domingo, 27 de novembro de 2011

Porta aberta: A Recompensa é Visível

"Ao verem a intrepidez de Pedro e João... reconheceram que haviam eles estado com Jesus" (Atos 4:13).

"Quando desceu Moisés do monte Sinai... não sabia Moisés que a pele do seu rosto resplandecia, depois de haver Deus falado com ele. Olhando Arão e todos os filhos de Israel para Moisés, eis que resplandecia a pele do seu rosto; e temeram chegar-se a ele... Tendo Moisés acabado de falar com eles, pôs um véu sobre o rosto" (Êxodo 34:29-30, 33).

Da comunhão com Deus, na hora tranqüila matutina, para o convívio com o nosso próximo, há muitas vezes uma transição difícil. Se tivermos tido um encontro com Deus, estaremos ansiosos por manter a sensação da Sua presença e a lembrança de nossa entrega.

Nesse caso, vamos para a mesa do café, talvez em meio a nossa própria família, e o clima já não é o mesmo. À medida que outras pessoas e coisas se manifestam, começamos a perder o que havíamos encontrado.

Muitos cristãos novos têm indagado sobre como conservar seu coração cheio daquilo de quen não se sentem à vontade ou não têm ensejo para falar. Mesmo em ambientes cristãos, por causa da timidez é difícil manter uma conversação franca que poderia produzir grande benefício e alegria.

Empenhemo-nos em aprender como o nosso relacionamento com outras pessoas pode ser um auxilio, ao invés de um obstáculo em nossa vida de constante comunhão com Deus.

O relato de Moisés com o véu sobre o rosto é importante para as nossas vidas. Íntima e contínua comunhão com Deus deixará, no devido tempo, a sua marca e se tomará visível. Moisés não sabia que o seu rosto brilhava Não estaremos cônscios da luz de Deus brilhando em nós, mas fará que a impressão que damos como vasos de barro seja mais profunda (1 Coríntios 2:34; 2 Coríntios 4).

A impressão que uma pessoa dá da presença de Deus pode muitas vezes causar certo receio nos outros, ou fazer com que não se sintam bem em sua companhia. Ao ver que os outros observam o que pode ser visto nele, o verdadeiro crente saberá o que é cobrir o rosto com um véu, e mostrará com humildade e amor que ele é realmente tão humano como aqueles que o rodeiam. Mas, mesmo com todo este cuidado, ainda se poderá ver que ele é uma pessoa de Deus, uma pessoa que se relaciona e vive num mundo invisível.

Também é muito importante o que Jesus fala sobre o Jejum. Não demonstre que você está jejuando; trate as pessoas com a alegria e bondade de Deus, como convém ao filho carinhoso e querido do Pai. Confie em Deus, que o vê em secreto, que o recompensará visivelmente, dando-lhe graça na comunhão com Ele e fazendo com que os outros saibam que a graça divina está sobre você.A vida de Pedro e João confirma esta verdade. Eles andaram com Jesus não somente quando este esteve aqui na terra, mas também quando Ele já estava nos céus, e receberam do Seu Espírito. Eles simplesmente agiam de conformidade com aquilo que o Espírito de Cristo lhes ensinava. E até os inimigos, pela audácia deles, reconheciam que tinham estado com Jesus.

Quando a sensação permanente da presença de Deus e da comunhão com Ele - "estar no temor de Deus o dia todo" - tomar-se o objetivo da hora matutina, a continuidade daquela comunhão permanecerá intata. Com toda a humildade e com profundo interesse por aqueles que nos rodeiam, procuraremos e acharemos graça para nos ajudar nos afazeres diários.

Grande coisa é entrarmos em nosso quarto, fecharmos a porta e encontrarmos o Pai em secreto. É coisa ainda mais maravilhosa abrirmos a porta, e sairmos do quarto na alegria daquela Presença, alegria esta que nada consegue Interromper. - Extraído e adaptado de "A Vida Interior", de Andrew Murray.

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