quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Lei de Deus não é escravidão, diz papa


Lei de Deus não é escravidão e sim um dom para liberdade e felicidade, afirma o Papa

Na audiência geral desta quarta-feira, o Papa Bento XVI meditou sobre o salmo 118 (119) e explicou que a lei de Deus, sua Palavra, não constitui de forma alguma uma escravidão para o homem mas é um dom para que seja plenamente livre e feliz.

Na Praça de São Pedro e perante milhares de fiéis, o Papa explicou que este salmo é um dos mais extensos já que consta de 176 versículos e 22 estrofes, escrito como um "acróstico alfabético" que usa todas as letras do alfabeto hebraico. O texto é um canto solene sobre a lei de Deus, sobre a Palavra "que interpela o homem e impulsiona sua resposta de obediência confiante e de amor generoso".

"E este Salmo está impregnado de tal modo do amor pela Palavra de Deus, que celebra sua beleza, sua força salvífica, sua capacidade de doar alegria e vida. Porque a Lei divina não é um jugo pesado de escravidão, mas dom de graça que liberta e conduz à felicidade".
O Papa assinala logo que "a Lei do Senhor, sua Palavra, é o centro da vida do orante; nela ele encontra consolo, nela medita, a conserva em seu coração: ‘Conservo sua palavra em meu coração, para não pecar contra ti’, este é o segredo da felicidade do Salmista; que diz também: ‘Os orgulhosos tramam enganos contra mim. Mas eu com todo o coração guardo seus preceitos’".

O salmista, como Maria, é fiel porque escuta a Palavra. "É Ela, de fato, a verdadeira "bem-aventurada", proclamada por Isabel porque "acreditou, pois se hão de cumprir as coisas que da parte do Senhor te foram ditas!"e é d"Ela e da sua fé que Jesus mesmo dá testemunho".

"Certamente, Maria é bem-aventurada porque o seu ventre carregou o Salvador, mas, sobretudo, porque acolheu o anúncio de Deus, porque foi atenta e amorosa guardiã da sua Palavra".

Bento XVI sublinhou logo que "a lei divina, objeto do amor apaixonado do Salmista e de todo crente, é fonte de vida. O desejo de compreendê-la, de observá-la, de orientar para ela todo seu próprio ser é a característica do homem justo e fiel ao Senhor, que a ‘medita dia e noite’, como reza o Salmo 1".

"A lei de Deus –continuou– é uma lei que deve ser conservada no coração como diz o célebre texto do Shemá no Deuteronômio: Escuta, Israel. Estes preceitos que eu te dou, grava-os em seu coração. Inculca-os em seus filhos, fale deles quando estiver em sua casa, quando for de viagem, ao deitar-te e ao levantar-te".

A Lei de Deus, disse também o Papa, deve ser o centro da existência humana que "requer a escuta do coração, uma escuta feita de obediência não servil, mas filial, confiada, consciente. A escuta da Palavra é encontro pessoal com o Senhor da vida, um encontro que deve ser traduzido em opções concretas e que deve chegar a ser caminho e seguimento".

"Quando lhe é perguntado o que fazer para ter a vida eterna, Jesus aponta o caminho da observância da Lei, mas indicando como fazer para levá-la à completude, diz: "Uma só coisa te falta; vai, vende tudo o que tens e dá-o aos pobres e terás um tesouro no céu. Depois, vem e segue-me!" O cumprimento da Lei é seguir Jesus, andar sobre a estrada de Jesus, na companhia de Jesus".
O Papa explicou também que o salmo 119 fala da herança que recebeu o homem com a Palavra do Senhor, com a custódia de seus ensinamentos, preceitos, mandatos que são "a alegria do meu coração", como diz o salmista.

"Queridos irmãos e irmãs, estes versículos são de grande importância também hoje para nós. Acima de tudo para os sacerdotes, chamados a viver só do Senhor e de sua Palavra, sem outras seguranças, tendo a Ele como único bem e única fonte de vida. Sob esta perspectiva se compreende a livre eleição do celibato pelo Reino dos céus, cuja beleza e força é preciso redescobrir".

