sábado, 11 de junho de 2011

D E S C O B R I N D O O E S P Í R I T O D E P R O F E C I A

Acertos de Contas Afinal

Sete fatos que precisamos saber sobre os eventos finais

Quanto tempo resta ao nosso mundo? Os crescentes desastres naturais ou provocados pelo homem
sugerem que o fim está próximo. E enquanto não podemos saber quanto tempo resta ao mundo, temos uma ampla ideia dos eventos futuros pelos escritos de
Ellen White. Nesse breve artigo, podemos apenas tocar em alguns deles. A seguir, apresento sete fatos que precisamos saber sobre os eventos finais.

1. Desde 1844, não há mais profecias ligadas ao tempo.
A conclusão da mais longa profecia ligada a tempo em 1844 marca o início do período final da história da Terra. Desse ponto favorável podemos delinear os eventos finais, mas somos alertados de que nenhuma nova luz servirá de base para calcular o tempo específico ou definitivo desses eventos. Os anos a partir de 1844
fornecem ampla evidência e apoio à predição de Ellen White, em 1909, de que “grandes mudanças estão prestes a operar-se no mundo, e os acontecimentos finais serão rápidos”.1 Ela também lamenta que Cristo já poderia ter voltado se a igreja houvesse tido êxito em realizar o trabalho para o qual foi chamada por Deus. Seu retorno foi protelado “em misericórdia ..., porque se o Mestre viesse, quantos se achariam desapercebidos!”2

2. “Tanto o nosso título ao Céu, como nossa idoneidade para ele, encontram-se na justiça de Cristo.”3 Uma compreensão errônea do evangelho pode deixar as pessoas despreparadas para o futuro. Através da confissão e arrependimento, o crente é levado a se harmonizar com Deus e Sua lei. A verdadeira santificação é um trabalho progressivo, tendo como seu objetivo ser semelhante a Cristo. Ao mesmo tempo, é-nos assegurado: “Se hoje estais em paz com Deus, estais preparados para receber a Cristo, se viesse hoje.”4

3. Acontecerá um falso reavivamento em nossas igrejas e a genuína manifestação do Espírito Santo será ignorada.
A mensagem do tempo do fim destina-se a preparar o povo para a Segunda Vinda. Satanás, porém, introduzirá imitações baseadas em sentimentos para desviar a mente das verdades para esse tempo. “Não devemos considerar como nosso trabalho criar o entusiasmo.”5 “É por meio da Palavra – não de sentimentos ou de exaltação – que precisamos influenciar as pessoas a obedecer à verdade.”6
Somos também advertidos de que “temos muito mais a temer de dentro do que de fora”.7 Satanás procurará abalar a confiança das pessoas no Espírito de Profecia, porque ele sabe que não pode ter “caminho tão fácil para introduzir seus enganos e prender almas em suas mentiras se as advertências e repreensões e conselhos do Espírito de Deus forem atendidas”.8

4. Devemos ser santificados pela obediência à verdade e ter um claro conhecimento do ministério investigativo de Cristo, a fim de sobreviver à sacudidura.
Satanás procura desviar nossa mente de Jesus para que nos preocupemos com as atividades e prazeres mundanos. Em breve, “A marca da besta nos será recomendada com insistência. Os que, passo a passo, cederam às exigências do mundo e se sujeitaram a costumes mundanos não acharão difícil submeter-se
aos poderes dominantes, de preferência a expor-se a escárnio, insultos, ameaças de prisão e morte... Satanás
acossará intensamente os fiéis, mas em nome de Jesus eles se tornarão mais que vencedores” pela obediência à verdade.9
Por outro lado, muitos adventistas renunciarão à sua fé: “Unindo-se ao mundo e participando de seu espírito,
chegaram a ver as coisas quase sob a mesma luz; e, em vindo a prova, estão prontos a escolher o lado fácil, popular.”10
Ellen White declara que “a igreja talvez pareça como prestes a cair, mas não cairá”,11 e que a maior parte dos verdadeiros seguidores de Cristo está em Babilônia. “Milhares de milhares que nunca ouviram palavras como essas, escutá-las-ão”,12 apesar de “a vasta maioria ignorá-las”.13

5. A proclamação final e gloriosa de Apocalipse 18 é uma revelação do caráter amoroso de Deus.
Ao aproximar-se o fim, os testemunhos do povo de Deus “tornar-se-ão mais decididos e mais poderosos”.14 “A última mensagem de misericórdia a ser dada ao mundo é uma revelação do caráter de amor [de Deus]. Os filhos de Deus devem manifestar Sua glória. Em sua vida e caráter devem revelar o que a graça de Deus tem feito por eles.”15 Satanás também trabalhará com “prodígios de mentiras” e “Assim os habitantes da Terra serão levados a decidir-se.”16

