sábado, 29 de dezembro de 2012

A Lei de Deus



Onde surgiu a Lei?
Esta pergunta simples é de vital importância para a compreensão da Salvação e da função da graça de Cristo. Alguns erroneamente pensam que a Lei e os Dez mandamentos, surgiram com Moisés no monte Sinai.
A Lei sempre existiu
A Lei, seja ela resumida em dez preceitos (Êxodo 20:3-17) ou em apenas dois (Marcos 12:29-31), existe desde antes da criação do nosso mundo, ou melhor, antes da criação do universo, ou ainda, existe desde a eternidade. E, como nós sabemos, a Lei é baseada no caráter de Deus, é a Lei do Amor.
A mesma Lei, que regeu a vida dos anjos, criaturas de Deus, rege hoje o homem e regerá no futuro a vida dos salvos pela eternidade.
A Lei é a representação do caráter de Deus
A Lei é a própria representação do caráter de Deus. A Lei sempre existiu e foi dada ao homem muito antes de Moisés. O primeiro homem a conhecê-la aqui neste mundo foi Adão. Foi ele que conheceu de perto ao nosso Criador. Foi ele o primeiro que ouviu do eterno amor de Deus, sobre a importância de cuidar de suas obras, sobre a importância de honrá-lo com um dia especial de guarda, sobre a importância de ser fiel à sua esposa, sobre a importância de ter Deus em primeiro lugar.
Se você ler os dois primeiros capítulos de Gênesis e depois Êxodo capítulo 20, você verá claramente a mesma Lei de Deus exposta de diferentes maneiras, embora com um só significado.
Nosso Deus é um Deus de ordem, um Deus perfeito; e todas as suas obras são feitas com perfeição e harmonia. O mesmo Universo, criado por Deus, há não sei quantos zilhões de anos atrás, continua funcionando como um máquina perfeita; as estrelas nascem, passam por todos os seus processos e morrem. Sua matéria restante se transforma em nebulosas que, por sua vez, dão origem a outras estrelas, e assim por diante.
As Leis do universo são imutáveis.
Nosso Deus é imutável e suas Leis também.
“Porque Eu, o Senhor, não mudo….”  Mal.3:6
“Toda boa dádiva e todo dom perfeito são lá do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não pode existir variação ou sombra de mudança.” Tiago 1:17
Nosso Deus não é igual aos deuses mitológicos que mudavam de humor de acordo com a oferenda a eles oferecida. Muito pelo contrário, Ele é um Deus fiel e justo.
Como confiaríamos em um Deus que não fosse assim? Como confiaríamos em um Deus que mudasse as regras quando bem lhe aprouvesse?
A Lei de Deus sempre existiu.
Nunca foi e nunca será mudada, pois ela representa o caráter de um Deus imutável. Adão e Eva foram tirados do Jardim por desobedecerem a Lei de Deus. Caim foi rejeitado por não tê-la obedecido. Noé foi achado justo perante a Lei de Deus.
Era a Lei que fazia a distinção entre os Filhos de Deus e os Filhos dos homens na era antediluviana. O patriarca Abrãao viveu segundo a Lei de Deus. Foi assim com Isaque, Jacó, José e tantos outros.
No princípio, a Lei não foi escrita
Outro ponto a ser analisado é que a Lei, no princípio, não foi escrita. Não havia esta necessidade. Nossos primeiros pais viviam em contato direto com Deus. Os preceitos eram passados de pai para filho oralmente.
A Lei foi escrita somente no Sinai com o objetivo de lembrar ao povo de Deus aquilo que eles haviam esquecido durante os 400 anos de escravidão. Durante todas as épocas houve sempre alguém que manteve vivos os Preceitos Divinos, até mesmo quando o povo de Israel se afastou de Deus. Havia necessidade de relembrar a Lei.
A Lei é tão importante, que foi diferenciada do resto dos preceitos dados por Deus.
A Lei de Deus difere dos preceitos humanos. A Lei diferia tanto dos preceitos humanos que foi colocada em lugar diferenciado: na Arca da Aliança.
“ E porás na arca o Testemunho, que eu te darei.” Êxodo 25.16
Ela foi separada do resto dos preceitos e das Leis cerimoniais de Israel. Os 40 anos de Israel no deserto constituíram uma grande escola, onde todos os preceitos de saúde, de convivência justa e de amor foram ensinados. O próprio santuário no deserto foi colocado para que, através de seus simbolismos, os homens de Israel entendessem o plano de salvação que era tão claro nas vidas de Adão, Noé e Abraão.
Deus resumiu em Êxodo 20 tudo aquilo que sempre existiu no céu:
O amor a Deus acima de todas as coisas,
e o respeito e amor ao próximo, seja ele um ser humano ou um anjo.
Se você ainda tem dúvidas, veja por este lado. Só há pecado se houver Lei.
“Todo aquele que pratica pecado também transgride a Lei: porque o pecado é a transgressão da Lei.” I João 3.4
