sexta-feira, 25 de abril de 2014

Primeiro “casamento” gay triplo é realizado nos EUA


Mais uma modalidade de "casamento"
Elas são as protagonistas do primeiro casamento gay triplo realizado no mundo: Doll, Kitten e Brynn, de Massachusetts, EUA, se uniram em uma cerimônia em agosto de 2013, mas só agora decidiram contar sua história. Cada uma delas, vestida de branco, foi levada por seus pais até o altar onde trocaram votos e alianças. Em entrevista ao site do jornal britânico Daily Mail, Brynn contou que conheceu Doll em 2009, por meio de um site de namoro online. Elas namoraram por oito meses até que decidiram morar juntas. Dois anos depois, decidiram procurar por uma terceira mulher para se juntar a elas. Criaram um perfil no site OkCupid e começaram a trocar mensagens com Kitten. Foi quase amor à primeira vista. O chamado throuple encontrou então um advogado de família especialista em casamentos gays. Ele elaborou documentos de forma que as três norte-americanas estivessem ligadas umas as outras. Enquanto Brynn e Kitten são legalmente casadas, Doll está “prometida” para as duas.

Em entrevista, elas afirmaram que são muito felizes vivendo juntas e que estão ansiosas pela chegada do primeiro filho, previsto para nascer em julho. Kitten, 27 anos, está grávida depois de passar por um tratamento de fertilização in vitro usando um doador de esperma anônimo. “Esperamos ter três filhos. Nós sempre brincamos que o número de crianças não deve ultrapassar o dos pais”, disse Brynn, 34 anos.


Nota: Quando as “amarras” morais são desatadas, abre-se espaço para todo tipo de anomalia. O que impedirá no futuro que irmãos se casem? Que filho se case com a mãe, e pai com a filha? Que pessoas se casem com animais (confira)? Casamentos pedófilos? E por aí em diante. E, para piorar, essas “famílias” exóticas também pleiteiam o direito de ter e/ou adotar filhos. Crianças precisam do modelo de família constituída por pai e mãe. Já há filhos de casais gays reconhecendo que ter crescido nesse tipo de família não foi bom (confira). Pouco a pouco, estamos assistindo à destruição do conceito de família tradicional, uma das duas instituições criadas por Deus no Éden. [MB]

