quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

A história do verdadeiro Papai Noel


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Este conto não é de adolescentes, é de um vovô e seus netinhos: Alice, de sete anos, Laura, de cinco anos, Gabrielzinho (era assim que o chamavam por ser pequeno), de quase três anos (vai fazer no dia 27) e o bebê que mamãe está esperando, chamado: Nicolas.

Flávio passou a mão na testa rapidamente e voltou a por a mão no volante; estava suando. Mesmo estando de férias, tinha um trabalho: se vestir de Papai Noel para agradar a criançada lá na praça. O que ele fazia era simplesmente dizer: "ho, ho, ho, feliz Natal", dar uma balinha para cada criança e escutar os pedidos de cada uma delas. Mas aquela roupa, touca e barba o deixavam suado; ele tinha vontade de criar uma roupa de Papai Noel que fosse de manga curta, sem toca e com barba mais curta (ou mesmo sem barba falsa, pois a dele já era curta e branca). Uma coisa que ele desejou e era possível foi um bom banho frio.

Chegando à casa de seu filho, seus netinhos logo vieram abraçá-lo. Alice lhe deu uma florzinha lilás e viu um sorriso na face de seu avô; Laura colocou em seu avô a toca que ele havia tirado e o Bibi (Gabrielzinho) deu um beijo no vovô e disse:

- Não achei nenhuma flor no jardim que fosse vermelha com azul e verde que você pediu.

- Não tem problema, eu achei uma pra você lá na floricultura. Sabe por que eu lhe pedi? Porque essas cores lembram o Natal. Conheço a história de um "Papai Noel" que nasceu no Natal. Querem que eu conte a história dEle?

Todos disseram que sim e vovô começou:

- Esse "Papai Noel" era filho de uma moça chamada Maria e de um carpinteiro chamado José. Ele veio do Céu e um anjo veio avisar Maria e José que eles teriam um filho e o nome dEle seria Jesus. José e Maria tiveram que ir para a cidade de Belém para um recenseamento; todas as pessoas deveriam ir à cidade em que nasceram para se registrar e José havia nascido em Belém. José e Maria iam de burro e bem devagar, já que Maria estava grávida e seu bebê já estava para nascer. Por causa disso eles chegaram depois de todo mundo e não tinha um lugar para eles ficarem.

Laurinha levantou a mão interrompendo a história:

- Que nem quando não achamos vaga no shopping?

Alice com um tom de autoridade e um olhar de repreensão, falou:

- É, é sim, mas agora psiu eu quero ouvir a história.

- Tudo bem, Laura, imagine o estacionamento lotado do shopping, só que bem pior. Imagine que você está cansada, passou o dia todo balançando e carregando peso... Você ia querer um banho, uma cama quentinha, lençóis limpos, um travesseiro bem macio e, acima de tudo, um quarto limpo, não mal cheiroso e sem animais! José e Maria também queriam muito isso. Mas batiam em portas e todos diziam que não havia lugar para ninguém. Mas uma pessoa ficou com dó e disse que não havia lugar, mas atrás da sua hospedaria, que eram os hotéis daquela época, havia um estábulo; lá não era um bom lugar pra se ficar, mas era o único lugar que eles poderiam usar. Pensem se vocês iriam gostar de ficar lá: não havia cama quentinha com lençóis limpos, mas palhas frias e desconfortáveis; o estábulo não tinha porta e o vento da noite entrava; o lugar estava cheio de animais e era mal cheiroso. O barulho de animais à noite incomodava, mas eles não dormiram muito, pois logo Maria deu à luz Jesus, e o estábulo se encheu do Seu chorinho. Ele era muito importante porque, como veio do Céu, era filho de Deus e não de José. Mas as pessoas estavam tão ocupadas que nem O perceberam; apenas três pastores foram avisados pelo anjo e foram até o estábulo. Quando Maria e José...

- Vovô, desculpe interromper, mas eu já ouvi falar dessa história. Mamãe fala que Jesus nasceu em um estábulo e pastores e reis magos foram até lá. Você não falou de reis magos.

- Calma cada coisa a seu tempo, Alice. Quando José e Maria conseguiram uma casa pra ficar, três reis magos foram visitá-los. Os reis magos estudavam as estrelas e eram sábios; eles eram do Oriente. Não eram judeus, eram reis do Oriente. Eles liam a Bíblia, e quando viram a estrela a seguiram e levaram também presentes para Jesus. Depois de um tempo, José e Maria voltaram para Nazaré, que era onde eles moravam. Jesus crescia um bom menino. Quando esse "Papai Noel" cresceu, Ele levava a todos os Seus presentes, mesmo quando não era Natal. Os presentes dEle Ele não levava em um saco e deixava pela chaminé. Ele sabe o nome de cada criança. Os presentes que Ele dava eram: milagres, Ele curava os doentes, ressuscitava mortos, fazia paralíticos andarem, surdos ouvirem, mudos falarem e cegos enxergarem. Ele também contava muitas histórias. Jesus ama tanto cada um de nós, que deu Sua vida por nós! Ele morreu na cruz para poder nos dar o melhor presente de todos! Pra poder nos dar vida eterna no Céu! Lá no Céu não haverá morte, doenças, tristezas, nem dor. Lá nós vamos poder construir nossa casa com pedras preciosas, e também teremos uma casa preparada na linda cidade de Nova Jerusalém. Essa cidade foi o próprio Jesus que fez. Vocês querem saber a única coisa que vocês devem fazer para ganhar esse presente?

- SIM!!! - disseram todos ao mesmo tempo.

- Basta aceitar a morte dEle na cruz e deixá-Lo morar no coração de vocês!

- Então eu aceito e quero que esse "Papai Noel", Jesus, faça parte da minha vida!

Os outros disseram: "Eu também", e abraçaram o vovô e ele disse:

- Então um dia Jesus vai dar esse grande presente para vocês.

- Mas, vovô, só quero fazer mais uma pergunta: Jesus não é o Papai Noel, né? - perguntou Laura.

- Não - respondeu vovô, - mas a palavra Noel, em francês, significa Natal.

- Então já entendi - Alice nem esperou mais explicações. - Jesus é o verdadeiro Papai Noel porque Ele é o verdadeiro sentido do Natal.

Todos voltaram a se abraçar, aproveitando aquele fim de dia gostoso em família.


[Texto: Giovanna Borges - Imagem: Christos Georghiou/Fotolia]

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