Se você não fica consigo mesmo e gosta disso, pode ser que exista algum problema
com você. Se sente, vamos dizer, uma compulsão para ter que estar com pessoas o
tempo todo, isto pode ser sintoma de alguma dificuldade emocional podendo ser
insegurança, dependência, tendência ao controle, exibicionismo, carência
afetiva, etc.
Ou se você prefere o tempo todo estar só, e se sente desconfortável na presença
de pessoas, isto também pode revelar a presença de algum distúrbio emocional, o
qual, igual ao exemplo anterior, não quer dizer, necessariamente, algo grave.
Depende. Pode indicar timidez, medo de cometer erros em público, pobre vida
afetiva, bloqueio emocional, distimia (estado crônico de tristeza e tendência
pessimista), etc.
Há um desafio para cada pessoa destes dois grupos. Para quem está no grupo das
pessoas que “precisam” estar sempre acompanhadas, pode haver a necessidade de
aprender a ter prazer em estar sozinho, para meditar, gostar de sua própria
companhia, desenvolver uma vida interior rica, aprender a conhecer-se a si mesmo
e assim perceber melhor tanto suas virtudes quanto seus defeitos de caráter. Um
exame de si mesmo com alguma freqüência pode ser útil para o crescimento
pessoal. E isto pode melhor ser executado a sós, você com você mesmo, você a sós
com seu Deus.
Para as pessoas que preferem estar sozinhas, pode haver a necessidade de se
envolverem em relacionamentos sociais, numa atividade útil voluntária
comunitária, num convívio social na sua igreja, com familiares, amigos. Isto
poderá favorecer o sentido de utilidade, ajudará a aprender habilidades sociais
que você não possui, e poderá ajudar a completar a sensação de bem-estar na vida
que não dá para ser experimentada plenamente estando a maior parte do tempo
isolado, sozinho.
De qualquer modo, parece que sempre faltará algo para o pleno bem-estar da
pessoa, seja se você é sozinho e tenta se aproximar das pessoas, ou se você é
bem social e procura momentos para estar a sós.
Em qualquer relacionamento humano é bom haver espaço tanto para a união e
convívio social, assim como para estar sozinho. Não sei se existe alguém que
tenha este equilíbrio perfeito, o qual é um desafio para cada um de nós.
Autor: Dr. César
Vasconcelos
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