quarta-feira, 30 de maio de 2012

Você pode virar o mundo de cabeça para cima!


Não me considero um estatístico. Lidar com números nunca foi meu forte. Mas as estatísticas me fascinam! Confesso que gostaria de entender o seu mecanismo, como pequenas amostras revelam com relativa acuidade a opinião da maioria.
Certa vez tomei contato com uma pesquisa que se tem confirmado cada vez mais. Qualquer grupo acima de 20 pessoas, não importa a que segmento pertença – igreja, escola, trabalho, movimentos sociais, etc. – pode ser subdivido em três classes:
·       20% dos membros são aqueles que abraçam inteiramente a identidade e os objetivos do grupo. São os que fazem acontecer, aqueles inconformistas que não se contentam com a mesmice, com o lugar comum. São os que movem a sociedade e ajudam a mover o mundo.
·       20% dos membros podem ser classificados como aqueles que são sempre do contra, os negativistas. Não se enquadram no grupo, mas se mantém ligados a ele talvez pela necessidade de contestar. São os pessimistas de plantão que estão sempre prognosticando o fracasso de tudo. Não colaboram em nada, não participam e são os primeiros a criticar tudo e todos.
·       60% dos membros poderiam ser chamados de “tanto faz, tudo bem”. Eles são a maioria. Não se posicionam contra o grupo, mas não se comprometem com ele. Sua participação não faz a menor diferença nos rumos do grupo. Estão sempre “em cima do muro”. Às vezes se prestam como “massa de manobra” por um dos dois lados radicais, quase sempre pelos 20% inferiores. Uma palavra os define bem: medíocres, isto é, estão na média.
Não sou o criador dessa estatística, mas tenho comprovado que ela espelha muito bem a realidade. E se você for bom observador, também poderá confirmar que ela não falha. E quanto maior for o número de componentes do grupo, mais fácil se torna comprovar sua aplicação.
Minha intenção aqui não é enquadrar qualquer grupo conhecido. Deixo isso a seu critério. Em qual subgrupo você se encaixa também não me cabe rotular. Procuro guardar para mim mesmo as observações que faço em relação aos grupos em que me envolvo. Creio que cada um tem a liberdade de escolher a que subgrupo deseja pertencer.
Quero agora apresentar outra estatística interessante. Para virar o mundo de cabeça para baixo – ou de cabeça para cima – não é necessário um número relativamente grande de pessoas. A estatística comprova que apenas três por cento de uma comunidade podem fazer uma transformação completa nos rumos do pensamento dessa comunidade.
As chamadas “minorias” sociais – o próprio nome já as identifica como grupos pequenos – têm conseguido mudar inúmeros parâmetros da sociedade atual. E não admira que essa influência tenha sido muito mais negativa do que positiva. Mais uma vez não quero dar “nome aos bois” para não oferecer publicidade a quem não merece a mínima.
Se essa estatística é real, e creio que seja, numa comunidade de 300 pessoas bastam nove para influenciar positivamente todo o grupo, mesmo em face da realidade da estatística mencionada anteriormente.
Deus nos tem convocado para fazer a diferença neste mundo no âmbito dos ministérios da igreja, porém muito mais no campo pessoal. Será que somos integrantes dos três por cento em nossa casa, na família, na vizinhança?
Não precisa mais do que isso. A influência exercida pelos três por cento tem seu crescimento em proporções geométricas. Os nove entre os primeiros 300 logo se transformarão em 27, depois em 81, em 243 e assim por diante até estender essa influência para muito além de nossas fronteiras.
Seja alguém que faça a diferença em sua família, em sua comunidade e estenda essa influência para o mundo. Faça parte dos 20% e, dentre eles, procure estar entre os três por cento de maior influência. Certamente o mundo vai se tornar melhor, mesmo em face das crises. É bom lembrar que o Céu começa aqui!

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sábado, 26 de maio de 2012

Um Dia de Esperança para a Humanidade


humanidade-sabado
Necessitamos de esperança para viver.
Por quê o sábado é um dia de esperança?
1. Mostra-nos a Criação de Deus.NOSSO CRIADOR. 
Quando Deus terminou a criação declarou: E eis que tudo era muito bom. (Gên. 1:31). Ele falou e foi feito. Ele mandou e existiu. Origina e sustenta a vida. Que problemas são tão grandes que o Deus de toda a criação não possa resolver? Cada sábado nos mostra um Deus criador e poderoso que do nada criou tudo. Um Deus que tudo pode. Por isso cada sábado traz esperança.
2. Mostra-nos a soberania de Deus. NOSSO SENHOR
Quando Deus terminou a criação, declarou o sábado como feriado universal permanente. Quem quiser respeitá-lo conforme o mandamento (Êxodo 20:8-11 – João 14:15) desfrutará de benefícios físicos, sociais, familiares, intelectuais e espirituais. Quando respeitamos seus mandamentos e o adoramos como Criador, estamos aceitando sua Soberania. Ele é o dono de tudo e tem tudo disponível para nós. Por isso cada sábado nos traz esperança.
3. Mostra-nos o Sacrifício do Jesus. NOSSO SALVADOR
A pesar de que tudo estava perdido pelo pecado, Deus tinha um plano para recuperar, restaurar e salvar.  Jesus Cristo veio, viveu, morreu e nos mostrou que há um caminho de regresso. Venceu o pecado na cruz e à morte na tumba.(Lucas 23:54 – 24:1) Ele pagou nossas dívidas, e temos paz e perdão. Deu-nos seu sangue e sua vida.Alguém me ama! Cada sábado nos mostra um Salvador.  Por isso cada sábado nos traz esperança.
4. Mostra-nos a nova criação de Deus. NOSSO RESTAURADOR   
O sábado nos recorda nossa origem, fomos criados a imagem e semelhança de Deus, sua soberania e tudo o que implica adorá-lo como nosso Senhor e seu amor ao morrer como nosso Salvador. Mas, além disso, o sábado nos antecipa o fim do mundo de pecado, um futuro luminoso, o descanso eterno em uma vida nova (Isaias 66: 22-23). Cada sábado mostra-nos um Deus restaurador. Breve o teremos todo e para sempre. Por tudo isto e muito mais,cada sábado nos traz esperança.

Bruno Raso. Pastor e doutor em Teologia.

Reaviva-se um estilo



A ideia toma corpo em minha vida. Por inúmeras vezes eu fiz o tradicional “Ano Bíblico”. Porém, ler a Bíblia, um capítulo por dia, tem sido um achado. Pode parecer estranho ouvir isso de um pastor, mas a bênção é grande e intransferível. O projeto “Reavivados por Sua Palavra”nos desafia não somente a ler, mas a estudar o texto bíblico, remoer o tema em oração, e, depois, postar uma síntese em 140 toques na rede social do Twitter. A experiência é agregadora. Primeiro, porque ao ler um trecho mais curto, você é levado a refletir sobre o tema. Dessa forma, detalhes se realçam e contextos se interconectam. A segunda parte é complemento da primeira, porque ao escrever uma síntese, o tema é fixado na mente. Antes de compartilhar o texto, busco na oração uma ideia, um formato, uma abordagem, uma bênção.