O pastor que rasgou o livro

No dia 1º de março, o pastor e doutor Horne Silva apresentou no Unasp, campus São Paulo, um sermão que causou polêmica nas redes sociais porque alguém filmou apenas uma pequena parte da mensagem e a postou no Facebook. Nessa parte do sermão, o pastor Horne, para causar impacto, rasgou algumas páginas do livro Música, de Ellen White, alegando que não eram necessários aqueles conselhos, uma vez que quase ninguém parece dar-lhes atenção. Foi o suficiente para causar uma polarização. De um lado, houve quem aplaudisse a atitude corajosa do pregador; de outro, houve quem o acusasse de fanático, extremista e exagerado. Infelizmente, houve até atitudes desrespeitosas com um pastor que tem PhD em teologia e que lecionou por muitos anos para muitos pastores que hoje trabalham na obra adventista. Não se trata de “pegação no pé” dos músicos (tão importantes que são para a igreja), já que vêm sendo feitas críticas também às mensagens sem “substância teológica” que estão sendo apresentadas em muitos púlpitos. Talvez, justamente por isso, estejamos vendo uma mudança significativa em certos aspectos do louvor praticado nas igrejas adventistas. Estamos estudando o assunto ou o que mais conta é o nosso gosto? Preocupamo-nos com a preferência do Ser adorado ou levamos em conta apenas a nossa preferência? O pastor Horne não é um irresponsável. Como pregador, ele quis usar um recurso impactante para despertar a reflexão em torno de um assunto delicado. Talvez esses que o criticaram de modo agressivo fizessem o mesmo ao ver Isaías profetizando nu ou ao contemplar Moisés despedaçando as tábuas de pedra escritas pelo dedo de Deus - ou quem sabe eles mesmos rasgassem os livros de Ellen White, se isso não fosse visto como "politicamente incorreto". Abaixo, está o sermão completo do pastor Horne, que publico aqui a pedido. Ele me disse o seguinte: “O que fiz foi consciente e contristado porque não estamos dando a Deus a música que Ele merece.” O uso extensivo que ele faz de textos de Ellen White se deve ao fato de que o destinatário de sua mensagem é a Igreja Adventista. Leia e tire suas conclusões. [MB] 
O ser humano normal, em âmbito intelectual, moral e espiritual, sabe e sente que há um Ser superior, um Criador de todas as coisas. Esse homem (sentido genérico) sente a necessidade de reverenciar e prestar um culto de adoração a Deus. No Salmo 42:2, Davi diz que sua “alma tem sede de Deus”. Todos nós cristãos participamos desse sentimento de Davi e podemos dizer com ele: “Alegrei-me quando me disseram: Vamos à casa do Senhor.” Vamos à casa do Senhor para quê? Para prestar-Lhe culto. Mas o que é culto? Jesus, falando à mulher samaritana, disse: “Mas vem a hora, e já chegou, quando os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade, porque são estes que o Pai procura para Seus adoradores. Deus é espírito; e importa que os Seus adoradores O adorem em espírito e em verdade” (João 4:23, 24). Gosto disto aqui: “Os verdadeiros adoradores adorarão o Pai.”
E, então, o que é um culto? É adoração a Deus. Ok. Está claro, mas por que vou adorar a Deus? Adoro a Deus em virtude do que Ele é. Todavia, tudo que sei a respeito de Deus foi o que Jesus disse: “Quem vê a Mim, vê o Pai” (Jo 14:9). Quer dizer que quem quer conhecer a Deus tem que ver Jesus. Mas quem é Jesus? Jesus é o Senhor, é o Deus do Antigo Testamento que Se encarnou tornando-Se homem. Que ressuscitou e hoje está nos Céus e intercede por nós, para nos salvar.
Segundo Hebreus 1:1, 2, esse Jesus é o Criador de todas as coisas; Ele é onipotente, onisciente, onipresente; Ele é o grande El Shadday, o mistério dos mistérios, o Deus de amor.
Bom, já que eu sei o que é Deus e quem Ele é, como posso prestar honra a esse Deus? Como posso homenagear esse Deus? Prestando-Lhe um culto. O problema é que nossa geração está perdendo o senso do que é Deus e da Sua presença. Hoje, a criatura quer assumir o papel do Criador. Estão dizendo que “deus está dentro de você mesmo”. “Adore você mesmo.” Nossa geração está, literalmente, rejeitando a Deus. É por isso que vemos em nossos cultos a prática de uma adoração que busca o prazer para os adoradores, fazendo do culto um espetáculo, um show para agradar às pessoas.
