentração máxima, e a mais pura matéria para a fabricação do perfume. Os principais métodos são: a destilação, a pressão a frio, a maceração, e a enflorage. Os últimos três consistem na maceração da matéria prima. As pétalas e as flores são amassadas até obter-se o sumo, a essência do perfume. Foi isto que aconteceu com a “Rosa de Sarom”: Cristo sofreu todos os tipos de pressão, foi macerado, pisoteado, moído e crucificado pelas nossas transgressões (Is 53:5). Jesus é o bom perfume de Deus que inebria o mundo de amor, paz e alegria.

O bom perfume de Cristo
“Porque nós somos para com Deus o bom perfume de Cristo, tanto  nos que são salvos como nos que se perdem. Para estes, cheiro de morte para morte; para com aqueles, aroma de vida para vida” (2Co 2:15,16). Paulo e seus colaboradores constituíam o bom perfume de Cristo (v. 15) que Se manifestava por meio deles a fragrância das coisas espirituais.
Nas lojas de perfumaria – e também através de revendedores ambulantes – é bastante comum o cliente só comprar um perfume após realizar a prova da fragrância, que geralmente acontece através da fita olfativa [filete de papel embebido com o perfume] ou por intermédio dos pequeninos frascos de vidro, comumente chamados de amostra grátis. O fato é que o teste olfativo é a oportunidade do cliente conhecer o produto contido no frasco em tamanho original, a ser levado para casa, caso resolva efetuar a compra. Talvez seja por esta causa que é dito que “todo cristão é uma amostra grátis de Cristo.”
O sábio Salomão já dizia: “Como o óleo e o perfume alegram o coração, assim, o amigo encontra doçura no conselho cordial” (Pv 27:9). Diante disso, é pertinente a reflexão: Que perfume tenho exalado no meu dia a dia? Urge levarmos o “bom perfume de Cristo” para o trabalho, para a escola, à vizinhança, ao trânsito, ao ambiente dos negócios e inclusive para o ambiente familiar.
Nunca seria demais trazer à memória que Jesus é o Perfume de Deus – a Rosa de Sarom – e nós somos uma “amostra grátis” de Cristo. A “embalagem” pode ser até atraente, mas o que importa é o conteúdo. Oremos, com fervor, para que o pecado não venha entupir o vaporizador de nosso testemunho, impedindo que o perfume de Cristo se propague nos ambientes que freqüentamos.

A mosca no perfume
“Qual a mosca morta faz o ungüento do perfumador [perfumista] exalar mau cheiro, assim é para a sabedoria e a honra um pouco de estultícia” (Ec 10:1). “Se alguém colocar moscas mortas num vidro de perfume, ele acabará cheirando mal! Assim, um pequeno erro pode destruir muita sabedoria e honra” (Ec 10:1, A Bíblia Viva). Ou seja, Salomão diz que um pequeno erro é como uma mosca morta que estraga todo o trabalho do perfumista.
É digno de nota que algo tão pequeno cai numa coisa bem maior, e acaba todo o odor. É, na realidade, a decomposição da mosca que faz com que o perfume perca todo o seu efeito. A idéia dominante é o poder das pequenas coisas que não prestam. A palavra traduzida por estultícia é o termo hebraico seckel, que significa tolice, futilidade, leviandade. O recipiente pode ser invadido pelas moscas do materialismo, da promiscuidade, do vício secreto, do ódio, da mentira, da hipocrisia, da idolatria, dos sentimentos de mágoa, etc.

