sábado, 30 de junho de 2012

Feliz Sábado!



“Também lhes dei os meus sábados, para servirem de sinal entre mim e eles, para que soubessem que eu sou o Senhor que os santifica.” (Ezequiel 20: 12)

Feliz Sábado! Essa é uma saudação exclusivamente Adventista. Mas será que todo Adventista reconhece tudo o que essa saudação quer dizer? Feliz Sábado é a manifestação pública de quem confia na Bíblia como Palavra de Deus. É a declaração oficial de um povo que tem fé. Para saudar dessa maneira precisamos estar convencidos de que o sábado é o memorial da criação.

Quando desejamos Feliz Sábado estamos admitindo: somos criacionistas. A criação transcorreu durante o período de um ciclo semanal, ou seja, uma semana de sete dias de 24 horas. Existe um Criador que se auto-revela em três pessoas. Jesus veio a essa Terra e declarou-se “Senhor do Sábado”. Morreu pela raça humana. Prometeu voltar e vai restaurar nosso mundo a condição original antes do pecado.

Quando desejamos Feliz Sábado estamos testemunhando em favor dos dez mandamentos. Reconhecemos que eles não foram abolidos e nem substituídos. Também reconhecemos que o sábado é uma aliança eterna e, conforme o profeta Isaías, será guardado após a segunda vinda de Jesus, durante o milênio e por toda a eternidade. “E será que, de uma Festa da Lua Nova à outra e de um sábado a outro, virá toda a carne a adorar perante mim, diz o Senhor. (Isaías 66: 23)

Quando desejamos Feliz Sábado estamos afirmando que fazemos parte do povo remanescente de Deus e que nossa missão é anunciar “Temei a Deus e dai-lhe glória, pois é chegada a hora do seu juízo; e adorai aquele que fez o céu, e a Terra, e o mar, e as fontes das águas. (Apocalipse 14: 7)

Quando desejamos Feliz Sábado estamos dizendo: Eu conheço a Deus. “Ora, sabemos que o temos conhecido por isso: se guardamos os seus mandamentos. Aquele que diz: Eu o conheço e não guarda os seus mandamentos é mentiroso, e nele não está a verdade.” I Jõao 2:3,4

Quando desejamos Feliz Sábado estamos testemunhando que permanecemos em Deus, e Deus em nós. “E aquele que guarda os seus mandamentos permanece em Deus, e Deus, nele.” I João 3:24

Quando desejamos feliz Sábado estamos dizendo: Eu “não amo o mundo nem as coisas que há no mundo. Se alguém amar o mundo, o amor do Pai não está nele; porque tudo que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não procede do Pai, mas procede do mundo.” I João 2:15,16

Da próxima vez que você desejar: Feliz Sábado! Lembre-se de que está admitindo: “Aqui está a perseverança dos santos, os que guardam os mandamentos de Deus e a fé em Jesus” Apocalipse 14: 12. Feliz Sábado! 