Seguindo este raciocínio lógico, chegamos às seguintes conclusões:
• Se Lúcifer pecou no céu, então havia Lei no céu.
 Ele se colocou acima de Deus.
• Se Adão pecou, era porque havia Lei no Éden.
• Ele colocou sua mulher e o desejo de conhecimento acima de Deus.
• Se Caim foi condenado, era por que a Lei continuava valida depois da saída de seus pais do Paraíso. E assim por diante.
Não existe justiça sem que haja alguma Lei.
Se não houver um padrão de atitudes, não há como diferenciar o “certo” do “errado”.
Como Deus poderia ter expulso Adão e Eva do Paraíso, sem que houvesse uma Lei a ser transgredida?
Como punir os antediluvianos, por suas ações imorais?
Como destruir Sodoma e Gomorra, se não houvesse Lei?
Adão, Caim, Abraão, Moisés,… todos pecaram. Pecaram porque havia Lei.
E, uma vez que nosso Deus e seu caráter são imutáveis, a mesma Lei, que os condenou, também nos condena hoje.
A mesma fé e graça, que os salvaram, são a mesma fé e graça que nos salvam hoje.
O Plano da Salvação é um só.
É um só, desde a criação do mundo até o final dos tempos. Jesus já havia se proposto a morrer por todos os pecadores quando ainda estava no céu. Morrer por todos. Antes e depois da sua vinda.
“ …aqueles, cujos nomes não foram escritos no livro do Cordeiro, que foi morto desde a fundação do mundo.” Apoc. 13:8
Adão perdeu o Jardim do Éden, mas não perdeu a fé em um Salvador vindouro. A sua salvação veio pela fé, que ele tinha no Messias que viria. E não foi só ele.
“Não foi por intermédio da Lei que, a Abraão ou à sua descendência, coube a promessa de ser herdeiro do mundo, e, sim, mediante a justiça da fé.” Rom. 4:13
E, assim por diante, poderíamos citar dezenas de exemplos bíblicos de pessoas que foram salvas pela sua fé, e não pelas suas obras.
O Plano de Salvação é este.
É, sempre foi, e sempre será, até a volta de Cristo Jesus. O Plano de Salvação é o mesmo. A Lei, que revela o caráter de Deus, também é a mesma.
Pergunta:
Se sou salvo pela Graça, por que tenho que guardar a Lei?
Resposta:
Você não tem que guardar a Lei para ser salvo, mas guardará a Lei porque já é salvo e liberto por Jesus Cristo.
Leia os seguintes versos:
“Porque Deus amou ao mundo, de tal maneira, que deu seu Filho unigênito para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.” João 3:16
“Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isso não vem de vós; é dom de Deus.”Efésios 2:8
“De maneira que a Lei nos serviu de aio para nos conduzir a Cristo, a fim de que fôssemos justificados por fé.” Gálatas 3.24
Crendo em Cristo e na sua morte por nossos pecados, não dependemos mais dos nosso próprios esforços para buscar a salvação. Se assim fosse, estaríamos todos perdidos, pois nenhum homem foi jamais capaz de guardar a Lei durante toda sua vida, exceto Jesus Cristo, o Nazareno. Sendo assim,todos estaríamos condenados. Não só nós como também todos que viveram antes de nós, inclusive Abraão e Moisés.
Bem, vamos relembrar o que já vimos:
• Para sermos salvos, precisamos estar perdidos;
• se estamos perdidos, é porque nós pecamos;
• se nós pecamos, é porque existe Lei.
• A mesma Lei, que sempre existiu.
“…porque a Lei suscita a ira; mas onde não há Lei, também não há transgressão.”Rom. 4:15
Então você pergunta de novo:
Muito bem, se, para sermos salvos, não precisamos da Lei, então, para que serve a Lei?
Os versículos já nos disseram. A Lei nos serve de aio, de guia para nos mostrar a diferença entre o certo e o errado.
Se somos do pecado, somos condenados pela Lei. Se somos salvos em Cristo, pela fé,somos aprovados pela Lei.
A Lei mostra, para aquele que escolheu seguir a Cristo, qual deve ser o seu verdadeiro proceder em relação ao Pai: O que Lhe agrada, e quais são Seu planos de vida para nós.
Digo novamente: Não temos que guardar a Lei para sermos salvos. Nós a guardamos, porque amamos ao Deus que nos salvou.
Jesus disse:
“Se me amais, guardareis os meus mandamentos.” S. João 14:15
Ele não disse o contrário. Já imaginou uma pessoa dizer que ama a Cristo e continuar roubando, matando, desonrando seus pais, traindo sua mulher, e fazendo tudo aquilo que a Lei diz que é ofensa a Deus?
Imagine uma pessoa dizer que ama a Deus e cometer atrocidades para com o próprio corpo, que a Bíblia chama de templo do Espirito Santo. (I Cor. 6:19 ).
Não é necessário pensar muito, para descobrirmos qual é a função da Lei. Se, verdadeiramente, amamos a Deus, procuramos fazer a Sua vontade acima da nossa, pois Ele deu a sua vida por nós.
Peter P. Goldschmidt