Mas estes versículos, prosseguiu, "são também importantes para os fiéis, povo de Deus que pertence só a Ele, ‘reino de sacerdotes’ para o Senhor, chamados à radicalidade do Evangelho, testemunhas da vida gasta pelo Cristo, novo e definitivo ‘Supremo Sacerdote’ que se ofereceu como sacrifício para a salvação do mundo. O Senhor é sua Palavra: estes são nossa "terra" na qual viver em comunhão e alegria".

"Deixemos, portanto, que o Senhor coloque em nosso coração este amor pela Sua Palavra, e conceda-nos ter sempre no centro da nossa existência a Ele e a Sua santa vontade. Peçamos que a nossa oração e a nossa vida sejam iluminadas pela Palavra de Deus, lâmpada para os nossos passos e luz para o nosso caminho, como diz o Salmo 119 (cf. v. 105), para que o nosso andar seja seguro, na terra dos homens".

Finalmente o Papa manifestou sua esperança de que "Maria, que acolheu e gerou a Palavra, seja para nós guia e conforto, estrela polar que indica o caminho para a felicidade".

Ao final da Catequese, o Papa dirigiu-se aos peregrinos lusófonos:

Com cordial afeto, saúdo todos os peregrinos de língua portuguesa, em especial os brasileiros da paróquia de Nossa Senhora da Glória. Que o Senhor vos encha o coração de um grande amor pela sua Palavra, para poderdes colocar a sua vontade no centro da vossa vida, como a Virgem Maria. Ela que acolheu e gerou a Palavra divina, seja o vosso guia e conforto, o astro luminoso que aponta o caminho da felicidade. Em penhor do muito bem que vos quero, dou-vos a minha Bênção Apostólica.