sexta-feira, 29 de junho de 2012

Amor ou paixão cega? Como diferenciá-los


Nancy Van Pelt

“Como posso saber se estou realmente amando?”, perguntou um leitor ao colunista de um jornal. E a resposta foi: “Se precisa perguntar, então não está amando.” A inadequação da resposta é aterradora, ainda assim muitos continuam pensando que quando o amor os acertar, ele será percebido! Na verdade, a coisa não é bem assim.
Estudos mostram que a maioria das pessoas tende a considerar os relacionamentos passados como paixões e o atual como amor verdadeiro. Outra pesquisa descobriu que a média das experiências de pessoas que vivem paixões é de seis a sete vezes, ao passo que as do amor verdadeiro é de uma a duas vezes. Você pode ter vivenciado muitos romances, mas o ponto é: Como pode afirmar se seu amor é verdadeiro ou apenas uma paixão efêmera?
Amor e paixão possuem sintomas similares
Amor e paixão possuem algo em comum - sentimentos fortes de afeição por alguém - o que complica a questão de perceber as diferenças, porquanto muitos dos sintomas se sobrepõem uns aos outros. A maioria das paixões arrebatadas e cegas pode conter uma porção de amor verdadeiro e o amor verdadeiro pode incluir muitos dos sintomas encontrados na paixão. Então, as diferenças entre amor e paixão são freqüentemente verificadas em grau, mais do que em definição. Portanto, devem-se examinar todas as evidências com extrema cautela.
Amor e paixão compartilham três sintomas: atração sexual, desejo de estar próximo e emoções fortes.
Atração sexual. A atração sexual pode estar presente sem o amor verdadeiro. É inteiramente possível, particularmente para o homem, ter um forte desejo sexual por uma mulher que ele antes não conhecia. Abraçar e acariciar aumenta a urgência dos sentimentos eróticos até que o sexo domine a relação. A paixão, por si só, não é indicação de amor verdadeiro. A atração sexual pode ser tão importante na paixão quanto no amor verdadeiro, e às vezes pode ser até dominante. O amor deve estar baseado em mais do que atração sexual ou paixão cega.
Além disso, ninguém pode manter uma paixão por muito tempo e com tamanha intensidade, mesmo que jurem fazê-lo. Se todos os casais vão à procura de paixão, o relacionamento possivelmente terminará em poucos meses. Se um casal pretende chegar ao matrimônio baseando-se no ímpeto inicial da atração sexual, aprenderá que quando a paixão acabar, nada haverá que os mantenha unidos.
Desejo de proximidade. O desejo de proximidade pode tornar-se imprescindível tanto na paixão como no amor verdadeiro. Você pode desejar estar junto à pessoa amada o tempo todo, temendo o momento em que se apartará dela. Você pode sentir-se vazio e sozinho quando seu(sua) amado(a) não está com você, mas isso não é necessariamente uma indicação de amor verdadeiro. O desejo de estar próximo pode ser tão forte na paixão quanto no amor verdadeiro.
Emoções fortes. As pesquisas confirmam que experimentamos diferentes sintomas físicos no princípio da paixão. Sensações como caminhar nas nuvens quando tudo vai bem e sentir-se doente quando tudo vai mal; arrepios subindo e descendo pela coluna vertebral, incapacidade de concentração, dores no estômago ou dificuldade de comer, são sintomas muito comuns, mas as emoções fortes ocorrem tão freqüentemente na paixão quanto no amor verdadeiro, embora sentimentos inexplicáveis e emoções fortes indiquem mais a paixão. O amor verdadeiro abriga mais que uma mistura de sentimentos inexplicáveis, e se mantém após a diminuição das emoções fortes.
Se você está sozinho(a), entediado(a) ou tentando superar o rompimento de um romance, mostra-se mais vulnerável a interpretar um novo romance como amor verdadeiro, ainda que esse seja pouco mais que paixão. Se você é inseguro(a) ou possui baixa auto-estima, deve ficar alerta. Pessoas maduras, bem como aquelas que possuem elevada auto-estima, podem ser enganadas por uma paixão, mas têm mais chances de reconhecer a diferença entre o amor verdadeiro e a paixão.
Não fique com a impressão de que a paixão seja de todo ruim. Pode ser uma agradável e divertida experiência se reconhecê-la como tal - um curto interlúdio de uma fantasia romântica. Dando-se tempo suficiente, ela irá passar ou se desenvolverá num relacionamento verdadeiro que envolverá mais que um ímpeto de emoções. Lembre-se de que alguns relacionamentos que começam como paixão, desenvolvem-se em amor verdadeiro com o passar do tempo, enquanto são postos à prova.
O amor verdadeiro difere da paixão na medida em que provê tempo e espaço para reconhecer as boas qualidades bem como as falhas do amigo(a) especial. Comprometer-se com, ter relações sexuais com, viver com, ou casar-se com alguém baseado nesses sentimentos precoces, é pura tolice e irá resultar em conseqüências previsíveis e negativas.
Identificando a realidade
Durante a década de 1820, os mineiros da Corrida do Ouro ocasionalmente confundiram sulfeto de ferro com ouro. O sulfeto de ferro ou ouro dos tolos, como é chamado, pode ser detectado ao ser colocado numa panela quente. Enquanto o sulfeto espouca, desprende fumaça e emite um forte mau cheiro, o ouro verdadeiro não será danificado pelo calor e também não produzirá odor insuportável. Infelizmente, você não pode colocar a sua relação amorosa numa panela quente, para ver se ele produz um odor ruim, mas pode testá-lo seguindo estes nove fatores:
1. O amor se desenvolve lentamente; a paixão, rapidamente. A maioria das pessoas pensa que o apaixonar-se ocorre repentina e intensamente. Paulo diz: “Fiquei apaixonado no exato minuto em que a vi ontem. Ela parecia exatamente aquilo com que eu havia sempre sonhado. Senti como se a conhecesse há muito.”
A avaliação de Paulo não permanecerá válida durante um ano após o encontro. Por quê? Porque o amor cresce e crescimento leva tempo. É impossível realmente conhecer uma pessoa após poucos encontros. Inicialmente, num relacionamento, as pessoas demonstram seu melhor comportamento. Os traços desagradáveis de caráter ficam ocultos e sob controle. Demanda meses ver uma pessoa em diferentes circunstâncias antes de você conhecê-la bem. Muitas pessoas escondem com sucesso traços de personalidade negativos até após o casamento.
Não tire conclusões precipitadas. Permita que seu relacionamento cresça sem pressa. Comecem como amigos e não tentem saltar etapas. Os encontros mantidos com tranqüilidade tornam os relacionamentos agradáveis, e tais amizades podem levar ao verdadeiro amor que se assemelha à paixão em intensidade, mas em realidade possui raízes profundas.
2. O amor se apóia na compatibilidade; a paixão, na química e na aparência. Steve sentiu-se atraído ao conhecer uma bela garota. Conforme suas próprias palavras, ele sentiu uma química instantânea. “Ou você sente a química ou não. Eu senti no minuto em que a vi.” De onde Steve tirou a idéia de que química e amor são a mesma coisa? De filmes, talvez!
Essa “dependência química” para guiá-lo na direção do amor é tola e perigosa. A química está baseada mais no físico ou na atração sexual. Há necessidade de uma faísca de atração entre vocês, que os faz sentir mais vivos que nunca dantes, mas basear um casamento apenas nisso é ridículo.
Você pode sentir-se fortemente atraído por alguém que acaba de conhecer e gostar de tudo nesta pessoa, mas há um longo caminho a percorrer antes de poder amá-la. O verdadeiro amor inclui química, mas brota de outros fatores tais como: caráter, personalidade, emoções, idéias e atitudes. Quando você está apaixonado, fica interessado na forma como o outro pensa e responde às situações, aos valores que vocês possuem em comum. Você observa suas atitudes com relação à família, sexo, dinheiro e amigos, bem como nos interesses comuns, origem similar e educação. Quanto mais têm em comum, maiores serão as chances de um verdadeiro amor.
3. O amor centraliza-se numa pessoa; a paixão pode envolver várias.Uma pessoa apaixonada pode sentir-se “caída” por duas ou mais pessoas ao mesmo tempo. Essas pessoas freqüentemente diferem em personalidade em grau acentuado. Jan diz que está apaixonada por dois garotos, mas não consegue escolher entre eles. Steve é maduro, estável e responsável, entretanto Reggie é um irresponsável e incorrigível paquerador. Jan não está apaixonada por eles. Alguma coisa a atrai para o namorador, enquanto seus instintos maduros mostram-lhe que as qualidades de Steve possuem maior importância. Ela combina suas qualidades e pensa estar apaixonada pelos dois. O amor verdadeiro centraliza-se apenas numa pessoa, na qual caráter e personalidade possuem as qualidades essenciais. Você não tem como combinar diferentes pessoas para formar uma ideal.
4. O amor cria segurança; a paixão produz insegurança. Enquanto o amor trabalha segundo o princípio da confiança, a paixão luta com a insegurança e pode tentar controlar o outro através dos ciúmes. Isso não significa que quando você está realmente apaixonado, jamais sentirá ciúmes, mas esse é menos freqüente e severo. O amor verdadeiro confia. Alguns se sentem lisonjeados com cenas de ciúmes, pensando ser isso um indicativo do amor verdadeiro. Ciúmes, entretanto, significam sentimentos de insegurança e auto-estima nada saudáveis, bem como possessividade. O amor verdadeiro não funciona assim.
5. O amor reconhece as realidades; a paixão as ignora. O amor verdadeiro vê os problemas diretamente, sem minimizar sua seriedade, enquanto que a paixão ignora as diferenças de âmbito social, étnico, educacional ou religioso. Algumas vezes isso exerce pressão sobre alguém casado. A paixão argumenta que tal coisa não importa. Um casal enamorado, entretanto, enfrenta os problemas de forma franca. Quando um problema ameaça seu relacionamento, eles o discutem abertamente e o resolvem de forma inteligente. Negociam antecipadamente as soluções.
6. O amor motiva um comportamento positivo; a paixão tem efeitos destrutivos. O amor é construtivo e manifesta o seu melhor. Ele provê nova energia, ambição e interesse na vida. O amor estimula a criatividade, interesse em crescimento e desenvolvimento pessoal, e leva você a agir de forma digna. Gera auto-estima, confiança e segurança, e o impulsiona rumo ao sucesso. Você estuda mais, planeja mais efetivamente, e poupa mais diligentemente. A vida adquire propósito e significado adicionais. Você pode sonhar acordado, mas permanece ligado à realidade e trabalha em seu mais alto nível.
A paixão tem efeito destrutivo e desorganizador. Você será menos efetivo, menos eficiente, e incapaz de desenvolver seu verdadeiro potencial. Ele se desenvolve em sonhos irreais que fazem você se esquecer das realidades da vida, do trabalho, do estudo, de suas responsabilidades e de seu dinheiro.
7. O amor reconhece as falhas; a paixão as ignora. O amor reconhece as finas qualidades no outro e as idealiza de certa maneira, mas não o considera isento de falhas. As faltas são admitidas, mas o respeito e admiração pelas boas qualidades se sobrepõem às más. A paixão impede você de ver qualquer erro. Você idealiza a tal ponto, que se recusa a admitir faltas e defende o seu(sua) amado(a) de todas as críticas. Admira tanto uma ou duas qualidades, que chega a se enganar acreditando que essas possam sobrepor-se às faltas. O amor torna-o capaz de querer, a despeito de todas as faltas, mas não o cega em relação à realidade.
8. O amor controla os contatos físicos; a paixão os explora. O amor verdadeiro ajuda o casal a se controlar nas românticas expressões de intimidade. Ambos se respeitam mutuamente, tanto que limitam seu desejo por intimidade de maneira voluntária. A paixão exige intimidade muito mais cedo. Além do mais, tal intimidade torna-se algo de menor importância no relacionamento de um casal que se ama, em contraste com um par apaixonado. A razão para isso é que a paixão depende, em larga escala, da atração física e a excitação acaba levando a abraços e carícias. As pessoas que a experimentam pela primeira vez, pensam que deva ser algo muito especial e supõem estar amando. Elas ignoram o fato de que seus valores, metas e crenças podem estar em discordância. Caso se casem baseados somente na atração física, irão descobrir que seu interesse sexual declinará e as discordâncias aumentarão.
Ainda que o amor verdadeiro inclua atração física, ele advém de outros fatores. O contato físico de um casal amante possui normalmente mais um profundo significado do que mero prazer. O contato físico para um apaixonado freqüentemente se torna a razão da relação. O prazer domina a experiência.
9. O amor obtém a aprovação da família e amigos; a paixão gera reprovação. Se os pais ou os amigos não aprovam, tenha cuidado! Se eles estão convencidos de que você fez uma má escolha, estarão provavelmente corretos. Casamentos que carecem das bênçãos dos pais experimentam um alto índice de fracasso. Um pesquisador comparou as reclamações de casais felizes com as de casais divorciados. Os divorciados tendem a reclamar quase quatro vezes mais de que seus cônjuges não possuem nada em comum com os seus amigos. Descobriu-se também que casais felizes enfrentam bem menos problemas com parentes. Se parentes e amigos discordam, tome cuidado. Se aprovam, aceite com carinho.
Dê um tempo
Se você analisa seu relacionamento, mas ainda não consegue decidir se se trata de amor verdadeiro ou não, dê tempo ao tempo. A paixão quer acelerar o relacionamento. As emoções fortes anulam o bom senso e tentam apressar um comprometimento que mais tarde trará arrependimento. O amor verdadeiro pode sobreviver ao teste do tempo (dois anos de namoro) para garantir que você esteja apto para o casamento. O tempo traz experiência e perspectiva.
Todos os anos milhares de casais sobem ao altar; seus olhos estão radiantes de alegria, prometendo amor e fidelidade para sempre, não percebendo que cometem o maior erro de suas vidas. O que sucederá aos seus deslumbrados e persistentes olhares, às ternas promessas, aos beijos apaixonados e sussurros de amor?
Muitos falham em compreender que ninguém fica “caidinho”. A decisão de amar é sua, de pensar a respeito, de investir tempo nisso e de possuir fortes sentimentos por alguém. Apaixonar-se é a parte mais fácil e divertida do amor. A parte difícil, o comprometimento de um amor incondicional à uma pessoa imperfeita, permanece. O amor genuíno diz: “Eu o amarei mesmo quando você falhar em suprir as minhas necessidades, em me rejeitar ou ignorar, em comportar-se estupidamente, em fazer escolhas que eu não faria, em discordar de mim e me tratar injustamente. Apesar disso eu o amarei para sempre.”
Essa espécie de amor é um presente criativo de Deus para nós, e pode ser apreciado em sua totalidade apenas dentro do respaldo e da segurança do casamento. Somos apenas capazes de amar porque Ele nos amou primeiro.Firme-se primeiramente nEle e então terá menos chances de se desapontar no amor, e mais chances de encontrar nele a satisfação em seu jornadear terreno.
Nancy L. Van Pelt, CFLE, é autora de muitos livros, incluindo Smart Love: A Field Guide for Single Adults, do qual este artigo foi extraído e adaptado. Você pode entrar em contato com Nancy no http://www.heartnhome.com.