sábado, 22 de dezembro de 2012

Em Busca da Maturidade Cristã


A águia empurra, gentilmente, seus filhos para a beira do ninho. Seu coração maternal se acelera com as emoções conflitantes – ao mesmo tempo em que ela sente a resistência dos filhotes aos seus persistentes cutucões: “Por que a emoção de voar tem que começar com o medo de cair?”, ela pensou. Esta questão secular ainda não estava respondida para ela.
Como manda a tradição da espécie, o ninho estava localizado bem no alto de um pico rochoso, nas fendas protetoras de um dos lados dessa rocha. Abaixo dele, somente o abismo e o ar para sustentar as asas dos filhos. “E se justamente agora isto não funcionar?”, ela pensou.
Apesar do medo a águia sabia que aquele era o momento. Sua missão maternal estava prestes a se completar, restava uma tarefa final: o empurrão. A águia tomou-se de coragem que vinha de sua sabedoria interior. “Enquanto os filhotes não descobrirem suas asas, não haverá propósito para sua vida. Enquanto eles não aprenderem a voar, não compreenderão o privilégio que é nascer uma águia”, ela pensou.
Portanto, o empurrão era o maior presente que ela podia oferecer-lhes. Era seu supremo ato de amor. E então, um a um, ela os precipitou para o abismo... e eles voaram!
 MATURIDADE: CONCEITO
A palavra “maturidade” é um substantivo abstrato, que nomeia uma condição de aptidão para um fim. Uma coisa que tem essa condição está madura, pronta. Alcançar a maturidade pessoal deve ser um alvo natural que o indivíduo tem para se completar, naquilo que foi deixado ao seu arbítrio realizar para finalizar o seu projeto de vida (Rubens Queiroz Cobra).      
 MATURIDADE E A FILOSOFIA CRIACIONISTA
O pensamento criacionista considera a Bíblia como fonte da auto-revelação de Deus e tem como fundamentos: a) A existência de um Deus que criou o Universo perfeito e o ser humano à Sua imagem com livre-arbítrio; b) O surgimento do pecado a partir da rebelião de Lúcifer no Céu advinda para a Terra como conseqüência da queda do homem ao participar da rebelião de Lúcifer, com dano parcial da imagem de Deus; c) A inabilidade inerente do ser humano de restaurar a própria natureza sem o auxílio divino; d) A iniciativa de Deus para a restauração do ser humano através do nascimento, vida, morte e ressurreição de Jesus Cristo; e) A ação do Espírito Santo no plano da restauração da imagem de Deus na humanidade.
 A maturidade, na concepção criacionista, é a restauração redentora do Espírito na vida do indivíduo em seus aspectos físico, intelectual, social e espiritual. A maturidade faz parte de um processo no qual não pode haver queima de etapas. “Disse ainda: O reino de Deus é assim como se um homem lançasse a semente à terra; depois, dormisse e se levantasse, de noite e de dia, e a semente germinasse e crescesse, não sabendo ele como. A terra por si mesma frutifica: primeiro a erva, depois, a espiga, e, por fim, o grão cheio na espiga. E, quando o fruto já está maduro, logo se lhe mete a foice, porque é chegada a ceifa” (Mc 4:26-29).
 O MODELO DE MATURIDADE
“E crescia Jesus em sabedoria, estatura e graça, diante de Deus e dos homens” (Lc 2:52). “E crescia Jesus em sabedoria...” Os anos da infância, adolescência e juventude de Cristo foram anos de um desenvolvimento harmonioso de Suas faculdades. A meta, o objetivo do Espírito Santo era que Jesus [e também era Seu objetivo] refletisse perfeitamente o caráter de Seu Pai celestial. Nele estava agora a humanidade perfeita, restaurada à imagem de Deus.
 “...Em sabedoria...” Do grego sofia – sabedoria, entendimento, prudência. Nesta palavra estão compreendidas as capacidades mentais ou intelectuais mais elevadas. Aqui se fala de excelência mental em seu sentido mais elevado e mais amplo. Sofianão só compreende o conhecimento, mas, também, a capacidade do juízo para a aplicação desse conhecimento nas circunstâncias e nas situações que a vida nos apresenta! Todo ser humano pode crescer à semelhança de Jesus.
 “... E crescia Jesus em estatura...” Jesus viveu em harmonia com as leis de saúde da Bíblia, das quais Ele era o próprio Autor, ingerindo alimentos e bebidas adequados. O exercício físico fez parte de Suas atividades na carpintaria da família, onde não só aprendeu o ofício de carpinteiro como também assumiu a gerência da mesma quando José, Seu pai adotivo, faleceu. É de bom alvitre, o trabalho não era elétrico ou automatizado, pelo contrário, era grosseiro e exigia muito esforço físico. Essas atividades O prepararam para levar Suas próprias cargas da vida!
 “... E crescia Jesus em graça para com Deus...” Desde que começou a raciocinar, Jesus cresceu constantemente em graça espiritual e no conhecimento da verdade. Maria, Sua mãe, foi Sua única professora que, possivelmente, falava o aramaico e o hebraico. Havia escola de teologia em Jerusalém, mas o Espírito Santo não permitiu que para lá fosse enviado, porque os seus ensinamentos estavam adulterados.
 Crescia em força moral e no entendimento ao passar longas horas em meio à Natureza, principalmente durante as primeiras horas da manhã, meditando, esquadrinhando as Escrituras e buscando a Deus em oração. Em Nazaré, conhecida por sua maldade e geração perversa, Jesus esteve sempre exposto à tentação, mas permaneceu em todo o tempo como o lírio no meio da podridão!
 “... E crescia Jesus em graça para com os homens...” Com respeito à Sua personalidade, Ele era “o mais distinguido entre dez mil” (Ct 5:10). Jesus Se sobressaia por ter um caráter amável, uma paciência imperturbável, pela graça da cortesia desinteressada, pela alegria, pelo tato, pela simpatia, pela empatia, pela ternura, pela modéstia, pelo altruísmo... Cumpria fielmente os deveres de filho, de irmão, amigo e cidadão.
 A perfeita maturidade de todas as faculdades de Jesus, da infância à idade adulta, talvez seja o feito mais admirável de toda a Sua vida. Assombra toda a nossa imaginação. “Não deveis, pois, olhar para vós mesmos, que o pensamento demore em Seu amor, na formosura e perfeição de Seu caráter. Cristo em Sua abnegação, Cristo em Sua humilhação, Cristo em Sua pureza e santidade, Cristo em Seu incomparável amor – este é o tema para a contemplação da alma. É amando-O, imitando-O, confiando inteiramente nEle, que haveis de ser transformados na Sua semelhança” (Ellen G. White, Caminho a Cristo, p. 70, 71).
 À MEDIDA DA ESTATURA DA PLENITUDE DE CRISTO
“Até que todos cheguemos à unidade da fé e do pleno conhecimento do Filho de Deus, à perfeita varonilidade, à medida da estatura da plenitude de Cristo” (Ef 4:13).  Os cristãos, que formam o corpo de Cristo (ou seja, Sua Igreja), não podem ser estáticos, acomodados, uma vez que o Espírito Santo reina no seu interior (Rm 8:9), estarão sempre em processo de mudança. “Cristo amou a igreja, e a Si mesmo Se entregou por ela, para que a santificasse, tendo-a purificado por meio da lavagem de água pela palavra, para apresentar a Si mesmo igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, porém santa e sem defeito” (Ef 5:25-27). Essa transformação é o verdadeiro Pentecostes íntimo, pessoal.
 “O mesmo Deus da paz vos santifique em tudo; e o vosso espírito, alma e corpo sejam conservados íntegros e irrepreensíveis na vinda de nosso  Senhor Jesus Cristo” (1Ts 5:23). Somente o Criador pode empreender a obra de transformar nossa vida, porém, Ele não o faz sem a nossa participação. Temos de colocar-nos a nós mesmos sob a influência da obra do Espírito, e podemos alcançar isso mediante à contemplação dAquele que é o nosso Salvador. A obra do Espírito Santo inclui a revelação de Cristo e a restauração, em nós, da imagem de Deus.
 “O Espírito Santo traz para dentro de nós o ‘Está consumado ‘ do Calvário, aplicando a nós a experiência única da aceitação que Deus faz da humanidade. Este ‘está consumado’, pronunciado na cruz, coloca em xeque todas as outras tentativas humanas de se obter aceitação. Ao administrar o Crucificado ao nosso íntimo, o Espírito traz a única base para nossa aceitação de Deus, providenciando o único título genuíno e válido para a salvação que nos está disponível” (Nisto Cremos, p. 186).
 PASTOR VAGNER ALVES FERREIRA
JUBILADO – ASSOCIAÇÃO NORTE PARANAENSE/IASD

