domingo, 25 de dezembro de 2011

Ajudando os filhos do Rei

"Então o Rei dirá aos que estiverem à Sua direita: Vinde benditos de Meu Pai! Entrai na posse do reino que vos está preparado desde a fundação do mundo. Porque tive fome e Me destes de comer; tive sede e Me destes de beber; era forasteiro e Me hospedastes; estava nu e Me vestistes; enfermo e Me visitastes; preso e fostes ver-me" (Mateus 25:34-36).


No livro intitulado Tempestade à Vista, o escritor e famoso pregador Billy Graham lembra que "você e eu fomos convocados não só para proclamar as boas novas da salvação de Cristo, mas para demonstrar Seu amor por todos quantos ainda sofrem necessidades".(1)

Isso soa plenamente de acordo com as boas novas dAquele que descreveu a Sua obra nas seguintes palavras: "O Espírito do Senhor está sobre Mim, porque o Senhor Me ungiu para pregar boas-novas aos quebrantados, enviou-Me a curar os quebrantados de coração, a proclamar libertação aos cativos e a pôr em liberdade os algemados" (Isaías 61:1).

Se nós, cristãos, queremos realmente fazer a diferença neste mundo, é mister que as nossas ações sociais correspondam na íntegra às nossas palavras e declarações de amor aos perdidos e sofredores.

Para que isso aconteça, é preciso que o sal saia do conforto - inércia, inutilidade - do saleiro e comece a dar sabor às vidas afetadas pelas conseqüências do pecado. O mundo espera que ajamos desta forma. Fazer menos do que isso, é negar o poder e a eficácia do Evangelho para transformar vidas e trazer dignidade às pessoas.


Fé & Obras

Existem religiosos, membros e líderes, que não sabem fazer outra coisa senão reunir comissões e mesas administrativas para estudar a cor da nova pintura, o tamanho do carpete, o sistema de refrigeração do templo ou o quanto vão gastar em sua reforma.

No entanto, se a Igreja quer fazer a diferença nesta geração, é preciso gastar tempo para cumprir a obra que Deus lhe confiou, cumprir a sua missão - a única coisa que justifica a sua existência e que a diferencia de todas as demais organizações mundanas.

Não devemos ficar só na conversa, planejando e orando, como aquele religioso a quem uma mulher sem teto procurou em busca de auxílio.

O homem - muito sincero, sem dúvida, mas, também, muito ocupado e pouco prático no exercício de suas funções sacerdotais - prometeu orar por ela. Mais tarde, a mulher escreveu este poema e o entregou a um dos diretores regionais da Missão Abrigo (Shelter):

Eu tive fome, e tu formaste um grupo humanitário para discutir a minha fome.

Estive presa e tu te retiraste discretamente para a tua capela e oraste pela minha libertação.

Estava nua e, na tua mente, questionaste a moralidade da minha aparência.

Estive enferma e tu te ajoelhaste e agradeceste a Deus por tua saúde.

Estava desabrigada e tu me falaste do abrigo espiritual do amor de Deus.

Estava solitária E tu me deixaste sozinha a fim de orar por mim.

Parecias tão santo, tão próximo de Deus! Mas eu ainda estou com fome... e sozinha... e com frio.(2)


Religião prática X Práticas da religião

A Bíblia nos revela claramente a essência da religião cristã: "A religião pura e sem mácula, para com o nosso Deus e Pai, é esta: Visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações e a si mesmo guardar-se incontaminado do mundo" (Tiago 1:27).

Nosso Senhor Jesus deixou clara a responsabilidade social por parte de todos os Seus seguidores: "O Rei, respondendo, lhes dirá: Em verdade vos afirmo que, sempre que o fizestes a um destes Meus pequeninos irmãos, a Mim o fizestes" (Mateus 25:40).

Sendo assim, torna-se impossível dissociar a profissão da fé cristã do engajamento nas questões sociais que afetam os perdidos e sofredores. Como afirma Billy Graham: "Creio que para tocar no coração das pessoas que sofrem, num mundo cheio de males, precisamos tocar também na necessidade que elas têm de alimento e de abrigo. Nosso testemunho de amor por uma alma perdida deve andar de mãos dadas com nosso interesse amoroso por um corpo moribundo. Fomos chamados por Deus a fim de levar a água da vida tanto para a alma quanto para o corpo. Deus criou a ambos, e Seu propósito é redimir a ambos".(3) - Elizeu C. Lira.

Referências
1. Billy Graham, Tempestade à Vista, pg. 210.
2. John Stott, Mentalidade Cristã, pg. 38.
3. Billy Graham, Tempestade à Vista, pg. 213.

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