Fonte: Diálogo Universitário

Uma Igreja SEM Propósitos???



Carlos Sider

Não estou falando de um novo modelo de gestão para sua igreja. (...) Estou falando das igrejas como um todo. Igrejas locais, com endereço, com estatuto, com membros e líderes. Que são, ou deveriam ser, a expressão local da igreja universal de Jesus Cristo.
Tenho tido a oportunidade de visitar várias igrejas, de várias denominações, algumas históricas, outras de história bastante recente. Algumas que crescem, outras que estão do jeito que sempre foram, e outras que vem se arrastando, mantendo a velha programação e esperando que os gloriosos tempos de outrora voltem algum dia, quando faltava lugar pra tanta gente sentar.
Mas, voltemos aos propósitos. Eta palavrinha bem usada recentemente, não? Igrejas com propósitos, vida com propósitos, 40 dias com propósitos, tudo com propósitos...
Agora... pensando na definição bíblica de igreja, dada por Jesus: existe igreja sem propósitos?
Eu creio que a única resposta cabível é não! Jesus estabeleceu a sua igreja, e disse o que ela deveria ser e fazer. Estabeleceu os seus propósitos. Pouco mais tarde, o Espírito Santo, por intermédio de Paulo, Pedro e outros, estabeleceu algumas normas pelas quais estes propósitos deveriam ser alcançados. Portanto, igreja bíblica é igreja com propósitos (mesmo que use o G12, que se divida em células, que siga a árvore do discipulado, que se organize por ministérios, etc., etc., e mesmo que adote o modelo da igreja com propósitos).
Mas se pensarmos no que temos conseguido e observado com nossas igrejas por aí, começo a pensar que existem variações um tanto estranhas. Penso que todas elas continuam a ser igrejas com propósitos, mas convenhamos... tem cada propósito por aí...
Eu o convido a analisar comigo alguns casos e até a pensar em outros, caso você queira. Lamentavelmente a relação é meio que extensa.
A igreja com o propósito de cultuar a tradição - ora, que se danem os perdidos. Ora, que se danem os jovens e os que querem novidades. Nossa igreja sempre foi assim, ainda é assim, e sempre será assim. Foi assim que sempre fizemos, e assim sempre faremos. Pelo menos até que os manda-chuvas morram
A igreja com o propósito de quebrar paradigmas – temos que modernizar! Temos que achar um novo meio de fazer as coisas! Tudo novo é melhor. Esqueça o que sempre foi feito. O deus dessas igrejas é a quebra da tradição, é o novo modelo. Estão tão atentas em seus novos métodos que se esquecem de pregar o evangelho.
A igreja com o propósito de construir o templo – você já contribuiu? Você já fez seu compromisso de fé? Ora, apresse-se irmão! Temos que comprar os vidros! Temos que isso, temos que aquilo. Temos que construir nosso edifício de educação religiosa. A igreja vira um canteiro de obras, e o edifício passa a ser o “objeto de adoração”.
A igreja com o propósito de vender favores – venha ao nosso culto dos endividados! Venha ao nosso culto da libertação! Venha ao nosso culto da cura e da unção! Venha ao nosso culto disso, culto daquilo. Seja um dos nossos, contribua (claro), e receba com juros e dividendos os favores de Deus. Ah... você já fez tudo isso e o favor não chegou? Falta de fé, irmão...
A igreja com o propósito de mostrar fenômenos – se você vai ao culto de uma dessas igrejas e não sente nem um arrepiozinho, avalie a sua fé, meu caro. O fogo tem que descer. O pau com o capeta tem que quebrar. O inimigo é amarrado. Mas parece que ele acaba se soltando, pra poder ser amarrado de novo no próximo fim se semana.
A igreja com o propósito de triunfar – pensamento positivo, meu velho. Carro importado, sim. Clame por mais faturamento, amigo empresário! Que seus negócios reflitam o poder de Deus! Ah..., é... sei..., mas sabe, esse negócio do apóstolo Paulo dizer que sabe o que é ter fartura e sabe o que é passar necessidade é uma passagem isolada... esse negócio de combater o bom combate, de espinho na carne, é tudo uma visão momentânea...
A igreja com propósito de conviver - é o princípio do monte da transfiguração: "bom estarmos aqui, Senhor! Façamos aqui três tendas!" É a igreja-clubinho dos amigos. Tem um sentimento de família imbatível. Os membros se amam e se dão bem. Tão bem que não querem estragar o ambiente deixando mais gente entrar. Por isso esquecem de pregar.
A igreja com o propósito de discutir teologia - são verdadeiros seminários. Todos os membros sabem tudo de Biblia. Pena que de vez em quando rola uma briga entre os calvinistas e os wesleyanos. Ou entre os pre-milenistas e os pós-milenistas. Brigas entre os doutores da lei. Ensinar Bíblia sempre foi bom, mas há alguns lugares onde o bate-bola teológico foi tão longe que talvez chegue no que Paulo classifica de genealogias intermináveis.
A igreja com propósitos não-declaráveis – pode ser o propósito de comprar uma rede de televisão, de arrecadar dinheiro, de manter o emprego do pastor, de arranjar trabalho para outros obreiros, de montar uma estrutura, de promover alguém na denominação, etc., etc.
Enfim, a questão que fica não é se existe ou não existe igreja sem propósitos. A questão é saber de que propósitos estamos falando.
É óbvio que, filtradas as ironias e um certo humor que existe na descrição dos casos acima, conviver, ensinar, construir, quebrar paradigmas, entre outros, são coisas que precisam passar pela vida de uma igreja sadia e normal. O que não pode ocorrer é que os meios se tornem os fins!
Igreja de Jesus Cristo tem que ter os propósitos de Jesus Cristo. Caso contrário ela é uma confraria, uma associação sem fins-lucrativos, beneficente, sei lá o que. Pode ter até nome de igreja, mas...
Qual é o propósito da igreja de Jesus? Crescer, fazendo discípulos. Discípulos que são adicionados à família porque lhes é apresentado o real evangelho de Jesus. Discípulos que aprendem a guardar os ensinamentos de Jesus. Discípulos que se multiplicam à imagem de Jesus, conforme Jesus, tendo Jesus como modelo.
Igreja com os propósitos de Jesus cresce. Em número, conhecimento, graça e amor, conforme Ele projetou, mandou, estabeleceu.
Igreja com outros propósitos faz qualquer outra coisa. Talvez até cresça. Mas será que transforma vidas à imagem de Jesus?

domingo, 24 de junho de 2012

Oito Obstáculos Que Invalidam a Oração



Deus deseja, de maneira muito gloriosa, levantar Sua Palavra por intermédio de nossas vidas. Tudo o que Deus deseja é a nossa disposição, pois Ele é o Deus que transforma, que muda, que usa situações para mostrar os seus caminhos, a sua vontade. E nesses dias, em que cremos que o avivamentoestá sobre nós, nossos corações recebem a unção, o fogo do Espírito Santo.
Existem ocasiões em nossa vida em que oramos e as coisas funcionam. Tudo parece muito suave, muito doce. Quando sua vida está caminhando bem, você contempla sua família e percebe a alegria. Mas existem algumas ocasiões em que você diz assim: "Bem, eu estou orando, mas parece que o céu é de bronze, que as orações não passam, não atravessam, não chegam ao coração de Deus."
Muitas vezes, você olha não para o céu, você olha para a terra, mas o chão onde pisa parece que é de ferro. Você planta no ferro e não nasce nada. Você caminha, mas não percebe nada. O chão é duro, não há nenhuma planta, nada floresce. O chão é duro, de ferro, e o céu é de bronze.
Esse é o tempo de Deus, quando o Senhor começa a trazer aos corações uma convicção tão forte que o Seu avivamento é muito mais do que alguma coisa de emoção, é muito mais do que simplesmente sentir arrepios. O avivamento é exatamente uma vida totalmente voltada para o Senhor e comprometida com Ele.