Percebo que a rede de “reavivados” aumenta dia a dia. Pela manhã, tem sido motivador retuitar as contribuições de líderes que chegam na timeline. De Manaus a Brasília, passando por Belém, Recife, Maceió, Salvador, Tatuí, São Paulo, o “plantão” cresce e alcança Buenos Aires, Lima e Quito. Assim, a corrente do Twitter se agiganta, reavivando um estilo de vida adventista. Sermos conhecidos como o “Povo da Bíblia” já era um privilégio. Todavia, no contexto do reavivamento e reforma, estudar a Palavra se torna um imperativo no tempo do fim.

Aproveite as ferramentas tecnológicas e dê novo significado ao seu relacionamento com Deus. Reavivados por Sua Palavra. É sua dose diária de fé. Experimente. Não há contraindicação. Abraço!

(Jael Eneas, diretor de Desenvolvimento Espiritual e pastor do Unasp, campus Hortolândia, SP)

domingo, 20 de maio de 2012

Pornografia pode desligar parte do cérebro


Para quem acreditava que a pornografia era uma atividade relacionada primordialmente a estímulos visuais intensos, temos novidades. Um novo estudo, realizado por pesquisadores da Universidade de Groningen, da Holanda, sugere que assistir a filmes eróticos pode, na verdade, desligar a região do cérebro conhecida como córtex visual primário, responsável por processar os estímulos visuais. De acordo com o site Live Science, que conversou com um dos autores do estudo, Gert Holstege, a maioria das ações que envolvem assistir a filmes ou praticar qualquer outra atividade visual faz com que o fluxo de sangue para essa região aumente. Entretanto, quando essa atividade envolve assistir a filmes eróticos explícitos, ocorre o contrário. Ou seja, o cérebro parece desviar o fluxo de sangue para outras regiões, provavelmente para aquelas responsáveis pela excitação sexual.

Tomografias e fluxo sanguíneo

Os pesquisadores realizaram tomografias dos cérebros de mulheres enquanto elas assistiam a três tipos de filmes: um documentário sobre a vida marinha do Caribe, um clipe que mostrava cenas de carícias preliminares, e um terceiro, apresentando cenas de sexo explícitas. Os resultados mostraram que as cenas explícitas provocaram reações físicas mais fortes entre as participantes e que o córtex visual primário recebeu um fluxo de sangue bem menor que o recebido durante as exibições dos outros filmes.

Para os pesquisadores, essa resposta do córtex pode ser entendida como o cérebro se concentrando mais na excitação do que no processamento das imagens, como se estivesse tentando guardar o máximo de energia possível, desligando todas as regiões que não são necessárias nesse momento. Ou seja, mais ou menos como as reações de fuga e luta, que fazem com que o cérebro estimule o nosso organismo a responder de determinada maneira em situações de stress.

terça-feira, 15 de maio de 2012

Internet supera TV e jornal



Um estudo inédito realizado pelo IAB Brasil revela que, para o brasileiro, a internet já é o meio de comunicação mais importante. De acordo com a pesquisa, um em cada três brasileiros consome pelo menos duas horas de internet por dia e navega em sites por pelo menos quatro aparelhos diferentes. Comparada ao rádio, à TV e ao jornal, a internet já é a mídia mais consumida, não só em casa, como no trabalho, na escola, em restaurantes, shoppings e reuniões presenciais. Dentre os quase 40% que surfam pelo menos duas horas por dia, somente 25% conseguem gastar o mesmo tempo com a TV. Essa, por sinal, é o meio menos usado entre jovens de 15 a 24 anos. 

O público feminino passou o masculino no quesito preferência e consumo de atividades de mídia. 84% das internautas usa a internet várias vezes ao dia e 65% assiste TV frequentemente enquanto navega na web.  

Em casa, a internet é a mais utilizadas das mídias em todos os períodos do dia: 69% acessam pela manhã, 78% também acessam à tarde e 73% conectam à noite. Apesar do cada vez maior acesso a smartphones e tablets, desktops (77%) e laptops (59%) ainda são as formas mais usadas para acessar a Internet. 

O consumo de mídia em mais de um dispositivo é uma tendência. De acordo com a pesquisa, 66% da audiência online já acessa a internet por mais de dois aparelhos diferentes e 25% dos adultos entre 25 e 34 anos acessa através de quatro ou mais dispositivos. 

O uso do computador em paralelo com outras mídias também é maior. 61% usam um desktop ou laptop para acessar a internet enquanto assiste à TV. Maioria de 65% são mulheres. 

De acordo com a pesquisa, o público online no Brasil é aberto e receptivo à propaganda digital. 36% acha que anúncios na web incomodam menos e são mais sinceros que em outros canais. 44%, no entanto, acreditam que anúncios de TV ainda são mais marcantes que em outras mídias.

O estudo apontou ainda que as redes sociais estão mais presentes nas classes sociais com menos poder aquisitivo e que um terço das pessoas prefere navegar mais do que qualquer outra atividade. Surpreendentemente, esse número inclui também adultos com mais de 55 anos.

sábado, 12 de maio de 2012

O Sábado foi feito por causa do homem



Marcos 2:27 -> O Sábado foi estabelecido por causa do homem, e não o homem por causa do sábado. 
Se prestarmos atenção na tradução intitulada 'Nova Tradução da Linguagem de Hoje' (NTLH) veremos o seguinte; "O Sábado foi feito para servir o homem..." Logo, o quarto mandamento (Êxodo 20:8-11) é uma benção na vida do que o observa, e também é um sinal de fidelidade a Deus, de entrega a Ele. (Ezequiel 20:12, Ezequiel 20:20), também deve-se considerar que o original Grego o termo homem usado ali é 'Anthropos' que significa homem universal. Logo o Sábado não só foi feito para benefício do homem Judeu, mas para TODO o homem, de toda raça, tribo, língua e povo, afinal o evangelho e para todos esses. (Apocalipse 14:6)

Isso também é confirmado quando analisamos o fato de que o sábado não foi instituído para o homem Judeu, mas para todo o ser humano quando leva-se em conta Gênesis 2:2-3, isto é: o Sábado foi estabelecido por Deus no Éden, para Adão e Eva, os pais da humanidade, era propósito de Deus que todos os seus filhos observassem ao quarto mandamento. O primeiro dia completo da vida de um homem foi num sábado, literalmente junto ao Criador, quão magnífico és o nosso Deus! e é por isso que ele já nos deixou claro em Isaías 56:6-7 que o sábado é para os gentios, afinal, que Deus maldoso seria esse que não concedesse tal benção a todo ser humano, mas apenas aos Judeus? seria um exclusivismo negativo, por isso, devemos aproveitar tal benção, e lembre-se: não fanatize o sábado como os Judeus, mas faça o que Jesus fez e ensinou: "O Sábado é para benefício do homem...."


