domingo, 5 de março de 2017

Ovolacto vegetariano, lacto vegetariano ou vegano?


Pois finalmente me tornei vegano. Os últimos resultados do Estudo Adventista de Saúde II demonstraram que os veganos, ou  vegetarianos totais, os quais não consomem nenhum produto de origem animal, têm menor nível de colesterol, de LDL ou mau colesterol, de triglicerídeos, glucose, pressão arterial, peso, e maior nível do colesterol bom ou HDL quando comparados com todos os outros tipos de dieta comum entre os adventistas (ovolacto, lacto, pescovegetarianos e omnivoros).
Na última conferência do Colégio Americano da Medicina do Estilo de Vida (ACLM), esta tendência também foi confirmada. E mais, a dieta vegana  é capaz de reverter uma série de enfermidades relacionadas com o estilo de vida. O doutor Esselstyn, da Clinica Cleveland em Ohio, Estados Unidos, provou que e possível reabrir as artérias coronárias entupidas com placas de colesterol simplesmente adotando uma dieta exclusiva à base de vegetais (vegana). O doutor Ornish até foi mais à frente, pesquisando o efeito deste tipo de dieta na reversão e controle do câncer da próstata. O doutor Youngberg apresentou sua experiência na reversão da diabetes com o mesmo estilo de dieta associada com adequado exercício.
A dieta vegana é capaz de reverter casos novos de diabetes e reduzir o risco de complicações do diabético, como a retinopatia, a insuficiência renal, a cegueira e a doença coronariana. Em alguns casos, estas complicações podem até mesmo ser revertidas.
Na minha experiência prática como médico e nutricionista (agora tenho o título de nutricionista aqui nos Estados Unidos), sempre prescrevia esta dieta para pacientes com as doenças mencionadas acima. Por exemplo, quando era diretor da Clínica Adventista de São Roque, para quem tinha câncer, diabetes e problemas cardíacos, a dieta vegetariana total era sempre indicada.
Em Hong Kong, da mesma forma, prescrevíamos o regime vegetariano total usando os princípios do New Start (oito remédios) promovidos pelo Instituto Weymar, da Califórnia, Estados Unidos, os quais são vegetarianos rígidos. Tivemos vários casos de diabéticos que deixaram sua medicação e conseguiram controlar sua glicose somente com dieta, exercício e ervas medicinais.
Na minha experiência individual, fui vegano por alguns anos quando jovem, depois continuei vegetariano por vários anos. Na verdade, comecei a ser vegetariano aos 18 anos. Assim, são mais de 40 anos de vegetarianismo. Agora você pode também saber a minha idade.
Na minha família, temos uma epidemia de diabetes por parte de meu pai, o qual era diabético, perdeu sua visão, tinha uma polineuropatia gastrointestinal com diarreia crônica e acabou perdendo a vida numa cirurgia de amputação por causa de uma gangrena no pé. Tragédia total, não é mesmo? Desta forma, colocando todas as evidências na “mesa”, resolvi tirar dela os alimentos animais. Decidi voltar ao regime vegetariano total.
Penso que a decisão foi certa, mas tenho cuidado em aconselhar outros no mesmo sentido. Assim, se uma pessoa está com excesso de peso e risco aumentado de doenças metabólicas ou da syndrome metabolic (diabetes, colesterol, triglicerídeos, sobrepeso abdominal e pressão alta), o caminho é a dieta vegetariana total.
Porém, se não tiver condições de segui-la por razões financeiras ou mesmo por dificuldades em encontrar os alimentos para substituir os animais, siga um regime mais misturado, mais aumente o consumo de vegetais, frutas, nozes, grãos integrais, feijões e raízes.
Aqui em nossa clínica em Loma Linda temos um programa chamado Dieta do Prato Cheio, em que aconselhamos que a pessoa coma 40 gramas de fibra por dia, ou seja, entre a metade e ¾ de seu prato, em todas as refeições, deve ser constituído de alimentos vegetarianos fibrosos, na verdade, todos aqueles mencionados acima.
Portanto, amigo (a), é tempo de mudar, pelo menos para mim. Um conselho importante: não se torne um “vegatico” ou vegano misturado com fanático. Eu já fui vegatico e tive bons resultados com alguns pacientes e amigos, porém, sempre era visto como uma pessoa extremista em que tudo rodeava sobre alimentação e vegetarianismo. Seja estrito com você mesmo, mas tenha cuidado em pressionar outros a fazer mudanças alimentares. O exemplo fala mais alto e a amizade, o amor e a compaixão devem vir antes da “prescrição”.