6. O fator decisivo para que uma pessoa receba o selo de Deus ou a marca da besta é a lealdade.
O sinal da besta é “o sinal de submissão aos poderes terrenos”,17 enquanto o selo de Deus é para aqueles que permanecerem leais à autoridade divina. Ninguém recebeu ainda o sinal da besta e não o receberá pelo simples fato de ter parado de “trabalhar com as mãos no domingo”, mas porque vão “reconhecer com a mente que o domingo é o sábado”.18 Os que recebem o selo de Deus e que serão protegidos no tempo de tribulação devem “refletir completamente a imagem de Jesus”.19
Uma vez que todos os que “mostraram ser leais aos preceitos divinos receberam ‘o selo do Deus vivo’, Jesus cessa de interceder no santuário celestial”, fecha-se a porta da graça e os pecados dos filhos de Deus são encerrados.20 “A vinda de Cristo não nos muda o caráter; fixa-o apenas para sempre além da possibilidade de qualquer mudança.”21 Não há necessidade para um segundo “tempo de graça”, porque aqueles que persistentemente resistiram à convicção dada pelo Espírito Santo “nunca se convenceriam”.22

7. A chuva serôdia será mais abundante que a chuva temporã e ajuda a preparar o povo de Deus para resistir no tempo de tribulação.
Empregando a imagem bíblica da colheita, Ellen White explica que “o amadurecimento do grão
representa a terminação do trabalho da graça de Deus na alma. Pelo poder do Espírito Santo, deve a imagem moral de Deus ser aperfeiçoada no caráter. Devemos ser completamente transformados à semelhança de Cristo”.23 Especialmente durante o tempo de angústia, Jesus percebe cada dificuldade enfrentada por Seu povo e “até a prisão será como um palácio.”24 Os ímpios, porém, “nunca exercitaram a mente no amor à pureza; nunca aprenderam a linguagem do Céu, e agora é demasiado tarde. Uma vida de rebeldia contra Deus
incapacitou-os para o Céu. A pureza, santidade e paz dali lhes seriam uma tortura; a glória de Deus seria um fogo consumidor.
Almejariam fugir daquele santo lugar. Receberiam alegremente a destruição, para que pudessem esconder-se da face dAquele que morreu para os remir. O destino dos ímpios se fixa por sua própria escolha. Sua exclusão do Céu é espontânea, da sua parte, e justa e misericordiosa da parte de Deus.”25
Ellen White frequentemente procurava chamar a atenção das pessoas para as glórias do Céu e a nova terra. A recompensa dos justos, escreveu ela, “será conhecida apenas dos que a contemplarem… Nessas pacíficas planícies, ao lado daquelas correntes vivas, o povo de Deus, durante tanto tempo peregrino e errante, encontrará um lar”.26 Mesmo quando estivermos lá, quanto mais aprendermos de Deus, mais admiraremos Seu caráter e com maior conhecimento testificaremos que “Deus é amor”.27

1 Ellen G. White, Eventos Finais (Casa Publicadora Brasileira), p 11. Note que as ideias não
documentadas neste artigo, também são extraídas dessa importante compilação.
2 Ibid., p. 37.
3 Ibid., p. 283.
4 Ibid., p. 74.
5 Ibid., ênfase no original.
6 Ibid., p. 93.
7 Ibid., p. 156.
8 Ellen G. White, Mensagens Escolhidas, v. 6, p. 48.
9 Ellen G. White, Testemunhos Para Igreja, v. 5, p. 81, 82.
10 Ellen G. White, O Grande Conflito, p. 608.
11 White, Eventos Finais, p. 180.
12 White, O Grande Conflito, p. 606.
13 Ellen G. White, Nos Lugareas Celestiais, p. 343.
14 White, Eventos Finais, p. 201.
15 Ellen G. White, Parábolas de Jesus, p. 415, 416.
16 White, O Grande Conflito, p. 612.
17 Ibid., p. 605.
18 White, Eventos Finais, p. 224.
19 Ellen G. White, Primeiros Escritos, p. 71.
20 White, O Grande Conflito, p. 613, 614.
21 White, Testemunhos Para Igreja, v. 5, p. 466.
22 White, Eventos Finais, p. 237.
23 Ibid., p. 183.
24 Ibid., p. 266. Veja também p. 277.
25 White, O Grande Conflito, p. 543.
26 Ibid., p. 675.
27 Ibid., p. 678.

Clinton Wahlen é diretor associado do Instituto de Pesquisas Bíblicas da Associação
Geral; mora em Silver Spring, Maryland, EUA.

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