Nota & Comentários do Editor
Fora a “mistureba” de sempre que o papa faz, aplicando os méritos e virtudes de Jesus à Virgem Maria, com o intento claro de promover a mariolatria (culto e adoração a Maria, mãe de Jesus), nós temos alguns pontos salientes nesta fala de Bento 16:
1. “Porque a Lei divina não é um jugo pesado de escravidão, mas dom de graça que liberta e conduz à felicidade". Certíssimo!!! Davi já inicia o Salmo 119 com a seguinte afirmação: “Bem-aventurados [felizes] os irrepreensíveis no seu caminho, que andam na Lei do Senhor” (Salmo 119:1). Paulo afirma o seguinte sobre a Lei de Deus: “Por conseguinte, a Lei é santa; e o Mandamento, santo, e justo, e bom” (Romanos 7:12). Tiago a chama de Lei da Liberdade: “Falai de tal maneira e de tal maneira procedei como aqueles que hão de ser julgados pela Lei da Liberdade” (Tiago 2:12). Agora, abram mão dos preconceitos, e prestem atenção nisto sinceros entre os católicos, batistas, pentecostais, presbiterianos, luteranos, metodistas, assembleianos e outras denominações cristãs: Para não haver a mínima dúvida sobre a qual a Lei Tiago, um dos irmãos legítimos do Senhor Jesus, se refere, esta afirmação é precedida do seguinte esclarecimento: “Pois qualquer que guarda toda a Lei, mas tropeça em um só ponto, se torna culpado de todos. Porquanto, aquele que disse: Não adulterarás também ordenou: Não matarás. Ora, se não adulteras, porém matas, vens a ser transgressor da Lei” (Tiago 2:10-11).
Por favor, me respondam os doutos teólogos batistas, presbiterianos, luteranos e outros professores doutores de Teologia: Que Lei é esta? A qual Lei se refere Tiago? É a Lei Cerimonial ou Lei de Ordenanças, cravada na cruz (Efésios 2:15, Colossenses 2:14)? Em que Lei consta os Mandamentos “Não matarás” e “Não adulterarás”? É na Lei de Moisés ou na Lei de Deus? Para auxiliar os leitores menos avisados: Trata-se da Lei de Deus, perene e imutável, como a encontramos nos livros de Êxodo (capítulo 20, versos 3 a 17) e Deuteronômio (capítulo 5, versos 7 a 21).
Amigo leitor, esses camaradas são tão “$incero$”, ma$, tão “$incero$” que um dia destes um cidadão muito rico – e verdadeiramente SINCERO – de uma das maiores igrejas evangélicas da região do Pontal do Triângulo pediu ao seu “pastor” que lesse pra ele o texto sobre os Mandamentos de Deus e, este, espertamente, começou lendo a partir de Êxodo 20, verso 12: “Honra a teu pai e tua mãe, para que se prolonguem os teus dias na terra que o Senhor, teu Deus, te dá”. Quando interpelado pelo fiel da sua igreja (instruído e nada bobo) sobre ser aquele já o quinto mandamento e porque não leu (e não prega) sobre os anteriores, o tal “pastor” respondeu: “Eu não posso! Se eu falar sobre isso, não vai sobrar ninguém na minha igreja!!!”
É isso aí, amigo leitor, se você quiser realmente seguir TODA a VERDADE da Palavra de Deus e seguir a Palavra Encarnada, Jesus, e não a homens, veja o que ela lhe diz: “Ora, sabemos que O temos conhecido por isto: Se guardamos os Seus Mandamentos. Aquele que diz: Eu o conheço e não guarda os Seus mandamentos é mentiroso, e nele não está a verdade” (I João 2:3 e 4). “Nisto conhecemos que amamos os filhos de Deus: quando amamos a Deus e praticamos os Seus Mandamentos. Porque este é o amor de Deus: que guardemos os Seus Mandamentos; ora, os Seus Mandamentos não são penosos” (I João 52-3).
Nisto, Bento 16 está certíssimo: na teoria, como sempre, é claro!!! Realmente, “a Lei divina não é um jugo pesado de escravidão, mas dom de graça que liberta e conduz à felicidade”! É a nossa singela resposta de amor ante o grandioso e infinito amor de Deus: “Se Me amais, guardareis os Meus Mandamentos”, afirma o Senhor Jesus (João 14:15). Com certeza, é possível obedecer sem amar; no entanto, é impossível amar a Deus sem a obediência genuína aos Seus Mandamentos: “Aquele que tem os Meus Mandamentos e os guarda, esse é o que Me ama; e aquele que Me ama será amado por Meu Pai, e Eu também o amarei e Me manifestarei a ele” (João 14:21).
2. "A lei de Deus –continuou– é uma lei que deve ser conservada no coração [...] A Lei de Deus, disse também o Papa, deve ser o centro da existência humana que "requer a escuta do coração, uma escuta feita de obediência não servil, mas filial, confiada, consciente”. Nota mil para Bento 16, novamente!!! Veja, amado leitor, a beleza do Evangelho da Graça de parelha com a Santa Lei de Deus: “Eis aí vem dias, diz o Senhor, em que firmarei nova aliança com a casa de Israel e com a casa de Judá. [...] Porque esta é a aliança que firmarei com a casa de Israel, depois daqueles dias, diz o Senhor: Na mente, lhes imprimirei as Minhas Leis, também no coração lhas inscreverei; Eu serei o seu Deus, e eles serão o Meu povo” (Jeremias 31:31 e 33). É este