“O Sábado foi feito por causa do homem, e não o homem por causa do Sábado.” Marcos 2:27
Por que você não se decide em guardar o sábado? será um benefício dado por Deus a sua vida, és uma maravilha concedida pelo Criador! um presente Divino! até mesmo estudos científicos provam que é mais saudável e longe da depressão quem observa verdadeiramente o Sábado, conforme o verso seguinte: Marcos 2:28 Cristo Jesus é o Senhor do Sábado! e João foi arrebatado no dia do Senhor Jesus. (Apocalipse 1:10) É claro que nosso descanso é Cristo (Mateus 11:28) mas como poderemos fazer dEle um descanso sem um dia de dedicação ao mEsmo? estejamos pois, em intima comunhão com nosso Salvador de modo especial do dia de Shabat.
Por - Joelder 

sexta-feira, 11 de maio de 2012

Atingidos Pela Cruz


“Pois o amor de Cristo nos constrange, julgando nós isto: um morreu por todos; logo, todos morreram” (2Coríntios 5:14).

Se o cristão, como o apóstolo Paulo, está constrangido, cercado e dominado pelo amor de Cristo, esse amor será o motivador de seus pensamentos, decisões e palavras, de agora em diante. 

Isso significa que na vida, não haverá mais lugar para interesses ocultos, fins egoístas, mas o amor de Cristo encherá todo o seu ser e aí reinará sem rival.

Cristo "morreu por todos" significa que todos estamos mortos por natureza, mas vivos pela graça, pela ressurreição de Cristo. E é por isso que os que vivem — aqueles a quem essa graça foi concedida — não devem mais viver para si mesmos, mas para "Aquele que por eles morreu e ressuscitou" (2Co 5:15).

Diante disso, parecem muito pobres e egoístas os raciocínios próprios e as concepções que tendem a nos tirar do domínio desse amor. 

Quando se trata de servir a Deus, de se entregar totalmente ao seu glorioso serviço, fazemos toda espécie de considerações, desculpas e cálculos que não ousaríamos jamais fazer, se nossa pátria terrena pedisse nossos serviços. Então, seria preciso obedecer, marchar — e sem discutir.

Que possamos conhecer a experiência do amor de Cristo, que nos constrange e nos lembra de que deveríamos morrer, mas fomos remidos e vivificados juntamente com Cristo, pela graça! Em conseqüência, tudo o que somos e tudo o que temos não nos pertence mais.

Que a cruz atinja a profundidade do nosso ser, as próprias raízes da vida, ferindo o "ego", que sabe tão bem se mascarar com aparências religiosas para se manter vivo, exercer sua influência e proteger seus interesses! 

Que a cruz desvende os últimos redutos da vida do "eu", para que o amor de Cristo controle todo o nosso ser! Então, nosso entendimento, pensamentos e juízos serão renovados, e nossa vida encontrará o repouso, a alegria e a paz, porque será dedicada aos outros.


- Extraído de H. E. Alexander, Orvalho da Manhã. 

quinta-feira, 10 de maio de 2012

Viciados em redes sociais



O vício em redes sociais é uma realidade e tem impactos impossíveis de ignorar [...]. Um dos primeiros estudos a revelar a força dessa nova dependência de forma inconteste foi apresentado em fevereiro pela Universidade de Chicago. Depois de acompanhar a rotina de checagem de atualizações em redes sociais de 205 pessoas por sete dias, os pesquisadores concluíram, para espanto geral, que resistir às tentações do Facebook e do Twitter é mais difícil do que dizer não ao álcool e ao cigarro. Uma consulta aos números do programa de dependência de internet do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo (IPq-HCUSP) dá contornos brasileiros ao argumento posto pelos americanos de Chicago.

Hoje, 25% dos pacientes que buscam ajuda no programa do IPq o fazem atrás de tratamento para o vício em redes sociais. “E esse percentual deve aumentar”, afirma Dora Góes, psicóloga do programa. “Até o fim do ano queremos ter um módulo específico para tratar essa vertente da dependência de internet.” Não será fácil estabelecer um protocolo de tratamento. O vício em redes sociais é forte como o da dependência química. Como o viciado em drogas, que com o tempo precisa de doses cada vez maiores de uma substância para ter o efeito entorpecente parecido com o obtido no primeiro contato, o viciado em Facebook também necessita se expor e ler as confissões de amigos com cada vez mais fre­quência para saciar sua curiosidade e narcisismo. Sintomas de crise de abstinência, como ansiedade, acessos de raiva, suores e até depressão quando há afastamento da rede, também são comuns. “É como um alcoólatra”, afirma Dora. “Se para ele o bar é o objetivo, para o viciado estar sempre conectado às redes sociais é a meta.” [...]

Atualmente, a atenção em torno do assunto é tamanha que já há setores defendendo a inclusão da dependência por redes sociais na nova edição do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, da Associação Americana de Psiquiatria, que deve ser publicada em maio de 2013. [...] Considerando a escala potencialmente planetária desse novo candidato à doença – o Facebook tem 901 milhões de usuários no mundo, sendo 46,3 milhões no Brasil, o segundo país com maior participação da Terra –, o pleito é mais do que razoável. [...]

Um estudo feito pela Online Schools em fevereiro, batizado de “Obcecados pelo Facebook”, mostrou que metade dos usuários da rede social com idade entre 18 e 34 anos faz o primeiro acesso do dia logo que acorda, sendo que 28% o fazem enquanto ainda estão na cama.

Entender as razões dessa compulsão em ascensão é um desafio. Por que usamos tanto e, às vezes, até preferimos esses canais para nos comunicar? Carlos Florêncio, coach e consultor em desenvolvimento pessoal há 20 anos, com mais de 60 mil atendimentos no currículo, tem uma teoria: “Nas redes sociais temos controle absoluto sobre quem somos”, diz ele. Lá, as vidas são editadas para que só os melhores momentos, as mais belas fotos e os detalhes mais interessantes do dia a dia sejam expostos. Até os defeitos, quando compartilhados, são cuidadosamente escolhidos. “É uma realidade paralela em que todos apresentam o que julgam ser suas versões ideais”, afirma Florêncio. E isso tem um custo imenso. São poucas as pessoas que conseguem, de fato, viver o ideal que projetam, o que gera grande frustração. E mais: privilegiar as relações mediadas pela internet compromete as nossas habilidades sociais no mundo real. “Desaprendemos a olhar no olho, interpretar os sinais corporais e dar a atenção devida a quem está ali, diante da gente”, diz Dora, do IPq-HCUSP.

Mas nem tudo é ruim nas teias das redes sociais. Pelo contrário. Grande parte do que elas oferecem é bom. O problema é saber dosar o uso para que as vantagens não sejam ofuscadas pelo vício que surge com os excessos. “Ame a tecnologia, mas não a ame incondicionalmente”, afirma Daniel Sieberg, autor do livro The Digital Diet (Random House, 2011), sem tradução para o português. [...]