Hildemar Santos

SAÚDE E ESPIRITUALIDADE

Como prevenir doenças e ter uma vida saudável.

sábado, 4 de março de 2017

Como ajudar alguém com pensamentos suicidas?

Quando a vida perde o sentido, o suicídio pode ser uma ameaça silenciosa. Como identificar a intenção de tirar a própria vida e o que fazer nesses casos.
Pessoas suicidam em momentos de desespero, ou seja, quando perdem a esperança. Alguns cometem suicídio devido a grave comprometimento mental, agudo ou crônico, como crise psicótica, surto por uso de drogas e crise moral-espiritual.
Ao lidar com pessoas que tentam suicídio, temos que diagnosticar o estado mental do indivíduo. É depressão grave? Reação a drogas? Surto psicótico? Violência espiritual? Ou é algo situacional, impulsivo, daquele momento de desespero, havendo em seguida o arrependimento? Se, ao passar por uma avaliação, a pessoa disser que tem ideias suicidas, ela não deve ficar sozinha em momento algum, até que o pensamento suicida lhe saia da cabeça. Além disso, o acompanhamento psiquiátrico deve começar de imediato.

No atendimento a um paciente deprimido grave, temos que avaliar o estado do pensamento suicida. Como? Olhando nos olhos da pessoa e perguntando:
  • Você tem pensado em morte, em acabar com sua vida, em se matar? Aí teremos, de modo geral, dois tipos de respostas:
  • Sim, penso em morte, mas penso no sentido de Deus me levar para me tirar do sofrimento.
Então, prosseguimos com outra pergunta:
  • Você pensou recentemente em se matar?
Geralmente, a pessoa que não tem supostamente risco suicida, nesse momento diz algo como:
  • Não, mas se Deus me levasse…
Nesse caso, vamos para uma pergunta mais direta, que em geral é conclusiva:
  • Numa hora de muita angústia, muito desespero, você teria coragem de se matar?
A pessoa com pequeno ou sem risco suicida, dirá:
  • Não, eu não teria coragem.
Outro tipo de resposta pode ser observado se ao você “pressionar” gradativamente com as perguntas, a pessoa tirar o olhar de você, ficar quieta por alguns segundos, e diante da sua pergunta final, se ela tem pensado em se matar, dirá (talvez depois de alguns segundos quieta e, quem sabe, chorando, ou com uma face muito consternada):
  • Sim, tenho pensado em me matar.
A próxima pergunta, então, será:
  • Que forma de suicídio você tem pensado em praticar? Já falou com alguém sobre o assunto?
Isso ajuda a pessoa a colocar para fora a ideia e, ao falar com alguém (profissional ou não) sobre isso, abre uma porta para receber ajuda. No fundo, o suicida não quer morrer, mas não sabe como continuar a viver sem esperança. Temos que dar alguma esperança, a mais concreta possível. Frases clichês, do tipo “Deus ama você”, podem não funcionar nesse momento. Há momento para o conforto espiritual também, mas não na hora da crise e total desespero.
Temos que colher na história da pessoa algo positivo que sirva de “boia” para ela se agarrar e voltar a ter esperança, ou a sair da desesperança. Algumas possibilidades de apelo, nesse caso:
  • Falar que pessoas da família (cite nomes) ficariam traumatizadas e que o suicídio nunca mais sairia da cabeça delas.
  • Mostrar, no caso de ser mãe ou pai que pensa em suicídio, que os filhos precisam sim do seu apoio.
  • Falar que a mente dela, devido à depressão, está com alterações nos circuitos cerebrais e isso faz com que a avaliação da realidade esteja distorcida ou negativamente aumentada para pior e que, assim, as coisas podem não ser tão drásticas, ou, se são, a mente depois reage e se adapta.
  • Citar uma reportagem em que o repórter entrevistou várias pessoas que tentaram o suicídio e na “hora H” algo falhou (a bala não saiu do revólver, a queda não foi fatal, a corda arrebentou, etc.), explicando que o repórter, ao perguntar para o pretenso suicida o que passou na sua cabeça, a resposta era sempre a mesma: “Eu me arrependi!”, ou seja, há saída para o sofrimento!
Muitos continuaram vivos após tentativa de suicídio e aprenderam a lidar com a perda que os motivou a acabar com a vida. Isso é diferente de encontrar a saída para algumas perdas irreparáveis como o rompimento do casamento, a morte de um filho, a perda trágica de um ente querido, etc.
Podemos, então, concluir dizendo à pessoa coisas como:
  • Você deve procurar alguém, telefonando, visitando, indo à casa da pessoa, saindo para a rua na hora do pensamento suicida. Telefone para mim a qualquer hora (dê seu número de contato). Não fique sozinho em casa. Faça oração, abrindo o coração a Deus e dizendo a Ele o que está sentindo, crendo que ele escuta a sua prece. Lembre-se do que conversamos e creia com esperança que tudo vai melhorar (você deve repetir o que foi falado de positivo diante do problema). Lembre-se de que esses pensamentos suicidas são frutos de circuitos cerebrais em ondas e que isso vai passar.
Além disso, você deve procurar um amigo ou parente dessa pessoa (a que está tendo pensamentos suicidas) e avisar sobre o risco do atentado contra a própria vida. Explique sobre a necessidade de monitoramento 24 horas por dia e reforce a necessidade de continuar com medicação antidepressiva e psicoterapia de apoio.
Texto do Psiquiatra Cesar Vasconcellos de Souza para a Revista Vida e Saúde