Tudo na vida é uma escolha
Deuteronômio 28 fala de uma escolha. Uma escolha de bênçãos ou de maldições. Os versos 2 e 3 falam, de maneira gloriosa, sobre as bênçãos, sobre aquilo que o Senhor tem reservado para todos nós, mas sob uma condição: "Se ouvires a voz do Senhor teu Deus, virão sobre ti e te alcançarão todas essas bênçãos: Bendito serás tu na cidade e bendito serás no campo."

A palavra diz: "Se ouvires a voz do Senhor teu Deus...". E ouvir a voz do Senhor não significa apenas ouvir um som, uma proclamação. Essa atitude envolve obediência. "Se ouvires a voz do Senhor teu Deus, virão sobre ti e te alcançarão todas estas bênçãos". Note bem: "Virão sobre ti e te alcançarão". É como se as bênçãos estivessem correndo atrás de você e não você atrás delas. O sonho de Deus é que as bênçãos corram atrás de você até alcançá-lo e não o contrário. Diz a palavra que virão sobre você e o alcançarão todas as bênçãos, não somente algumas, mas todas, todas.
O verso 3 começa dizendo: "Bendito serás tu na cidade, e bendito serás no campo", e à medida que você vai lendo vai percebendo: "Todas essas bênçãos virão sobre mim?" É claro, são promessas!
Em Deuteronômio 28:15 está escrito: "Será, porém, que, se não deres ouvido à voz do Senhor, teu Deus, não cuidando em cumprir todos os seus mandamentos e os seus estatutos que, hoje te ordeno, então, virão todas estas maldições sobre ti e te alcançarão."
Quando o caminho é a obediência você tem a promessa de que as bênçãos do Senhor virão sobre você, e se olhar para trás verá que elas estão correndo para alcançá-lo. Se, por outro lado você vive em desobediência, diz a Palavra que "... virão todas estas maldições sobre ti..."; e, se você olha para trás, as maldições estão correndo para alcançar você. O verso 23 diz: "Os teus céus sobre a tua cabeça serão de bronze; e a terra debaixo de ti será de ferro".
Deus trata conosco, como igreja, de forma coletiva, mas Ele trata com cada um individualmente, de maneira direta. Pode acontecer que o céu esteja aberto sobre a vida de um irmão próximo a você e sobre a vida de outro esteja um céu de bronze, porque é algo pessoal.
Jesus falou sobre isso de forma muito clara em Mateus 24:40: "Então, dois estarão no campo, um será tomado e deixado o outro." Os dois estavam no campo, os dois eram irmãos, mas a Palavra diz que um será levado e ou outro será deixado. Será que o amor de Deus é diferente? Não! Será que Deus faz acepção de pessoas? Jamais! Mas algo que começa a inquietar é justamente essa compreensão, o céu está aberto sobre uma pessoa no campo, mas está fechado sobre a outra.
Na minha casa, quando criança, nós não tínhamos geladeira. Eu nasci em1948, e só tivemos geladeira no final de 1964. E havia uma situação delicada com o leite, porque, após ser comprado, tinha de ser fervido, senão azedava. Porém muitas vezes ele azedava. E você sabe como é desagradável quando o leite azeda: o cheiro muda, na parte de cima forma-se uma camada que fica grossa, coalhada. Era leite, mas azedou.
Muitas vezes na vida parece que o céu é que azeda. A parte de cima parece coalhada, grossa. E isso vai trazendo um peso, você começa a perceber a sua vida. O pecado faz exatamente isto: "coalha" o céu, torna-o espesso a ponto de você perceber que suas orações não sobem. E você diz: "Parece que o céu é de bronze, endurecido, e o chão é de ferro." Você planta, mas nada floresce.
Alguma coisa deve estar acontecendo. Você planta seus sonhos e eles não florescem, planta seu currículo e não chega nenhum emprego, planta uma oração e parece que não entra, não passa... "O que está acontecendo?"
Existe algo muito forte, e o capítulo 28 de Deuteronômio determina, de forma clara, que tudo na vida é uma escolha. Uma escolha de bênção e uma escolha de maldição.
Nestes dias, Deus tem trazido uma Palavra à sua Igreja. E nossa igreja tem experimentado esse tempo de Céu aberto, de orações, de atuações poderosas de Deus, o Pai. O Senhor me trouxe uma palavra de advertência: "Filho avisa à igreja para orar; diz ao meu povo para começar a orar, porque o Céu que outrora era claro vai ficar bronze." É interessante que quando você não ora o inimigo nem se preocupa com você. Mas a partir do momento que você coloca no seu coração o propósito de começar a orar, quando você se afasta e põe o joelho no chão e está em batalha com o Senhor é quando o telefone mais toca, a campainha chama á todo instante e mais interrupções acontecem.Quantas distrações! Quantas vezes as pessoas ficam mais tempo nasdistrações do que na presença do Senhor em oração.
Inúmeras vezes você se pergunta: "Por que o céu se parece de bronze sobre a minha vida? Porque parece que o chão é de ferro?" Digo-lhe que a única coisa que pode destruir um céu de bronze e um chão de ferro são as suas orações.
Existem obstáculos que o inimigo coloca quando você deseja orar. Quando você realmente quer ser um homem ou uma mulher de oração, o inimigo se levanta de maneira terrível. Mas você sabe lidar com o inimigo. A palavra diz que você sabe. "Sujeitai-vos, portanto, a Deus; mas resisti ao diabo, e ele fugirá de vós" (Tg. 4:7). Entretanto, muitas vezes para a oração atravessar o céu de bronze existem alguns obstáculos. E neste texto eu quero mencionar para você oito obstáculos que fazem com que o céu continue a ser esse céu de bronze sobre sua vida. Você quer um céu de bronze sobre a sua vida? Eu não quero. Eu quero um céu limpo.

1° OBSTÁCULO
O primeiro obstáculo é a falta de perdão. A oração que quebra o bronze não vai fluir através de corações que não perdoam. A falta de perdão faz com que o céu continue de bronze, mesmo que você ore vinte e quatro horas por dia, trezentos e sessenta e cinco dias por ano. E suas orações nem arranham o céu, porque é um céu de bronze. Enquanto você guardar mágoas em seu coração, a falta de perdão vai deixá-lo amargurado.
 Todas as vezes que Jesus falou e ensinou sobre a oração Ele tocou exatamente na falta de perdão. Diz a Palavra em Mateus 5:23-24: "Se, pois, ao trazeres ao altar a tua oferta, ali te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa perante o altar a tua oferta, vai primeiro reconciliar-te com teu irmão; e, então, voltando, faze a tua oferta." E não pense que a oferta é apenas levar dinheiro, roupas, sapatos, etc. Não. O louvor, a sua oração, a sua vida são ofertas. E também não é você ter alguma coisa contra alguém; é você lembrar que seu irmão tem alguma coisa contra você.
Em Mateus 6 Jesus diz: "Portanto vós orareis assim..." Ele estava querendo dizer exatamente isto: "Eu quero que você ore desta maneira, não passe além, não diminua, ore assim!" E no verso 12 Ele diz: "E perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós temos perdoado aos nossos devedores." Agora observe o verso 15: "Se, porém, não perdoardes aos homens (as suas ofensas), tampouco vosso Pai vos perdoará as vossas ofensas."
Você se pergunta: "Por que o céu está de bronze?" Muitas vezes é devido à falta de perdão. Em Marcos 11:25 Ele diz: "E quando estiverdes orando, se tendes alguma coisa contra alguém, perdoai, para que vosso Pai celestial perdoe as vossas ofensas." Em II Coríntios 2:10-11, Paulo diz: "A quem perdoais alguma coisa, também eu perdôo; porque, de fato, o que tenho perdoado (se alguma coisa tenho perdoado), por causa de vós o fiz na presença de Cristo; para que Satanás não alcance vantagem sobre nós, pois não lhe ignoramos os desígnios." E os desígnios de Satanás continuam sendo os mesmos: matar, roubar e destruir. Você não pode ignorar os desígnios dele, porque o que ele procura é fazer com que você conserve em seu coração a amargura, a falta de perdão. Enquanto você não perdoar, o Céu continuará de bronze diante de você. Você ora e não passa absolutamente nada.
Provérbios 10:12 diz: "O ódio excita contendas, mas o amor encobre todas as transgressões." Quando um fio elétrico não está coberto, quando ele encosta em outro, há choque, há conflito: a lâmpada se apaga. Quando o marido, a esposa e os filhos vivem se perdoando, há cobertura. Não havendo essa cobertura, existe choque, conflito, as lâmpadas se apagam, a escuridão toma conta da situação, tornando-a muito delicada. Você precisa liberar as pessoas que magoaram você, que muitas vezes pisaram em você. Não vale a pena guardar ressentimentos.