domingo, 16 de dezembro de 2012

Governo russo se mobiliza para desmentir fim do mundo



Detentas de uma prisão perto da fronteira com a China teriam passado por uma “psicose coletiva” tão intensa que um padre teve de ser chamado para acalmá-las. Em uma fábrica no leste de Moscou, cidadãos em pânico limparam prateleiras de fósforos, querosene, açúcar e velas. Um imenso portal de estilo maia está sendo erguido – com gelo – na rua Karl Marx, em Chelyabinsk. Para os que não conhecem a profecia New Age, há rumores de que o mundo irá acabar em 21 de dezembro de 2012, quando um ciclo de 5.125 anos conhecido como Contagem Longa, no calendário maia, irá supostamente acabar. A Rússia, um país com uma inclinação para o pensamento místico, está atenta.

Na semana passada, o governo russo decidiu colocar um fim nessa conversa de Juízo Final. Seu ministério de situações emergenciais afirmou [na] sexta-feira que teve acesso a “métodos de monitoramento do que está acontecendo no planeta Terra” e que podia afirmar, com certeza, que o mundo não vai acabar em dezembro.

Admitiu, entretanto, que os russos continuam vulneráveis a “nevascas, tempestades de neve, tornados, cheias, problemas de transporte e alimentação, além de falhas nos sistemas de aquecimento, eletricidade e água”.

Comunicados similares foram lançados nos últimos dias pelo chefe de medicina sanitária da Rússia, por um alto oficial da Igreja Ortodoxa Russa, por congressistas e por um ex-DJ da Sibéria que recentemente ganhou um programa de TV chamado “Batalha dos Videntes”. Uma autoridade propôs querussos que espalhem o boato sejam processados.