Deus em Cristo, sempre nos conduz em triunfo
“Graças, porém, a Deus, que, em Cristo, sempre nos conduz em triunfo e, por meio de nós, manifesta em todo lugar a fragrância do seu conhecimento” (2Co 2:14). “Graças sejam dadas a Deus, que, por Cristo, nos carrega sempre em seu triunfo e, por nós, expande em toda a parte o perfume do seu conhecimento” (2Co 2:14, Bíblia de Jerusalém). Na mente de Paulo, está aqui retratada a Festa do Triunfo, na qual o general romano entrava em Roma, vitorioso, aclamado pelas multidões e trazendo atrás de si os cativos capturados em batalha.
Na Festa do Triunfo era comum o general vitorioso estar entre dois grupos de escravos. Antes de sua caravana, ele era precedido por uma caravana de escravos que aceitaram livremente o domínio desse novo general. Estes foram alforriados, tornando-se, então, livres. Estas pessoas seguiam a pé na primeira comitiva, à frente do general, carregando grinaldas de flores e vasilhas com incenso aromático perfumado. Estes ex-escravos retornariam à sua antiga terra como Embaixadores do Novo Governo, a fim de governá-la sob as ordens do novo império.
Mas, após a carruagem do general, vinha outra fila: Um segundo grupo de prisioneiros. Esses eram prisioneiros rebeldes, impenitentes. Eles não aceitaram o domínio do general, por isso, arrastavam grossas e pesadas correntes nos pés e nas mãos. Esses eram prisioneiros que seriam mortos, juntos com o general perdedor.
Quando o cortejo, com o general vitorioso passava, as multidões soltavam brados de vitória. Aquele incenso aromático e as flores perfumadas que eram carregados pelo primeiro grupo iam extasiando o ambiente. Para o primeiro grupo de ex-escravos, agora livres, aquele cheiro “era aroma de vida, para vida”. Mas, para o segundo grupo, “aroma de morte, para morte”.
Paulo está dizendo que os escravos conquistados por Cristo, o REI DOS REIS E SENHOR DOS SENHORES (Ap 19:16), fazem parte do primeiro grupo. Eram oprimidos, agora são livres.  Agora estão em Cristo e são o bom perfume de Cristo, instrumentos da manifestação da vitória de Deus, por meio de Cristo Jesus. Não somente o perfume, mas, o bom perfume de Cristo. O bom perfume é caro, vale mais que “ouro e prata”, o seu custo foi “o precioso sangue de Cristo” (1Pe 1:18,19), porquanto é envolvente, inebriante, contagiante: perfuma sem fazer alarde!  A mesma missão de Cristo é agora a função dos novos embaixadores. 
O ofício dos colaboradores de Cristo nunca pode ser o da neutralidade: “Porque nós somos para com Deus o bom perfume de Cristo, tanto nos que são salvos, como nos que se perdem. Para com estes, cheiro de morte para morte; para com aqueles, aroma de vida para vida” (2Co 2:15,16). O mesmo Evangelho que salva, também condena; o sol que amolece a cera, é o mesmo que endurece o barro; o mar que salvou os judeus, condenou os egípcios.

A NOVA VIDA SOB O DOMÍNIO DE CRISTO, TEM SEU ÚNICO CAMINHO POR CRISTO
O nosso Salvador, “o Verbo de Deus”, é o nosso grande Comandante que veio ao “solo” do inimigo [nosso planeta] e tomou os espólios – toda a raça humana escravizada pelo poder do mal -, derrotando e, “despojando os principados e as potestades, publicamente os expôs ao desprezo, triunfando deles na cruz” (Cl 2:15). A cruz de Cristo retirou a “credencial” de Satanás, expondo-o ao desprezo universal, ao ridículo, foi envergonhado, “pagou mico.” Não é sem razão que a expressão preferida de Paulo  é “em Cristo”, citada em suas cartas 164 vezes. Paulo é um ardoroso defensor de que a vida cristã é absolutamente Cristocêntrica.
“Graças, porém a Deus, que em Cristo, sempre nos conduz em triunfo.” O verbo “conduzir” usado neste texto, na língua original (grego), está no presente, mas não indica uma ação só de momento, porém, uma ação contínua. O triunfo deve ser um estado permanente e contínuo na vida daqueles que, por Deus, são conduzidos “em Cristo.” É triunfo, mesmo quando os nossos planos humanos são frustrados: na alegria e na tristeza; na saúde e na doença; na prosperidade e na pobreza; na aprovação e na rejeição (Fl 4:11-13). Oxalá, sejamos o bom perfume de Cristo!

PASTOR VAGNER ALVES FERREIRA

Nos passos dos pioneiros: José Bates

José Bates (1792-1872) é considerado um dos três principais fundadores da Igreja Adventista do Sétimo Dia e um grande defensor da reforma de saúde. Como capitão de navio, ele viajou por várias partes do mundo, inclusive o Brasil. Homem culto e respeitado, Bates deu grande contribuição ao movimento adventista, com seus recursos financeiros, sua influência e muita dedicação. Em 1839, Bates aceitou a mensagem pregada por Guilherme Miller e tornou-se parte do grupo milerita. José Bates manteve sua fé depois do desapontamento de outubro de 1844. Estudou mais profundamente as Escrituras e se tornou um observador do sábado.