Deus estabeleceu dez mandamentos, mas, dos dez, seis são no sentido horizontal - relacionamento de irmão com irmão, de pessoa com pessoa - e apenas quatro falam do relacionamento da pessoa com Deus. Isso é muito interessante, porque o seu relacionamento com seu irmão é que vai refletir o seu relacionamento com Deus, o Pai.
Não adianta, enquanto você não escolher perdoar - porque perdoar é uma escolha, perdoar não é esquecer, perdoar é não levar em conta - o céu vai continuar de bronze e o chão será de ferro.

2° OBSTÁCULO
O segundo obstáculo é atender à iniqüidade. A iniqüidade destrói o poder da oração, que quebra o céu de bronze.
Eli é lembrado na Bíblia por duas atitudes: primeiro, porque ele criou Samuel, um profeta, um sacerdote, segundo o coração de Deus. Foi Samuel quem ungiu Davi para o ministério, e através da descendência de Davi veio Jesus. Mas Eli é lembrado também pelos seus filhos. Os filhos de Eli estavam no templo, mas eles eram iníquos. A história é conhecida está em 1 Samuel 2-4, que também é a história de Eli.
Houve um momento na história de Eli que seus filhos, segundo a Bíblia, se tornaram execráveis, iníquos. Os filhos de Eli chegavam a adulterar com mulheres dentro do tabernáculo. E Eli apenas zangava com eles. Ele tolerava seus filhos, mas ele não os disciplinava. Veio o juízo de Deus e os dois filhos de Eli, Hofni e Finéias, morreram num único dia. A Arca do templo foi levada. Eli, que era velho e pesado, quando ouviu isso, caiu para trás, quebrou o pescoço e morreu. A esposa de Finéias, que estava grávida, quando ficou sabendo da morte de seu marido e deu à luz o filho que esperava. E, quando lhe perguntaram que nome daria a seu filho, ela disse que colocaria o nome deIcabô, que significa "Foi-se a glória do Senhor."

Eli se levanta como exemplo de um pai que fez tudo o que não deveria fazer. A função do pai não é cobrir o pecado dos seus filhos, é discipliná-los, é trazer a disciplina. Em Salmos 66:18 está escrito: "Se eu no meu coração atentar a iniqüidade, o Senhor não me ouvirá." E o céu vai continuar de bronze. A expressão "atentar a iniqüidade" significa parecer contente com o pecado.
Quando você, diante da televisão, assiste a algum programa iníquo e sente prazer, você vai orar e o céu estará de bronze. Se você tem prazer nas coisas do mundo, não adianta você orar, porque o céu vai continuar sendo de bronze.
 As Escrituras dizem em Provérbios 4:23: "Sobre tudo que se deve guardar, guarda o coração, porque dele procedem as fontes da vida."
Se no seu coração você se deleita com as coisas do mundo, você vai orar, mas sua oração nem ao menos arranha o céu de bronze. Por quê? Porque as coisas acontecem no mundo espiritual. Tiago 4:3-4 diz: "Pedis e não recebeis,porque pedis mal, para esbanjardes em vossos prazeres. Infiéis, não compreendeis que a amizade do mundo é inimiga de Deus? Aquele, pois, que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus."

3° OBSTÁCULO
O terceiro obstáculo à oração que faz com que o céu continue de bronze é o preconceito. Quando o preconceito é verdadeiramente eliminado, o céu de bronze se quebra.
Uma irmã que estava doente e hospitalizada pediu ao pastor que mandasse alguém orar por ela. Quando o irmão chegou ao hospital, o coração dela se fechou, porque ele era negro. Ela lhe disse: "Você não vai pôr a mão em mim para orar". Ela ofendeu aquele irmão, não deixou que ele orasse, então, ele foi embora. A mulher só foi piorando. E outros, louros dos olhos azuis, oravam por ela e nada acontecia, porque havia preconceito. Quando aquela mulher já estava morrendo, estava no CTI, ela abandonou o pecado do preconceito. Novamente veio aquele irmão, que impôs as mãos sobre ela e orou com uma unção gloriosa, e a mulher foi restaurada e o seu pecado perdoado. Muitas vezes as pessoas têm os mais absurdos preconceitos. Em Gálatas 3:28-29 começamos a ver o que é o Corpo de Cristo: "Desta forma, não pode haver judeu nem grego; nem escravo nem liberto; nem homem nem mulher; porque todos vós sois um em Cristo Jesus. E, se sois de Cristo, também sois descendentes de Abraão e herdeiros segundo a promessa." O preconceito faz com que o céu continue de bronze.

4° OBSTÁCULO
 O quarto obstáculo é julgar as outras pessoas. O coração que julga dilui a força, o poder da oração destinada a quebrar o céu de bronze.
Em Mateus 7:1-5, diz o Senhor: "Não julgueis, para que não sejais julgados. Pois, com o critério com que julgardes, sereis julgados; e, com a medida com que tiverdes medido, vos medirão também. Por que vês tu o argueiro no olho do teu irmão, porém não reparas na trave que está no teu próprio? Ou comodirás a teu irmão: Deixa-me tirar o argueiro do teu olho, quando tens a trave no teu? Hipócrita! Tira primeiro a trave do teu olho e, então, verás claramente o argueiro do olho do teu irmão."
João 7:24 diz: "Não julgueis segundo a aparência, e sim pela reta justiça." Gostamos de julgar, de comparar os outros conosco. "Ah, eu sou melhor! Minha igreja é a melhor! Minha doutrina é a mais pura!" E, quantas vezes, por causa do julgamento, o céu continua de bronze.
Existem médicos que se especializam numa área muito delicada, chamada medicina legal. Eles fazem autópsia, ou seja, procuram determinar a causa da morte de uma pessoa. Abrem a pessoa, fazem uma série de exames para descobrir por que a pessoa morreu.
Em I Coríntios 11: 28-31 Paulo diz: "Examine-se, pois, o homem a si mesmo, e, assim, coma do pão, beba do cálice; pois quem come e bebe sem discernir o corpo, come e bebe juízo para si. Eis a razão por que há entre vós muitos fracos e doentes e não poucos que dormem. Porque, se nos julgássemos a nós mesmos não seríamos julgados." Muitas vezes ficamos julgando os outros, e não julgamos a nós mesmos. Somos duros, inflexíveis com os outros e condescendentes conosco. Julgar os outros faz com que o céu continue de bronze.
Quando aquela moça foi trazida diante de Jesus para ser apedrejada porque ela tinha sido flagrada em adultério, todos aqueles religiosos que estavam ali com as pedras na mão para matá-la e disseram a Jesus: "A Lei manda que ela seja apedrejada", Jesus não julgou aquela moça dizendo que ela era uma pecadora. Ele disse: "Aquele que não tiver pecado atire a primeira pedra". E um a um foram retirando-se os homens que acusavam a mulher.

 5o OBSTÁCULO
O quinto obstáculo para que o céu continue de bronze é ignorar os pobres. Quando você abre o coração aos necessitados, Deus abre o céu para você. Existe um adesivo nos carros que diz: "A generosidade traz prosperidade." As Escrituras dizem em Provérbios 21:13: "0 que tapa o ouvido ao clamor do pobre também clamará e não será ouvido".

6º OBSTÁCULO
 O sexto obstáculo são os mandamentos dos homens. Em Mateus 15:8-9, a Palavra diz: "Este povo honra-me com os lábios, mas o seu coração está longe de mim. E em vão me adoram, ensinando doutrinas que são preceitos de homens."
Doutrinas que são preceitos de homens. Quando as pessoas dizem: "Ah, orar pelos enfermos? Ah, não tem nada disso! Poder de Deus? Isso não existe," isto é doutrina de homens, que não tem nada há ver com a Palavra de Deus.
E quando as pessoas caminham mais pelas doutrinas dos homens do que pela simplicidade da Palavra de Deus, quando anulam o sobrenatural, os dons do Espírito, é impossível à oração quebrar o céu de bronze.

7º OBSTÁCULO
O sétimo obstáculo é a auto-condenação. A auto-condenação é uma barreira para que sua oração não atravesse o céu de bronze.
Você tem de lembrar quem você é. As mentiras do Diabo não podem condenar os filhos de Deus. Quando você ora, não se alimente das condenações do Diabo, não se alimente daquilo que o Diabo diz que você é. Você precisa viver a Palavra.
Em 1 João 3:19-22 está escrito: "E nisto conheceremos que somos da verdade, bem como, perante ele, tranqüilizaremos o nosso coração; pois, se o nosso coração nos acusar, certamente, Deus é maior do que o nosso coração e conhece todas as coisas. Amados, se o coração não nos acusar, temos confiança diante de Deus; e aquilo que pedimos Dele recebemos, porque guardamos os seus mandamentos e fazemos diante Dele o que lhe é agradável."
Todos esses textos falam exatamente de receber. Para que o céu sobre a tua cabeça não seja céu de bronze você precisa lembrar quem você é. Você é a justiça de Deus em Cristo; você é uma nova criatura, criado à imagem de Deus para o seu bom propósito; você é um filho de Deus e um herdeiro de todas as promessas em Jesus Cristo. Maior é o que está em você do que o que está no mundo. Agora nenhuma condenação há para você, que está em Cristo Jesus. Você não anda segundo a carne, mas segundo o Espírito Santo.