“Não dá para falar sem parar sobre o fim do mundo, e falo disso como médico”, afirma Leonid Ogul, membro da comissão de ambiente do Parlamento. “Cada um tem um sistema nervoso diferente, e esse tipo de dado os afeta de forma diferente. Informação age subconscientemente. Algumas pessoas são levadas ao riso, algumas a ataques cardíacos, e algumas a ações negativas.”

Na semana passada, vereadores de Moscou enviaram uma carta aos três principais canais da Rússia pedindo que eles parem de levar ao ar informações sobre a profecia.


Nota 1: Processos e censuras. À medida que os adventistas intensificarem sua pregação a respeito da volta de Jesus (e o verdadeiro fim do mundo), certamente também sofrerão esse tipo de pressão.[MB]

Nota 2: No artigo “O mundo assombrado pelos demônios”, Ulisses Capozzoli, editor da revista Scientific American Brasil, tratando dos famosos “fundamentalistas”, escreveu que, para esses (segundo ele), “Darwin é um embuste, os animais nasceram prontos, não houve e nem há qualquer evolução. Deus criou o Universo em uma semana e com isso toda a história está contada”. Eu poderia discutir (e refutar) cada uma das afirmações de Capozzoli, pois ele “força a barra” ao dizer que os criacionistas (sim, esses são os fundamentalistas dele) pensam assim. Mas isso não vem ao caso agora. O que me interessa, no contexto desta postagem, são os últimos dois parágrafos do artigo do jornalista:

“No sábado, 22 de dezembro, como ao longo das infinitas manhãs da Terra, quando mais uma vez o Sol elevar-se como uma rubra moeda incandescente no horizonte leste, aqueles que temeram algo tão tolo e imbecil quanto a ideia de um iminente fim do mundo talvez se ruborizem de constrangimento.

“Mas em pouco tempo a história cairá no esquecimento, como acontece com praticamente todas as histórias. Mesmo o esquecimento, no entanto, não apagará para homens mais lúcidos do futuro que, um dia, já na segunda década do século 21, boa parte da humanidade temeu pela sobrevivência da Terra por obra de um discutível calendário maia e a esperteza doentia de um grupo de farsantes em escala global.”

Como já escrevi anteriormente em algum lugar, com essa agitação em torno do 21/12 (e de outras datas no passado, como o ano 2000, por exemplo), o inimigo de Deus consegue matar dois coelhos com um engano só: (1) os que acreditam que o fim do mundo será nessa data acabam desapontados com o amanhecer do dia seguinte, marcam novas datas ou perdem a fé, e (2) os que não acreditam reafirmam sua descrença e consideram o tema “fim do mundo” digno de deboche.

Não é à toa que Jesus previu que Sua vinda seria como a do ladrão (inesperada) (1Ts 5:2), num mundo carente de fé (Lc 18:8) e com pessoas que estariam escarnecendo dos que creem que o mundo (este mundo) efetivamente terá fim (2Pe 3:9), mas não com um meteorito gigante, com aquecimento global, ou superbactérias. O mundo terá fim quando Deus puser o ponto final na história de pecado, após a volta de Jesus. E isso vai acontecer, creiamos ou não.

