sábado, 28 de julho de 2012

Você tem motivos para estar alegre



"Se você não tem alegria na vida cristã, existe vazamento em algum lugar do seu cristianismo". - Billy Sunday.

Ontem, começamos a analisar o primeiro de uma série de motivos que temos, na qualidade de cristãos, para nos mantermos alegres mesmo em meio aos problemas e adversidades da vida. Hoje, vamos falar sobre o segundo motivo: Servimos a um Deus Vivo. 

Logo após a morte e ressurreição de Jesus - como Ele mesmo havia predito - o Senhor ressuscitado apareceu para vários dos discípulos. No domingo, quando as imagens da recente crucifixão ainda estavam bem fortes e presentes na memória dos Seus seguidores, o Mestre apareceu para dois fiéis que estavam a caminho de Emaús.

Absorvidos pelos problemas
Aqueles dois homens, que não haviam desempenhado um papel saliente ou de destaque na obra de pregação do Evangelho, estavam tão ensimesmados, concentrados em seus lamentos e desventuras pela perda trágica do seu grande Líder, que sequer conseguiram reconhecer que era Ele mesmo - o próprio Cristo, vitorioso sobre a morte, ressuscitado - que ali estava caminhando ao seu lado. 

Muitas vezes isso acontece com cada um de nós em nossa caminhada. Há momentos em que nos deparamos com problemas - aparentemente insolúveis - ou crises em nossa vida e, sob o peso dos fardos com o espírito esmagado pela autocomiseração, nós deixamos de enxergar o Senhor Jesus caminhando ao nosso lado e esquecemos que servimos a um Deus Vivo - poderoso para operar em nossa vida e fazer, em nosso favor, muito mais do que pensamos ou necessitamos. 

Rompendo a espiral da depressão
Mesmo o gigante espiritual chamado Martinho Lutero experimentou um destes momentos em sua trajetória de fé e grandes conquistas espirituais. Houve uma ocasião, relatam os seus biógrafos, em que Lutero estava tão derrubado, "borocochô", que a sua esposa ficou preocupada com ele.

Sendo uma mulher sensata e sábia, Catarina Von Bora usou um interessante estratagema para despertar a atenção de Lutero e, desta forma, retirá-lo daquele estado perigoso de angústia e prostração. Vestindo-se totalmente de preto, a cor do luto, Catarina apareceu diante do seu esposo.

Intrigado com a repentina aparição da esposa naqueles trajes inusitados, por um momento Lutero esqueceu suas próprias desventuras e indagou à esposa: "Quem foi que morreu?" A resposta da esposa atingiu o paladino da Justificação Pela Fé com a precisão de uma lança: "Deus, Deus morreu!"

Refeito do susto provocado pela resposta, Lutero travou o seguinte diálogo com a esposa:
_ Mas, Deus não morre! O que você quer dizer com isso?
_ Ah, é... Lutero! Olha, eu o vi tão cabisbaixo, triste e desanimado, que pensei que Deus tivesse morrido!

A história conta que, neste momento, tendo assimilado a preciosa lição, Martinho Lutero abraçou carinhosamente a esposa e, em lágrimas, agradeceu a Deus por tê-la usado como instrumento para restauração da sua fé e confiança na direção divina em sua vida. 

Pronto para a escalada

Refeito, Lutero saiu daquele episódio preparado para os maiores embates e, também, para as maiores conquistas da sua vida. A ponto de travar o seguinte diálogo com um dos amigos ou discípulos que tentava dissuadi-lo da investida contra Roma, face às graves implicações a que estava sujeito:

_ Lutero, e se os reis que o protegem resolverem abandoná-lo? Onde estará você, Lutero, quando as igrejas fecharem as portas para você? Onde estará você, Lutero, quando os seus livros forem queimados? Onde estará você, Lutero, quando os amigos o abandonarem? 
_ Estarei onde sempre estive: Nos braços do Deus Vivo e Todo-Poderoso!

Servimos a um Deus Vivo: "Jesus, Alegria dos Homens" - como diz o nome da célebre composição clássica. Como lembra Paulo, nada nos poderá separar do Seu amor: "Porque eu estou bem certo de que nem morte, nem vida, nem anjos, nem principados, nem coisas do presente, nem do porvir, nem poderes, nem altura, nem profundidade, nem qualquer outra criatura poderá separar-nos do amor de Deus, que está em Cristo Jesus nosso Senhor" (Romanos 8:38-39). 

Da mesma forma que nada "poderá separar-nos do amor de Deus, que está em Cristo Jesus", é preciso que assumamos um compromisso de não permitir que nada neste mundo nos separe da alegria, gozo e contentamento que desfrutamos em Jesus, nossa alegria. - Elizeu C. Lira.

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