Ivan Espíndola de Ávila, pastor evangélico ex-presidente da Sociedade Bíblica do Brasil, diz: “O púlpito esvaziou-se, e os pastores, que não têm mais mensagem que falem ao coração do rebanho, gostam de dizer que não são mais pregadores e, sim, comunicadores. A tribuna sagrada foi substituída pela plataforma, em que se apresentam conjuntos musicais estridentes, alheios à noção do sagrado. Os cultos têm aspecto de shows, e a mensagem foi sorrateiramente eliminada. Há sobra de ruído e carência de verdadeira comunhão.” 
Em 1984, publiquei um livro de 389 páginas intitulado Culto e Adoração. Já faz 30 anos desde sua publicação – e o culto mudou, mas não foi para melhor. Poderíamos gastar muito tempo analisando as diferentes partes do culto, mas não temos tempo para isso. Quero falar sobre um aspecto do culto que está se tornando a parte principal da adoração: a música. Sutilmente, o tipo de música que usamos na igreja está mudando e afetando a liturgia. Os ouvintes não têm paciência e preparo para ouvir um sermão expositivo ou doutrinário, uma boa pregação. Eles querem mensagens leves, com forte apelo emocional. O pregador é mais um narrador, um comunicador falando numa entonação e linguagem melosa. 
Como Igreja Adventista temos uma orientação para a música apropriada para o culto? Temos. Ótimo, problema resolvido. Não, não está resolvido, porque não seguimos a orientação que temos. Veja o que diz o Manual da Igreja, p. 151: “Toda melodia que partilhe da natureza dojazzrock ou formas híbridas relacionadas, ou toda linguagem que expresse sentimentos tolos ou triviais, serão evitadas.”
Veja aqui o que diz a Lição da Escola Sabatina do 3º trimestre de 2011, p. 73: “É difícil dizer a diferença entre o que está sendo tocado na igreja e o que está sendo tocado como música secular (porque, francamente, não há diferença).” 
Será que não sabemos discernir que o sagrado vem de cima e o profano vem de baixo? Que essa “música gospel” é um engodo do diabo? Será que Igreja Adventista tem uma clara e segura orientação de Deus? 
 No livro Música, de Ellen G. White [que não contem tudo o que ela fala sobre o assunto], o então diretor do Centro de Pesquisas Ellen G. White, Alberto Ronald Timm, diz o seguinte: “São orientações de Deus, extraídas dos escritos de Ellen G. White por seu neto Arthur White, a pedido da Associação Geral” (p. 7). Vejamos algumas dessas orientações de Deus: 
“Não é o cantar forte que é necessário, mas a entonação clara, a pronúncia correta e a expressão vocal distinta” (p. 24). “Pode-se fazer grande aperfeiçoamento no cantar. Pensam alguns que, quanto mais alto cantarem, tanto mais música fazem; barulho, porém, não é música. O bom canto é como a música dos pássaros – suave e melodioso. Tenho ouvido em algumas de nossas igrejas solos completamente inadequados ao culto na casa do Senhor. As notas prolongadas e os floreios, comuns nas óperas, não agradam aos anjos” (p. 25, 26).
“Os que fazem do canto uma parte do culto divino, devem escolher hinos com música apropriada para a ocasião, não notas de funeral, porém melodias alegres e todavia solenes. A voz pode e deve ser modulada, suavizada e dominada” (p. 30).
“Quão impróprias essas vozes agudas, estridentes, para o solene e jubiloso culto de Deus! Desejo tapar os ouvidos, ou fugir do lugar, e regozijo-me ao findar o penoso exercício” (p. 32).
“Vi que todos devem cantar com o espírito e também com entendimento (1Co 14:15.) Deus não Se agrada de barulho e desarmonia... E quanto mais perto puder chegar o povo de Deus do canto correto, harmonioso, tanto mais será Ele glorificado, a igreja beneficiada e os incrédulos impressionados favoravelmente” (p. 32, 33).
“...e quando chegam a uma nota alta, fica impossível de ouvir qualquer palavra da congregação em seu canto, nem ouvir outra coisa, a não ser grunhidos parecidos com os que são emitidos por deficientes mentais” (p. 36, 37). 
“Eles gritavam e cantavam suas canções até que se tornavam realmente histéricos” (p. 37).
“A verdade para este tempo não necessita disso para conseguir a conversão de pessoas. Uma balbúrdia de barulho fere os sentidos e perverte aquilo que, se devidamente dirigido, seria uma bênção” (p 39).
“Por essas coisas os incrédulos são levados a pensar que os adventistas do sétimo dia são um bando de fanáticos” (p. 42).