sábado, 8 de dezembro de 2012

O Quarto Mandamento



A prática do descanso semanal cria uma nova condição para a qualidade de vida e ajuda o profissional a recompor-se e buscar mais harmonia no retorno ao trabalho.
Dados recentes do IBGE revelam que a expectativa de vida do brasileiro é de quase 73 anos. Porém, estudo da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) revela que há um contingente de 32 milhões de brasileiros que vivem acima disso. Isso denota que as pessoas estão vivendo mais e é evidente que terão de trabalhar mais anos para se sustentar.
Imaginemos uma pessoa que trabalha de 10 a 12 horas por dia – sete dias por semana, possivelmente ela terá um prazo de longevidade menor e mesmo se atingir uma vida mais longa, certamente sofrerá as conseqüências por viver uma vida desregrada e frenética.
É importante as pessoas atingirem a longevidade com saúde plena e uma qualidade de vida satisfatória, ou seja, alcançar uma idade elevada desfrutando de saúde e bem-estar. Mas para isso ocorrer é preciso atentar para uma regra fundamental sintetizada numa frase que fiz há poucos anos e que foi contemplada em um concurso de Natal de um shopping, onde ganhei um lindo carro zero km. O tema era: “Espero que o ano novo…” Daí eu completei: “…não seja uma corrida, mas sim uma viagem que deve ser desfrutada a cada passo”.
O carro ficou um mês exposto no saguão principal do shopping e posteriormente quando fui retirá-lo e fazer algumas fotos para publicidade, alguém me confidenciou que os jurados estavam tão extenuados e estressados com a correria do dia-a-dia e de fim de ano – que a minha frase, entre milhares, veio ao encontro de suas necessidades.
Habitualmente, as pessoas reclamam que não tem tempo para nada e que estão demasiadamente estressadas com as pressões diárias que enfrentam tão frequentemente.
Se as pessoas em geral tivessem mantido a prática do descanso sabático, será que hoje poderiam estar livres desse estado de exaustão coletiva? Certamente que sim. Se se “desligassem” do mundo por um dia a cada sete, o descanso que conseguiriam se revelaria terapêutico o suficiente para se prolongar pelo resto da semana.
Houve um período em que trabalhei, no interior do estado de São Paulo, realizando auditoria financeira para uma determinada organização. Comumente viajava aos domingos a fim de fazer meu trabalho de revisão e objetivando atender um número de mais ou menos dez unidades, em média, a cada viagem programada.
Certa vez, cumprindo meu itinerário, quando cheguei à cidade onde atenderia, numa só unidade (regional), algumas unidades das cidades adjacentes, estacionei em frente ao local exatamente às 8:45h, como planejado. Calculara o tempo exato. Até aí tudo bem. Havia apenas um problema: não havia ninguém. Não porque eu estivesse adiantado, mas porque tinha ido para o local errado, ou seja, o lugar não pertencia a mesma organização da qual eu prestava meus serviços.
Segundo informações estava distante do lugar, e restava pouco tempo para encontrar o local exato, tendo em vista que havia me comprometido com duas das pessoas que estavam me aguardando atendê-las e dispensá-las até às 10:00h, pois deveriam retornar ainda na parte da manhã para suas cidades por causa de outros compromissos.
Finalmente, encontrei o local exato. Entretanto cheguei vinte minutos atrasado, é claro. Senti-me desconfortável e meu trabalho não se desenrolou exatamente como eu esperava.
Não havia deixado uma margem de tempo que fosse o suficiente para atender possíveis contingências e paguei por isso.
Em relação ao trabalho podemos dizer que o descanso é uma margem que aumenta a eficiência no trabalho e é um fato bem conhecido que tem sido demonstrado estatisticamente. Se as horas e dias de trabalho são aumentados indevidamente, a produção na realidade cai. Recessos, intervalos, dia semanal sem trabalho, feriados, são medidas designadas para aumentar a produção, mantendo-a no máximo de eficiência por um longo período de tempo.
Aquele que nos criou sabe que mesmo nosso desejo sincero de fazer o melhor pode levar-nos à intemperança e ao excesso. Consequentemente, Ele nos deu o quarto preceito do Decálogo como um mandamento de misericórdia. “Seis dias trabalharás”, diz Ele, “mas no sétimo dia não farás nenhum trabalho.” Êxodo 20: 9-10.
“Seis dias trabalharás”, diz o quarto mandamento. Esse é o tempo que lhe foi concedido. Trabalhe, lute e dê o melhor de si durante esse tempo. Mas tudo isso tem um limite – o sábado. Nesse dia, você deve descansar.
O sábado atua em relação à fadiga, cansaço e ansiedade. Ele provê uma terapia de significado através do descanso que traz. Não apenas os músculos cansados são refrigerados, mas também a mente cansada e o mundo cansado recebem o descanso. O dia de descanso estende um convite a encontrarmos o repouso necessário a fim de obtermos maior qualidade de vida e bem-estar.
Objetivando ilustrar este conceito podemos observar que como parte do processo de escrita, ao terminar de escrever um livro, é recomendável e necessário colocar o manuscrito de “molho”, a “repousar”, umas horas, de preferência três ou quatro dias, para que depois a própria pessoa que escreveu poder ler quase com os olhos de um leitor normal que desconhecia o texto. Esta medida é válida para observar se conseguiu manter o foco sobre o tema do livro, se organizou a estrutura do livro de forma concatenada e sentir se desenvolveu completamente o tema. Lê-lo logo a seguir a escrevê-lo é má prática, pois não se guarda a distância suficiente e não se consegue detectar os vícios de português e os pontos menos claros.
Este método ajuda o escritor a retomar a sua obra com maior potencial de análise, proporcionando olhos mais críticos e assim poder melhorá-la, caso necessário, justamente porque rompeu com uma contínua atividade que vinha desenvolvendo e caso não fizesse esta “ponte” não lograria maior êxito.
Embora muita gente se espante por se perder uma parte substancial do tempo de escrita com a revisão, o tempo que se gasta nessa tarefa raramente é demasiado. E é um tempo que não se pode gastar exatamente quando e como se quer.
Se com um texto ou um livro, é importante reservar um espaço de tempo para que haja uma adequada reparação, imagine com nossas vidas. Portanto, minha sugestão é: faça uma pausa, proponha-se uma autocrítica e uma auto-análise, avaliando o seu estilo de vida e como tem se dedicado ao trabalho. Pare e avalie a fim de colocar as coisas nos eixos.
“Lembra-te do dia de sábado, para o santificar. Seis dias trabalharás e farás toda a tua obra. Mas o sétimo dia é o sábado do Senhor, teu Deus; não farás nenhum trabalho, nem tu, nem o teu filho, nem a tua filha, nem o teu servo, nem a tua serva, nem o teu animal, nem o forasteiro das tuas portas para dentro; porque, em seis dias, fez o Senhor os céus e a terra, o mar e tudo o que neles há e, ao sétimo dia, descansou; por isso, o Senhor abençoou o dia de sábado e o santificou.” Êxodo 20:8-11.
*Alcides Ferri tem formação Superior em Recursos Humanos e Pós-Graduado em Gestão Estratégica de Pessoas. Experiência de 14 anos na área de Recursos Humanos. Experiência de 09 anos na área Administrativa/Financeira. Atuou nos segmentos de Construção Civil, Rede Educacional/Religiosa e Consultoria de RH. Participante ativo no CONARH – Congresso Nacional sobre Gestão de Pessoas, com projetos voltados para área de RH. Atualmente atua como Palestrante 

domingo, 2 de dezembro de 2012

Um conto de liberdade



 
“Posso não concordar com nenhuma das palavras que você diz, mas defenderei até a morte seu direito de dizê-la.” Françoise Voltaire