8o OBSTÁCULO
O oitavo obstáculo é o desrespeito ao cônjuge. Reprimir a unção de Deus no seu cônjuge vai privá-lo do poder necessário para romper através do céu de bronze.
Muitos casamentos são destruídos, muitas orações são impedidas por causa do desprezo, do tratamento rude do marido para com sua esposa e vice-versa. O céu pode continuar de bronze sobre você, enquanto não assumir seu papel de marido carinhoso, amoroso e fiel.
Não adianta você que é casado orar, orar e orar, porque suas lágrimas não vão romper o céu de bronze. É preciso um acerto. É preciso reconciliação. I Pedro 3:7 diz: "Maridos, vós, igualmente, vivei a vida comum do lar, com discernimento; e, tendo consideração para com a vossa mulher como parte mais frágil, tratai-a com dignidade, porque sois, juntamente, herdeiros da mesma graça de vida, para que não se interrompam as vossas orações". Se você não for esse marido segundo o coração de Deus, não adianta! Você ora, ora e ora, mas o céu continua de bronze, suas orações são interrompidas, não passam, não atravessam o céu. O antídoto: ore junto com sua esposa. 0s casais que oram juntos descobrem muito acerca deles mesmos, acerca do casamento, dos seus mistérios. Quando você fizer isso, você vai ver o céu aberto, não mais um céu de bronze.
 Deus está tratando com sua Igreja. Quando você tem fome de Deus, você está no centro da oração verdadeira e eficaz. Quanto mais você busca a Deus, mais você vai ter desejá-Lo. Se sua vida está enredada por mais de um desses obstáculos, tenha coragem para reconhecer. Deus olha para os nossos corações e está nos ensinando a fazer o mesmo - a olhar os nossos corações.

ORAÇÃO
Ó Deus e Pai, Te louvamos e Te damos graças pelo Teu dom do amor. Nós Te louvamos porque sabemos que Tu queres nos abençoar, fazendo com que Tuas bênçãos corram atrás de nós. Ajuda-nos, Santo Espírito de Deus, a reconhecer os nossos pecados e a pedir perdão a Deus, permitindo que a Sua graça opere em nós, para que possamos andar em novidade de vida, em um verdadeiro avivamento, a fim de que não haja em nossas vidas nenhum desses obstáculos que tornam o céu de bronze e o chão de ferro, impedindo, assim, de sermos abençoados. Em nome de Jesus, Te damos graça. Amém.
Autor: Pr Márcio Valadão

sábado, 23 de junho de 2012

Prossigo para o alvo





“Prossigo para o alvo, pelo prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus.” (Filipenses 3.14)
Já se perguntou de que alvo Paulo falava nesse versículo? A linha de chegada do atleta? O alvo em que se atira flechas? Para se alcançar um alvo, precisa-se de treino e muita concentração. O Atleta corre muitas vezes, o arqueiro atira muitas flechas.
Tu tens um alvo? Treinas muito para alcançá-lo? Todos nós precisamos ter um alvo, sonhos, metas. Precisamos de um caminho certo para alcançar esse alvo. Muitas vezes as tribulações e sofrimentos nos fazem desviar do caminho, roubam nossos sonhos, nos fazem desistir, ficamos desmotivados e não enxergamos mais o alvo.
Esqueça as pedras, os pedregulhos que machucam seus pés, os “amigos” que te desmotivam na caminhada, a sede, a fome, a vista cansada, “esquecendo-me das coisas que atrás ficam, e avançando para as que estão diante de mim”(Fil. 3:13).
Quando prosseguimos e fixamos nosso olhar no ALVO, esqueçamos o que ficou para trás, seja dor, sofrimento, até as alegrias passageiras. Desapegue-se de tudo que embaça seu olhar e o impede de olhar para o alvo. Nada pode interferir no seu objetivo maior.
Mas em todas as cansativas atividades de sua vida, Paulo jamais perdeu de vista o grande propósito – caminhar para o alvo da sua soberana vocação. Um alvo mantinha ele firmemente diante de si – ser fiel Àquele que às portas de Damasco Se lhe revelara. Desse alvo força alguma poderia desviá-lo. Exaltar a cruz do Calvário – este era o motivo todo absorvente que lhe inspirava as palavras e os atos.” Atos dos Apóstolos, p. 484
Prossiga para o ALVO que é Cristo Jesus. E assim podemos dizer com o Apóstolo:
Uma coisa faço, e é que, esquecendo-me das coisas que atrás ficam e avançando para as que estão diante de Mim, prossigo para o alvo, pelo prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus.” Filip. 3:13 e 14.

Texto enviado por Kelly Godinho

O que seria das mulheres sem o cristianismo?



Muito se fala sobre a situação da mulher na sociedade moderna. Acreditam não poucos que há um grande desnível – ou abismo mesmo – entre os direitos e deveres do homem e os da mulher, sendo que essa última tem sido historicamente prejudicada. E não faltam candidatos a carrasco do sexo feminino. A última moda agora é acusar as religiões de forma geral, e o Cristianismo, em especial. Não há a menor dúvida de que existem religiões no mundo que cerceiam os direitos da mulher. O Islamismo é um bom exemplo desse tipo. Tanto seu livro sagrado como sua literatura teológica discrimina e rebaixa gravemente a mulher a ponto de torná-la um objeto de propriedade, primeiramente do pai, e depois do marido. Contudo, neste texto quero provar que não há razão por que colocar o Cristianismo no mesmo cesto das religiões que pejoram a mulher. Mais do que isso, vou mostrar como o Cristianismo colocou a mulher em uma situação muito melhor do que qualquer outro sistema religioso ou filosófico que já existiu.

Um pouco de história. A vida da mulher não era fácil nas culturas antigas. Em geral, eram propriedade dos maridos. Não eram consideradas capazes ou competentes para agir independentemente. Vejamos a Grécia antiga. Aristóteles disse que a mulher estava em algum lugar entre o homem livre e o escravo (considerando que a situação do escravo não era nem um pouco auspiciosa, perceba a pobre situação feminina), e que era um “homem incompleto” (Política). Platão, por sua vez, entendia que se o homem vivesse covardemente, ele reencarnaria como mulher. E se essa se portasse de modo covarde, reencarnaria como pássaro (A República, Livro V).

A sorte das mulheres não era muito melhor na Roma antiga. Poucas famílias tinham mais de uma filha. O casamento romano era uma forma de trazer mais material humano para formação do exército, e assim permitir a Roma a continuidade de sua expansão; por isso, o interesse estava em ter filhos homens. Daquelas, porém, que sobreviveram ao infanticídio, eram-lhes reservadas as tarefas do lar, mas não o exercício da cidadania e a participação política, coisa reservada apenas aos patrícios homens.

Na China, até bem recentemente, o infanticídio era uma prática comum. Os bebês do sexo feminino eram entregues como alimento aos animais selvagens ou deixados para morrer nas torres dos bebês. Adam Smith escreveu sobre essa prática no seu famoso livro A Riqueza das Nações, de 1776. Ele fala inclusive que o descarte de bebês indesejados era mesmo uma profissão reconhecida e que gerava renda para muitas pessoas.

Vejamos outros casos. Na Índia, viúvas eram mortas juntamente com seus maridos – a prática chamada de sati (que significa a boa mulher). Também havia tanto o infanticídio quanto o aborto feminino. Além disso, meninas eram criadas para serem prostitutas cultuais – as devadasis. Nessa prática religiosa, a menina era “casada com” e “dedicada a” um dos deuses hindus. Nos rituais de adoração a esses deuses, havia dança, música e outros rituais artísticos. Conforme iam crescendo, as devadasis se tornavam servas sexuais, de homens e dos “deuses”. Ainda hoje, famílias pobres entregam suas filhas para essas deidades com o objetivo de alcançar delas algum favor, ou ainda obter algum meio de renda com os frutos da prostituição.

Na África, o problema era semelhante à prática do sati da Índia. Quando um líder tribal morria, as esposas e concubinas do chefe eram mortas juntamente com ele. Mesmo hoje, no Oriente Médio, o valor da mulher é mínimo.