“Canções frívolas e partituras de músicas populares de sucesso parecem estar de acordo com seu gosto” (p. 48).
“A movimentação física no cantar é de pouco proveito. Tudo que de algum modo está ligado ao culto religioso deve ser elevado, solene e impressivo” (p. 64, 66).
“Notas ásperas e gesticulações exageradas não são exibidas entre os componentes do coro angelical. O cântico deles não irrita os ouvidos. É suave e melodioso, e ocorre sem esse grande esforço que tenho testemunhado. Não é algo forçado, que requer muito esforço físico” (p. 67).
Convido os meus ouvintes a que, se possível, leiam o contexto e vejam os princípios que Ellen G. White traz para a igreja. Agora, e a Bíblia? Não fala nada? Não precisa falar muito para incluir tudo que é certo e errado quanto à música. Vamos ler Amós 5:23, que diz: “Afasta de Mim o estrépito dos teus cânticos; porque não ouvirei as melodias das tuas liras.” A Bíblia na Linguagem de Hoje é mais clara: “Parem com o barulho das suas canções religiosas; não quero mais ouvir a música de harpas.” E a Bíblia Viva é ainda mais enfática: “Acabem com esse barulho das suas canções; eles são um barulho que incomoda Meus ouvidos. Não ouvirei suas músicas, por mais belas que sejam.” 
Ao profeta Ezequiel Deus disse: “Ao Meu povo ensinarão a distinguir entre o santo e o profano, e o farão discernir entre o imundo e o limpo” (Ez 44:23). Espere! Vamos com calma. Estamos vivendo numa nova era. Temos que levar em consideração a cultura. Cultura? Consideremos o seguinte:
1. Que tal se disséssemos aos europeus que no Brasil adoramos a Deus ao som de samba, frevo, forró, pagode ou axé? Esses são ritmos mais relacionados com a cultura brasileira. E não o rock, o blues, o jazzswing da música gospel. 
2. O que você vai fazer com a Bíblia? Ela está cheia de cultura, e cultura milenar. E ainda oriental. E os livros da senhora Ellen G. White, escritos há mais de cem anos? O Deus que eu adoro e o Deus que a Igreja Adventista adora é um Deus que está além da cultura; Ele não muda. “Ele é o mesmo ontem, hoje e eternamente” (Hb 13:8).
O problema é que a igreja quer se tornar como o mundo, com a desculpa de trazer os que estão fora, no mundo. Mas com isso ela está se “mundanizando”, secularizando.
Kenneth Wood foi professor, escritor e diretor do Centro White por 28 anos. Ele diz categoricamente: “A igreja nunca presta um serviço ao pecador comprometendo-se com o mundo. É melhor que os não regenerados permaneçam fora da igreja até que se submetam aos princípios da igreja, do que ela [a igreja] se tornar semelhante ao mundo, alistando como membros aqueles que desejam trazer suas normas, seus costumes e gostos.”
O pastor Ted Wilson, presidente mundial da Igreja Adventista, falando para a América do Sul, disse que “o avanço do mundanismo em muitas de nossas igrejas é alarmante”. É claro que é alarmante. No entanto, devemos ter equilíbrio. Equilíbrio em quê? Equilíbrio entre o sacro e o secular? Entre o santo e o profano? Existe equilíbrio entre o “assim diz o Senhor” e o coração enganoso do homem? “Que comunhão pode ter a luz com as trevas”? (2Co 6:14). Equilíbrio entre nossas convicções pessoais e a orientação divina? Salvação não é questão de equilíbrio, mas de fé e santificação. O que devemos fazer?
Tenho conhecimento e vivência para mostrar o problema e dar a solução. Mas prefiro que Ellen White nos diga o que devemos fazer, numa citação que não está no seu livro Música. Depois de escrever um capítulo inteiro sobre diversos aspectos da música, ela termina dizendo que “há uma obra a fazer: remover o lixo [rubbish] que se tem trazido para dentro da igreja” (Evangelismo, p 512).  Precisa ser mais claro? Quem vai fazer isso? Eu tenho a resposta. Mas quero deixar para um homem de Deus responder, na pergunta que o pastor Kenneth Wood faz: “Tornar-se-á a música do mundo música da igreja? A resposta cabe aos responsáveis pela liderança da igreja nestes tempos solenes, e aos que suspiram e gemem por causa de todas as abominações que se cometem no meio dela (Ez 9:4).”
Ó, Senhor! Tenha misericórdia de nós. Perdoa a nossa maneira indevida de Te adorarmos. Ajuda-nos a aprendermos a Te adorar na beleza da Tua santidade. Que o nosso culto e a nossa música sejam para Tua honra e glória. Amém!