Ensine à criança o caminho em que deve andar


Luana ia à igreja adventista com a avó
A atriz Luana Piovani disse ontem em um vídeo no Instagram que, quando criança, frequentava a Igreja Adventista do Sétimo Dia com a avó, na cidade de Jaboticabal, SP. Disse também que guardava o sábado. “Eu sou evangélica. Fui criada sobre os preceitos da Igreja Adventista do Sétimo Dia. A minha avó era fervorosa. Nós íamos ao culto em Jaboticabal e era maravilhoso. Final de semana, eu ficava na salinha com as crianças, e a gente tinha aula de evangelho e teatrinho. E nos dias de semana eu ia ao culto com a minha avó”, conta ela, e completa: “Deus é amor.” Ela disse também que devolvia o dízimo e dava ofertas para a igreja. “Quando eu comecei a trabalhar, aos 14 anos, eu mandava dízimo para a minha igreja. Eu dava bem pouquinho, ganhava pouquinho, e quando eu visitava a igreja, eu via o retorno, uma pintura nova, um bebedouro novo, um filtro novo...”

No mesmo vídeo ela critica líderes religiosos que lidam de maneira irresponsável com o dinheiro dos fiéis: “E você acha que as pessoas ficam milionárias como, gente? Que Deus manda sacola de dinheiro para a porta delas? Não! É o dízimo exagerado e extorquido que eles exigem das pessoas com a lavagem cerebral. Mas só para deixar claro: existem muitos pastores evangélicos que não fazem parte disso. Como em todos os lugares, existe sempre uma banda podre.”

As palavras de Luana fazem pensar no texto de Provérbios 22:6, segundo o qual devemos ensinar à criança o caminho em que ela deve andar, pois, mesmo quando crescer, ela não se desviará dele. Luana não pertence à Igreja Adventista, mas note como os ensinamentos que ela recebeu na infância e o exemplo da avó adventista falam alto ainda hoje. São lembranças que a acompanham e um bom testemunho que a faz diferenciar uma igreja séria das lideradas por “lobos em pele de ovelha”, ou “banda podre”, como ela disse.

Comparando a maneira como três veículos de comunicação noticiaram as declarações de Luana, pude constatar mais uma vez algo lamentável na imprensa que se preocupa demais em atrair leitores, custe o que custar: a manipulação somada ao sensacionalismo.

O portal Terra estampou o título: “Evangélica, Piovani conta que dava o dízimo e critica pastores.” Se só tivesse lido essa chamada, o que você seria levado a concluir? Que a atriz “dava” o dízimo para os mesmos pastores que criticou, o que é falso. Ela disse que devolvia o dízimo feliz na Igreja Adventista justamente por ver que o dinheiro era bem empregado. Os líderes religiosos que ela criticou são os da “banda podre”, com a ressalva de que nem todos os pastores são desse tipo.

Observatório da Televisão publicou: “Luana Piovani revela que é evangélica e afirma: ‘Realmente existe uma banda podre.’” Menos pior que o Terra, mas ainda focalizando o assunto da “banda podre”, dando a impressão de que o vídeo de Luana se trata de uma espécie de denúncia de quem esteve no “lado de lá”, quando, na verdade, a tônica do vídeo é mais positiva do que negativa.