Nota: Não há dúvidas de que a internet facilitou nossa vida e potencializou a pregação do evangelho, mas precisamos tomar cuidados, especialmente no que se refere às redes sociais. Se o “mundo” está preocupado com isso, como deveriam estar os cristãos? Além do aspecto do vício, que é preocupante, há também a questão da falta de tempo para o que realmente é relevante. Por conta do tempo perdido, muitos navegantes virtuais não mais estudam a Bíblia ou oram como deveriam (e a vida espiritual depende disso). Perdem a espiritualidade imersos na virtualidade. Outra coisa é o testemunho virtual. Muitos pretensos cristãos se esquecem de que sua identidade virtual é uma extensão da real e postam fotos totalmente incoerentes com a vida de um verdadeiro filho de Deus: aparecem em roupas e poses sensuais, divulgam (de graça) marcas, produtos e alimentos incompatíveis com a fé/estilo de vida que professam, etc. Esquecem-se de que o cristão sempre está testemunhando – a favor ou contra o cristianismo. Uma das sugestões do gráfico acima é escolher um dia para desintoxicação digital. Que tal, adventistas, fazer isso no sábado? Você, que guarda o sábado como dia sagrado, deve ter especial atenção às “águas virtuais” pelas quais navega nesse dia. Que tal, nas horas do sábado, mais do que em qualquer outro dia, dedicar-se apenas à evangelização por meio de textos, links e fotos que tenham que ver com a Bíblia e a religião? Que tal, no dia de sábado, desligar-se da rede mundial de computadores e estreitar seus relacionamentos reais, com Deus e com as pessoas?
Michelson Borges, Jornalista Adventista

domingo, 6 de maio de 2012

Vai e não peques mais



Texto: João 8:2-11

A – Um texto de inesgotável fonte de inspiração é o que encontramos em Lucas 19:10: “Porque o Filho do homem veio buscar e salvar o que se havia perdido”.

1 – Este verso retrata a mais sublime missão do Salvador Jesus. O verso focaliza a providência do amor de Deus e apresenta a iniciativa paternal do Pastor em busca da ovelha perdida.

B – Uma ovelha, quando perdida, não sabe, por si só, encontrar o caminho de volta ao redil. Sabe por quê? Porque as ovelhas não têm senso de direção. As ovelhas são diferentes dos cães, dos gatos e dos pombos que facilmente voltam para casa sozinhos. Com a ovelha é diferente. Ela sabe que está perdida, mas não consegue voltar.

1 – Assim é o homem. Sozinho ele nunca volta para Deus. O homem é como uma ovelha perdida. Sempre vai precisar do pastor. Por este motivo, a Bíblia compara o homem como ovelha e Jesus Cristo como o Pastor.

Ilustração: Um gato ladrão.
Quero-lhe contar a história de um gato que criou muitos problemas em nosso lar. Eu era criança, mas nunca pude me esquecer do trabalho que meus pais tiveram com aquele gato. Não era nosso, mas entrava pelo quintal e penetrava na cozinha para roubar comida. Era um gato ladrão. Nós morávamos perto da estrada de ferro, onde o trem passava todos os dias. Certo dia, o trem parou na porta de nossa casa. Meu pai conseguiu pegar o gato, colocou-o dentro de um saco de estopa, amarrou a boca do saco e jogou o gato dentro de um vagão. O trem partiu e foi embora. Meu pai dizia: Desse gato estamos livres. Nunca mais!... Uma semana depois o gato apareceu e miava: Miau! Não sabemos dos detalhes. Certamente o trem parou alguns quilômetros depois e alguém soltou o gato, que voltou novamente para o bairro onde morávamos e continuou a roubar comida.

2 – Repito: O ser humano não é como o cão, pombo ou gato. O ser humano é ovelha perdida.
3 – Se Deus fosse esperar que a iniciativa de regenerar-se partisse do próprio homem, seria impossível a realidade de nossa salvação. Por isso, Ele tomou a iniciativa e veio chamar e buscar o pedido de volta ao redil.

C – Não importa para Deus, o Divino Pastor, quão longe fomos, ou quão profundamente caímos ou quão mau nos tornamos. Ele tem o remédio para todos os males humanos.

1 – Para grandes males, Ele apresenta maior poder de regeneração e recuperação do pecado. O apostolo Paulo diz: “Onde abundou o pecado foi aí que superabundou a graça”.
2 – Ele nos acha perdido e nos convida: “Vinde a mim, Eu vos aliviarei de vossos fardos e angústias”.

D – Cristo foi acusado muitas vezes pelo fato de ser amigo de pecadores. Ele nunca negou que não era. Sua resposta confundia seus acusadores: “Para isto eu vim”. “É a minha missão”. “Não vim para julgar o mundo, e sim, para salvá-lo”. (João 12:47).
1 – Jesus Cristo nunca despediu a alma que o buscasse sedenta de perdão, cura e paz. Com o manto de misericórdia e compreensão envolvia o filho pródigo no caminho do arrependimento, para lhe dizer: “Perdoados são os teus pecados”. Façamos festa porque o filho perdido foi resgatado.

I – JESUS CRISTO E A MULHER PECADORA 

A – No evangelho de João 8: 2-7 encontramos uma vívida experiência no ministério de Cristo que retrata a sua filosofia de amor.

1 – Uma mulher é empurrada e arrastada violentamente a aos pés de Jesus. Mas qual seria o motivo de levarem aquela mulher à presença de Jesus?

a) Simplesmente para encontrar em Jesus uma falta. Trouxeram-na a Cristo com um pensamento ulterior de vingança, e não para um julgamento justo, porque eles mesmos já haviam julgado o caso.
b) O principal objetivo deles era armar para Cristo uma armadilha, quer desrespeitasse a lei, quer tacitamente consentisse na execução.
c) Era uma arapuca perfeita: “Se Ele escolher repudiar a lei de Moisés, que manda que tais mulheres sejam apedrejadas, os sacerdotes podem acusá-lo de não ser profeta.”

(1) Ele havia dito que viera para cumprir a lei e não destruí-la.

B – Em choque com as autoridades romanas. Pensavam os agressores: “Se Jesus permitir o apedrejamento, estará em choque com as autoridades romanas, pois só Roma tem o poder de vida e morte.”

1- Se Jesus perdoasse a mulher, estaria contrariando a lei de Moises. Se Jesus condenasse a adultera estaria em choque com as leis de Roma e também perderia o seu prestígio com as multidões que O seguiam.
2 – Sua mensagem sempre foi: “Sede misericordiosos como é misericordioso o vosso Pai.”

a) Como condenar a mulher e ainda ser misericordioso?
b) Pensavam: “Qual será a sua sentença: Justiça ou Misericórdia?”

3 – Era uma armadilha inteligente: “Se ficar, o bicho come. Se correr, o bicho pega”.
4 – E ali no pátio de templo, de manhã bem cedo, formou-se o tribunal de inquisição: “Que morra essa mulher”. “Ela envergonha a nossa sociedade”. “Ele foi apanhada no próprio ato de delito.”