o verdadeiro lugar em que – numa resposta altruísta, calcada no amor – os fiéis têm impressos os Mandamentos da Santa Lei de Deus; das tábuas de pedra para as tábuas de carne, sensíveis, do coração: “Esta é a aliança que farei com eles, depois daqueles dias, diz o Senhor: Porei no seu coração as Minhas Leis e sobre a sua mente as inscreverei, acrescenta: Também de nenhum modo me lembrarei dos seus pecados e das suas iniqüidades, para sempre” (Hebreus 10:16-17). Esta é a ratificação (confirmação, reafirmação num sentido amplo) da Santa Lei de Deus à qual Paulo e o próprio Jesus fazem alusão: “Anulamos, pois, a Lei pela fé? Não, de maneira nenhuma! Antes [pelo contrário, confirmamos a Lei” (Romanos 3:31). “Não penseis que vim revogar a Lei ou os Profetas, não vim para revogar, vim para cumprir. Porque em verdade vos digo, até que o céu e a terra passem, nem um i ou um til jamais passará da Lei, até que tudo se cumpra” (Mateus 5:17-18). O verbo “revogar” possui os seguintes significados: Anular, cancelar, abolir, remover, etc. Portanto, chega ao ridículo a exegese ou “interpretação” [para não dizer: Assassinato!!!] que esses “teólogos evangélicos” fazem do texto; segundo eles, Jesus teria dito: “Eu não vim para revogar a Lei, vim para revogar!” Felizmente, Jesus acrescenta: “Aquele, pois, que violar um destes Mandamentos, posto que dos menores, e assim ensinar aos homens, será considerado mínimo no reino dos Céus; aquele, porém, que os observar e ensinar, esse será considerado grande no reino dos Céus” (Mateus 5:19).
Quanto à perenidade da Lei de Deus, só não vê quem não quer, temos sobejas confirmações: “As obras das Tuas mãos são verdade e justiça, fiéis todos os Seus preceitos [Mandamentos]. Estáveis são eles para todo o sempre” (Salmo 111:7-8). “A Tua Justiça é Justiça eterna, e a Tua Lei é a própria Verdade” (Salmo 119:142). “Quanto às Tuas Prescrições [sinônimo de “Mandamentos”], há muito sei que as estabelecestes para sempre” (Salmo 119:152).
3. "Quando lhe é perguntado o que fazer para ter a vida eterna, Jesus aponta o caminho da observância da Lei, mas indicando como fazer para levá-la à completude, diz: "Uma só coisa te falta; vai, vende tudo o que tens e dá-o aos pobres e terás um tesouro no céu. Depois, vem e segue-me!" O cumprimento da Lei é seguir Jesus, andar sobre a estrada de Jesus, na companhia de Jesus".
Novamente Bento 16 bate na tecla certa: "Quando lhe é perguntado o que fazer para ter a vida eterna, Jesus aponta o caminho da observância da Lei [...]” Reafirmo: Por favor, me respondam os doutos teólogos batistas, presbiterianos, luteranos e outros professores doutores de Teologia: Que Lei é esta? A qual Lei se refere Tiago? É a Lei Cerimonial ou Lei de Ordenanças, cravada na cruz (Efésios 2:15, Colossenses 2:14)? Em que Lei consta os Mandamentos aqui descritos por Jesus? Vejam o texto na íntegra: “E eis que alguém, aproximando-se, lhe perguntou: Mestre, que farei eu de bom, para alcançar a vida eterna? Respondeu-lhe Jesus: [...] Se queres, porém, entrar na vida, guarda os Mandamentos. E ele lhe perguntou: Quais? Respondeu Jesus: Não matarás, não adulterarás, não furtarás, não dirás falso testemunho; honra a teu pai e a tua mãe [...]” (Mateus 19:16-19).
Qual é, então, o problema de Bento 16 e o problema dos líderes evangélicos e maior parte da cristandade? É o mesmo problema dos escribas e fariseus do tempo de Jesus: “Fazei e guardai, pois, tudo quanto eles vos disserem, porém não os imiteis nas suas obras; porque dizem e não fazem” (Mateus 23:3). Foi a Igreja, da qual Bento 16 é o máximo representante, quem violou a Lei de Deus, cumprindo as profecias bíblicas: “Proferirá palavras contra o Altíssimo, magoará os santos do Altíssimo e cuidará em mudar os tempos e a Lei [...]” (Daniel 7:25, p.p.). Como diz o texto da própria Bíblia católica, Bíblia Sagrada Edição Pastoral: “Blasfemará contra o Altíssimo e perseguirá seus santos; pretenderá modificar o calendário e a lei de Deus [...]” (Daniel 7:25).    
Como vimos acima, Deus jamais mudou; portanto, a Sua Lei, espelho do Seu caráter, permanece inalterável. Foi o papado, a História confirma isto, quem perpetrou o maior atentado de todos os tempos à Santa Lei de Deus e, nisto, infelizmente, tem sido acompanhado pelo “falso profeta” (Apocalipse 16:13), protestantismo apostatado, que aceitou e ajuda a disseminar estas heresias.
No entanto, para os fiéis de todas as épocas permanece o chamado e desafio: “Aquele que diz que permanece nEle, esse deve andar assim como Ele andou” (I João 2:6). Como é que Jesus andou, aqui na Terra: “Se guardardes os Meus Mandamentos, permanecereis no Meu amor, assim como também Eu tenho guardado os Mandamentos de Meu Pai e no Seu amor permaneço” (João 15:10).