Já o Extra embolou ainda mais: “Luana Piovani revela que é evangélica e que dava dízimo para igreja: ‘Deus é amor.’” Não fica a impressão de que ela “dava” o dízimo para a igreja Deus é Amor?

Como a mídia secular via de regra procura criticar as igrejas evangélicas, os três veículos acima dão destaque ao aspecto negativo da fala da atriz, usam também de maneira negativa algo que ela falou de forma elogiosa (o uso do dízimo pela Igreja Adventista) e tentam reforçar um estereótipo fazendo a atriz dizer o que ela não disse: que todas as igrejas evangélicas extorquem seus membros.

Mas vamos ficar com o que é bom; com a lição que podemos extrair de tudo isso: é importante tratar bem todas as pessoas que vêm às nossas igrejas; tratar com carinho e respeito as crianças e procurar ensinar-lhes com dedicação as verdades da Bíblia. Devemos crer que, ainda que essas pessoas não se tornem membros da igreja, os ensinamentos que tiverem recebido as acompanharão por toda a vida, como sementes plantadas em terra fértil e que um dia, não sabemos como nem quando, hão de germinar.

Como cristãos, devemos sempre permitir que Deus atue na vida das pessoas e não nos preocupar tanto em rotular se elas pertencem à igreja a, b ou c. Devemos orar mais e rotular menos. 

Como disse a Luana acertadamente: Deus é amor. [MB]

Fonte: site Criacionismo

sábado, 18 de fevereiro de 2017

Carnaval gospel tem “abadeus” e até cover de Mamonas


Cadê a linha divisória?
Dá para ser evangélico e curtir o Carnaval? Igrejas mais tradicionais costumam chiar. A praxe, afinal, é enviar seus fiéis para retiros bem afastados dos pecados da carne purpurinada. Outras aproveitam a multidão para pregar a palavra – caso de uma igreja metodista carioca que já estendeu na fachada um cartaz para os foliões do bloco Sovaco de Cristo, no Jardim Botânico, bairro aos pés do Cristo Redentor: “Não fique só no sovaco! Conheça Cristo por inteiro!” A Bola de Neve Church preferiu cair no samba. No domingo (12), levou à sua sede de Guarulhos (SP) a Batucada Abençoada, bateria da igreja famosa por usar pranchas de surf como púlpito. Com abadás à venda por R$ 30 (dinheiro) ou R$ 35 (cartão), dezenas de fiéis entoam adaptações evangelizadoras de sambas e também de hits pop. Em “Pelados em Santos”, do Mamonas Assassinas, não é mais a mina do corpão violão que enlouquece o cara. “Jesus me deixa doidããããão”, diz o refrão reformulado.

Há também versão para “Seven Nation Army”, o rock do White Stripes que virou hino de torcidas organizadas. É delas que vieram 80% dos batuqueiros da Bola, calcula o corintiano Rodney Lopez, 35. Ele era da Gaviões da Fiel antes de se converter e entrar no primeiro time da bateria, em 2006. “Quando conheci Deus, algo fazia falta. Queria fazer o que fazia no mundo, mas dentro da igreja.”

O Carnaval evangélico, com muito batuque e zero álcool e azaração, ganha força nas ruas do país. Santos instituiu, via lei municipal de 2014, o Dia do Evangelismo de Carnaval Bola de Neve. Todo sábado desse feriado, a bateria da igreja percorre cerca de 10 km da orla santista. Atraiu em 2016, segundo o Corpo de Bombeiros, 18 mil pessoas.

A arena deste ano, no dia 25, terá food truck, palco com música eletrônica e 12 camarotes para 14 pessoas (R$ 3.000 cada espaço), diz o pastor Eric Viana, 40, idealizador da Batucada Abençoada. No sermão, brinca com a plateia: “Quem é solteiro aqui? Então compra logo dois [abadás]!” À Folha ele conta por que começou a bateria: não fazia sentido se isolar num retiro enquanto cidades eram tomadas por “toda a negatividade do Carnaval mundano”. Cita como reveses gravidez indesejada, motoristas alcoolizados, latinhas de cerveja na rua, namoros que terminam.

“A gente se sentiu bastante egoísta em viver a alegria de Deus refugiado disso tudo”, diz Viana, um ex-fã de cocaína e Iron Maiden que vendeu o cabelo comprido na Galeria do Rock, em São Paulo, para comprar um terno ao encontrar Jesus, 25 anos atrás. “Só depois percebi que a transformação não era por fora.” Ele agora combina jeans com blusa justa no muque e usa expressões como “os pastores são top mesmo”.