C – Construamos mentalmente este tétrico quadro:

1 – Nobres senhores com pedras na mão. Rostos implacáveis e austeros e alterados pelo ódio de falsa pureza. Oh! Gente limpa ofendida pela afronta desta pecadora! O crime não pode ficar impune!

D – Agora construamos outro quadro:

1 – Do outro lado, uma pecadora caída de joelhos aos pés de Jesus. Suas mãos cobrem-lhe o rosto desfeito em lágrimas, balbuciando uma oração despedindo-se da vida e pedindo a misericórdia divina de perdão.

E – Agora vem uma pergunta a você e a mim: se fôssemos expectadores pessoalmente deste drama, de que lado ficaríamos?
1 – Do lado da multidão ou do lado da mulher pecadora?

2 – Dizem que todo tumulto nos contagia. Alguma vez você já passou perto de um tumulto e foi contagiado por ele? O tumulto que eu me refiro é uma batida de carro, um incêndio, um crime na rua, um assalto... Você é contagiado? Dá a sua opinião? Fala a respeito do que está certo ou errado? Certamente, sim! Porque todo tumulto nos contagia e damos a nossa opinião.

a) Se você estivesse naquela manhã, na porta do templo, assistindo a cena, de que lado você ficaria? Do lado da multidão que mandava apedrejar ou do lado da mulher pecadora?

Ilustração: Vendo o quê?
Recentemente, eu passava de carro, num domingo à tarde, por uma das avenidas da minha cidade. Observei que muitas pessoas estavam olhando para o céu, observando alguma coisa. Imaginei: “Será que estão vendo algum disco voador?”. Continuei viajando e via mais pessoas olhando para cima. Curioso, parei o carro. Procurei para um rapaz que estava com os olhos vidrados nas alturas: O que é que todos estão vendo? Ele me deu a resposta mais sensacional que alguém já me deu. Ele me disse: “Eu não sei o que é. Estou querendo saber!”.
A vida é assim: todo tumulto nos contagia.

Aplicação homilética: Se você estivesse também na porta do templo em Jerusalém, naquele tumulto, qual seria a sua opinião sobre o caso? Ficaria ao lado da pecadora? Pegaria uma pedra também?

F – Os acusadores voltam a carga quebrando silêncio e insistem no pronunciamento de Jesus,

1 – Insistem: “Mestre, qual é o teu veredito: Justiça ou Misericórdia?”
2 – Soa fulminante e tranquilo desafio à consciência: “Aquele que for inocente atire a primeira pedra”. “Aquele que não tiver culpa, que for limpo e justo tome a iniciativa da execução”.
3 – Houve profundo silêncio. Momento para reflexão. Todos folheiam a página do diário do passado. Era momento de recapitulação e encontro com seu passado.

4 – Diz o texto que Jesus, sem dizer uma palavra, começou a escrever na terra com o dedo, nos pés dos acusadores. O que Jesus escreveu?

a) A Bíblia não diz o que Jesus escreveu. Mas todos supomos que Ele escreveu os pecados de todos os acusadores que estavam com pedras nas mãos.

(1) Aproximou-se de um loiro e alto de cabelos grisalhos e barbas longas, e nos seus pés escreveu: “Extorsão”...
(2) Perto dos pés de outro escreveu: “Idólatra”...
(3) De um terceiro escreveu: “Mentiroso”...
(4) Do seguinte escreveu: “Beberrão”...
(5) De outro: “Assassino”...
(6) De mais outro: “Adúltero”...

b) As pedras vão caindo de suas mãos...
c) Um por um rastejam como animais procurando sombras...

G – Finalmente, quantas pedradas recebeu a mulher? Quantas?

1– E por que nenhuma? Por qual razão?

a)O Texto explica. João 8:9 – “Acusados pela própria consciência”. Acusados no íntimo – “a começar pelos mais velhos até aos últimos”.

(1) Operação do Espírito Santo.

2 – Hoje, existe uma tendência na igreja de imaginar que só os jovens são pecadores.

a) Existem aqueles que pensam: “Quanto mais velho, mais santo”. “Quanto mais jovem, mais pecador”.
b) Existem igrejas que pensam que só os mais velhos podem ser líderes, porque não confiam nos jovens. Para estes, jovem é sinônimo de uma vida irregular. Dizem: “Só pode ser ancião se for casado”. Só pode ser ancião se tiver mais de 35 anos. Isto é um absurdo. Ser casado e ser velho não são sinônimos de santidade. Quantos problemas eu já vi de gente casada e de pessoas idosas!

(1) O texto diz: “A começar dos mais velhos”. Foram eles os primeiros a se retirar.

3 - O texto explica que a retirada se iniciou com os mais velhos. Isto quer dizer que nos dias de Jesus já havia também velhos pecadores e pecadores velhos.

II – COM QUEM ELA ADULTEROU?

A – A lógica diz que foi com um homem. Mas onde estava ele na hora do apedrejamento?

B – A adúltera não poderia ter sido infiel se um homem não a houvesse tentado.

1 – O grande pregador americano Peter Marshal disse certa vez num sermão sobre o assunto: “Não haveria nenhuma prostitua no mundo, se os homens não tivessem más paixões”. Para Marshal o problema da prostituição não começa com uma mulher, mas com os homens. As prostitutas têm a sua gênese com os prostitutos – os homens, os iniciadores da prostituição no mundo.

a) Algum homem deveria ter ficado ao lado dela na sua condenação, para ser apedrejado também. Mas ela estava sozinha.

Citação, Ellen G. White: “Entre aqueles nobres acusadores estavam alguns que foram culpados do desvio daquela pobre moça do caminho da virtude e da reputação”.

b) Como? Revoltamo-nos. Que sórdida hipocrisia! Talvez você esteja indignado e quem sabe com vontade de apedrejar, não a pecadora, mas aqueles falsos moralistas que estavam dispostos a apedrejar a pobre moça.

C – Mas onde se apoiaram, então, para acusar a pobre vítima?

1 – Na pseudoteoria machista de que “no homem nada pega”.

a) Eles dizem: “O homem é homem. A mulher tem de andar na linha, mas o homem...”.
b) Pega, sim! Deus não aceita este juízo improvisado aos homens. Deus e a Bíblia chamam-nos de hipócritas e adúlteros.

D – Acusados no íntimo da consciência, um a um, deixam todos o cenário daquele tribunal improvisado e ignominioso.

III – O AMOR SUPLANTA O ÓDIO

A – João 8:10,11 (1ª. Parte) “Erguendo-se Jesus e não vendo a ninguém mais além da mulher, perguntou-lhe: Mulher, onde estão os teus acusadores? Ninguém te condenou? Respondeu ela: Ninguém, Senhor!”

1 – O amor suplanta o ódio. A força da graça entra agora em operação dinâmica.

B – A mulher espera agora a censura e a repreensão do seu libertador.

1 – Cristo a compreende. Ele veio para salvar o perdido. Não veio para condenar, mas chamar os pecadores ao arrependimento.

C – A interrogação de Jesus: “Ninguém te condenou?”