Era uma vez um garotinho que, sem querer, ficou famoso. Hollywood, de repente, era o lugar que podia chamar de “casa”. Talentoso, não demorou muito para ganhar dinheiro com a fama, e não havia nada ao alcance de sua imaginação que não pudesse alcançar com as mãos. Seus pezinhos logo se acostumaram aos tapetes vermelhos e ao glamour das luxuosas festas das celebridades.

O tempo passou e o garotinho cresceu. Os aplausos e as dezenas de guitarras empoeiradas no quarto não mais preenchiam seu tempo e seu coração. Em casa, seus pais viviam um inferno, e tudo o que ele queira era ficar longe de lá. Tornou-se amigo do álcool. Depois do tabaco. Maconha. E, por fim, cocaína. Na rua, o menino prodígio do show business não era mais reconhecido pelas pessoas. E quando era, preferia que fosse invisível. Percebia a repulsa naqueles olhares, e quase podia ler seus pensamentos: “Como ele chegou a esse ponto?”

Seu nome? Macaulay Culkin. Mas, com as devidas adaptações, esta poderia ser a história de Lindsay (Lohan)Amy (Winehouse), Britney (Spears), Heath (Ledger), Haley (Joel Osment), e tantos outros jovens talentos que não sobreviveram à televisão ou ao cinema.

Acontece que, entre tantos roteiros trágicos e previsíveis, um ator “atrevido”, aos 19 anos, abandonou os scripts tradicionais e resolveu criar seu próprio texto. Antevendo o que o destino lhe reservava, decidiu mudar a rota do show. “Ficou louco! Está sendo manipulado por uma igreja em busca de sua fortuna!”, é o que estão dizendo dele por aí. “Porque, certo mesmo, seria acabar-se como todos os seus iguais e morrer jovem, só para deixar um breve registro biográfico na Wikipedia, que, daqui a alguns dias, ninguém vai ler”, é o que eu vejo nas entrelinhas desse discurso dos “livres da religião”.

É engraçado como a provável (ou possível?) saída de Angus T. Jones do seriado “Two and a Half Men”, motivada por sua crença religiosa, cause tanta polêmica. Mas não faz mais de dois anos que o protagonista da série, o ator veterano Charlie Sheen, notório dependente químico, deixou o programa (inspirado e idealizado nele, diga-se de passagem) em virtude de problemas decorrentes do abuso de álcool, drogas e prostituição. Se Angus deixasse o seriado em circunstâncias semelhantes às de seu colega de trabalho, será que o público aceitaria a decisão com uma atitude menos agressiva? Seria mais aceitável o fim de uma carreira hollywoodiana em virtude da cocaína, em lugar da Bíblia?

A decisão de Jones, para os mais desavisados, pode parecer ilógica ou irracional, mas um olhar mais atento sobre o vídeo em que ele conta seu testemunho  será capaz de revelar que sua longa busca espiritual (ele costumava ir a três ou quatro cultos por domingo), à procura de um lugar que preenchesse o vazio em sua alma – que nem a maconha, que ele admite ter usado, foi capaz de suprir – só terminou quando ele entrou em uma igreja adventista do sétimo dia.

Ali, diferentemente do que muitos pensam (talvez por ignorância e desinformação), não houve interesse pela fortuna de Angus. Essa igreja não precisa do dinheiro de seus crentes. Ela já existe há mais de cem anos e se tornou a religião cristã que mais cresce no mundo em número de membros, sem o dízimo de nenhum milionário. Nenhum pastor adventista tornou-se mais rico ou pôde trocar de carro simplesmente porque o “Jake” de “Two and a Half Men” agora faz parte da comunidade. Na verdade, e para ser bem sincera, o único proveito que essa igreja poderá usufruir com a confissão espiritual desse ator é a influência que ele poderá exercer (e já está fazendo) sobre pessoas a quem a maioria de nós nunca teria acesso. A repercussão do discurso desse garoto e a coragem que ele teve de colocar em risco sua carreira e reputação valem muito mais do que seus milhares de dólares.

Por falar nisso, é interessante perceber que a mãe dele esteja, agora, preocupada com a possibilidade de Angus ser explorado por essa igreja. Afinal, utilizar o talento de uma criança a partir dos quatro anos de idade, submetendo-o ao estresse do ritmo da televisão, tolhendo-lhe a infância, a fim de fazer fortuna, não é exploração?