Em nossa viagem cultural/denominacional pelos Estados Unidos, ontem, quinta-feira, 23 de outubro, visitamos outros lugares muito significativos. Logo cedo, deixamos Rutland e fomos para Fairhaven, em Massachusetts, onde está localizada a casa original em que Bates passou a infância e a escola em que ele estudou (hoje museu). Depois, fomos para Bedford, e vimos as ruínas da ponte sobre a qual foi travado um diálogo entre Bates e um cidadão da cidade, que lhe perguntou: “Capitão Bates, quais são as novas?” E ele respondeu: “As novas são que o sábado é o dia do Senhor.” 


A vida desse pioneiro é realmente uma inspiração para aqueles que desejam levar a vida religiosa a sério e viver de modo digno e correto. Juntamente com Tiago e Ellen White, Bates imprimiu sua marca nos primórdios da história do adventismo e ajudou a sistematizar as doutrinas bíblicas da denominação.


Saímos de Bedford, viajamos mais 51 km e chegamos a Plymouth, onde conhecemos a pedra de 1620 e o navio Mayflower, monumentos que ajudam a recordar a chegada dos pais peregrinos aos Estados Unidos, evento que marcou o início da nação norte-americana. Em seguida, fomos para Portland, Maine, a 235 km de Plymouth. Ali pudemos ver o prédio da escola em que Ellen White estudou, o provável local em que ela levou a pedrada que mudou sua vida e o parque Deering Oakes, ao qual ela costumava ir para orar. 


Fomos também ao local em que ficava o auditório no qual Guilherme Miller pregou, na Rua Casco, tendo convertido algumas pessoas, dentre as quais Ellen Gould Harmon (depois White). A maneira como Ellen descreve essas reuniões é realmente tocante. A esperança da volta de Jesus deu novo sentido para a vida dela. Ellen passou a ter uma experiência ainda mais profunda com Deus e pediu para ser batizada por imersão, como orienta a Bíblia. Conhecemos também o local do batismo, na Baía de Casco. 


Demos uma rápida passada no farol de Cape Elizabeth (paisagem linda!) e percorremos mais 443 km até Latham, Nova York, onde descansamos para poder enfrentar a maratona de visitas do dia seguinte.

Michelson Borges


Casa de José Bates, em Fairhaven


Parte de um muro de 1660, atrás da casa de Bates


Casa construída em 1742 


Ponte sobre a qual Bates contou a "novidade" do sábado


Marco da chegada dos pais peregrinos


Réplica do Mayflower


Lucas, Walter, Wellington, André, Eduardo, Vinícius, Alberto e Michelson


Escola em que Ellen White estudou na infância


Deering Oakes Park


Local do auditório em que Miller pregou

sábado, 25 de outubro de 2014

O Bom Samaritano

Em Lucas 10:25-37 encontramos uma históra que nos ensina muitas verdades, e cada vez que a lemos aprendemos muitas lições. Ela é conhecida como O Bom Samaritano.

A escritora Ellen White escreveu que nessa história, Cristo ilustra “a natureza da verdadeira religião. Mostra que a religião consiste, não em sistemas, credos ou ritos, mas no cumprimento de atos de amor, no proporcionar aos outros o maior bem, na genuína bondade.” O Desejado de todas as Nações,497.

Jesus foi surpreendido pelos mestres da lei que queriam interrogá-lo com a intenção de O desmascarar. Eles perguntaram: “Mestre, o que farei para herdar a vida eterna? Eles na verdade sabiam a resposta, mas queriam colocar Jesus “contra a parede”!

Jesus, então, responde com uma outra pergunta. Na verdade Ele devolve a pergunta ao doutor da lei, dizendo: “Que está escrito na lei? Como lês? E o doutor da lei responde corretamente dizendo: “Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todas as tuas forças, e de todo o teu entendimento, e ao teu próximo como a ti mesmo” Jesus então diz: “Respondeu bem, faze isto e viverás!”

Desarmados e sem saber o que fazer, fazem uma pergunta que sempre tinha sido motivo de discussão entre os judeus. Eles perguntam: Quem é o próximo? Jesus então conta a história do Bom Samaritano! Não foi uma história inventada. Não foi uma mera parábola.