Salvador também tem seu bloco evangélico, organizado no Pelourinho pela Igreja Batista Missionária da Independência. Para 2017, a novidade é o funkeiro gospel Tonzão, do hit “Passinho do Abençoado” (“Invés de dançar igual homem / Ele deu uma reboladinha / Que isso, varão vigia / Ele vai pra igreja de olho nas irmãzinhas / Que isso, varão vigia”). [...]

Também convidados: o pagodeiro Waguinho, ex-Os Morenos, e Lázaro, ex-Olodum. No “abadeus” (abadá) do Sal da Terra, o mote: “Jesus é a nossa alegria.” No Rio, a Igreja Batista Atitude desfila o bloco Sou Cheio de Amor desde 2013, na orla do

Para igrejas mais tradicionais, unir fé e folia gera mais polêmica do que bênção. Olinda (PE), por exemplo, anunciou um polo gospel em seu Carnaval, um dos maiores do Brasil. Uma semana depois cancelou a novidade, a pedido dos próprios organizadores, que ficaram sob fogo amigo de colegas de credo.

A bancada evangélica da Assembleia Legislativa pernambucana não aprovou – o deputado estadual Adalto Santos (PSB) disse que conversaria com o prefeito (que é da mesma fé) sobre o “prejuízo espiritual” do evento.

Para o teólogo Marcelo Rebello, 44, “o cristão não pode ser um alienado”. E, uma vez no Carnaval, tem que prevalecer o bom senso: “O crente não tem que ir para o meio do povo e dizer que [os que bebem e se pegam] vão pro inferno.” Fora os “pecados da carne”, a festa “muito atrelada a candomblé e umbanda” também incomoda o segmento, diz Rebello, presidente da Associação Brasileira de Empresas e Profissionais Evangélicos. O crente, afirma, “serve a um Deus único”, e as múltiplas entidades (como os orixás) seriam uma afronta a evangélicos.

Em 2016, um dos patronos do Império Serrano declarou ao jornal O Dia que cairia fora se a escola de samba carioca apostasse num enredo ligado a religiões afrobrasileiras. “Já fui espírita e não tenho nada contra, mas me encontrei na palavra do Deus vivo. O dia em que o Império quiser falar sobre o espiritismo, cabe a mim querer ficar ou não. Mas certamente, eu não ficarei”, disse Rildo Seixas, da Igreja Batista.

Procurada pela Folha, a assessoria de imprensa da agremiação respondeu que “a determinação é para não falarmos mais nesse assunto, pois já causou muito mal-estar para a nossa comunidade”.


Nota: Quanto mais se afastam da Bíblia e do Deus da Bíblia, mais os cristãos perdem a noção da linha divisória entre o sagrado e o profano. Esquecem-se das palavras enfáticas de Paulo: “Não se ponham em jugo desigual com descrentes. Pois o que têm em comum a justiça e a maldade? Ou que comunhão pode ter a luz com as trevas? Que harmonia entre Cristo e Belial? Que há de comum entre o crente e o descrente? Que acordo há entre o templo de Deus e os ídolos? Pois somos santuário do Deus vivo. Como disse Deus: ‘Habitarei com eles e entre eles andarei; serei o seu Deus, e eles serão o Meu povo.’ Portanto, ‘saiam do meio deles e separem-se’, diz o Senhor. ‘Não toquem em coisas impuras, e Eu os receberei” (2 Coríntios 6:14-18). Jesus nos salva do pecado e não no pecado. Ele nos propõe uma nova forma de viver, muito superior à que antes tínhamos, e deseja que sejamos testemunhas vivas de que esse tipo de vida plena é a melhor, e que nossa vida de santidade atraia as pessoas até Ele. Se formos em tudo iguais aos que vivem sem Deus, que diferença haverá? Cristãos têm que ser sal da terra; têm que se misturar com as pessoas, mas de forma sábia, levando sua “atmosfera” até elas e não absorvendo a “atmosfera” em que elas vivem. Jesus vivia entre pecadores, mas, quando Ele chegava aos locais aonde ia, o ambiente mudava. Se os cristãos não forem capazes de mudar o mundo ao seu redor, tornam-se sal sem sabor. E o inimigo de Deus vence a batalha.
Fonte: site Criacionista