A mudança trazida pelo Cristianismo. Que diferença trouxe a vinda de Jesus Cristo entre nós? Muita, em vários pontos. Na verdade, foi uma revolução. Muito do que Jesus Cristo ensinou já era praticado pela sociedade judaica (que era muito diferente das nações à sua volta), e outros pontos tiveram seus termos desenvolvidos por Ele. Mas mesmo os judeus tinham um tratamento discriminatório em relação às mulheres; Jesus, entretanto, Se relacionava de forma saudável com elas. De forma geral, o Cristianismo colocou a mulher em pé de igualdade com os homens. Como ele fez isso?

– Dizendo que ambos foram criados por Deus, à Sua imagem e semelhança (“E criou Deus o homem à Sua imagem: à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou” [Gn 1:27]. Para Deus, homens e mulheres têm o mesmo valor [Gl 3:28]).

– Que ambos deveriam dominar e sujeitar a natureza (“E Deus os abençoou, e Deus lhes disse: Frutificai e multiplicai-vos, e enchei a terra, e sujeitai-a; e dominai sobre os peixes do mar e sobre as aves dos céus, e sobre todo o animal que se move sobre a terra” [Gn 1:28]). Não há nada que impeça a mulher, tanto quanto o homem, de explorar a criação em cumprimento ao mandato cultural.

– A decisão de Deus criar a mulher a partir de Adão declara que ambos provêm da mesma essência (Gn 2:22), mostrando que a mulher em nada é inferior ao homem, nem tampouco lhe é superior. E a declaração de Adão mostra que sua mulher, Eva, é parte de si mesmo, tendo o mesmo valor que ele próprio (Gn 2:23).

– Que o casamento, como instituição divina, implica que o homem foi feito para a mulher, assim como a mulher foi feita para o homem, e dessa forma ambos andam como uma unidade em dois corpos (Gn 2:24), o que destrói a ideia de que a mulher é escrava do marido, ou vice-versa. São complementares.

– O Cristianismo também evitou que a mulher fosse injustiçada, não permitindo a poligamia, que é inerentemente prejudicial a elas (1Co 7:2).

– O Cristianismo ensinou o cuidado com as viúvas. Elas, se não tivessem recursos, deveriam ser cuidadas e sustentadas pela igreja (1Tm 5). Se o marido morre, ela é livre para continuar viúva ou casar novamente, se quiser.

– O Cristianismo condenou a prostituição ao declarar que o corpo não pertence a nós mesmos, mas a Deus, e que ele é templo do Espírito Santo (1Co 6:13,19). O corpo do homem pertence à mulher, e o da mulher ao homem (1Co 7:4).

– O Cristianismo aprova a instituição do casamento, que não só protege a mulher da exposição aos males sociais, como provê um ambiente seguro material, espiritual e sentimentalmente para seu desenvolvimento integral (Ef 5:28, 29).

– O Cristianismo protege a vida, que entende começar no momento da concepção. Dessa maneira, nenhuma criança deixa de nascer devido a características indesejáveis (pelos pais) que ela tenha ou seja. A vida é direito inviolável, outorgada por Deus, sendo que somente Ele tem direito de reavê-la (1Sm 2:6; Jó 1:21).

– O Cristianismo também proíbe a pornografia, pois entende que ela é equivalente ao adultério. Com isso, a mulher deixa de ser vista como um objeto aos olhos do homem, e reserva o sexo e a nudez para aquele que tem direito a essas coisas, a saber, o marido (Mt 5:28).

Uma palavra sobre o movimento feminista. Se há algum direito, de qualquer pessoa que seja, que deva ser assegurado, sou completamente a favor da luta por ele. A sociedade falha em tratar as mulheres adequadamente porque ela não é uma sociedade moldada exclusivamente pela moral cristã. Muitos dos direitos pelos quais o movimento feminista luta são justos: direitos trabalhistas iguais aos do homem, proteção contra violência física e emocional, igualdade de direitos civis, entre outros. Porém, alguns pontos pelos quais ele luta não são bons, como, por exemplo, o aborto. Ora, o aborto sempre foi uma ferramenta usada pelo homem – e geralmente usado para evitar nascimento de mulheres! O aborto se refere a algo além do corpo da mulher; é outro ser vivo. Ocorre que, ao lutar por esse “direito”, a mulher trata um bebê ainda não nascido como algo menos que humano, tal como um objeto: ou seja, do mesmo modo que ela própria já foi tratada na história. [E muitas feministas não percebem que estão se oferecendo como objeto às ávidas câmeras de TV, quando protestam usando o corpo nu.] 

Outro problema que eu vejo é que algumas feministas mais exaltadas não querem simplesmente uma equiparação de direitos; desejam ocupar o lugar do homem que as explorava, transformando-se em exploradoras. Almejam uma inversão de papéis. Em lugar de uma sociedade patriarcal, sonham com uma matriarcal. E algumas feministas ainda descambam para a misandria – o ódio pelo sexo masculino.

Concluindo. O que o paganismo faz para proteger a mulher? Nunca fez nada, e nunca fará. E essas outras religiões não cristãs? Normalmente, colocam o sexo feminino em uma posição inferior à do homem. E o humanismo? Nada trouxe de bom para as mulheres. Na prática, uma vertente humanista (evolucionista) ensina que nada há de especial na humanidade; tudo que há é resultante de acaso. Somente o mais forte sobrevive (ou domina). Se for o sexo masculino, assim deve continuar a ser. É natural que seja assim. Não há justificativa moral (do ponto de vista evolucionista) para proibir a violência física, sexual, emocional à mulher, nem mesmo por que condenar posicionamentos machistas. A máxima é “o que agora é, é o certo”.

Mas não é assim com o Cristianismo. Em todos os lugares em que ele chegou, as condições das mulheres melhoraram. Onde ele não chegou, veem-se coisas terríveis, como a eugenia sexual, o infanticídio e a prostituição. Contudo, podemos ver que algumas sociedades, que já foram declaradamente cristãs, hoje estão decaindo moralmente com o avanço do antigo paganismo – legalizando o aborto, o homossexualismo e a prostituição. Seria interessante que algumas feministas, que falam ousadamente contra o Cristianismo, aprendessem um pouco mais da história da humanidade e assim se apercebessem de que, se não fosse por essa religião que elas tanto condenam, talvez elas sequer estivessem vivas hoje.

Leandro Márcio Teixeira

sexta-feira, 22 de junho de 2012

O fascínio das torres

 primeira torre de que se tem notícia é a Torre de Babel, construída com tijolos bem queimados colados um ao outro com betume, muitos anos depois do dilúvio, numa planície do território de Sinar, onde hoje fica o Iraque. A iniciativa foi da comunidade que habitava aquela região e tinha o objetivo de tornar célebre o seu nome. Seria também um ponto de referência visível a todos, para que ninguém se afastasse demasiadamente daquele sítio (Gn 11.1-9). A Torre de Babel revelava uma atitude unânime de autonomia e de rebelião contra Deus, cuja vontade era que o povo se espalhasse pela terra. É possível que a torre tivesse a altura de um prédio de 22 andares (90 metros), o que seria algo fantástico naquela época.


Muitos anos antes de Abraão, os egípcios começaram a construir torres em forma de pirâmides, nas quais enterravam os seus faraós. A mais notável é a Grande Pirâmide, que consumiu dois milhões de blocos de pedra de 2,3 toneladas em média e contou com o trabalho de 400 mil homens durante 20 anos, entre 2600 e 2500 a.C. Essa pirâmide tinha originalmente a altura de 147 metros e sua base assenta-se sobre uma área de 5 hectares.


A Torre de Pisa, na Itália, com a altura de 55 metros, gastou 199 anos para ser construída (1173 a 1372). Embora inclinada, é a mais antiga torre ainda de pé, salvo as pirâmides do Egito.


Construída em Paris em 1889, a Torre Eiffel, de 300 metros de altura, consumiu 6.700 toneladas de ferro e aço. Durante algum tempo, foi a torre mais alta do planeta.


No final do século 19 e início do século 20, os americanos inventaram os edifícios de muitos pavimentos, aos quais deram o provocativo nome de arranha-céus (sky-scrapper), que faz lembrar a intenção dos construtores da Torre de Babel:“Edifiquemos para nós uma torre cujo topo chegue até aos céus” (Gn 11.4). Em 1931, na ilha da Manhattan, em Nova York, foram construídos o Rockfeller Center e o Empire State Building, este 81 metros mais alto que a Torre Eiffel.


A partir da segunda metade do século 20, começou uma corrida mundial na construção de torres, cada uma maior que a outra. Em ordem crescente de altura, citam-se as duas torres do World Trade Center (417 metros), também em Manhattan, Nova York; as Torres Petronas (450 metros), em Kuala Lumpur, na Malásia; a Torre da Sears (527 metros), em Chicago, nos Estados Unidos; a Torre de Ostankino (540 metros), em Moscou, na Rússia; e a Torre CN (550 metros), em Toronto, no Canadá.