Ao analisar todos esses fatos, percebo como é espantoso o poder do preconceito. A sociedade impõe mudanças culturais e sociais todos os dias, e nos dá, como única opção, aceitá-las, sob o pretexto do fim da discriminação e da afirmação do direito inerente a todos os seres humanos, de exercer livremente suas escolhas, sem ser incomodado ou questionado quanto a elas. Ocorre que, no tocante ao direito à liberdade de crença, não se opera a mesma lógica. Opor-se ao senso comum e acreditar no sobrenatural, esperar pela restauração deste planeta e crer que a esperança para o futuro encontra-se tão somente no homem-Deus Jesus Cristo e na morte dEle na cruz, é ser alienado, “fraco”, manipulado, ou vítima de uma “lavagem cerebral”.

Portanto, se é para ser assim, muito prazer, meu nome é Loucura!

“Porque a loucura de Deus é mais sábia do que a sabedoria humana, e a fraqueza de Deus é mais forte do que a força do homem” (1Co 1:25).

(Bruna Mateus Rabelo dos Reis é advogada especialista em Direito Civil, bacharel em Direito pela Universidade Federal de Goiás

sábado, 1 de dezembro de 2012

É certo comemorar o Natal?


Quando chega esta época do ano, é comum surgirem algumas pessoas com dúvidas sobre se devemos ou não comemorar o Natal. Normalmente, estes irmãos têm receio em tomar parte de uma festa que é considerada como de origem pagã e blasfêma por alguns críticos.

Realmente, não há como dizer se Jesus nasceu em 25 de dezembro. E é quase certo que não tenha sido nesta data, em virtude de algumas "pistas" que são dadas no texto bíblico.

Já ouvi pessoas dizerem que não podemos comemorar o Natal porque ele foi criado para fazer reverência a deuses pagãos da Antigüidade, e até mesmo a árvore foi inventada para pendurar as cabeças dos cristãos, como aquelas bolas coloridas representam, segundo eles.

Porém...

Eu e você não comemoramos o Natal para adorar qualquer deus pagão; tampouco enfeitamos as árvores para representar nossos irmãos degolados do passado. Para nós, o Natal é o momento de encerrarmos o ano com um espírito mais fraterno e solidário, unindo nossas famílias em laços de amor.

Se as comemorações do Natal verdadeiramente surgiram com objetivos pouco nobres (o que parece ser mais lenda do que fato), isto não importa. O que vale é o espírito com que nós utilizamos esta data HOJE.

O mesmo ocorreu, por exemplo, com alguns hinos do nosso Hinário Adventista. Algumas composições que estão lá, e são cantadas para louvar a Deus centenas de vezes ao ano em nossos cultos, não foram criadas com o propósito de adoração litúrgica. Alguns eram cantados nos bares, ou são arranjos musicais de hinos nacionais, ou foram criados por pessoas que nunca guardaram os Mandamentos de Deus.

Devemos, também, deixar de usar o Hinário por causa disso? É claro que não!

Fato curioso também ocorreu com as GRAVATAS. Há quem diga que elas foram criadas para serem um símbolo "fálico", ou seja, uma representação homossexual do órgão viril masculino.

Devemos, também, deixar de usar gravatas por causa disso? É claro que não!

Tanto com relação ao Hinário, quanto às gravatas... e o Natal... mesmo que sua origem seja duvidosa (e até obscura), o fato é que HOJE nós não os utilizamos como meio de blasfêmia, luxúrias, diversão ou representações homossexuais.

Para finalizar este comentário, quero apresentar algumas declarações inspiradas dos Testemunhos sobre a comemoração do Natal. Veja como Ellen White até incentiva o uso das comemorações e representações natalinas.

Citações do Lar Adventista, págs. 477-483:

"Para os jovens, de idade imatura, e mesmo para os de mais idade, é este [o Natal] um período de alegria geral, de grande regozijo".

"Sendo que o dia 25 de dezembro é observado em comemoração do nascimento de Cristo, e sendo que as crianças têm sido instruídas por preceito e exemplo que este foi indubitavelmente um dia de alegria e regozijo, será difícil passar por alto este período sem lhe dar alguma atenção. Ele pode ser utilizado para um bom propósito".

"Pelo mundo os feriados são passados em frivolidades e extravagância, glutonaria e ostentação. ... Milhares de dólares serão gastos de modo pior do que se fossem lançados fora, no próximo Natal e Ano Novo, em condescendências desnecessárias. Mas temos o privilégio de afastar-nos dos costumes e práticas desta época degenerada; e em vez de gastar meios meramente na satisfação do apetite, ou com ornamentos desnecessários ou artigos de vestuário, podemos tornar as festividades vindouras uma ocasião para honrar e glorificar a Deus".

"Deus muito Se alegraria se no Natal cada igreja tivesse uma árvore de Natal sobre a qual pendurar ofertas, grandes e pequenas, para essas casas de culto. Têm chegado a nós cartas com a interrogação: Devemos ter árvores de Natal? Não seria isto acompanhar o mundo? Respondemos: Podeis fazê-lo à semelhança do mundo, se tiverdes disposição para isto, ou podeis fazê-lo muito diferente. Não há particular pecado em selecionar um fragrante pinheiro e pô-lo em nossas igrejas, mas o pecado está no motivo que induz à ação e no uso que é feito dos presentes postos na árvore".