Informações Adicionais:
“Já que o Sábado, e não o domingo, é especificado na Bíblia, não é curioso que os protestantes, que professam extrair da Bíblia a sua religião, observem o domingo ao invés do Sábado. Sim, é claro, não faz sentido, mas a mudança foi feita cerca de quinze séculos antes do protestantismo nascer. Eles continuaram a obedecer a este costume [TRADIÇÃO], embora esteja baseado na autoridade da Igreja Católica e não num texto explícito da Bíblia. Esta observância continua como uma lembrança da Igreja-Mãe da qual os protestantes se desligaram, como um garoto que foge de sua mãe mas ainda carrega em seu bolso uma foto ou um cacho de cabelos de sua mãe”. - Reverendo John O’Brian, A Fé de Milhões, págs. 421-422.
“Talvez a coisa mais ousada, a mudança mais revolucionária, que a Igreja já fez aconteceu no primeiro século. O dia sagrado, o Sábado, foi mudado de Sábado para domingo... Não por alguma ordem encontrada nas Escrituras, mas pelo sentido do próprio poder da Igreja. As pessoas que acham que as Escrituras devem ser a única autoridade deveriam, logicamente, tornar-se Adventistas do Sétimo Dia e guardarem o Sábado sagrado”. - Reitoria de Santa Catarina, Norte de Michigan, EUA, Jornal da Paróquia de 21/05/95.  
Exponho logo abaixo parte de um excelente artigo escrito pelo Pastor Yuri Ravem G. V. E Paiva:
Pode um decreto feito por algum poder humano alterar a Lei de Deus? Será que o sábado foi anulado com a vinda de Cristo? Por que a maioria dos cristãos guarda o domingo? Quem mudou o dia de guarda?
O Catecismo do Rev. Peter Geiermann [2] recebeu a bênção do Papa Pio X, e sobre a mudança do sábado ele diz o seguinte:
“Pergunta: Qual é o dia de repouso?
“Resposta: O dia de repouso é o sábado.
“Pergunta: Por que observamos o domingo em lugar do sábado?
“Resposta: Observamos o domingo em lugar do sábado porque a Igreja Católica, no Concílio de Laodicéia (336 A.D.), transferiu a solenidade do sábado para o domingo”. (2ª ed. Pág. 50)
Em outro livro Católico (The Catholic Press de Sydney) novamente a mudança é atribuída à própria igreja:
“O domingo é uma instituição católica e a reivindicação à sua observância só pode ser defendida nos princípios católicos.
“Do princípio ao fim das Escrituras não há uma única passagem que autorize a transferência do culto público semanal do último dia da semana para o primeiro” [3] .
Um dos motivos que desencadeou esta mudança na lei de Deus foi a aversão aos judeus e ao dia que os identificavam, o sábado, como conseqüência (Jesus, Paulo e os discípulos eram Judeus, isso revela que o cristianismo não é contrário ao judaísmo). O desejo de conquistar pagãos adoradores do sol (o dia de identificação deles era o domingo) foi outra razão da alteração do dia de guarda na Igreja Católica.
Note o que foi escrito por Vincent Ryan na sua obra O Domingo (Esse livro Católico é recente e fala da história, espiritualidade e celebração do Domingo):
“Domingo. À primeira vista, Sunday [Sun-dia Day-sol], o nome inglês do domingo, não parece ter significado cristão. De fato, a palavra inglesa é de origem pagã, uma lembrança do culto ao sol no mundo antigo. Entre os romanos, esse era o dies solis, o dia consagrado ao deus-sol” [4] .