sábado, 19 de abril de 2014

O Dia do Senhor virá como um ladrão

”Mas o dia do Senhor virá como o ladrão de noite; no qual os céus passarão com grande estrondo, e os elementos, ardendo, se desfarão, e a terra, e as obras que nela há, se queimarão.” (2 Pedro 3:10)
Quando comecei a aprender sobre as profecias bíblicas e os eventos que precederão a volta de Jesus, eu sempre me perguntava como Ele poderia vir como um ladrão de noite, de uma maneira inesperada, já que teríamos tantos sinais e tantas outras coisas terríveis acontecendo antes mas, mesmo assim, ouviríamos os fiéis cumprindo a profecia: “Esse é o Senhor, a quem aguardávamos!” (Isaías 25:9). Não parecia fazer muito sentido. Mas com o passar dos anos comecei a entender o porquê. 
Em 2001, quando ocorreu o trágico ataque às torres gêmeas, eu me lembro como se fosse hoje o quanto se pregou sobre o assunto e o quanto falamos sobre a volta de Jesus nas rodas de irmãos na porta da Igreja. Lembro o quão alarmados ficamos e quão certos estávamos de que realmente o fim estava muito, muito próximo. Mas... passou. Passou até dezembro de 2004, quando novamente ocorreu algo inacreditável: um terrível e avassalador Tsunami. Ficamos todos aterrorizados e novamente pressionamos o botão de alarme “Cristo está voltando”. Mas parece que esse botão de alarme é quase como “Nossa, Cristo está voltando MESMO!!”, o que dá a impressão de que, no fundo, nós não acreditássemos muito mais nisso.
Vez ou outra, ao saber de algo tremendo, uma catástrofe natural, um atentado terrorista, notícias sobre o decreto dominical ou um crime hediondo (mas um hediondo mesmo, porque dos “comuns” - assaltos, corrupção, tráfico etc, já estamos acostumados), comentamos quase que mecanicamente: “É.. é o fim do mundo mesmo!”. Parece que cada vez precisamos de algo mais forte para nos certificarmos de que não cremos numa ilusão, que realmente as profecias estão se cumprindo e que a nossa religião não é só nossa cultura ou filosofia.
Muitos cristãos tem se apresentado como "sapos" - daqueles que só percebem o perigo se forem jogados na água quente, mas não percebem que estão morrendo na água que ferve aos poucos.
"Porquanto, assim como, nos dias anteriores ao dilúvio, comiam, bebiam, casavam e davam-se em casamento, até ao dia em que Noé entrou na arca e não o perceberam...” Mateus 24:38 e 39.
Os sinais e acontecimentos tem seu papel, mas seu efeito não é duradouro se não mantivermos uma comunhão íntima e constante com Deus. A fonte de nossa fé é Jesus e só uma comunhão real com Ele pode manter acesa e firme nossa fé em tempos de paz e de guerra. 
Para os que O amam e aguardam a Sua vinda, Jesus não virá como um ladrão. Virá como a doce realização de seus sonhos. Mas infelizmente virá como um ladrão de noite para os que dormiram, não se prepararam, como as virgens que não tinham azeite nas suas lâmpadas. Mas os fiéis, exultantes dirão:
“... Eis que este é o nosso Deus, a quem aguardávamos, e ele nos salvará; este é o SENHOR, a quem aguardávamos; na sua salvação gozaremos e nos alegraremos.” Isaías 25:9 
Que eu e você HOJE, possamos ser este tipo de fiéis.
(por Gisele Correia)

sexta-feira, 18 de abril de 2014

Lua de sangue é sinal da volta de Jesus?

Coloração causada pelos raios do Sol

O continente americano viu, nesta última terça-feira (dia 15), um eclipse lunar, ou a “Lua de sangue”, quando a Lua fica na sombra da Terra em relação ao Sol e ganha um tom avermelhado. No Brasil, o eclipse total poderia ser visto a partir das 3h, por cerca de 78 minutos, nas regiões Norte e Centro-Oeste, se as condições meteorológicas permitissem. Os eclipses totais da Lua, quando o satélite cruza o cone de sombra da Terra, são pouco frequentes. O último ocorreu no dia 10 de dezembro de 2011. A última vez que aconteceu uma série de quatro eclipses lunares totais foi entre 2003 e 2004, segundo a agência espanhola EFE. Este é primeiro de uma série de quatro eclipses lunares que deve ocorrer, aproximadamente, a cada seis meses e se repetirá apenas sete vezes neste século. O próximo eclipse total está previsto para o dia 8 de outubro. Ainda neste ano, também será possível observar dois eclipses do Sol - um em abril e outro em outubro.

A agência espacial americana (Nasa) explicou que a Lua de sangue ocorre quando a região periférica da Lua ingressa no centro da sombra da Terra, que é de cor âmbar. É durante esse período que o satélite é visto da Terra com uma cor avermelhada, causada pela luz do Sol e matizada por sua passagem pela atmosfera terrestre - algo similar à coloração que a luz solar adquire nos crepúsculos.