1- Veja a sua resposta: “Ninguém, Senhor”.
2 – A pecadora usou apenas duas palavras. Isto foi tudo que ela disse do princípio ao fim.
- Não se desculpou pela sua conduta.
- Não tentou justificar o que fez.
3 – Se estavam ali alguns homens que já a tinham usado e abusado dela, era a hora de contar o pecado deles a Jesus. Ela não disse nada. Só apenas: “Ninguém, Senhor!”  Usou apenas duas palavras.

D – Cristo olhou para ela, vendo as faces manchadas de lágrimas e vendo os seus olhos vermelhos de chorar, vendo mais fundo o seu coração, vendo o seu genuíno arrependimento, diz-lhe: “ Nem eu tampouco te condeno”.

1- Mágicas palavras de efeito. Bálsamos penetrantes.

a) Em outras palavras: “Eu te perdoo, mulher”.
b) Para aquela mulher pecadora as palavras do Grande Mestre foram semelhantes a um cântico de um pássaro após uma grande chuva com tempestade. Agora tudo estava calmo!

Aplicação homilética:
 Você já foi perdoado alguma vez? Como reagiu ao perdão?

Ilustração: “Você foi perdoado!”
O meu neto, quando criança, meteu no nariz uma bolinha de vidro. Estava morrendo sufocado sem poder respirar bem. O seu pai, com medo do que poderia acontecer, colocou-o no automóvel e correu para o hospital mais próximo. Atravessou todas as avenidas em velocidade. Perto de sua casa há uma avenida com barreira eletrônica. Ele passou a 100 km, tentando salvar o seu filho, que foi socorrido a tempo. Um mês depois chegou a multa do DETRAN. Ele fez uma carta ao órgão, explicando tudo o que havia acontecido. Não negou que havia cometido uma infração, mas apresentou todos os documentos hospitalares e médicos, pedindo clemência. Aguardou a resposta. Um dia recebeu uma carta do DETRAN que lhe dizia em poucas palavras: “Você foi perdoado!” Eu o vi pulando de alegria e dizendo: “Eu fui perdoado! Eu fui perdoado!”... Que alegria!

IV – “EU NÃO TE CONDENO”.

A – Analisemos a profunda teologia do versículo 11. Vamos omitir a conclusão para fortalecer a nossa análise. João 8:11 (Só a 1ª. Parte): “Respondeu ela: Ninguém, Senhor! Então lhe disse Jesus: “Nem eu tampouco de condeno”.   Só até aí.

1 – Se o verso acabasse aí, que tínhamos? Simplesmente um evangelho desfigurado.

a) Se Cristo fosse assim, seria apenas um bom homem.
b) Se Cristo fosse assim, seria apenas um homem compreensivo...
- Sinceramente, onde estaria o Salvador?

2 – Se Jesus Cristo agisse assim, seria condescendente com o pecado, como quem dissesse:

a) “Você caiu realmente, mas isto não é coisa do outro mundo. Quem não cai?”
b) “Isto não tem importância. Aqueles teus acusadores também sãos sujos. Não faça caso! Continua na sua vida!”

3 - Se Jesus agisse assim, obliteraria a impressão da desgraça. Ocultaria o verdadeiro caráter do débito. Uma tal teologia encorajaria a pessoa a outras quedas.

4 – Teologia sem lei, sem fruto de obediência.

5 – Se Cristo agisse assim com a pecadora, seria como o Cristo do Corcovado no Rio de Janeiro, sempre de braços abertos, abençoando a vida perdida das praias, dos lupanares, dos cassinos e carnavais do Rio.

a) O carioca bebe, e quando está embriagado, caído na sarjeta, e olha de qualquer lugar do Rio, e lá em cima do Corcovado, está Jesus Cristo de braços abertos, como se dissesse: Está tudo bem! Eu estou aqui para te abençoar!...

B – Mas Cristo concluiu o seu discurso àquela mulher, dizendo:

1 – João 8:11 (última parte). “VAI E NÃO  PEQUES MAIS”.

a) Eu não te condeno. Eu te perdôo.
b) Eu te assistirei na experiência de uma vida vitoriosa.

2 – A graça que nos oferece o perdão nos outorga poder e força e alento para uma vida vitoriosa.

a) Foi exatamente isto que aconteceu com a mulher pecadora.

(1) Porventura voltou ela a vida de pecado? Não. Nunca mais. Ela passou a ser uma seguidora de Jesus. Ela esteve ao Seu lado até a morte.

Aplicação Homilética: “O meu poder se aperfeiçoa na fraqueza”.

C – Aquele que nos leva justificado ao batismo é o mesmo que nos mantém limpos na igreja.

1 – Imagine se Cristo tivesse procedido assim:

a) “Vai, depois que provares que não podes mais pecar, então, vem e eu te perdoarei”.

2 – Não! Cristo não faz assim.

D – Cristo diz assim: “Estarei contigo na tentação para te fortalecer. Eu te assistirei com a graça de Meu poder”.

1 – O perdoado não deve voltar à mesma prática do pecado.

Ilustração: Um porco limpo e bem tratado.
Billy Grhan contava em suas campanhas evangelística a experiência de uma senhora que foi à feira e comprou um porquinho. O porco passou a ser tratado como quem trata um filho. Banhado com xampu, perfumado, bem vestido e com argola de ouro no pescoço. Um dia, ela foi a uma festa e levou o seu porquinho. Era o porco “garoto propaganda” nas reuniões sociais. Na festa ela se esqueceu de seu porquinho. Ele saiu por uma porta e foi para o quintal... Procurando-o, encontrou o porco na lama. Por quê? O banho exterior não muda a natureza do porco.

Aplicação homilética: A tendência natural do homem sem Cristo é sempre voltar para a lama, para o pecado. Mas Deus quer mudar a nossa natureza.

2 – Efésios 3:16,17. “Para que, segundo a riqueza da sua glória, vos conceda que sejais fortalecidos com poder, mediante o seu Espírito no homem interior; e, assim, habite Cristo no vosso coração, pela fé, estando vós arraigados e alicerçados em amor”.

3 – Completa transformação. Hebreus 10:16 e17. “Esta é a aliança que farei com eles, depois daqueles dias, diz o Senhor: Porei no seu coração as minhas leis e sobre a sua mente as escreverei, e acrescenta: Também de nenhum modo me lembrarei dos seus pecados e das suas iniquidades, para sempre”.

Pr. Emmanuel de Jesus Saraiva 
Natural de São Luís – Ma. Formado em Teologia, Pedagogia e Letras. Autor de dois livros: “Memórias da África” e “A História do Adventismo no Maranhão”. Trabalhou como pastor em várias igrejas no Maranhão, dentre as quais a Igreja Central de São Luís. Foi departamental de Jovens e Educação nas Missões Costa Norte, Central Amazonas e Nordeste e diretor do Educandário Nordestino Adventista – ENA. Por seis anos foi missionário na África, como diretor do Seminário Adventista de Moçambique, onde lecionou várias disciplinas teológicas, dentre as quais Homilética e Oratória. Casado com a professora aposentada Nilde Fournier Saraiva. Tem duas filhas: Raquel e Léia. Trabalhou como pastor por 35 anos. Hoje, jubilado, mora em São Luís - MA e atua como Ancião da Igreja do Colégio Adventista de São Luís - CASL. 

sábado, 5 de maio de 2012

Os Enganos dos Últimos Dias - I

"Havendo Deus, outrora, falado, muitas vezes e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, nestes últimos dias, nos falou pelo Filho, a quem constituiu herdeiro de todas as coisas, pelo qual também fez o Universo" (Hebreus 1:1-2).