No livro citado acima, escrito por Ellen White, está escrito que “isso não era uma cena imaginária, mas uma ocorrência verídica, que se sabia ser tal qual era apresentada. O sacerdote e o levita que tinham passado de largo, encontravam-se entre o grupo que escutava as palavras de Cristo.” DTN, 499 Portanto Jesus estava falando de algo prático, que eles haviam vivido! E assim lhes ensinou preciosas lições.

Mas eu quero levar você a pensar no que simboliza cada personagem dessa história. Talvez você já tenha já ouvido outros sermões ou palestras ou lido artigos sobre O Bom Samaritano.

Geralmente nos ensinam através dessa história que nós devemos ser como o Samaritano. Ele foi bondoso, ajudou, se importou com o próximo. E que devemos tomar cuidado para não ser como o sacerdote e o levita, que passaram de largo, que não se detiveram para ajudar aquele que precisava.

Essa aplicação está correta! No entanto no livro O Desejado de Todas as Nações, na página 503 e 504, Ellen White diz que “na história do bom samaritano, Jesus ofereceu uma descrição de Si mesmo e de Sua missão. O homem fora enganado, ferido, despojado e arruinado por Satanás, sendo deixado a perecer; o Salvador, porém, teve compaixão de nosso estado de desamparo. Deixou Sua glória, para vir em nosso socorro. Achou-nos quase a morrer, e tomou-nos ao Seu cuidado. Curou-nos as feridas. Cobriu-nos com Sua veste de justiça.”

Por isso quero levar você a ver de maneira um pouco diferente do que usualmente vemos essa história.

Jesus é o Bom Samaritano! Ele busca o perdido, carrega nos ombros o que está ferido pela magoa, pela dor, pela tristeza! Mas principalmente Jesus se compadece de nós quando estamos doentes, quando vê seus filhos sofrerem nas mãos de Satanás por causa da doença, em conseqüência da transgressão das Leis Naturais.

A hospedaria representa a Igreja! Um movimento que Jesus levantou na terra com a finalidade de ajudar as pessoas que se encontram sofrendo por causa das enfermidades.

O hospedeiro representa você e eu! Nós recebemos de Deus as orientações para ajudar as pessoas.

E os denários? Os denários representam o conhecimento da Verdade Presente que o Senhor Jesus nos concedeu a fim de que pudéssemos ajudar o próximo. E o Senhor Jesus não concedeu apenas dois mas oito “denários” para que pudéssemos ajudar os doentes, prevenir as doenças daqueles que ainda estão com saúde.

Estes denários que o verdadeiro Bom Samaritano nos concedeu são: A Água Pura, Ar puro, Luz Solar, Exercício, Repouso, Alimentação, Pureza de Vida e Confiança no Criador!

“O ar e a água puros, o asseio, o regime alimentar apropriado, a pureza de vida, e a firme confiança em Deus são remédios [denários] por cuja falta milhares estão a perecer.” Testimonies, vol. 5, pág. 443.

AGUA:
“Muitos erram em beber água fria às refeições. O alimento não deve ser misturado com água. Tomada às refeições, a água reduz o fluxo de saliva; e quanto mais fria a água, maior o dano causado ao estômago. Limonada ou água geladas, tomadas às refeições, retardarão a digestão até que o organismo tenha provido suficiente calor ao estômago, habilitando-o a retomar o seu trabalho.” CSRA, 106 A água deve ser tomada em abundancia entre as refeições. Pelo menos 8 copos ao dia!

AR PURO:
“A influência de ar puro e fresco é no sentido de promover a circulação do sangue de maneira saudável através de todo o organismo. Ele refresca o corpo e tende a torná-lo forte e saudável ao mesmo tempo que sua influência é de maneira decidida sentida sobre a mente, proporcionando-lhe certa medida de calma e serenidade. Ele ativa o apetite e torna digestão de alimento mais perfeita, permitindo sono saudável e tranqüilo”. Conselhos Sobre Regime Alimentar (CSRA), 104.

LUZ SOLAR:
“A preciosa luz solar poderá fazer descorar os vossos tapetes; ela, porém, dará uma cor saudável às faces de vossos filhos. Se tiverdes a presença de Deus e possuirdes coração cheio de zelo e amor, uma casa humilde, na qual haja ar e brilhe a luz do Sol, e animada por altruísta hospitalidade, será para vossa família e para o cansado viajante um céu na Terra.” Testimonies, vol. 2, pág. 527.

