domingo, 18 de março de 2012

Era Necessário o Sofrimento de Jesus?


O próprio Senhor Jesus admitiu que, para nos salvar, “era necessário” não apenas que morresse, mas também que sofresse (Mar. 8:31). Não podemos esquecer que, ao Se tornar o nosso Salvador, Cristo assumiu o nosso lugar como pecadores perdidos, com todas as contingências dessa condição.

A consequência última do pecado é a morte, mas ela envolve o sofrimento e a desdita. Tomando o nosso lugar, Cristo sofreu a resultante de toda hediondez do pecado. Por isso é dito acerca dEle, que “era desprezado e o mais rejeitado entre os homens; homem de dores e que sabe o que é padecer” (Is. 53:3). Por quê? Porque “tomou sobre Si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre Si” (v. 4). Porque, por amor de nós,“ao Senhor agradou moê-Lo, fazendo-O enfermar” (v. 10).

Assim, Seu sofrimento era necessário para a nossa salvação, tanto quanto Sua morte. Todo esse processo tornou-O um Salvador, mais que suficiente, capaz, isto é, devidamente habilitado a nos socorrer. Sofrendo as dores de toda a humanidade, pode Ele vir em apoio indistintamente a qualquer ser humano. Isso não ocorreria, se Ele tivesse suportado apenas o momento da morte (pior ainda se fosse morte “instantânea”, suave,“menos sofrida”), e não soubesse,“na carne” (I Ped. 4:1), o que é a nossa experiência. É assim que o escritor sagrado pôde declarar: “Pois Ele [Jesus], evidentemente, não socorre a anjos, mas socorre a descendência de Abraão. Por isso mesmo convinha que, em todas as coisas, se tornasse semelhante aos irmãos, para ser misericordioso e fiel sumo sacerdote nas coisas referentes a Deus, e para fazer propiciação pelos pecados do povo. Pois naquilo que Ele mesmo sofreu, tendo sido tentado, é poderoso para socorrer os que são tentados.” Heb. 2:16-18.

Evidentemente, Ele sofreu infinitamente mais do que nós, porque o Seu sofrimento não era apenas vicário (isto é, em nosso lugar); era, antes de tudo, expiatório (isto é, para nos salvar). Principalmente a partir do Getsêmani, e até o momento em que bradou “Está consumado!” Cristo arrostou a nossa penalidade total, e sofreu tudo aquilo que nos estava reservado, caso Ele tivesse decidido assumir a nossa culpa.

O sofrimento que se abaterá sobre os perdidos, no fim do milênio, será da mesma natureza, e, provavelmente, da mesma intensidade com que sobreveio a Jesus em Seu momento crucial. Por não terem aceitado o fato de que Ele tomou o lugar deles, eles O rejeitaram como Redentor. Então, terão, eles mesmos, de assumir a culpa e a penalidade de seus pecados. Quão importante é que tenhamos Jesus como nosso Salvador e Senhor sempre!

Ellen G. White declara:“Se Ele [Jesus] não fosse nosso representante, a inocência de Cristo ter-lhe-ia poupado toda essa angústia; foi, porém, devido a Sua inocência que Ele sentiu tão intensamente os ataques de Satanás. Todo o sofrimento que constitui o resultado do pecado foi lançado no seio do inocente Filho de Deus. Satanás estava ferindo o calcanhar de Cristo, mas toda aflição suportada por Cristo, todo pesar, toda ansiedade, estava cumprindo o grande plano da redenção do homem.” –Mensagens Escolhidas, vol. 3, pág. 129.

Com efeito, “não houve uma só gota de nossa amarga miséria que Ele não provasse, parte alguma de nossa maldição que Ele não sofresse a fim de que pudesse levar a Deus muitos filhos e filhas”. – Mensagens Escolhidas, vol. 1, pág. 253. – José Carlos Ramos, diretor do Programa de Pós-graduação do Salt, Campus Engenheiro Coelho, SP.

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