Quero retomar a análise deste tema tão importante, sob a batuta deste gigante espiritual chamado Charles Swindoll, partindo deste seu pensamento exposto na reflexão de ontem: "Diga-me que você depreendeu a vontade de Deus a partir das Escrituras, depois de tê-la estudado cuidadosamente dentro do contexto em que foi dada, e você terá minha atenção e meu respeito".

Desvio de Rota

A importância deste tema, por mais que se fale a respeito e seja destacado, jamais receberá o realce e ênfase merecidas - haja vista o número de apostasias, deserções das fileiras do exército cristão, motivadas exatamente pelo afastamento do verdadeiro e criterioso estudo da Palavra de Deus, secundado por um espírito de humildade, orações sinceras, guia do Espírito Santo e - importante - equilíbrio mental e emocional.

Nestes mais de 30 anos de cristianismo consciente - não estou aqui falando de infalibilidade pessoal, perfeição, etc. - eu acompanhei inúmeros casos e situações em que pessoas (a maioria delas, cristãs, sinceras e zelosas na causa de Deus) surgiram com algumas idéias diferentes e destoantes daquelas que compõem o conjunto das Verdades Bíblicas cridas e aceitas pelos fiéis.

Até aí... tudo bem; até porque eu não sou obrigado (graças a Deus por isso!!!!) a crer exatamente em tudo da mesma maneira como crêem os pastores Alejandro Bullón, Erton Köller, Alberto R. Timm, José Carlos Ramos, etc. Nem eu e nem você somos forçados - biblicamente falando - a ver, crer e aceitar as coisas exatamente da forma como estes e outros líderes cristãos as vêem, crêem e aceitam. De outra forma, não seríamos parte ou componentes do Corpo de Cristo - que é a Igreja - mas, sim, meros elementos ou peças de uma fabricação em série.

No entanto, para a coesão - harmonia interna, manutenção do equilíbrio e da identidade - e paz entre os membros do corpo, como acontece com qualquer grupo social, aceitamos através de convenções a fixação de valores ou parâmetros determinados a partir das Sagradas Escrituras: o Livro Texto e principal Manual Cristão.

Abrindo um parêntesis, é interessante esclarecer aqui, neste ponto, para o leitor - adventista, ou não - a importância e seriedade desta questão. Quando alguém me pergunta: Quais são as doutrinas da Igreja Adventista do Sétimo Dia? Eu respondo taxativamente: "Nenhuma!" "Mas, como?" "O que você quer dizer com isso?" 

Enquanto os olhares incrédulos ainda estão postos em mim, calmamente explico: A minha Igreja, a nível mundial, jamais criou ou estabeleceu qualquer doutrina. No decurso dos anos, desde os primórdios do Movimento Millerita, esta Igreja tem-se dedicado ao estudo da Palavra de Deus e, através deste estudo criterioso e da discussão e debates democráticos nas assembléias, sob a guia do Espírito Santo, a IASD "reconhece" (ou não) que determinada questão é (ou não) uma Verdade Bíblica. Dessa forma, não temos "doutrinas adventistas", mas, sim, "doutrinas bíblicas". 

Ao mesmo tempo que trabalha as questões formativas do Corpo Doutrinário - estabelecido com base, em primeiro lugar, na própria Bíblia e nos ganhos e conhecimentos progressivos desta através dos séculos - a Igreja Adventista, como corpo denominacional, entende que ninguém tem o direito de impor as suas idéias ou pontos de vista doutrinários a quem quer que seja.

O "pomo da discórdia" encontra-se exatamente aí: Surge uma pessoa ou grupo aqui ou acolá com uma "idéia diferente" e passa a querer impor a todos os demais esta "visão" diferente e a criticar e/ou atacar as demais pessoas. Geralmente, alegam que possuem uma "nova luz"; quando, na maioria das vezes, como diz o amigo e escritor Azenilto Britto, "não passa de um curto-circuito". 

Estas pessoas me fazem lembrar uma historinha que ouvi contar a muito tempo sobre um personagem chamado Juquinha. A sua mãe era daquele tipo extremamente protetor e que exagera as qualidades do filho e subestima os seus evidentes defeitos. Dessa forma, só o Juquinha prestava e só o Juquinha sabia das "coisas" e só ele estava certo.

Acontece que o Juquinha cresceu - ficou mais velho - e chegou a época do serviço militar. A partir daí, ele passou a ser - ao menos para a mãe - o melhor soldado do mundo. E, no dia 7 de setembro, a sua mãe, acompanhado de um séqüito de familiares, veio ver o desfile militar: ou melhor, "foi ver o Juquinha marchar". 

Chega o momento esperado: Quando passa o batalhão em que Juquinha estava servindo, composto por mais de 800 homens. Quando eles, precedidos pela banda e pelo toque do bumbo, batem o pé direito no chão, o Juquinha bate o esquerdo. Neste momento a mãe exclama quase em delírio: "Olha lá Manoel, olha lá Tonho e Joana: Só Juquinha está no passo certo! Só Juquinha sabe marchar direito!!!" 

Surtos Doutrinários

Estou em Vitória, passando os meus últimos dias de férias; esta semana, eu soube com tristeza, mas não com surpresa, que algumas pessoas queridas com as quais convivi na minha infância estão disseminando várias idéias heréticas e formando uma dissidência: Uma "nova igreja". 

Voltarei a tratar esse assunto amanhã e, quem sabe, numa série de novos artigos; no entanto, quero concluir lembrando a estas pessoas e a todas as demais aquilo que Paulo diz em Efésios: "Edificados sobre o fundamento dos apóstolos, do qual Cristo é a Pedra principal*".

Como o próprio Paulo nos mostra, no seu evangelismo em Atenas (Atos 17), as pessoas, de modo quase geral, sempre se deixam excitar e fascinar (seduzir) por coisas "novas" ou "estranhas". Até aí, nenhuma novidade!!! Nosso Senhor Jesus alertou para o fato de que os últimos dias, os dias que precedem a Sua Vinda, seriam marcados pela profusão de ensinos falsos, enganos e heresias. 

Atentemos para o fato: "Se possível, enganariam os próprios eleitos". Sejamos humildes! Sejamos criteriosos! Nada de buscar a "verdade" em pessoas, líderes religiosos ou dissidências! Busquemo-la no único lugar onde ela pode ser encontrada: Na Bíblia, a Palavra de Deus! Sigamo-la da única maneira correta como ela pode e deve ser seguida: "em Jesus", como afirma Paulo. - Elizeu C. Lira.