EXERCÍCIO:
“O exercício é importante para a digestão, bem como para a saudável condição do corpo e da mente. Necessitais de exercício físico.” CSRA, 103

“O exercício moderado cada dia comunicará energia aos músculos, os quais sem exercício se tornam flácidos e debilitados. Por meio de exercício ativo ao ar livre, todos os dias, o fígado, os rins e os pulmões também serão fortalecidos para desempenharem sua obra.” CSRA, 103

REPOUSO:
“Aqueles que estão sempre ocupados e vão alegremente ao desempenho de suas tarefas diárias, são os mais felizes e vigorosos. O repouso e a tranqüilidade da noite traz ao seu corpo cansado repouso ininterrupto.” CSS, 53.

“Ao regular as horas do sono, não se deve proceder com descuido. Os estudantes não devem adquirir o hábito de permanecer em pé até à meia-noite, e tomar as horas do dia para o sono.” Mensagens Escolhidas, 415.

ALIMENTAÇÃO:
“O conhecimento sobre a conveniente combinação de alimentos é de grande valor, e deve ser recebido como sabedoria de Deus”. C.S.R.A., 109.

“A variedade de alimentos numa mesma refeição produz indisposição, e destrói os benefícios que cada artigo, se tomado sozinho, traria ao organismo”. C.S.R.A., 110.

“Se quisermos conservar a melhor saúde, devemos evitar comer verduras e frutas na mesma refeição. Caso o estômago seja fraco, haverá perturbação, o cérebro ficará confuso, e incapaz de exercer esforço mental. Comam-se frutas em uma refeição e verduras na seguinte...” C.S.R.A., 395.

PUREZA DE VIDA:
“A semelhança de Cristo em nós é uma grande verdade, uma verdade prática. Não sou apenas uma coisa amada por Deus, feita para ser deixada como vítima das tentações de Satanás; sou filha de Deus, gerada para uma viva esperança, plena de imortalidade e cheia de glória. Devemos permanecer em Deus, e Deus em nós. A pureza em nós é como a pureza em Deus; o amor em meu coração é um princípio vivo, como o amor no coração de Deus; e todos os tesouros do Céu estão à minha disposição porque sou remida pelo sangue do Cordeiro.” Nos Lugares Celestiais, 66.

CONFIANÇA NO CRIADOR:
Confiança no Criador é acreditar que os outros Sete remédios são de Deus. “Se depositais vossa confiança nEle, o Senhor também dará a cada um de vós Sua força, Sua graça, Sua salvação.” Olhando para o alto, 300.

Deus concede a cada um de nós esses “denários” a fim de que sejamos abençoados e possamos abençoar a outros. Para ajudar pessoas que estão na luta contra a enfermidade que foi adquirida pelos seus hábitos errôneos, a transgressão das leis naturais.

E se formos fiéis, cumprindo nossa parte a promessa é: “Eu te indenizarei quando voltar”. A maior indenização será a vida eterna. Jesus em breve voltará! Gostaria você de se preparar para a vinda de Cristo? Quer você preparar outras pessoas para a Sua vinda, ajudando-as a se libertar dos hábitos errôneos que tem destruído sua vida física e espiritual e colocando em prática essas leis na sua própria vida?

Se você aceitar essa incumbência do Bom Samaritano ele diz então: “Não temas porque estou contigo, não temas porque eu sou teu Deus...eu te ajudo” Isaias 41:10, 13. Com a ajuda do Senhor você será vitorioso e levará a saúde a muitas pessoas que desconhecem a Verdade Presente!
Você aceita a incumbência de cuidar dos feridos nesse mundo? Quer ajudar aqueles que estão feridos pelas transgressões das leis naturais? Coloque-se nas mãos de Deus a cada dia e ele lhe ajudará a ser um vitorioso e uma benção para outras pessoas.
Pr. Evandro Fávero

quinta-feira, 23 de outubro de 2014

Nos passos dos pioneiros: Guilherme Miller


ONTEM O MOVIMENTO ADVENTISTA COMPLETOU 170 ANOS!!