Nos próximos 15 anos, deverá ser erguida em Xangai, na China, uma torre que terá mais de um quilômetro de altura (1.127 metros), quase três vezes a altura do Empire State Building. Dará moradia a 100 mil pessoas e abrigará ainda hotéis, cinemas, escolas, parques e restaurantes. É a Torre Biônica.


Essa teimosa e estranha atração humana por altura tem relação com a altivez de espírito. A idéia é fazer algo grandioso que chegue até o céu e que torne célebre o nome de alguém ou de algum povo, como denuncia o livro de Gênesis ao se referir à Torre de Babel (Gn 11.4). A resposta de Deus a essa tentação é sempre a mesma: “Terá de se humilhar o olhar soberbo do ser humano, o espírito arrogante do homem vai se rebaixar. Naquele dia só o Senhor será exaltado. Pois é o dia do Senhor, o Senhor dos exércitos, contra soberbos e orgulhosos, contra todo arrogante, que será humilhado, contra os tais “Cedros do Líbano” altaneiros e aprumados, contra os “Carvalhos de Basã”, contra toda “Montanha altaneira” ou “Serra elevada”, contra as “Torres altíssimas” ou “Fortalezas invencíveis”, contra a frota mercante e os artigos de luxo. A arrogância humana terá de se ajoelhar, a altivez do homem vai se rebaixar. Naquele dia só o Senhor será exaltado.” (Is 2.11-17, CNBB.)


Parece que foi isso que aconteceu em Nova York e no mundo em apenas 15 minutos (entre 8h48 e 9h03) no dia 11 de setembro de 2001.


Imprevisibilidade


Depois de passar uma semana em poder de seus seqüestradores, Patrícia Abravanel, 24 anos, filha de Sílvio Santos, voltou para casa sã e salva mediante o pagamento de um resgate no valor de meio milhão de reais. Foi no dia 28 de agosto de 2001, uma terça-feira. No dia seguinte, os jornais deram a boa notícia: “A tranqüilidade volta à família de Sílvio Santos”.


Dois dias depois que Patrícia havia sido libertada, às 6h30 da manhã, quando ela, suas irmãs e sua mãe ainda dormiam, o seqüestrador, depois de assassinar dois policiais em Barueri, voltou à casa de Sílvio Santos e o manteve sob a mira de um revólver por sete horas.


A família do poderoso apresentador e dono do SBT não sabia como seria o dia seguinte. Talvez dona Íris, esposa de Sílvio Santos, tenha encontrado e lido em voz alta a passagem bíblica que diz: “Vocês não sabem como será a sua vida amanhã”.


No dia 14 de julho de 2001, cientistas americanos enviaram para o espaço de uma base militar no Pacífico uma ogiva antimíssil que deveria destruir no ar um míssil balístico disparado da Califórnia. O artefato rasgou o céu a 24 mil quilômetros horários e em 21 minutos fez o que havia sido programado. O míssil “atacante” estava desarmado, mas poderia transportar ogivas de até 2 megatons, potência equivalente à de 133 bombas iguais à que foi jogada sobre Hiroshima em agosto de 1945. Esse foi o quarto teste para colocar em funcionamento o escudo antimíssil, o único bem-sucedido. Trouxe um avanço considerável para dar aos Estados Unidos uma supremacia militar sem precedentes no planeta e na história.


Quase dois meses depois, no dia 11 de setembro de 2001, numa terça-feira pela manhã, terroristas camicases, armados apenas de pequenas facas, dominaram a tripulação de três aviões e os lançaram de encontro às torres do World Trade Center, em Nova York, e ao Pentágono, em Washington, causando destruição, morte e a mais tremenda humilhação jamais experimentada pelos Estados Unidos.


Eufóricos com a hegemonia americana e com a guerra nas estrelas, o presidente George W. Bush e os 285 milhões de americanos não sabiam como seria o dia seguinte. Talvez o secretário de Estado, Colim Powell, tenha encontrado e lido em voz alta na Casa Branca a passagem bíblica que diz: “Vocês não sabem como será a sua vida amanhã”.
Chama-se Christopher Reeve o bem-sucedido ator de Hollywood que fez o papel principal do filme Superman I. Como Super-Homem, ele era sempre o herói que aparecia e desaparecia, que atravessava paredes, que subia perto da lua, que arrancava aplausos de todo mundo.


Em 1995, numa competição hípica, Reeve caiu do cavalo e fraturou as duas primeiras vértebras da coluna cervical. Tetraplégico desde então e respirando por meio de um aparelho, o máximo que o ex-ator consegue hoje [conseguia: “Morreu a 10 de outubro de 2004, vítima de um infarto causado por uma infecção”, Wikipédia] é fazer pequenos movimentos com o dedo polegar de uma das mãos e com o punho da outra, assim mesmo graças ao seu espírito forte.


Christopher Reeve jamais imaginou que sua brilhante carreira de ator seria tão humilhantemente interrompida. Talvez sua adorável esposa Dana tenha encontrado e lido em voz alta para o marido e seus três filhos a passagem bíblica que diz: “Vocês não sabem como será a sua vida amanhã”.
No ano 539 a.C., Belsazar, rei da Babilônia, deu um monumental banquete para mil nobres de seu reino e ainda convidou suas mulheres e concubinas. A prataria usada no banquete havia sido roubada do templo de Jerusalém por seu avô, o rei Nabucodonosor, cinqüenta anos antes. Eles estavam bebendo vinho e louvando seus deuses de ouro, prata, bronze, ferro, madeira e palha.


De repente, apareceram uns dedos de mãos humanas riscando alguma coisa na parede branca, na parte mais iluminada do palácio. Era algo fantástico, que metia medo. Belsazar ficou tão assustado que os seus joelhos batiam um no outro e as suas pernas vacilaram. Não dava para entender o sentido ou o recado das três palavras escritas na parede: “Contado, pesado, dividido”. Depois de uma correria para encontrar alguém que pudesse interpretar aquela mensagem, apareceu o profeta Daniel, com a seguinte explicação: “Contado quer dizer: Deus contou os dias de seu reinado e já marcou o limite; pesado quer dizer: Deus pesou o rei na balança e faltou peso; e dividido quer dizer: o seu reino será dividido e entregue aos medos e persas” (Dn 5.26-28, EP).


O que estava escrito na caiadura da parede se cumpriu literalmente. Naquela mesma noite, Belsazar foi morto e Dario, o medo, apoderou-se do reino, com a idade de 62 anos, pondo fim ao Império Babilônico.


Belsazar e os seus grandes, bem como as mulheres e as concubinas deles, não sabiam como seria o fim daquela noite festiva. Talvez Daniel tenha encontrado e lido em voz alta a passagem bíblica que diz: “Vocês não sabem como será a sua vida amanhã”.
Certo fazendeiro, dono de uma propriedade maior que o Estado do Espírito Santo, conhecido como o rei da soja, percebeu que os seus celeiros eram poucos e pequenos para guardar a abençoada safra daquele ano agrícola. Então disse para si mesmo: “Já sei o que vou fazer! Vou derrubar meus celeiros e construir outros maiores para guardar todos os meus grãos. Meus bens são tantos e vão durar tanto tempo, que vou descansar, comer, beber e alegrar-me. Vou viajar por este mundo todo, hospedar-me nos melhores hotéis, comprar tudo o que eu quiser, sair com as mulheres mais bonitas, freqüentar os melhores teatros, gozar a vida e gastar, gastar e gastar.” (cf. Lc 12.13-21).


Naquela mesma tarde, a caminho de casa, o fazendeiro meteu a motocicleta numa árvore e morreu ali mesmo.


O rei da soja não sabia como seria aquela tarde. Talvez o capataz tenha encontrado e lido em voz alta para todos os empregados da fazenda a passagem bíblica que diz: Vocês não sabem como será a sua vida amanhã.


Nada é pior que a imprevisibilidade. Ela surpreende sempre. Por isso é bom ler e reler continuadas vezes esta passagem bíblica:
Agora escutem, vocês que dizem: “Hoje ou amanhã iremos a tal cidade e ali ficaremos um ano fazendo negócios e ganhando muito dinheiro!”

Vocês não sabem como será a sua vida amanhã, pois vocês são como neblina passageira, que aparece por algum tempo e logo depois desaparece. O que vocês deveriam dizer é isto: ‘Se Deus quiser, estaremos vivos e faremos isto ou aquilo’. Porém vocês são orgulhosos e vivem se gabando. Todo esse orgulho é mau. Portanto, comete pecado a pessoa que sabe fazer o bem e não faz.
 (Tg 4.13-17, NTLH.)