Nota: Como estou numa daquelas lojas em que se paga para usar a Internet, aonde preparei este artigo, não dispunha nem de Bíblia ou Concordância; por isso, não coloquei a "localização" exata dos textos, mas eles são muito conhecidos... 

- Extraído, revisado e adaptado de "O Mistério da Vontade de Deus", de Charles Swindoll.

quinta-feira, 3 de maio de 2012

HISTÓRIA DE PERPÉTUA

O nobre exército de mártires foi reforçado por muitas pessoas vindas da formosa capital da África romana. A senhora Perpétua, que se convertera pouco tempo antes, foi uma delas.

Era uma senhora casada, de 22 anos de idade, de boa família, bem educada, mãe de uma criança de colo. Seu pai era pagão, amando-a ternamente, e quando a agarraram e levaram para a prisão, procurou por todos os meios fazê-la voltar para o paganismo. Um dia ela, mostrando-lhe um jarro que estava perto, disse:

– Meu pai, veja este vaso; pede porventura dar-lhe um nome diferente daquele que tem?

– Não – disse ele.

– Pois bem – disse Perpétua, – também eu não posso usar outro nome que não seja o de cristã.

A estas palavras o pai colérico, esbofeteou-a, e então retirou-se, e por alguns dias não tornou a aparecer. Durante essa ausência, ela se batizou, com mais quatro jovens, um dos quais era seu irmão, e então começou a perseguição sobre ela, pois foi lançada com seus companheiros na masmorra comum. Não havia luz, e quase se asfixiava pelo calor e pela aglomeração de gente.

Alguns dias depois, espalhou-se a notícia que os prisioneiros iam ser interrogados, e o pai de Perpétua, minado de desgosto, veio da cidade, com desejo de salvá-la. A maneira como se aproximou dela era bem diferente, e as ameaças e violências deram lugar às súplicas e rogos. Pediu-lhe que se apiedasse dos seus cabelos brancos, e pensasse na honra de seu nome, e de como ele a tinha amado acima de todos os filhos. Apelou para que ela se lembrasse de sua mãe e irmãos, de seu querido filho, que não podia viver sem ela.

– Não nos aniquile a todos! – exclamou ele.

Logo, encurvou-se, chorando amargamente, e lhe beijou as mãos com ternura, e, como suplicante, lhe disse que doravante, em vez de lhe chamar filha chamaria "senhora", porque agora ela era senhora do destino de todos eles. Mas Perpétua, sustentada por Deus, suportou a agonia com inabalável coragem, dizendo:

– Neste momento de provação, há de acontecer o que for da vontade de Deus. Fique sabendo, meu pai, que nós não podemos dispor de nós mesmos, mas que esse poder pertence a Deus.

No dia do julgamento foi conduzida ao tribunal com os outros prisioneiros, e quando chegou a sua vez de ser interrogada o pobre velho pai apareceu com a criança, e, apresentando-lhe diante dos olhos, pediu-lhe mais uma vez que tivesse compaixão deles.

Valendo-se da situação, o procurador Hidariano suspendeu a sua interrogação, e lhe disse com maneiras mais delicadas:

– Poupe os cabelos brancos de seu pai; poupe o seu filhinho; oferece um sacrifício pela prosperidade do imperador!

Porém ela respondeu: – Não oferecerei sacrifício algum.

Então o procurador lhe perguntou: – É cristã?

A estas palavras o pai rompeu em altos gritos, tanto que o procurador ordenou que ele fosse lançado ao chão e açoitado. Perpetua assistiu tudo isto com coragem, reprimindo a sua dor. Em seguida leram a sua sentença de morte e a conduziram de novo à prisão com os seus companheiros.

Quando se aproximava o dia dos jogos, mais uma vez o velho a visitou, e com rogos ainda mais veementes lhe pediu que tivesse dó da sua aflição, e consentisse em oferecer um sacrifício pela prosperidade do imperador. Mas apesar de tão grande mágoa, Perpétua não se abalou em sua firmeza, não negou a fé. Foram estas as mais duras provas que ela teve de passar, mas se acabaram, e chegou o dia do seu martírio.

Nesse dia foi conduzida para fora com o irmão e outra mulher chamada Felicidade, e as duas foram atadas em redes e lançadas a uma vaca brava. Os ferimentos de Perpétua não foram mortais, mas o povão não saciado de sangue, disseram ao algoz que aplicasse o golpe de morte.

Como que despertando de um sonho agradável, Perpétua chegou a túnica mais a si e, depois de ter dirigido com voz fraca algumas palavras de animação a seu irmão, ela mesmo guiou a espada do gladiador para o coração, e assim expirou.

Corajosa Perpétua! Nosso coração bate apressado ao ler a sua maravilhosa história; mas pela graça de Deus, veremos você coroada e feliz na presença de seu Salvador!

– Breve História do Cristianismo, A. Knight e W. Anglin.

terça-feira, 1 de maio de 2012

Atingidos Pela Cruz

“Pois o amor de Cristo nos constrange, julgando nós isto: um morreu por todos; logo, todos morreram” (2Coríntios 5:14).

Se o cristão, como o apóstolo Paulo, está constrangido, cercado e dominado pelo amor de Cristo, esse amor será o motivador de seus pensamentos, decisões e palavras, de agora em diante. 

Isso significa que na vida, não haverá mais lugar para interesses ocultos, fins egoístas, mas o amor de Cristo encherá todo o seu ser e aí reinará sem rival.

Cristo "morreu por todos" significa que todos estamos mortos por natureza, mas vivos pela graça, pela ressurreição de Cristo. E é por isso que os que vivem — aqueles a quem essa graça foi concedida — não devem mais viver para si mesmos, mas para "Aquele que por eles morreu e ressuscitou" (2Co 5:15).

Diante disso, parecem muito pobres e egoístas os raciocínios próprios e as concepções que tendem a nos tirar do domínio desse amor. 

Quando se trata de servir a Deus, de se entregar totalmente ao seu glorioso serviço, fazemos toda espécie de considerações, desculpas e cálculos que não ousaríamos jamais fazer, se nossa pátria terrena pedisse nossos serviços. Então, seria preciso obedecer, marchar — e sem discutir.

Que possamos conhecer a experiência do amor de Cristo, que nos constrange e nos lembra de que deveríamos morrer, mas fomos remidos e vivificados juntamente com Cristo, pela graça! Em conseqüência, tudo o que somos e tudo o que temos não nos pertence mais.

Que a cruz atinja a profundidade do nosso ser, as próprias raízes da vida, ferindo o "ego", que sabe tão bem se mascarar com aparências religiosas para se manter vivo, exercer sua influência e proteger seus interesses! 

Que a cruz desvende os últimos redutos da vida do "eu", para que o amor de Cristo controle todo o nosso ser! Então, nosso entendimento, pensamentos e juízos serão renovados, e nossa vida encontrará o repouso, a alegria e a paz, porque será dedicada aos outros.


- Extraído de H. E. Alexander, Orvalho da Manhã.