A Igreja Adventista do Sétimo Dia tem uma história riquíssima e seus pioneiros deixaram um tremendo legado de fé às gerações subsequentes. Ler de quando em quando sobre isso é importante, pois nos reconecta às nossas raízes proféticas, reafirma em nós o senso de missão e nos faz encarar o futuro com os olhos da esperança – a mesma visão pela qual viveram e morreram aqueles que se deixaram gastar por amor aos perdidos e para levar a mensagem de salvação a tantos quantos pudessem alcançar. Por isso Paulo escreveu: “Lembrem-se dos seus primeiros líderes espirituais, que anunciaram a mensagem de Deus a vocês. Pensem como eles viveram e morreram e imitem a fé que eles tinham” (Hb 13:7). Um desses líderes que marcaram profundamente a história do movimento adventista foi Guilherme Miller (1782-1849).

Conforme informações do site do Centro de Pesquisas Ellen G. White, Guilherme Miller teve uma forte formação religiosa, mas associou-se a companhias “erradas”. Seus amigos deixaram a Bíblia de lado e tinham vagas ideias a respeito de Deus e Sua personalidade. Aos 34 anos de idade, Miller ficou insatisfeito com suas ideias. O Espírito Santo impressionou seu coração e ele se dedicou ao estudo da Palavra de Deus. Em Cristo, Miller encontrou a resposta para todas as suas necessidades. Seu estudo o conduziu às grandes profecias que apontavam para o primeiro e o segundo advento de Jesus. As profecias com relação a tempo o interessavam, especialmente as profecias de Daniel e Apocalipse.

No ano de 1818, como resultado de seu estudo das profecias de Daniel 8 e 9, Miller chegou à conclusão de que Cristo voltaria em algum momento durante os anos de 1843 e 1844. Ele hesitou até 1831, antes que começasse a anunciar suas descobertas. O início do movimento adventista na América do Norte pode ser marcado a partir da primeira pregação pública de Miller. Nos meses e anos que se seguiram, cerca de cem mil pessoas passaram a crer na iminência da segunda vinda de Cristo, e por volta de um milhão tiveram contato com essa mensagem. Para ter uma ideia do alcance desse reavivamento religioso, basta ter em mente que a população norte-americana na época era de 17 milhões de habitantes.

Miller viveu por vários anos após o grande desapontamento de 22 de outubro de 1844 (leia mais sobre isso aqui). Dormiu em Cristo em 1849. Uma pequena capela se encontra próxima a sua residência, em Low Hampton, Nova York, construída por Miller antes de ele morrer. Apesar dos equívocos a respeito do evento que estava para acontecer em 1844, Deus o usou para despertar o mundo para a proximidade do fim e preparar os pecadores para o tempo do juízo.

No dia 22 de outubro de 2014, exatos 170 anos depois do grande desapontamento, um grupo de cinco editores da Casa Publicadora Brasileira, um da Casa Editora Sudamericana (na Argentina) e o diretor associado do White Estate, Dr. Alberto Timm, visitaram o lugar em que um grupo de adventistas aguardou ansiosamente o encontro com Jesus em 1844. Esse dia especial para os viajantes do século 21 marcou o início de uma excursão inspiradora cujo objetivo é seguir os passos dos pioneiros.

Foi realmente inspirador orar sobre aquela rocha em que os mileritas aguardaram a vinda de seu Senhor. Foi marcante entrar na casa de Miller, ver sua mesa de estudos e, depois, visitar o cemitério no qual esse grande pregador está sepultado ao lado da esposa Lucy. Ellen White diz que um anjo guarda o túmulo de Miller. E o local é solene.

Deixamos a fazenda em Whitehall, Nova York, e rumamos para Washington, New Hampshire, a 149 km dali, a fim de conhecer a primeira igreja de adventistas guardadores do sábado. Ao lado do pequeno de templo de madeira está a sepultura de Rachel Oaks, a mulher que convenceu o pastor daquela comunidade de que o sábado é o verdadeiro dia do Senhor.

De Washington, fomos para New Bedford, Massachusetts (mais 251 km), onde planejamos visitar lugares relacionados ao pioneiro José Bates. 


Michelson Borges


Casa de Guilherme Miller, em Whitehall

Residência mantida pela IASD nos EUA

Mesa de estudos de Miller

Grupo de editores na Rocha da Ascensão: 170 anos depois


Conheça mais sobre a história da igreja no link a baixo
http://www.adventistas.org/pt/institucional/os-adventistas/historia-da-igreja-adventista/