quinta-feira, 28 de março de 2013

A Alegria Como Remédio


Riso ou sorriso é uma expressão facial decorrente da flexão dos músculos das extremidades da boca. Está presente nos diversos aspectos do comportamento humano e é regulado pelo cérebro. Ele ajuda os seres humanos a indicar mais claramente suas intenções, durante interações sociais, e provê um contexto emocional para a comunicação. Pode ser utilizado por um grupo social para sinalizar aceitação e reações positivas com outros indivíduos. O estudo do humor, do riso e de seus efeitos psicológicos e fisiológicos no corpo humano é denominado gelotologia(Wikipédia, a Enciclopédia Livre).

Mamar e mastigar são os primeiros exercícios musculares que permitem ao bebê rir. Daí por diante, durante toda a sua vida o riso será uma manifestação de alegria e uma maneira de comunicar-se com as demais pessoas, além de um símbolo de saúde ou um agradável remédio. Dizem que o riso é um remédio infalível, que diferencia o ser humano dos animais e que é privilégio das pessoas felizes.

Os especialistas consideram o riso um verdadeiro cataclismo interno, produtor de modificações que significam um exercício essencial para alguns órgãos. Quando a gargalhada está em seu apogeu, produz uma sacudida no diafragma que, ao se contrair e se dilatar, faz uma delicada massagem nos órgãos vizinhos como coração, fígado, pulmões, glândulas salivares e parte do intestino. Durante o riso, todas as glândulas se excitam e segregam humores e líquidos em quantidade maior que a de costume. Ao circular pelo corpo, as substâncias dão uma sensação de descanso e bem-estar.

O CORAÇÃO ALEGRE É BOM REMÉDIO (PV 17:22)
Pessoas felizes e otimistas têm risco 22% menor de sofrer problemas cardíacos do que os que têm emoções negativas, segundo estudo da Universidade de Columbia, nos Estados Unidos, publicados no “European Heart Journal”. “Se os próximos estudos confirmarem nossas conclusões, esses resultados serão importantíssimos para descobrir o que pode ser feito para melhorar a saúde dos pacientes”, afirmou a diretora do Centro de Comportamento de Saúde Cardiovascular da Universidade, Karina Davidson, que coordenou o estudo.

Durante dez anos, Karina acompanhou 1.739 adultos saudáveis – 862 homens e 877 mulheres – e avaliou sintomas como depressão, ansiedade, hostilidade e a intensidade das emoções positivas, como prazer, felicidade, excitação, entusiasmo e contentamento. O trabalho mostrou que o efeito da felicidade nas pessoas alegres é tão forte que supera os efeitos de momentos ruins. “Descobrimos também que aqueles que geralmente eram bastante positivos apresentavam sintomas de depressão em algum momento da pesquisa. Mas isso não aumentava o risco de doenças cardíacas”, disse Karina (Fonte: O Dia – RJ).

O escritor, padre e médico francês François Rabelais (1494 – 1553) foi um fervoroso adepto dessa prescrição bíblica.  Dizia que “os alegres sempre se curam.” Evidentemente, não basta rir para ficar curado, mas a alegria ajuda muito. Está provado que o estado de ânimo desempenha um papel importante na recuperação de um doente. Em vista disso, em 1986, foi fundado em Nova York, um grupo de palhaços travestidos de médicos e enfermeiras, que utiliza o humor para animar as crianças hospitalizadas, o “Clown Care Unit” (Unidade de Terapia dos Palhaços). Os resultados terapêuticos extremamente animadores levaram outros grupos a seguir o exemplo, inclusive no Brasil.

“ALEGRAI-VOS SEMPRE NO SENHOR; OUTRA VEZ DIGO: ALEGRAI-VOS” (FL 4:4).
É digno de nota as circunstâncias pelas quais passava o apóstolo Paulo quando escreveu essa epístola: estava em Roma, onde “por dois anos, permaneceu Paulo na sua própria casa, que alugara, onde recebia todos que o procuravam...” (At 28:30).

Durante esse encarceramento escreveu sua carta à igreja dos filipenses (At 28:16-31; Fl 1:12, 13; 4:18, 21-23). O tema de suas linhas é a “alegria no Senhor”. Ele escreveu enquanto estava preso e sem saber o que lhe sucederia; no entanto, utiliza repetidas vezes as palavras “alegria” e “regozijo”. A expressão “em Cristo” aparece com freqüência determinando adequadamente o tema da epístola.

É importante lembrar que os apelos de Paulo para a alegria cristã, não se baseiam e nem se fundamentam no otimismo natural, mas o elemento decisivo da alegria está no “Senhor” como fator mestre da exortação. Para o apóstolo, o cristão não depende das circunstâncias para ser feliz. O conceito de felicidade que impera na sociedade, de um modo geral, é de cunho materialista e humanista que cedo se dissipa como “a flor da erva que cai, e desaparece a formosura do seu aspecto” (Tg 1:10, 11).