Ao longo da história, os eclipses solares e lunares estiveram rodeados de muitas superstições e referências a profecias sobre desastres naturais de grande magnitude (com informações dosite G1). E não faltaram pessoas que especulassem sobre a possível relação dessa Lua de sangue com as profecias de Mateus 24 e Joel 2, que diz: “O Sol se converterá em trevas, e a Lua em sangue, antes que venha o grande e temível dia do Senhor.” Afinal, será que há alguma relação? O texto abaixo, escrito pelo teólogo Dr. Alberto Timm, é bastante esclarecedor a esse respeito:

O texto bíblico declara que a segunda vinda de Cristo seria precedida por um grande terremoto, bem como por sinais cósmicos no Sol, na Lua e nas estrelas (ver Jl 2:31; Mt 24:29; Mc 13:24, 25; Lc 21:25; Ap 6:12, 13). Os adventistas creem que esses sinais se cumpriram respectivamente com o terremoto de Lisboa, no dia 1º de novembro de 1755; o escurecimento do Sol e a Lua em cor de sangue, em 19 de maio de 1780; e a queda das estrelas, na noite de 13 de novembro de 1833. Mas pelo menos três argumentos básicos têm sido usados contra tais identificações. Um dos argumentos é que esses acontecimentos não passariam de fenômenos naturais, reincidentes e explicáveis cientificamente, que não poderiam ser considerados cumprimentos proféticos. Devemos reconhecer, no entanto, que esses fenômenos são “sinais” (Lc 21:25) mais importantes pelo seu significado do que pela sua própria natureza. Além disso, em várias outras ocasiões Deus usou meios naturais com propósitos espirituais. Por exemplo, o dilúvio envolveu água e uma arca (Gn 6-8); e entre as pragas do Egito havia rãs, piolhos, moscas, pestes, úlceras, saraiva, gafanhotos e trevas (Êx 7–12). De modo semelhante, os sinais cósmicos, mesmo podendo ser explicados cientificamente, apontavam para importantes realidades espirituais.

Outro argumento usado contra as identificações acima mencionadas é que elas já estão demasiadamente distantes da segunda vinda de Cristo para ainda ser consideradas sinais desse evento. Mas Cristo deixou claro que esses sinais deveriam ocorrer “logo em seguida à tribulação daqueles dias” (Mt 24:29), ou seja, próximo ao término dos 1.260 anos de supremacia papal (Dn 7:25). Apocalipse 6:12-14 esclarece que a sequência terremoto/sol/lua/estrelas ocorreria no contexto da abertura do sexto selo, e não do sétimo selo, que é a segunda vinda de Cristo.

William H. Shea, em seu artigo “A marcha dos sinais”, Ministério, maio-junho de 1999, p. 12, 13, identifica a seguinte sequência profética: (1) o grande terremoto de 1755; (2) o dia escuro de 1780; (3) o juízo sobre a besta em 1798; (4) a queda das estrelas em 1833; e (5) o início do juízo investigativo pré-advento em 1844. Assim como o grande terremoto e o dia escuro precederam o juízo sobre a besta, a queda das estrelas antecedeu o início do juízo investigativo.

Um terceiro argumento contra tais identificações é que o terremoto de Lisboa em 1755 não foi o mais intenso abalo sísmico já registrado. Independentemente de sua intensidade, o terremoto de Lisboa foi o mais significativo, em termos proféticos. Como prenúncio do término dos 1.260 anos de supremacia papal, o terremoto ocorreu em um domingo, Dia de Todos os Santos, quando os devotos católicos estavam reunidos em suas igrejas, e nenhum dos supostos santos os conseguiu proteger.

Otto Friedrich, em sua obra O fim do mundo (Rio de Janeiro: Record, 2000), p. 227-271, afirma que alguns padres e freiras anteviram em sonhos e visões que Lisboa seria destruída. A posição tradicional adventista é confirmada em Nisto Cremos: as 28 Crenças Fundamentais da Igreja Adventista do Sétimo Dia, 8ª ed. (Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 2008), p. 417-419; e no Tratado de Teologia Adventista do Sétimo Dia (Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, 2012).

Ellen G. White, em O Grande Conflito, p. 636, 637, reconhece que, por ocasião da segunda vinda de Cristo, “o Sol aparecerá resplandecendo” à meia-noite e um “grande terremoto” abalará a Terra (Ap 16:18). Mas na mesma obra (p. 304-308, 333-334), a Sra. White assegura que os sinais cósmicos mencionados especificamente pelo profeta Joel (Jl 2:31), por Cristo (Mt 24:29; Mc 13:24, 25; Lc 21:25) e pelo apóstolo João (Ap 6:12, 13) se cumpriram respectivamente em 1755, 1780 e 1833. Portanto, a Igreja Adventista do Sétimo Dia aceita os eventos ocorridos nessas datas como sendo os sinais preditos em Mateus 24:29.

(Alberto Timm, Centro White)