Numa outra obra intitulada Doutrina Católica, vemos o domingo inserido como sendo o terceiro mandamento da Lei de Deus: “Guardar os Domingos e Festas” [5] . É interessante que o texto usado como base é o mesmo texto de Êxodo 20, onde o sábado aparece como o quarto mandamento [6] .
Em resposta a um boletim escrito por um protestante atacando as doutrinas Católicas, o Pe. Júlio Maria é feliz quando refuta a questão do dia de guarda:
“O boletim protestante diz: Guardamos o Domingo. Mas, como é isso, caro protestante? Isto é romano! Mostre-me onde está na Bíblia o preceito de guardar o Domingo?... Aqui os sabatistas têm razão contra as outras seitas: o Sábado é o dia do senhor! (Êx. 20:10). Santificai o dia do Sábado (Jr. 17:22). Guardai o meu Sábado, diz o Senhor (Êx. 31:14). Este homem não é de Deus, pois não guarda o sábado (Jó. 9:16).
“Eis o que é bem claro e positivo. Em parte nenhuma figura o Domingo como o dia do Senhor. Como é que um protestante zeloso, cioso de observar todos os preceitos da Bíblia, desobedece tão formalmente?
“Olhe caro amigo, isto faz até duvidar do seu protestantismo!...
“Nós, católicos romanos, guardamos o Domingo, em lembrança da ressurreição de Cristo, e por ordem do chefe da nossa Igreja, que preceituou tal ordem do Sábado ser do Antigo Testamento, e não obrigar mais no Novo Testamento.
“O amigo está se afastando do protestantismo e virando católico. Meus parabéns!” [7]
Em resposta aos ataques doutrinários feitos por um protestante, de forma escrita, o Pe. Júlio Maria defende a doutrina católica. Apesar de tudo o que ele escreveu ser algo notável, muitos que se dizem cristãos não guardam o Sábado, e desta forma, estão seguindo um decreto Católico.
No dia 16 de outubro de 2002, a Revista Veja, págs 11 a 15, publicou uma entrevista com o Pe. John McCloskey. Esse padre se tornou famoso por converter protestantes nos Estados Unidos, e uma de suas declarações acabou como título do artigo: “A Igreja não vai mudar”. É interessante que o padre enfatiza o poder da igreja Católica, como legisladora de doutrinas e teses: “Quem acredita tem de se entregar totalmente às teses da Igreja”, declarou o padre.
A igreja Católica não mudou e não vai mudar, são os protestantes que estão mudando, e retornando para o local de onde vieram: a igreja de Roma. Se Martinho Lutero ressuscitasse hoje ficaria decepcionado de ver todo seu esforço deitado por terra na maioria das igrejas cristãs. A reforma iniciada por ele ficou em muitas denominações estagnada. Seu objetivo era voltar a ter “Somente a Escritura” como base de fé e doutrinas, e seu trabalho deveria ser levado a diante em outros pontos doutrinários, como o dia de guarda.


[1] Veja detalhes no livro de Carlyle B. Haynes,  Do Sábado Para o Domingo, 7ª ed. (Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, 1998), 43 e 44 . 
[2] Ibid, 48.
[3] Ibid, 49 e 50.
[4] Vincent Ryan, O Domingo: História, Espiritualidade, Celebração. (São Paulo: Paulus, 1997), 49.
[5] Ver Pe. Luiz G. da Silveira D’Elboux, Doutrina Católica, 12ª ed. (São Paulo: Edições Loyola1992), 53.
[6] Ibid.
[7] Padre Júlio Maria, Ataques Protestantes às Verdades Católicas com as Respectivas Respostas Irrefutáveis, 4ª ed.. (Petrópolis, RJ: Editora Vozes Limitada, 1950), 61 e 62.       

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