O convite de Paulo é para “alegrar-nos sempre no Senhor” porque “Quem nos separará do amor de Cristo? Será tribulação, ou angústia, ou perseguição, ou fome, ou nudez, ou perigo, ou espada? Em todas estas coisas, porém, somos mais que vencedores, por meio dAquele que nos amou” (Rm 8:35, 37). O cristianismo não é um amuleto da sorte para “atrair bons fluidos” e fazer com que as coisas vão sempre bem.

Cristianismo é uma forte confiança e “alegria no Senhor” independente das circunstâncias: “Ainda que a figueira não floresça, nem haja fruto na vide; o produto da oliveira minta, e os campos não produzam mantimento; as ovelhas sejam arrebatadas do aprisco, e nos currais não haja gado, todavia, eu me alegro no Senhor, exulto no Deus da minha salvação” (Hc 3:17, 18).

O CÂNTICO APRENDIDO NA AFLIÇÃO
Conhecidos há mais de cinco séculos, os canoros, coloridos e belos canários são capazes de fazer solos, duetos e quartetos que encantam milhares de pessoas no mundo todo. São originários das Ilhas Canárias, localizadas na costa oeste da África. Muito utilizados pelos marinheiros como animais de estimação, os canários conquistaram a Europa e o mundo rapidamente.
O treinamento dos canários, para que se tornem exímios cantores, é um processo lento e crucial, exigindo o isolamento total da ave: o canário escolhido é tirado do grupo ou da mãe, e posteriormente é colocado na gaiola, isolando-o de todos.  Normalmente, esta é coberta com um pano escuro, deixando a avezinha em total escuridão e bastante estressada: é o método do confinamento visual e auditivo [há outros tipos de procedimentos].

O treinador começa assobiar uma canção, ou usar um disco gravado com a voz do pai ou fitas gravadas com pássaros de reconhecida qualidade de canto. Logo a pequenina ave começa a cantar, às vezes, dando um verdadeiro recital. “O cântico que ele entoar na escuridão, será para sempre” [Pastor Mark Finley].

Ao longo de sua carreira cristã, enfrentando as mais diversas circunstancias sem vacilar, Paulo aprendeu a entoar uma canção “na aflição” e foi treinado a usar a fé, o ânimo e a coragem. Ele nos mostra a importância de descobrirmos a “alegria no Senhor” e a viver nela. “Digo isto, não por causa da pobreza, porque aprendi a viver contente em toda e qualquer situação. Tanto sei estar humilhado como também ser honrado; de tudo e em todas as circunstâncias, já tenho experiência, tanto na fartura como de fome; assim de abundância como de escassez; tudo posso nAquele que  me fortalece” (Fl 4:11-13).  

“SABEMOS QUE TODAS AS COISAS COOPERAM PARA O BEM DAQUELES QUE AMAM A DEUS, DAQUELES QUE SÃO CHAMADOS SEGUNDO O SEU PROPÓSITO” (RM 8:28).

Num reino distante havia um rei que não acreditava na bondade de Deus. Um súdito, porém, sempre lhe dizia: “Meu rei, confie em Deus, porque Ele é bom!” Um dia o rei saiu para caçar, com seu súdito, e uma fera o atacou. O súdito conseguiu matar o animal, porém não evitou que Sua Majestade perdesse o dedo mínimo da mão direita.

O rei, furioso e sem mostrar agradecimento por ter sido salvo, perguntou ao súdito: “E agora, o que você me diz? Deus é bom? Se Ele fosse, eu não teria perdido o meu dedo”. O servo lhe respondeu: “Meu rei, apesar de tudo posso apenas dizer-lhe que Deus é bom e mesmo o fato de ter perdido um dedo é para o seu bem!” Indignado com a resposta, o rei mandou que o servo fosse preso na pior cela do calabouço.  

Após algum tempo, o rei saiu novamente para caçar e desta vez foi atacado por nativos, muito temidos, pois praticavam sacrifícios humanos. O rei foi capturado e levado para servir como oferta, no ritual do sacrifício. Estava prestes a ser sacrificado, quando o sacerdote, ao examiná-lo, observou furioso: “Este homem é defeituoso. Falta-lhe um dedo! Não pode ser sacrificado!” E o rei foi libertado.

Ao voltar para o palácio, alegre e aliviado, libertou o súdito e pediu que viesse vê-lo. Ao encontrar o servo, abraçou-o dizendo: “Meu caro, Deus foi realmente bom comigo! Hoje escapei da morte justamente porque não tinha um dos dedos.” E continuou: “Mas ainda tenho uma dúvida: Se Deus é tão bom, por que permitiu que você fosse preso de maneira tão cruel... Logo você que tanto O defendeu!?”

O servo sorriu e disse: “Meu rei, se eu estivesse livre, teria saído contigo na última caçada e seria sacrificado em teu lugar, pois não me falta nenhum dedo!” (Anônimo). Unamo-nos em coro ao apóstolo:“Alegrai-vos sempre no Senhor; outra vez digo: alegrai-vos.”

PASTOR VAGNER ALVES FERREIRA
JUBILADO – ASSOCIAÇÃO NORTE PARANAENSE/IASD

Nenhum comentário:

Postar um comentário